"Parábola das Moedas de Prata"  

Comentários do Geema

Carlos ([email protected])  

1. Qual a idéia principal desta parábola? 

A idéia principal da parábola são os talentos/qualidades/condições de cada um, que Deus nos concede, ou seja, a oportunidade de auxiliar as pessoas, de plantar o bem, de conhecer o evangelho e espalhar o amor. Independente das condições de cada um, todo mundo tem condição de doar alguma coisa, seja algum bem material, um sorriso, uma prece, um pouco do tempo em benefício de alguém. Nosso pai nos concede algum talento no intuito de dividi-los com nossos irmãos. Lembremos de que temos a obrigação de fazer o bem e praticar a caridade já que todos possuímos o talento da boa vontade.

2. O que são as moedas de prata ou os talentos? 

São nossas qualidades, o que possuímos de melhor. Vamos abrir o coração e espalhar o amor para cada irmão de conhecemos e tivermos a oportunidade de conhecer. A maior caridade que podemos praticar é a divulgação da DOUTRINA ESPÍRITA, este grande consolador, haja visto, os momentos difíceis que nosso planeta esta passando, as pessoas estão se esquecendo de distribuir seus talentos. 

3. O que significa a expressão "a cada um segundo a sua capacidade"? 

Significa que cada segundo seus conhecimentos, ou seja, cada pode doar somente aquilo que possui, conforme relatamos seja um bem material, um sorriso, uma palavra amiga, etc. Porém vamos nos atentar para que somente doa amor aquele que possui amor, alegria, aquelas pessoas que possuem alegria, Então vamos procurar praticar mais o bem, exercitando o amor, o perdão, para que tenhamos condições de doar estes sentimentos maravilhosos. 

4. O que quer dizer a frase: "entra no gozo do teu Senhor"? 

As pessoas que distribuem o que possuem de melhor, estão seguindo os passos do nosso mestre JESUS, sendo assim, estão nas graças do nosso senhor. Sei o quanto é difícil praticar o bem incondicionalmente, uma vez , que ainda somos egoístas e orgulhosos, mas vamos continuar lutando contra nossos erros e exercitando constantemente o bem. Sei que com boa vontade vamos vencer nossas dificuldades. 

5. Quem podem ser considerados os "banqueiros"? 

Acredito que os banqueiros neste caso, seriam os milionários que possuem a prova da riqueza e nada distribuem em benefício do próximo, pois, neste caso o dinheiro iria render, porém, sem benefícios ao próximo.

6. O que significam as trevas exteriores ou a frase "trazei-os aqui, e matai-os diante de mim"?

 Acredito que as trevas exteriores seriam os desejos mundanos, ou seja, quando caímos nas dificuldades e desistimos de fazer a coisa certa.

"Lembremos que Deus poderia fazer tudo, porém deixou uma parte para que fosse feita por nós para sermos merecedores de entrar em sua seara divina." - EMMANUEL - LIVRO RESPOSTAS.

Frei Paulus ([email protected]

1. Qual a idéia principal desta parábola?

A idéia principal desta parábola é a administração dos dons materiais e espirituais que recebemos para o cumprimento de nossa missão aqui na Terra.

2. O que são as moedas de prata ou os talentos?

As parábolas das moedas de prata e dos talentos possuem o mesmo fundo moral, razão pela qual foram colocadas num mesmo estudo. As moedas de prata e os talentos eram recursos financeiros à época de Jesus e, como nos dias de hoje, constituíam os bens mais cobiçados pelas criaturas, os tesouros, o poder de comprar coisas, de garantir conforto e "felicidade". 

Jesus, como o Psicólogo das Almas, conhece a fundo os motivos dos homens, sabe onde eles colocam a maior importância, identifica com clarividência seus pontos fortes e fracos, sua potencialidade e sua vulnerabilidade. Para ensinar a crianças, utilizamo-nos de historietas, de contos e de brincadeiras. Jesus, para ensinar a crianças espirituais, se utiliza dos mesmos recursos pedagógicos, já que toda a sua pregação é pura Pedagogia Espiritual.

