"Parábola do Ladrão"  

COMENTÁRIOS DO GEEMA:

Eloci ([email protected])

1. Qual a idéia principal desta parábola?

Acredito que a idéia principal é "orar e vigiar". Estar sempre atento, pois até nossos pensamentos, aliás, principalmente eles, nos distraem do caminho reto a que nos propomos. É tão fácil dispersar-se que quando vemos já estamos afastados dos propósitos da moral de Cristo. Portanto, vigiar é fundamental.

2. O que representa o ladrão?

O ladrão representa, por exemplo, nossos pensamentos que nos levam para outras áreas vibratórias, muitas vezes, atraindo obsessores oportunistas que ficam a espreita dos descuidados. Assim também acontece em relação as nossas atitudes em relação a nossos irmãos, familiares, etc.

3. Jesus voltará à Terra uma segunda vez?

Essa pergunta me surpreendeu! Nunca pensei nisso, isto é, desde que deixei de ser católica (há tanto tempo!) quando aceitava essa "promessa" sem questionar. Acredito que Jesus já fez o que tinha que ser feito. O que ainda restou complementar está sendo feito pelos "profetas modernos" e pelo Espiritismo. No entanto, ele continua seu trabalho do alto, nos protegendo e a nosso planeta também.

Eloci

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Tarkus ( [email protected])

 1. Qual a idéia principal desta parábola? 

 Lucas e Mateus deixam claro que a vigília deve ser diária e incessante. Deixam claro que na figura da noite, ou seja, em nossos momentos obscuros, na invigilância, quando estamos abertos a pensamentos e tendências de baixas vibrações, é quando estamos mais propensos a receber o ladrão, e que apenas na noite, como diz a parábola, tem a liberdade da entrada em nossas moradas. A principal morada, como sabemos todos, é nossa própria essência, nosso coração e nossa mente.

 2. O que representa o ladrão? 

 O ladrão representa as baixas vibrações, representa o que captamos quando falamos mal de alguém, quando sem querer alimentamos algum grau de rancor em nossas mentes e corações, enfim, representa tudo aquilo que vai de encontro ao nosso progresso. Tudo o que de alguma forma prejudica outros e nós mesmos. O ladrão como conhecemos, é o ser que "rouba" algo que não lhe pertence. Pois então; todos esses sentimentos acima citados o fazem, roubam de nós o ânimo, a alegria, e quando da extrema invigilância e excessos, até mesmo energia vital. 

3. Jesus voltará à Terra uma segunda vez? 

Essa é uma pergunta que as igrejas fazem meio que por desatenção ao próprio Evangelho, e por não crêem piamente na vida espiritual. Com a promessa do retorno de Jesus, deixam claro que Ele viria na figura humana, o que é meio contraditório, pois se ele já "morreu", e já "ressuscitou" - e mais, não existe vida fora do corpo - de onde então virá Jesus? Ou, onde está Jesus neste exato momento que precede o Seu regresso?

 Para nós espíritas, já ficou claro que Jesus não voltará na forma como as igrejas pregam, pois Ele nunca nos abandonou (seria ilógico pensar que um dos seres mais sensatos, e dono da palavra "amor incondicional" da Terra, agiria como o capitão que primeiro abandona o navio que afunda). 

 A parábola do Ladrão não poderia ser mais atual. Nosso planeta passa pelo momento mais sombrio, exatamente pelo momento da "noite" que diz a parábola. Essa passagem vem também para tranqüilizar-nos, pois diz que "virá o Filho do Homem à hora que não imaginais", ou seja, exatamente na noite, quando todos os "ladrões" estiverem à espreita, quando nosso medo se fizer mais presente, aqui Ele estará em sua plenitude, mas não na forma humana, e sim em nossas moradas, presente pela palavra e no sentimento mais profundo de cada ser planetário, pois que nossas portas estarão escancaradas. Então tranqüilizemo-nos, pois o Filho do Homem já se faz presente à nossa porta, e entrará mesmo que não O percebamos. 

Oremos e Vigiemos, 

 TARKUS

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Frei Paulus ([email protected])

1. Qual a idéia principal desta parábola?

A idéia principal da parábola é realmente a vigilância.  Por que devemos vigiar? Por muitos motivos; primeiro, devemos cuidar dos nossos pensamentos para que não conduzam a carruagem do Espírito para o despenhadeiro. Devemos vigiar nossas palavras, pois que nunca voltam vazias e, também, nossas ações, porque a "colheita é obrigatória".

