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ao artigo "ROCHA VIEIRA INDISPONÍVEL",
  Expresso, 15/1/00

 

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Comentários ao artigo ROCHA VIEIRA INDISPONÍVEL

In Expresso, 15/1/00

Recolhidos em 23 Maio 2000

(http://www.expresso.pt/expresso/comentartigo.asp?art=p042&ed=1420&mode=write)

 

22/1/2000
Acha que os dinheiros públicos de Macau para financiar a Fundação Jorge Álvares são uma vergonha nacional e que o assunto deverá ser urgentemente discutido na Assembleia da República para bom nome de Portugal?
Sim X
Não
NÃo tenho opinião

-- Macaense

22/1/2000
Sondagem
Concordo plenamente com a sondagem, mas vou propor acrescentar mais uma coisinha, se não se importam:
Acha que os dinheiros públicos de Macau para financiar a Fundação Jorge Álvares são uma vergonha nacional e que o assunto deverá ser urgentemente discutido na Assembleia da República para bom nome de Portugal?
Sim X
Não
NÃo tenho opinião

-- Paulo de Sousa Abrantes - Monte Estoril

21/1/2000
Acha que os dinheiros públicos de Macau para financiar a Fundação Jorge Álvares são uma vergonha nacional?
Sim X
Não
NÃo tenho opinião

-- CFU - Macau

21/1/2000
Acha que os dinheiros públicos de Macau para financiar a Fundação Jorge Álvares são uma vergonha nacional?
Sim X
Não
NÃo tenho opinião

-- Bia

21/1/2000
SONDAGEM
Já que nenhum jornal tem a coragem de fazer uma sondagem sobre a escandaleira da Fundação do Rocha, proponho que votem nesta coluna e reproduzam:
Acha que os dinheiros públicos de Macau para financiar a Fundação Jorge Álvares são uma vergonha nacional?
Sim X
Não
NÃo tenho opinião

-- Luís Esteves

 


21/1/2000
Eis alguns títulos que me vêm à mente para as minhas próximas produções cinematográficas:
«008 - Licença para Roubar»;
«Rocha Jones e os Salteadores da Fundação Perdida»;
«Lola de Neve e os Sete Rufiões».

PS: para esclarecimentos sobre os guiões, é favor contactar a Fundação Jorge Álvares.

-- Manuel de Oliveira

21/1/2000
Acabei de ler que o General Rocha Vieira é capaz de ir chefiar as forças de Timor. Se o homem nem perfil tinha para presidente da república, agora com o saque que ele fez a Macau, espero bem que ninguém no seu perfeito juízo nomeie um homem desses que nos desprestigia a todos como povo!
E já agora o que diz o Ministro Gago a isso de ir dar guarida à FRM ( Fundação da Roubalheira de Macau)? E Sampaio quando foi à festa do Handover a Macau foi informado ou não? SE não o foi e como foi um acto cometido enquanto o General, ainda sob admnistração portuguesa, dependia dele , o que vai fazer? Condecorá-lo?

-- Carlos Silva Pinto - Barreiro

21/1/2000
O Desígnio do General

Durante anos a fio, o governo central em Lisboa apregoou que Macau era um desígnio nacional. Por isso, os políticos fecharam os olhos às infâmias que um general de pacotilha ia cometendo em Macau.

 Sem olhar a meios, Vieira rodeou-se de um séquito de lacaios e de familiares que executavam as suas ordens ou se esmeravam em apresentar serviço para agradar ao chefe máximo e ganhar patacas. Este, com carta branca de Sampaio ( não há pior cego do que aquele que não quer ver) foi fazendo tudo o que lhe apetecia: saneou pessoas a torto e a direito, acabou com organizações de defesa de trabalhadores e de direitos humanos, perseguiu advogados, adiou ou impediu a promulgação de leis de protecção de direitos liberdades e garantias, seleccionou juizes que ditaram as sentenças que lhe agradava e escondiam provas das suas ligações às seitas (É do domínio público que um chefe de seita foi absolvido porque o advogado de defesa apresentou fotos do general e da mulher com o seitoso...) Ao mesmo tempo, como dispunha de meios substanciais, ia comprando a imprensa que na capital do "reino" lhe pudesse ser hostil: viagens à borla ao Oriente, congressos, suplementos pagos a peso de ouro - foi tal o regabofe que comparar a alegada corrupção de Melancia com a corrupção da era vieirista, é como comparar a história da carochinha com um filme de vampiros - eles comeram tudo e não deixaram nada.