As moedas de prata e os talentos são, pois, um símbolo para os recursos materiais e para as faculdades espirituais, com que fomos aquinhoados para a nossa jornada existencial.

Ao longo de nossa "caminhada" como espíritos, fomos reunindo "bens" e recursos. Dotados do livre-arbítrio e da decorrente responsabilidade, estamos empregando, mais ou menos corretamente, esses recursos em prol de nosso próprio crescimento. Nos primórdios de nossa evolução, como os bebês, só nos concentramos em nosso próprio mundo, somos egoístas e acreditamos que todo o Universo existe para atender aos nossos anseios. Como o ensaio dos primeiros passos espirituais, passamos, pouco a pouco, a compreender que nosso objetivo deve ser mais elevado. Começamos a nos interessar por tudo o que é belo e bom. Próximo à madureza, entendemos que não nos furtaremos às dores e aos sofrimentos se não modificarmos o foco de nossas aspirações. Entendemos que nunca seremos felizes se não soubermos fazer os outros felizes. Dessa forma, compreendemos que o amor é a verdadeira moeda universal, o verdadeiro talento que nos garantirá a auto-iluminação.

Até lá, passamos a considerar como talentos valiosíssimos a nossa inteligência, a nossa capacidade de trabalho, a fé, os livros espíritas, a família, o emprego, o estudo, o Geema...

E como aos servos das parábolas, o Senhor nos cobrará o que de bom houvermos feito de cada um desses talentos. Ou teremos valorizado esses recursos, multiplicando-os em prol dos outros ou teremos enterrado esses bens por pura preguiça ou ignorância. 

3. O que significa a expressão "a cada um segundo a sua capacidade"?

Por que será que encontramos tanta diferença de aptidões, de recursos materiais, intelectuais e espirituais entre as pessoas? Por que tudo parece sorrir para alguns, enquanto que, para outros, parece se reservar toda ordem de infelicidades?

O que poderia explicar tanto desequilíbrio nos "talentos" senão a reencarnação, já que não duvidamos da bondade e da justiça de Deus?

A cada um segundo a sua capacidade não é outra coisa senão a atuação da Lei. Ninguém receberá uma carga maior que a força de seus ombros. A ninguém será apresentada uma provação sem que o espírito tenha recebido, previamente, o preparo necessário. Os que têm se vergado sob o peso das dificuldades e muitos os que têm desertado de suas tarefas são ignorantes da força que trazem em si, da ajuda que a todos é enviada indistintamente e da bondade e misericórdia de Deus. Cumpre recordar que Jesus, em toda a sua romagem terrena, nunca, em um momento sequer, duvidou da bondade de Deus, se desesperou ou se abateu. Isso porque ele e o Pai eram (e são!) um.

Ninguém está em família errada, em emprego errado, com as pessoas erradas ou no lugar errado. Estamos diante da melhor oportunidade de crescimento, de aprendizagem e de auto-iluminação. O que julga ter recebido menos talentos, que aprenda a lição da humildade, que trabalhe com mais afinco e que, principalmente, saiba agradecer a Deus, porque há muitos que receberam menos ainda.

4. O que quer dizer a frase: "entra no gozo do teu Senhor"?

Trata-se aqui de simples referência à consciência tranqüila daquele que vive retamente. Jesus disse que seu jugo era leve o seu fardo suave, isto é, aquele que deseja segui-lo verdadeiramente deve observar e cumprir os preceitos contidos no Evangelho e, assim o fazendo, "entrará no gozo do Senhor".

Notemos que não se fala aqui de uma entrada num paraíso ilusório, repleto de "anjos", de harpas e marcado por uma ociosidade doentia.

