PÉROLAS da "Má língua" VIEIRA EM SITUAÇÃO HUMILHANTE
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Vieira em
Situação Humilhante
in comentários ao artigo "Rocha
Vieira continua na Fundação" O General Rocha Vieira está numa situação de humilhação grave e que é incontornável. Porém, ao contrário do que se propala no pequeno círculo de amigos que ainda o apoiam, não foram os maus portugueses que criaram tal situação, nem se trata de uma campanha para o impedir de ser candidato à Presidência da República (pois nunca o exercício que fez do poder em Macau lhe permitiria uma tal ambição). Não. Foi o General Rocha Vieira que se virou contra si mesmo, colocando-se no centro de uma polémica que, como Homem de Estado, teria podido evitar não fosse o alto conceito que tinha de si próprio e o convencimento de que o apoio institucional que imerecidamente sempre teve do poder central em Lisboa, alguma vez, desaparecesse. É impensável que um homem que - durante cerca de 9 anos - exerceu um poder concentrado e absoluto não tivesse tido oportunidade de conduzir um processo de financimanto para uma Fundação privada, de forma legal (mesmo que para tal tivesse que mudar as leis existentes pois isso esteve sempre ao seu alcance), transparente e sem restrições financeiras. Porém, o General Rocha Vieira, mais
preocupado, nos últimos tempos da sua governação, em aproveitar
conhecer esta parte do Mundo (pois melhores condições jamais poderia
reunir: viagens em 1ª. classe, hóteis de luxo e tratamento diferenciado
em função do cargo que exercia)raramente se encontrava em Macau,
deixando o tempo correr e com alguma distracção concentrando nos últimos
momentos alguns assuntos que gostaria de ver resolvidos.Só isso poderá
justificar que um financiamento na ordem dos cinquenta milhões de patacas
tivesse tido um processo tão simples quanto aqueles que seguem uma
tramitação com base em meras ordens verbais e que esse montante tenha
sido transferido de Macau para Lisboa, quatro ou cinco dias antes da data
da transferência de poderes. Não sendo aquela a razão (distracção e
tratamento tardio dos assuntos), teria que se aceitar uma explicação que
corre em certos sectores das comunidades de Macau: a de que a razão deste
financiamento por parte da FCDM surgiu porque o Sr. Stanley Ho não
cumprira compromisso inicialmente assumido de financiar exclusivamente a
Fundação J.A. (com 150 milhões) pois, na oportunidade da entrega do
financiamento, apenas doara 100 milhões de patacas. Incorreu em sucessivos erros o Sr. General: O General Rocha Vieira, convicto de que o seu "poder" era vitalício,menosprezou todos quantos sabiam de tais conclusões e agarrou-se de forma escandalosamente errada à correcta atitude do Chefe do Executivo de Macau em não fazer publicar as conclusões do relatório e cometeu dois erros monumentais. (Incrível num homem de Estado!) Um:fez circular pela imprensa uma carta através da qual tentou passar a ideia de que as conclusões lhe eram favoráveis e teriam sido no sentido de que a sua actuação fôra legal e transparente; Dois: permitiu que a Fundação J.A. tivesse solicitado a dois conhecidos Professores de Direito (Administrativo) um Parecer para contrariar as conclusões da Comissão Independente da RAEM. Ora estas duas atitudes tiveram como consequência inevitável reacções em cadeia que conduziram à divulgação do Relatório.
Maria do Rosário Antunes Russo Redinha -- Maria do Rosário Antunes Russo
Redinha,
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