A história recente da Fundação do general só prova que o tal desígnio nacional era mas é o desígnio do general: sacar o mais que pudesse para vergonha de todos nós portugueses. Vieira poderá ter ensaiado muito bem a pose com bandeira para a posteridade, mas tudo não passa de uma grande farsa.

 A fundação que criou é uma manta de retalhos que só serve para tapar os olhos e os buracos dos papalvos. Pensaria ele que os portugueses e os chineses de Macau se calariam perante um roubo descarado? Que Fundação é esta que quando vem a campo apresentar esclarecimentos ainda se enterra mais ao afirmar que nem conselho fiscal ainda tem? Saca-se a massa primeiro e depois é que criam os órgãos sociais? E as mentiras sobre o afastamento das pessoas? Porque dizem os jornais aí em Lisboa que Susana Chou se afastou por ser Presidente da Assembleia quando ela afirmou taxativamente em Macau que se afastou porque lhe mentiram e nunca lhe falaram em dinheiros públicos? As deserções da Fundação parecem os ratos a abandonar o navio; todos se escartam. Hoje, em Macau, até Stanley HO, o da outra metade do dinheiro, afirmou que desconhecia que havia dinheiro da Fundação para o Desenvolvimento e Cooperação.


Há uma versão chinesa da História de Macau que chama de piratas aos primeiros portugueses que chegaram às costas da China. É lamentável que os últimos portugueses em Macau passem por serem os piratas em versão moderna por incúria de um governo central que tratou Macau como se fosse uma república das bananas e nos pespegou com um militar daqueles do tipo dos que grassam pela América Latina, esquecido das conquistas de Abril.
Entretanto, Portugal continua alheio a este roubo descarado. Ai, se estivéssemos na Alemanha.....

-- Pandora


19/1/2000
Um dia, quando se fizer a história deste período, Macau vai ter um papel importante, foi lá que colonaram as personagens que tomaram conta de isto ajudadas e suportadas pelos poderosos lobbies originários da lavagem de brutalidades de milhões lá fabricados

-- anonimo

19/1/2000
As circunstâncias que envolvem a criação da Fundação Jorge Álvares constituem uma vergonha para Portugal e para todos os portugueses que permanecem em Macau.
O general Rocha Vieira, enquanto titular do cargo de Governador do Território, convocou e reuniu secretamente com diversas personalidades a escassos dias ou semanas da transferência de soberania, tendo em vista a criação da fundação. Nada foi divulgado, aqui ou na República. Tudo decorreu no maior dos segredos e só foi divulgado após o handover, já com o general e, provavelmente, o dinheiro em Lisboa. Desde logo, esta circunstância inspira a pior das impressões...
Mas o mais grave ainda não é isso: o que realmente choca é esta figura do Estado serviu-se do seu cargo para forçar uma fundação pública de Macau a disponibilizar 50 milhões de patacas (perto de 1.250.000.000$00 - isso mesmo)para a criação de uma nova fundação em Portugal, a ser presidida por ele próprio! É como a história do membro do governo que demite alguém para ocupar o seu lugar quando cessar funções governativas...
Então é este o homem que dizem ter servido a Pátria sem interesses próprios? O modelo de político, de líder? O homem que em Portugal só tem à sua altura a Presidência da República? Imagine-se o que faria se alguma vez atingisse tal posição, a julgar por esta amostra!
Aqui em Macau, a vergonha e a revolta são, de facto, os sentimentos dominantes entre a comunidade portuguesa. Já não bastava uma cerimónia de transferência de soberania do Território para os amigos e as visitas, em vez de virada para a comunidade local (que teve que contentar-se a ver o que se estava a passar pela televisão); ainda por cima, mesmo depois de já cá não estar, o homem ainda nos faz destas! É caso para dizer: «Melancia, volta; estás perdoado». Só que agora é já demasiado tarde...
Toda a imprensa local - quer de língua portuguesa quer chinesa, bem como a inglesa de Hong Kong - não pára de falar nisto. Estranhamente, ninguém parece tocar no assunto por aí... Que se passa, senhores jornalistas? Estão assim tão comprometidos? Os favores e prendas foram assim tantos? Já todos vimos tanta gente ser crucificada por vós por bem menos; então, e agora?

