Parábola da Figueira que Secou

Comentários (do site www.ceha.org.br)

  O objetivo desta parábola é ressaltar a necessidade do homem influenciar positivamente o mundo à sua volta, apesar das pressões e dificuldades existentes, ou seja, aproveitar a oportunidade desta encarnação. De acordo com a linguagem simbólica das parábolas, a figueira não saciou a fome de alguém que chegou até ela, enfim, deixou de ajudar a quem precisava de ajuda. Vale salientar que ninguém deve ocupar, inutilmente, lugar na sociedade.

A figueira representa os homens, podendo também ser interpretada como uma doutrina. É possível ainda comparar-se o médium à figueira, já que ele funciona como um intermediário, a fim de que seja oferecido às pessoas um alimento espiritual. Aqueles que se recusam a cooperar, acabam se transformando em figueiras estéreis.

Os frutos estão associados às boas obras, ao processo de melhoria interna. Os frutos são distintos dependendo das pessoas. Umas conseguem produzir mais, outras menos. Jesus abordou este tema em outras parábolas como Semeador, Talentos, etc.

Os frutos servem para saciar a fome, e representam as boas ações que visam a melhorar o mundo à nossa volta. Todo aquele que interfere positivamente no mundo está criando condições para que a “fome” seja saciada. Uma árvore sem frutos representa um Espírito sem virtudes.

Mateus fala que a figueira estava à beira do caminho. Na parábola do semeador, Jesus já havia se referido a esta figura como os que se colocam à margem do processo evolutivo, sem oferecer condições da Palavra Divina (a semente) se desenvolver.

A figueira apresentava folhas, mas não tinha frutos. Os dois apóstolos insistem neste ponto. As folhas estão associadas à aparência. Muitas vezes, aparenta-se bondade, porém, os frutos... Irmão X conta uma estória de um expositor que sempre via uma velhinha assistindo às suas palestras. Ela nada falava. Após algum tempo, ele sentiu falta da senhora, e, perguntando por ela, soube que havia desencarnado. Ele também, passados alguns anos, desencarnou. No mundo espiritual, sofreu muito em função dos erros cometidos apesar do conhecimento que possuía. Um dia, depois de muito pedir, percebeu uma luz interna se aproximando. Ela o envolveu e levou-o para um campo bonito. Quando pôde ver quem era a luz, o antigo expositor assustou-se porque estava diante da velhinha de outrora. Recuperando-se da surpresa, perguntou-lhe como havia conseguido evoluir tanto. Ela simplesmente respondeu: “Eu vivi o que você pregava”.

Marcos utiliza a expressão: não era tempo de figos. Esta justificativa parece sensata, e é, inclusive, muito utilizada pelo homem. Freqüentemente quando procurados por aqueles que necessitam de nós, alegamos impossibilidades. Sempre alegamos que nos faltam recursos materiais e espirituais. Além disso, a figueira cultivada sempre apresenta frutos quando tem folhas, ou seja, aparenta (folhas) e realiza (frutos). A figueira estéril apresenta folhagem, mas não oferece frutos. É importante lembrar que não devemos esperar que tudo esteja bem à nossa volta para que venhamos a oferecer frutos. Não devemos ser bons apenas para os que são bons conosco. A terra infrutífera pode ser interpretada como a interferência negativa do meio, o que não deve suplantar o nosso livre arbítrio. O homem deve ser espiritualmente fecundo, mesmo em ambientes desfavoráveis e tempos não propícios. O homem realmente espiritualizado tem que suplantar as atrações materiais, proclamando a soberania de sua origem divina.

Os evangelistas deixam claro que o destino das pessoas e instituições estéreis é semelhante, todas irão secar. Secarão as instituições que valorizam normas, regras, em detrimento do que é realmente essencial: a Caridade.

Marcos ressalta que a figueira secou apesar de estar bem enraizada, com o tronco bem formado, e a copa bem enfolhada. Este comentário é importante porque, muitas vezes, nos deixamos enganar pelas aparências. Existem pessoas que dizem: “Fulano não faz nada de bom para ninguém e nada dá errado em sua vida”. São figueiras sem frutos, mas com aparência. Eles nada terão a oferecer quando tiverem de prestar contas, simplesmente secarão (longos séculos decorrerão até que novas oportunidades reencarnatórias apareçam).

Há ainda um detalhe a esclarecer: A figueira secou! Por quê? Certamente, Jesus objetivava com esse fato, ilustrar a parábola, e produziu tal fenômeno através da manipulação de fluidos magnéticos, que Ele conhecia muito bem.

As versões de Marcos e Mateus variam na determinação do tempo. Mateus conta que ela secou no mesmo instante, enquanto Marcos assevera que ela estava seca pela manhã quando voltaram por ali. A diferença está provavelmente associada a palavras e ao contexto das traduções.

A pergunta natural que podemos, então, fazer é: “Estamos oferecendo frutos, ou apenas apresentamos folhas?”

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