Ervas daninhas e capina

  1. Controle de plantas daninhas
  2. Capina manual
  3. Capinas mecânicas
  4. Capinas químicas
  5. Recomendações de alguns herbicidas para o cafeeiro
  6. Dados médios

1- CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS

Pela concorrência em água, luz e nutrientes, as plantas daninhas reduzem a produtividade do cafeeiro, e ainda causam prejuízos por serem hospedeiros de eventuais pragas e patógenos nocivos ao cafeeiro, por dificultarem a colheita e por prejudicarem as aplicações de adubos e defensivos. Mas, existe também o lado benéfico das plantas daninhas qua ajudam a proteger o solo contra a erosão e podem ser fonte de matéria orgânica. De uma maneira geral, o manejo do mato, que representa cerca de 15 a 20% do custeio normal de uma lavoura de café, deve procurar eliminar, economicamente, os prejuízos causados pelas plantas daninhas e conservar os benefícios das mesmas. No Sul de Minas, que possui um período chuvoso bem definido (outubro a abril), com temperaturas mais elevadas nessa época, as plantas daninhas têm o seguinte comportamento: no período seco (inverno) ocorre o predomínio de plantas de folhas largas que possuem um sistema radicular mais profundo, com menor disponibilidade de água superficial, dominando as gramíneas que não podem retirar água em maiores profundidades. No período chuvoso as gramíneas predominam, por serem mais agressivas, favorecidas por solos mais trabalhados, maiores temperaturas e maior disponibilidade de água.

A maior concorrência nas fases de florescimento e frutificação, correspondente ao período de setembro/abril. Em geral, o período de dezembro/fevereiro, no qual o cafeeiro demanda maior quantidade de nutrientes (fase de frutificação) e, em função da capacidade de extração das plantas daninhas ser superior à do cafeeiro à do cafeeiro, é o período mais crítico e que deve receber maior atenção.

Cada lavoura tem ser aspecto particular a ser considerado, como topografia, tipo de solo, erva predominante, disponibilidade de implementos, etc. No entanto, qualquer método a ser citado para controle de mato em cafezais é, por si só insuficiente. Para se obter um melhor resultado é necessário que, para cada situação, seja encontrada a associação ideal dos diversos métodos e que seja executado o programa escolhido, com a maior perfeição possível.

 

2 - CAPINA MANUAL

De baixo rendimento, só deve ser utilizada nas seguintes condições:

 

3 - CAPINAS MECÂNICA

Não devem ser recomendadas para situações em que as plantas daninhas estejam muito altas. No entanto, devido, principalmente ao alto custo da mão-de-obra, a capina mecânica assume grande importância.

O implemento de maior utilização é a roçardeira que, principalmente no período chuvoso, mantém o mato baixo. O mato fica então sobre o solo, protegendo-o da erosão. As raízes mortas formam pequenos canais de infiltração de água e arejamento do solo. No entanto, o uso contínuo da roçadeira favorece o aparecimento e a dominância de plantas rasteiras, sendo necessário, periodicamente, a aplicação de herbicidas.

A grade e a enxada rotativa provocam uma pulverização do solo, favorecendo a erosão e a lixiviação da argila/adensamento, além de cortarem raízes. Por isso não devem ser utilizadas, a não ser nos cafezais em formação.

As roçacarpas são também usadas, porém com o cuidado de trabalharem rente ao chão, capinando o mato superficialmente, para não provocarem uma pulverização do solo e adensamentos.

A capina por tração animal é especialmente recomendada para cafezais plantados em espaçamentos menores ou para pequenas propriedades, onde não se justifica a aquisição de implementos mais caros.

