"A Figueira que Secou"

 

1. O que representa a figueira?

A figueira representa os homens, uma doutrina religiosa ou o médium.

A Parábola objetiva nos mostrar a importância de produzirmos boas obras, bons resultados, bons frutos. Tal como se espera que uma figueira produza bons frutos, os homens, as doutrinas religiosas e os médiuns têm, necessariamente, que apresentar boas obras.

2. O que significa o fato de a figueira estar coberta de folhagem e, ainda assim, não dar frutos?

A folhagem da figueira representa as aparências. Os homens, as doutrinas e os médiuns, de maneira geral, aparentam uma coisa ao exterior, mas no interior a realidade é completamente diversa. Jesus nos advertiu da hipocrisia quando afirmou que os fariseus eram sepulcros caiados, isto é, por fora eram pintados de branco puro, mas por dentro escondiam toda sorte de podridão. Mas Jesus se dirigia aos fariseus de todos os tempos.

A figueira possuía folhagens, mas, ao contrário do que se deveria supor, não oferecia frutos.

Da mesma forma, os homens têm que apresentar boas obras. Ele deve se melhorar e ajudar a comunidade em que vive. Ele deve sufocar as inclinações egoístas, o apego aos bens materiais, superar as paixões (reminiscências da animalidade) e aspirar ao que é belo e ao que é bom.

Toda doutrina religiosa, de igual forma, tem um fim nobre a alcançar: tornar melhores os homens. Doutrinas que se preocupam em destruir os que não "rezam em sua cartilha", que se preocupam mais com os dogmas e com as riquezas, que condenam a adoração dos santos adotada por outra doutrina, mas que, por sua vez, adoram os profetas do Velho Testamento, apenas substituindo o alvo da idolatria, esquecem-se, praticamente todas, de adorar a Deus em Espírito e Verdade, com pureza de coração.

Os médiuns que se esquecem do fim nobre das faculdades de intercâmbio com o Plano Espiritual e as exploram ambiciosamente, auferindo lucros indevidos desse instrumento divino, terão que devolver até o último ceitil da sua exploração. Médiuns que não produzem os frutos de amor, de caridade e de consolação, o que se espera de todo e qualquer médium, serão visitados pelo sofrimento.

Tanto os homens, em geral, as doutrinas religiosas e os médiuns, em particular, que não produzirem os frutos que deles se esperam receberão o seu pagamento, de acordo com o texto evangélico: Nunca mais produzas fruto! 

Claro que o símbolo usado por Jesus é forte. Ele não poderia condenar perpetuamente os que se recusam a produzir, o que seria contrário à Lei do Progresso. Mas a idéia é que, como na Parábola dos Talentos, aquele que não fizer frutificar os seus dons perderá as suas faculdades, ou seja, secará!

O seu progresso continuará a se dar, mas em condições muito mais adversas.

3. Por que a figueira foi amaldiçoada por Jesus se não era tempo de figos?

O Evangelista Marcos afirma que Jesus não encontrou frutos na figueira mesmo estando cheia de folhas, porque não era tempo de figos.

Recordemos que Jesus se utilizava das idéias fortes para transmitir ensinamentos eternos e universais. O que parece contraditório para os que buscam apenas a letra que mata, ganha colorido todo especial para aqueles que já estão atrás do espírito que vivifica.

A idéia por trás dessa figura é a seguinte: as pessoas, em nossa maioria, alegam que não fazem o bem ainda, porque não adquiriram a tranqüilidade financeira, porque ainda não se formaram na faculdade, porque ainda não se casaram, porque ainda não tiveram filhos, porque ainda não passaram no melhor concurso, porque ainda não fizeram o doutorado, porque ainda não se divorciaram, porque ainda não se aposentaram, porque ainda não... ou seja, para elas (nós) nunca será tempo de figos.

Se não nos sobra o pão, que levemos aos carentes uma leitura do Evangelho, uma palavra amiga, uma companhia. Sacrifiquemos um pouco a leitura do jornal, a novela, o chat na internet, o Jornal Nacional. Vamos sair do nosso casulo e vamos doar um pouco de nós mesmos. Até quando nossas preces, que devem ter o caráter de louvar, pedir e agradecer, ficarão orbitando apenas em torno do pedir? 

Nós que costumamos subestimar o Geema, não damos conta que uma palavra de estímulo, uma mensagem de amor, um ensinamento que colhemos nesta ou naquela obra, quando resolvemos dividi-los com o Grupo, alcançarão mais de uma centena de pessoas. Já imaginaram o bem que poderemos fazer sem muito esforço? Por que será que economizamos tanto?

Muitos irmãos admiram os oradores espíritas em suas tribunas trazendo as lições mais belas que o Evangelho e a Doutrina Espírita nos oferecem; muitos chegam a desejar,  intimamente, estar ali levando tantos esclarecimentos e consolos aos demais. A esses diremos, uma mensagem que postamos no Geema pode ter o mesmo efeito junto aos irmãos. Uma frase de André Luiz ou de Joanna de Ângelis, uma mensagem de Léon Denis ou de Emmanuel, por exemplo, podem chegar como resposta a uma pessoa que, durante as preces, tem rogado a Deus uma solução para os seus problemas.

Pensemos nos bons frutos que devemos apresentar!

4. Por que os médiuns, espíritas ou não, deveriam ler e refletir com mais atenção sobre esta parábola?

Simplesmente, como ficou claro acima, esta Parábola traz uma mensagem especial para os que possuem um contato mais direto com os queridos Orientadores Espirituais. Que dizer dos médiuns "fantásticos" na Casa Espírita, mas que são cheios de vícios, atrelados às paixões (gulosos, fumantes, beberrões e desregrados sexualmente), maledicentes, mentirosos e fofoqueiros na vida diária?

Acreditamos que a afirmativa já nos oferece suficiente material para a nossa reflexão. 

Que Jesus nos abençoe e ilumine; que os nossos queridos guias espirituais estejam sempre nos intuindo e protegendo!

Fiquemos na paz!

Frei Paulus.

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