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ARTIGOS PECADO
ORIGINAL,
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Um pecado original
- O general Rocha Vieira, cuja honorabilidade não está em causa, cometeu um erro de avaliação surpreendente num homem com a sua experiência e bom senso. Os serviços relevantes que prestou ao País não mereciam uma polémica deste calibre, mas o general tem, por certo, a noção de que também se pode queixar de si próprio. Optou por se afastar da presidência da fundação e fez bem. - Edmund Ho não teve força política para manter a palavra dada a Rocha Vieira. Pressionado pelos sectores chineses mais fundamentalistas, que têm o apoio espúrio de alguns portugueses, Ho escolheu o caminho mais pragmático. Terá perdido o homem, mas talvez tenha ganho - pelo menos por agora - uma visão do futuro de Macau que valoriza a manutenção dos laços com a antiga nação colonizadora. No fundo, é bom ter-se presente que uma eventual alternativa a Edmund Ho representará um corte drástico no nível das relações com Portugal. - Jorge Sampaio não foi particularmente feliz no tom que escolheu para falar sobre o assunto na entrevista que concedeu a Margarida Marante. Um Presidente da República não precisa de invocar testemunhas para credibilizar a sua palavra, nem necessita de descer a pormenores pouco compatíveis com o sentido de Estado que deve ser apanágio das suas intervenções. Uma entrevista televisiva de um Chefe de Estado não é, propriamente, uma conversa coloquial de salão. Para além disso, Jorge Sampaio não disse aquilo que, neste momento, é óbvio: a melhor forma de resolver o problema é extinguir, rapidamente, a Fundação Jorge Álvares e devolver ao Governo de Macau o dinheiro que saiu dos seus cofres. Não se percebe como os senhores curadores da fundação ainda não entenderam esta verdade elementar.
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O que
é público sobre o controverso processo de constituição da Fundação
Jorge Álvares permite já algumas conclusões: