POLÍTICA DE SEGURANÇA

O CASO DE CHAN HAK KAN, aliás CHAN VA 

 

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O caso do CHAN HAK KAN, também conhecido por CHAN VA,  tem outros contornos obscuros. 


in comentários ao artigo "Sampaio adia condecoração", Expresso, 10/6/00


«Conto eu a outra face da história.

O Governo Português de Macau foi posto entre a espada e parede pelo Wan Kuok Koi, «dentes partidos» pela sua directa afronta à autonomia do Território. Sucessivas entrevistas, filme, documentários televisivos, bloqueamentos de ruas e ponte, guerras sangrentas, etc. empurrava as autoridades para um beco sem saída.

António Marques Baptista, director da P.J., obrigado pelo Governo a intervir, aproveitou bem a oportunidade, atendendo às suas inegáveis amizade com a Gasosa, seita rival do «Dente Partido». Lançou-se com o episódio da explosão da sua viatura automóvel contra toda estrutura da 14 Kilates, precisamente no dia da estreia do filme e da passagem da entrevista à televisão de Hong Kong do «Dente Partido».

O pretexto da explosão ocorrido numa manhã em que a vitima dispensou dezenas de guarda-costas e motoristas – que, até à casa de banho, o costumavam escoltar -, estacionou a sua viatura num canto do Monte da Guia e estala-se uma explosão, segundo sua versão, só salvo pelo seu cãozinho treinado contra engenhos explosivos que inteligentemente o alertou, fugindo ambos do local. 


Pitoresca história para muitos, o suficiente para a Polícia avançar a sua guerra movida contra apenas uma das partes beligerantes.

Até à data não havia provas contra 14K passou a ter.

Chan Vá, encruzilhado nesta guerra Baptista/Wan, ficou detido na Cadeia.

Toda acusação iria a bom porto, nomeadamente o Tribunal Superior de Justiça veio indeferir o recurso da defesa e alertando para a violação do exclusivo de exploração do contrato do jogo entre o Governo e STDM pela administração da sala Coral de Chan Vá.

O Governador como do costume nesta matéria preferiu fazer ouvido de mercador.

O destino quis o Chan Vá não ficasse condenado, não porque contou a protecção divina, apenas porque contraiu uma pesada divida bancária ao Banco Comercial de Macau, subsidiária do Banco Português de Atlântico de Portugal.

Aqui apareceu a mão mágica de Rocha Vieira intervindo que Chan Vá fosse o único dos dez acusados do 1º mega processo ilibado pelo tribunal.

Como se receava uma provável condenação, os muitos milhões do BCM seriam irrecuperáveis a longo prazo.

Como é bom estar endividado de alguém importante, pelo menos há quem preocupar pela sua saúde.

Basta ver como António Marques Baptista muda de tom no seu testemunho perante o Tribunal, apelidando de Chan Va «seitoso romântico» em total contraste nos primeiros dias da sua prisão, até na China o mandou buscar debaixo do fuzilamento da comunicação social.

Também a intervenção do escritório da advocacia de Leonel Alves ligado ao BCM em defesa do Chan Va diz tudo.

Macau é demasiado pequena para ter segredo.

anónimo
13/6/00 »

 

 

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  Forum Macau - Lisboa, Macau - Junho 2000

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