Parábola do Grão de Mostarda

Comentários (do site www.ceha.org.br)

            Esta parábola enfoca o fato de todos nós termos o potencial para crescer espiritualmente, alcançando o Reino de Deus. Ao escolher a pequenina semente de mostarda, Jesus busca mostrar que até mesmo quando aparentemente estivermos de mãos vazias, poderemos, caso nos dediquemos, produzir grandes resultados, porque temos todos a Semente Divina.
            O grão de mostarda simboliza a vontade de crescer, o desejo de se reformar intimamente, é a Semente Divina que anseia por germinar. O homem é Jesus, o Semeador.
            O campo, de acordo com Mateus, a terra, de acordo com Marcos e a horta, de acordo com Lucas, representam o coração dos homens onde a semente a que nos referimos, foi plantada.
            As versões de Mateus e Marcos falam que a semente de mostarda quando cresce se torna maior do que qualquer hortaliça, ou seja, capaz de suplantar qualquer vício ou paixão. Realmente, não há dúvidas quanto a isso.  Observamos no nosso dia a dia pessoas que se encontravam envolvidas no erro, e que ao se perceberem nele, compenetraram-se da importância de crescer, suplantando dificuldades que, a princípio, pareciam intransponíveis.

            O próprio Evangelho nos dá notícias de várias pessoas que viveram esta situação. Podemos citar dois exemplos: Saulo de Tarso e Maria Madalena. Um, envolvido no orgulho de se considerar superior aos outros, um doutor da Lei Mosaica, e a outra, voltada aos prazeres materiais. Ambos, sob a influência do Cristo, conseguiram que a semente germinasse, crescesse e gerasse frutos capazes de suplantar suas paixões.
            Os evangelistas relatam o fato de a semente tornar-se árvore, com grandes ramos. A árvore simboliza o homem que foi capaz de vencer-se a si mesmo, passando a oferecer amparo e orientação aos outros. Os ramos representam os sentimentos bons e virtuosos transformados em atitudes que exemplificam os ensinamentos ofertados. O simbolismo da árvore é ainda mais significativo, uma vez que esta árvore apresentará, a seu tempo, flores, frutos e novas sementes, fazendo parte de um ciclo eterno.
            As aves do céu, figura também utilizada por Jesus na Parábola do Semeador, estão representando os Espíritos imperfeitos que acabam, após alguma relutância, buscando o auxílio daqueles que passam a apresentar condições de orientá-los. Eles se abrigam nos seus ramos (Lucas e Mateus), ou se abrigam a sua sombra (Marcos). Estaremos, também, ao nos tornarmos árvores, atraindo para o nosso convívio os Bons Amigos Espirituais, os quais nos auxiliarão na consecução dos nossos objetivos que então estarão em comum com os deles.
            Jesus gostava de utilizar a figura da semente em suas parábolas. Talvez fizesse isso porque ela se sacrifica, ela “morre” para permitir o nascimento da planta, enfim, a eclosão e a continuidade da Vida. Talvez estivesse tentando nos dizer que somente conseguiremos galgar os degraus da escada da evolução se aprendermos a servir, pois enquanto esperarmos que o Mundo atenda aos nossos caprichos, estaremos estacionados, ligados aos valores materiais. Não adiantam, portanto, belos discursos sem atitudes que correspondam a eles. Estamos realmente atentos a tudo isso? Estamos já dispostos a sacrificar algum tempo das nossas vidas em benefício dos que estão a nossa volta?

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