 

4 - CAPINAS QUÍMICA

Por apresentar vantagens de alto rendimento operacional, controlar plantas em qualquer estágio de desenvolvimento, controlar erosão e produção de cobertura morta, a utilização de herbicidas assume papel de importância no manejo do mato. No entanto, também apresentam desvantagens, por exigirem mão-de-obra especializada, custo do produto e, principalmente, exigirem conhecimento de manejo de herbicidas, de equipamentos e conhecimento botânico das plantas. Os mandamentos para que os produtos recomendados apresentem a eficiência desejada, e não ocorram acidentes e perdas na lavoura são:

  1. Primeiramente, procure orientação técnica, para que o problema seja identificação - tipos de plantas, manejo adequado e cuidados relativos à aplicação.
  2. As dosagens de herbicidas de pré-emergência variam de acordo com a textura do solo e teor de matéria orgânica.
  3. As dosagens dos herbicidas de pós-emergência variam de acordo com o estágio de desenvolvimento das plantas daninhas.
  4. Uma vez definido o problema e adquirido o produto, observar rigorosamente as recomendações do fabricante constante no rótulo da embalagem.
  5. Verificar as condições de funcionamento dos equipamentos. Os bicos não podem ter variação (diferenças de vazão) superior a 5%. Observar vazamentos, pressão de trabalho, etc.
  6. Fazer um teste em branco para verificar o volume de água e produto a ser utilizado por hectare.
  7. Sempre fazer as pulverizações nas horas mais frescas do dia. Lembre-se, a deriva do produto que você vai aplicar pode ser prejudicial ao cafeeiro.
  8. Utilize equipamentos de segurança do aplicador (luvas, botas, roupas e máscaras). A toxicidade depende do produto químico e, quanto maior a exposição aos produtos, maiores serão as chances de intoxicação.
  9. Após a aplicação, o tanque do pulverizador deve ser lavado com água limpa, fazendo o equipamento funcionar por alguns instantes com os bicos no lugar e sem eles, para que toda a calda do tanque, e mangueiras, sejam retiradas. Se utilizar pulverizador costal, separe um só para herbicidas.
  10. Cuidado com as embalagens vazias. Construa um depósito para embalagens que consiste em um buraco com dimensões de 1,0 a 2,0 metros de superfície e 1,5 a 2,0 metros de profundidade, longe de minas e cursos d’água. No fundo do buraco, colocar calcário, pedras britadas e cal virgem para facilitar a decomposição dos resíduos químicos. É aconselhável, ainda, a construção de cercas para evitar o acesso de animais e crianças.

 

5 - RECOMENDAÇÕES DE ALGUNS HERBICIDAS PARA O CAFEEIRO

Para lavouras novas (até 2 anos);

Para lavouras adultas

* : Indicados para pré emergência.

Para lavouras novas, com culturas intercalares:

 

6 - DADOS MÉDIOS

Rendimento de capinas manual, mecânica e química, por dia (dados médios).

Operação

Unidade

Rendimento
(n° de covas)

Capina Manual - total

DH 1/

180 - 200

Capina manual - trilha

DH

300 - 500

Cultivador "planet" - 5 enxadas

DM

2.000 - 3.000

Grade de 12 a 16 discos de 14 a 18 polegadas e largura corte 1,10 a1,45 n

DM 2/

6.000 - 8.000

Enxada rotativa (profundidade 2-4 cm)

DM

4.000 - 6.000

Roçadeira

DM

8.000 -10.000

Pulverizador de herbicidas

 

 

Costal manual

DH

800 - 1.000

Tratorizado (PH 200aPH 400)

DM

6.000 - 8.000

Capinadeira Lateral

DM

6.000 - 8.000

1/: DH : dia/homem 2/: DM : dia máquina.

Número de covas capinadas por dia/homem na forma de trilha e em área total, para lavouras com diferentes populações por hectare, nas fases de formação e de produção.

População

( covas/ha )

Número de covas capinadas por Dia/Homem

 

Lavoura em formação

Lavoura em produção

 

Trilha

Total

Trilha

Total

1.600

244

154

237

166

1.800

269

170

245

185

2.000

294

185

293

204

2.200

318

201

321

223

2.400

343

216

348

242

2.600

267

231

376

260

3.000

414

260

430

297

3.300

448

282

471

324

3.600

482

303

512

351

4.000

527

331

566

387

4.500

582

366

633

432

5.000

635

399

699

476

5.500

688

433

-

-

6.000

741

465

-

-

7.000

843

529

-

-

8.000

943

592

-

-

10.000

1.138

714

-

-

Observação: Dados médios para plantas daninhas de 25 a 30 cm, em alta infestação.

 

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