"Parábolas dos Talentos e das Minas"

        Comentários da Federação Espírita do Estado de São Paulo - FEESP

(Livro Curso de Aprendizes do Evangelho - 2º Ano)

 

Quatro são os personagens da parábola: o senhor e três servos. O senhor é Deus; os servos são os homens, componentes da Humanidade: os talentos são os bens, os recursos materiais e espirituais que são oferecidos aos homens para serem empregados em benefício próprio e do próximo; o tempo concedido para a movimentação desses bens são as reencarnações.

Os servos possuem capacidades diferenciadas, o que significa que aproveitaram diferentemente sua jornada evolutiva. Por terem capacidades diferentes, um deles recebeu cinco talentos, outro recebeu dois e o terceiro apenas um. Os dois primeiros, sendo Espíritos mais adiantados, foram previdentes, diligentes e aplicaram os bens recebidos, aumentando-os; o terceiro, no entanto, atrasado que era, raciocinou mal, buscou desculpa para ser indolente e "enterrou o talento", isto é, nada produziu não aproveitou a oportunidade que lhe foi dada para progredir. Daí a admoestação que lhe foi feita.

Diz o senhor da parábola que o servo negligente deveria ter posto o talento nas mãos dos banqueiros, a fim de render juros; evidente que o senhor não está incentivando a usura; é uma linguagem alegórica para significar que o servo deveria ter procurado os que têm mais capacidade do que ele, os quais saberiam dar um uso benéfico, produtivo, ao pequeno adiantamento recebido; assim, ele progrediria um pouco mais pela experiência que adquirira.

A parábola transmite, ainda, o ensinamento de que "ao que tem mais ainda lhe será dado e ao que não tem até o que tem lhe será tirado", para significar: todo aquele que é diligente, esforçado, que diligencia para corresponder ao amparo divino, ao amparo do Plano Espiritual, receberá auxílio e proteção para que possa aumentar suas virtudes, sua capacidade espiritual; todavia, aquele que não se esforça para acrescentar alguma coisa ao bem que recebeu de Deus, o Pai, que nadas para aumentar sua capacidade, sofrerá encarnações expiatórias, quando, então, pelo estímulo da dor, do sofrimento, acordará para o progresso.

Há em Lucas (19:11-27) uma outra versão, chamada "Parábola das Dez Minas", que tem a mesma interpretação acima. "Mina" era uma moeda corrente, de prata, de 571 gramas, equivalente a 100 dracmas ou a sexagésima parte do talento.

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