Guerra do Vietnã


       Desde fevereiro de 1955, os EUA, aliados de Ngo Dinh Diem, católico e favorável à contenção do comunismo na Ásia, tinham começado a treinar sul-vietnamitas para lutar contra o Vietminh. Em outubro de 1955, Ngo destrona o imperador Bao Dai e proclama-se presidente do Vietnã do Sul. A resistência a seu regime organiza-se na Frente Nacional de Libertação (FNL), em dezembro de 1960, e no Exército vietcong, em fevereiro de 1961. Em resposta, Kennedy aumenta para 15 mil o número de conselheiros militares no sul.

 A intervenção
    É decidida em 1964, por Lyndon Johnson, marcando o início da fase de escalada de guerra, após o assassinato de Ngo. Em outubro do mesmo ano, o comandante-em-chefe americano, general William Westmoreland, chefia 148 mil homens; em 1969, esse número aumenta para 541 mil. Quando os vietcongs ocupam Hué, em janeiro de 1968, Johnson manda suspender os bombardeios. Em maio de 1968, iniciam-se, em Paris, as conversações Hanói/Washington, ampliadas, no ano seguinte, com a participação de Saigon e da FNL; mas arrastam-se porque os EUA recusam a exigência de Hanói de que suas tropas sejam retiradas. Os protestos dos pacifistas criam para Washington uma situação insustentável.

 Internacionalização
    Desde maio de 1964, os EUA tinham começado a bombardear as regiões controladas pelo Pathet Lao, para destruir a Trilha Ho Chi Minh, dentro do território laociano, usada pelos norte-vietnamitas para transportar tropas e suprimentos para os vietcongs. Ao mesmo tempo, a máquina de guerra americana apoiava o Exército real laociano, de Suvana Fuma, contra os esquerdistas, situação que só teria fim com um acordo assinado em 21/2/1973. Em março de 1970, com o pretexto de destruir "santuários" comunistas, o presidente Richard Nixon, de comum acordo com o general Lon Nol, que derrubara o príncipe Sihanuk, ordena bombardeios às áreas do Camboja ocupadas pelo Khmer Vermelho. Decide ainda ataques de intensidade sem precedentes a Hanói (março, outubro e dezembro de 1972), em represália pela tomada de Quang Tri pelos vietcongs.

 Acordo de Paris
    Negociado pelo secretário de Estado Henry Kissinger e pelo chanceler norte-vietnamita Le Duc Tho, só é obtido em 27/1/1973. Estabelece o cessar-fogo, a retirada das tropas norte-americanas, a convocação das eleições gerais no Vietnã do Sul e a libertação dos prisioneiros de guerra (595 americanos, 26 mil sul-vietnamitas e 4 mil membros da FNL). Os EUA perdem 45.941 soldados, têm 800.635 feridos e 1.811 desaparecidos em ação (até hoje afirma-se que há homens presos em vários locais do sudeste asiático). Não há estatísticas seguras sobre as baixas vietnamitas, mas sabe-se que ultrapassaram 180 mil.

 Vietnamização
    Com a retirada norte-americana, o governo de Nguyen Van Thieu se enfraquece diante do avanço das tropas vietcongs: em 21/4/1974, ele renuncia e foge para os EUA. Em 30/4/1975, o general Duong Van Minh assina a rendição. Saigon é rebatizada como Cidade de Ho Chi Minh e, no ano seguinte, o país é unificado.


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