-- Um português residente em Macau

17/1/2000
Basta de visões cor-de-rosa do último Governador de Macau. O homem não é um herói e muito menos uma figura abnegada, que serviu desinteressadamente o seu país! Em vez de os senhores leitores andarem a digerir apenas artigos de jornalistas vendidos, que foram a Macau a expensas da ex-administração portuguesa, com o claro objectivo de promoverem o general, há que começarem a ler material de outras fontes (de preferência, não subsidiadas pelos interessados...). Ora, aqui vai uma, do «Hong Kong Standard» de 17/1/2000:

Alarm bells ring after $50m Macau transfer

By Yu Man-ching in Macau

STORY: MACAU Chief Executive Edmund Ho Hau-wah has ordered a charity
foundation to submit an urgent report after a total of 50 million patacas
(HK$50 million) was found to have been ``secretly'' transferred to Portugal
prior to the handover last month.

The money was ``appropriated'' from a local foundation - the Macau
Co-operation and Development Foundation - in November 1999, a month
ahead of the handover.

The last Macau governor, General Rocha Vieira, was the president of the
foundation's trustees committee, at the time. The committee draw up a plan
and a budget for the foundation every year.

The administrative committee was pushed hard to approve the appropriation
requests, a foundation source said.

``The administrative committee has been controlled tightly for approval of
appropriation requests,'' a close source of the MCDF said.

``The appropriation of 50 million patacas was initially to subsidise a museum
in Portugal to show exhibits about Macau and promote Macau's culture.
Sometimes, it is very difficult to monitor if the usage of the appropriation is
changed mid-way,'' said the source.

The appropriation request was made in September and the funds were
transferred to Portugal in November while Gen Vieira was still the head of
Macau as well as of the foundation.

The then-governor allocated the sum to create a new foundation in Portugal
under the name Foundation Jorge Alvares.

The cost for setting up the foundation was 100 million patacas, half of which
was to be borne by the Macau foundation and the other half by the
Sociedade de Turismo e Diversoes de Macau, which is controlled by casino
magnate Stanley Ho.

According to the regulations of the new foundation, the Chief Executive of
the MSAR automatically becomes a trustee after stepping down from the
office.

``The MSAR Chief Executive is highly concerned by the transfer of 50 million
patacas from the Macau Co-operation and Development Foundation to the
Foundation Jorge Alvares in Portugal, and has requested the MCDF to
submit a report,'' a spokesman from the Chief Executive's office said.

MSAR Legislative Assembly President Susanna Chou immediately resigned
from Foundation Jorge Alvares as soon as she heard news of the transfer.

``The former governor had invited me to join the trustees committee of his
foundation in Portugal while emphasising that it was a private operation
without a penny from Macau,'' she said.

``I immediately offered my resignation when I heard about the transfer of
Macau assets, and phoned Mr Vieira to express my views on this matter,''
Ms Chou said.

``Although the transfer occurred during the previous administration, and has
no connections with the MSAR Government, an investigation is still needed,''
Legislative Assembly and Executive Council member Victor Ng Weng-lok.

-- anonimo


15/1/2000
Mesmo que estivesse disponível para ser candidato a Presidência da República não teria perfil para isso.

A comprovar os receios da maioria dos Portugueses, ai estão as ramificações da MAFIA de Macau a constituírem-se em corporação/lobbie para influenciar os vários poderes em Portugal, nomeadamente o Governo.

O que não se percebe é porque que é que o Estado Português permite a criação de Fundações, sem qualquer critério, ainda para mais beneficiando de isenção de impostos. Assim os senhores todos poderosos da alta finança tem sempre uma forma simples de fugir ao fisco.

Por outro lado, podem ainda constituir-se em lobby para influenciar os poderes públicos.

Ate quando Portugal vai continuar a ser um 'sitio mal frequentado'? Quando é que passará a ser um Pais?

-- Mega Ferreira  

 

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