Guerra do Camboja


       Reconhecido como parte da União Francesa, o Camboja institui a monarquia constitucional em 1946, tendo o príncipe Norodom Sihanouk como chefe de Estado. Declara-se neutro na guerra vietnamita entre 1946 e 1954, quando sua independência é reconhecida. Em 1970, a pretexto de destruir santuários vietcongs em território cambojano , os Estados Unidos patrocinam um golpe militar e intervêm com tropas próprias. A guerra reúne numa frente comunistas (Khmer Vermelho) e monarquistas. Os Estados Unidos retiram suas tropas em 1973, em decorrência do Acordo de Paris. Os nacionalistas de direita proclamam a República e tentam derrotar militarmente a frente Khmer-Sihanouk. Esta ocupa a capital, Pnom Penh, em 1975.
        Os monarquistas aceitam a República. Nas eleições de março de 1976, Sihanouk é eleito presidente e forma um governo de coalizão com o Khmer. Desentendimentos sobre o programa de reconstrução do país obrigam Sihanouk a retirar-se, deixando o Khmer Vermelho formar um governo exclusivo em abril de 1976.O novo governo do Khmer implanta então seu programa: força a transferência da população das cidades para o campo, reduz drasticamente a atividade industrial e isola o país. Dirigido pelo Partido Comunista do Kampuchea (novo nome do país), sob a liderança de Pol Pot, o governo se aproxima da China e rompe relações com o Vietnã.

 Invasão vietnamita
    Em dezembro de 1978, o Camboja é invadido por tropas do Vietnã, que instalam no poder dissidentes cambojanos rompidos com o Khmer. Inicia-se uma guerra de guerrilhas, sob o comando de Pol Pot, líder do Khmer Vermelho. O novo governo não é reconhecido internacionalmente e Pol Pot apresenta-se, inclusive na ONU, como representante legítimo do país. Durante dez anos, o país, já devastado durante o regime do Khmer, convive com intensa guerra civil. Forçadas pela aliança das forças oposicionistas, sob a presidência do príncipe Sihanouk e vice-presidência de um líder do Khmer Vermelho, as tropas vietnamitas deixam o Camboja em 1989. O plano de paz da ONU, acordado em agosto de 1990, prevê a criação de um Conselho Nacional Supremo de Transição (CNST), o desarmamento das forças em luta, retirada de todas as forças estrangeiras, integração das forças armadas guerrilheiras num exército nacional unificado e convocação de eleições. O acordo de paz é assinado em Paris, em outubro de 1992, com a formação do CNST, tendo o príncipe Norodom Sihanouk como presidente. A ONU envia contingentes de paz para garantir o cumprimento do acordo.


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