Quando observamos os que sofrem ao nosso lado ou mesmo os motivos de nossas dores, vamos encontrar em algum ponto desta mesma existência um momento em que a vigilância foi descuidada. As causas remotas, nascidas em outras existências, são, via de regra, em menor número que as criadas na encarnação atual. Se não podemos atuar diretamente nas causas já plantadas, podemos, com certeza, cuidar do nosso futuro. É o que nos diz Emmanuel: "Somos herdeiros do passado e senhores do futuro".

E há ainda outro motivo forte para cuidarmos do "orai e vigiai". Em outra parábola de Jesus, Lucas 12:19-21, encontramos: "...E direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, e folga. Mas Deus lhe disse: louco, esta noite te pedirão tua alma; e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus."

Por mais que nos sorriam a saúde e os propósitos de vida longa, ninguém sabe o momento em que vamos encontrar a Grande Transformação, o minuto em que seremos apresentados ao Tribunal da Consciência. Por mais que divisemos distante esse tempo, nada nos garante que "ainda esta noite nos pedirão a alma."

O crachá de espíritas no mundo espiritual não é salvo-conduto contra as aflições. A Espiritualidade afirma que os espíritas estão desencarnando mal. O fato de conhecermos a realidade da vida além-túmulo e não realizarmos a nossa reforma íntima conta como um agravante para as decepções que teremos do "outro lado".

É dessa forma que devemos estar preparados para o momento decisivo de nossa existência.

2. O que representa o ladrão?

O ladrão é um símbolo para tudo que nos pode comprometer a auto-iluminação. São todas as coisas que podem nos roubar a Luz. São os hábitos infelizes, os vícios, as companhias, os desejos, as paixões, os apegos, os traumas, etc., dos quais não soubemos (ou não quisemos) nos libertar. 

Reforma íntima é, sim, a grande defesa contra o ladrão, a garantia que nos iluminaremos (ou nos salvaremos, nos dizeres das igrejas salvacionistas).

3. Jesus voltará à Terra uma segunda vez?

Da mesma forma em que os judeus continuam aguardando o Messias, os nossos irmãos de outras religiões cristãs estão esperando a segunda vinda de Jesus. Acontece, no entanto, que Jesus já veio novamente, conforme havia prometido.

Os judeus esperam um "Cristo" cheio de poder para chancelar os seus privilégios de povo "escolhido". Os nossos irmãos de fé cristã também aguardam o Messias que virá sobre uma nuvem ao som das trombetas, para garantir-lhes um lugar no céu, no qual acreditam piamente.

Não queremos aqui menosprezar a crença de ninguém, mas não podemos deixar de lembrar que a nossa infância espiritual já passou; que a fase em que sacerdotes e pastores nos diziam em que devíamos acreditar, também passou; que a era da fé raciocinada está em pleno curso e que devemos assumir a nossa responsabilidade frente à vida.

Cerimônias, rituais, exorcismos, pregações ameaçadoras, supersticiosas, pueris já não têm lugar na mente e no coração de pessoas esclarecidas. Deus, que é espírito, deve ser adorado em espírito e verdade. E o único templo que devemos erguer à Divindade é o santuário da consciência responsável, da vida reta, do sentimento de amor e de caridade.

Jesus já veio na forma do Espírito da Verdade, que preside à implantação da Doutrina Espírita. O Consolador prometido é o Espiritismo, que vem falar de coisas que Jesus não pôde explicar, por conta da falta de evolução daquele povo que o recebeu.

Ainda hoje, no entanto, muitos não entendem a mensagem espírita. Falta-lhes a maturidade do senso moral, conforme podemos encontrar no Cap. XVII, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no trecho que fala dos Bons Espíritas.

Jesus deve voltar, sim, à Terra, mas no coração e na mente de cada um que já está preparado. E o momento de aceitá-lo é agora, porque temos adiado essa decisão já há muitas encarnações e não teremos outra oportunidade tão preciosa como a atual.

Que fique claro que a volta de Jesus pode ser entendida, também, como a transformação da Terra, de planeta de provas e expiações para mundo regenerador. Transformação, aliás, que já se encontra em andamento.

Que possamos nos iluminar realmente, retificando a nossa conduta, modificando hábitos infelizes, praticando o bem, amando e nos instruindo. Lembrando sempre que o conhecimento da Verdade nos libertará da roda das encarnações (o samsara, na concepção oriental).

Fiquemos todos em paz,

Frei Paulus

 

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