Contra-ofensiva na África e Itália
Em julho de 1943 os Aliados desembarcam na Sicília e, em setembro, avançam até Nápoles. Mussolini é destituído em julho e a Itália muda de lado. Tropas alemãs ocupam Roma, o centro e o norte do país, mas a ofensiva aliada toma a capital em junho de 1944 e chega ao norte de Florença em setembro. Em abril de 1945 as forças alemãs na Itália se rendem.
Contra-ofensiva nos Bálcãs
O avanço soviético chega à Romênia em abril-maio de 1944 e a liberta em setembro. A Bulgária é libertada entre setembro e outubro. Também em outubro os exércitos guerrilheiros da Iugoslávia passam à ofensiva, com o apoio de tropas soviéticas. Na Albânia e na Grécia, os guerrilheiros (partisans) realizam levantes e forçam a retirada das tropas alemãs durante o ano de 1944.
Dia D
Em 6 de junho de 1944, chamado de "Dia D" pelos Aliados, sob o comando do general Einsenhower, é feito o ataque estratégico que daria o golpe mortal nas forças nazistas que ainda resistem na Europa. Cinqüenta e cinco mil soldados norte-americanos, britânicos e canadenses desembarcam nas praias da Normandia, noroeste da França, na maior operação aeronaval da História, envolvendo mais de 5 mil navios e mil aviões. Os combates são pesados, com numerosas baixas, até 27 de junho, quando o I Exército norte-americano toma o porto de Cherbourg. Em 9 de julho forças britânicas e canadenses entram em Caen, abrindo caminho para a passagem de tanques pelas defesas alemãs. Paris é libertada em 25 de agosto, Bruxelas em 2 de setembro. A fronteira alemã anterior ao início da guerra é cruzada pelos Aliados em Aachen em 12 de setembro. Ao mesmo tempo, os Aliados lançam bombardeios aéreos pesados contra cidades industriais alemãs. No início de 1945 os soviéticos (pelo leste) e os norte-americanos e britânicos (pelo oeste) fazem uma verdadeira corrida para ver quem chega primeiro a Berlim.
Dwight Eisenhower (1890-1969), militar e político norte-americano. Em novembro de 1942, com a patente de general, comanda as forças anglo-americanas na invasão do norte da África. Um ano depois é escolhido para comandar as forças aliadas durante a invasão da Europa ocidental. Desempenha papel importante na derrota do exército alemão na frente oeste. Em 1951 é o comandante supremo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Europa, quando os Estados Unidos resolvem apoiar o tratado. O prestígio o leva à presidência norte-americana. Após quatro anos, reelege-se por maioria absoluta. Desenvolve uma política de impostos baixos e intervenção mínima nos Estados. Nas relações externas, garante a hegemonia dos Estados Unidos. Seu governo é considerado um dos mais bem-sucedidos deste século.
Guerra no Pacífico
No Pacífico, a situação também se inverte com a vitória das tropas norte-americanas na batalha naval de Midway e em Guadalcanal, em 1942. Os Estados Unidos partem para a reconquista da Ásia. No Pacífico central, os norte-americanos conquistam as ilhas Aleutas, Gilbert, Marshall e Marianas entre maio de 1943 e março de 1944 e as Filipinas entre outubro de 1944 e fevereiro de 1945. A Birmânia (atual Mianmá) é reconquistada entre o final de 1944 e o início de 1945 por tropas britânicas, norte-americanas e chinesas. Em fevereiro de 1945 ocorre o primeiro desembarque norte-americano no Japão , na ilha de Iwojima.
Ataque a Hiroshima e Nagasaki
Em 6 de agosto os Estados Unidos lançam a primeira bomba atômica sobre Hiroshima , deixando mais de 100 mil mortos e 100 mil feridos. A partir de 8 de agosto tropas soviéticas expulsam os japoneses da Mandchúria e da Coréia e ocupam as ilhas Kurilas e Sakalina. Em 9 de agosto é lançada a segunda bomba atômica, dessa vez sobre Nagasaki, com saldo de vítimas semelhante ao de Hiroshima.
Final da guerra
Hitler suicida-se em 30 de abril, com a chegada das tropas soviéticas a Berlim, e o almirante Doenitz forma novo governo e pede o fim das hostilidades. A capital alemã é ocupada em 2 de maio. A Alemanha se rende incondicionalmente em 7 de maio, em Reims. A capitulação do Japão acontece em 2 de setembro, em Tóquio. A 2a Guerra Mundial deixa um saldo de 50 milhões de mortos e custa cerca de US$ 1,40 trilhão.
JULGAMENTO DE NUREMBERG
Terminado o conflito, os vitoriosos decidem julgar os líderes nazistas num inédito tribunal internacional de crimes de guerra. A iniciativa contribui para a descoberta dos campos de concentração e extermínio. A sede escolhida é a cidade alemã de Nuremberg, que nos anos 30 havia sido palco dos maiores comícios nazistas. São realizados 13 julgamentos entre 1945 e 1947. Os juízes são norte-americanos, britânicos, franceses e soviéticos. Dos 177 alemães indiciados, 25 são condenados à morte, 20 à prisão perpétua e 97 a penas mais curtas de prisão. São absolvidos 35. No julgamento principal, de novembro de 1945 a setembro de 1946, os réus são os 21 principais líderes nazistas capturados. Dez deles são executados por enforcamento na madrugada de 16 de outubro de 1946; o marechal Hermann Goering suicida-se com veneno em sua cela poucas horas antes.