A idéia de vida futura que o Espiritismo nos faculta, não favorece a contemplação preguiçosa, a concessão de privilégios, o prêmio sem contrapartida de renovação íntima.

Entrar no gozo do Senhor se reserva, pois, ao trabalhador honesto e sincero. Os sepulcros caiados de todas as religiões (a Espírita, inclusive) não receberão o descanso do justo...

5. Quem podem ser considerados os "banqueiros"?

Aquele que recebeu as moedas de prata ou os talentos e não sabe como fazê-los multiplicar deve recorrer aos banqueiros, que são os "especialistas" em fazer render os investimentos.

No caso da figura empregada por Jesus, quem são os que poderiam fazer render os talentos espirituais? São os verdadeiros missionários, encarnados e desencarnados, são as filosofias ou doutrinas religiosas sérias, comprometidas com a Verdade trazida por Jesus.

Assim, se queremos empregar bem os talentos espirituais que recebemos, que saibamos escolher os banqueiros que os farão multiplicar. Há pseudo-banqueiros que investem mal o talento de seus clientes e se tornam responsáveis por fracassos lamentáveis. Quantos crentes sinceros e de boa vontade não têm sido ludibriados por ignorantes da Lei Espiritual?

É justamente por isso que o conselho de João está atualíssimo: "Meus bem-amados, não creais em qualquer Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus, porquanto muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." (1º Jo: 4,1)

Para aqueles irmãos do Geema que gostariam de se certificar sobre os banqueiros que escolheram para administrar os seus talentos, sugerimos o estudo do Capítulo XXI de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

6. O que significam as trevas exteriores ou a frase "trazei-os aqui, e matai-os diante de mim"?

As trevas exteriores ou a frase que, analisada em sua literalidade, parece contrastar com a Doutrina de Amor de Jesus, significam, de acordo com o Espírito que vivifica, que os que insistem em empregar mal ou enterrar os seus talentos, sofrerão o rigor da Lei, que se reserva aos preguiçosos e renitentes no mal: o exílio em planeta inferior à Terra.

Tal como ocorreu em Capela, onde, de acordo com Emmanuel, em A Caminho da Luz,  os espíritos rebeldes que dificultavam a consolidação das penosas conquistas dos povos cheios de piedade e virtudes, foram degredados para a Terra, assim ocorrerá com as entidades que aqui se colocam contrárias à Lei de Amor e Caridade exemplificadas por Jesus.

Com a transformação, ora em curso, da Terra em planeta regenerador, os espíritos refratários aos sentimentos elevados serão "arrastados" para as trevas exteriores, já que esse é um quadro significativo da vida nesse novo planeta, para onde aliás já têm sido encaminhados muitos espíritos empedernidos no mal.

Notemos, mais uma vez, que não há nesse degredo derrogação da bondade e misericórdia de Deus. Não se está selando esse destino cruel eternamente. Mesmo colhendo as dores mais acerbas, vertendo as lágrimas mais sentidas, esses espíritos, um dia, hão de acordar para a vida espiritual e, vergastados por sua própria imprevidência e pela cobrança impiedosa de sua consciência, vão erguer os olhos para o espaço e encontrarão um planeta azul distante, quando serão tomados por uma indefinível saudade. Também ali estará trabalhando a Espiritualidade de Luz, cuidando dos que se arrependem, que expiam todo o mal que fizeram e que se quitam com a Lei através da reparação do mal produzido.

Apesar dessa nova oportunidade, não nos cabe aqui ficar sonhando com um resgate das trevas exteriores, mas levantar agora mesmo dessa ociosidade doentia, dessa incredulidade pueril, bater a poeira e começar já a nossa renovação íntima, estudar e praticar o Evangelho, garantir a nossa permanência espiritual na Terra, este abençoado planeta que Deus nos deu.

Que Jesus continue a nos preencher com a sua divina paz, com seu amor e com sua misericórdia.

Fiquem em paz,

Frei Paulus.

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