Milhões da FJA ficam
em Lisboa
Macau
Hoje, 1/6/00
A Fundação Jorge Álvares (FJA) não vai ser extinta
nem vai devolver a Macau os 50 milhões de patacas transferidos da Fundação
para a Cooperação e Desenvolvimento de Macau, foram estas as decisões
tomadas na longa reunião do Conselho de Curadores, que decorreu na terça-feira
em Lisboa.
O general Lopes dos Santos, 83 anos, é o novo presidente do Conselho de
Administração da FJA, disse ontem à Lusa uma fonte da FJA, passando
Rocha Vieira a curador, como prevêem os estatutos da fundação. De
acordo com a mesma fonte, a escolha de Lopes dos Santos foi feita na reunião
de terça-feira do Conselho de Curadores da FJA e é uma consequência da
indisponibilidade manifestada por Rocha Vieira para continuar à frente
dos destinos da fundação devido à polémica gerada em torno do
financiamento daquela instituição.
Num artigo de opinião publicado na última edição do semanário
Expresso, Rocha Vieira escreveu que a falta de solidariedade manifestada
por Edmund Ho e toda a polémica registada com o financiamento da Fundação
Jorge Álvares levaram-no a afirmar que a instituição tinha deixado de
"fazer sentido" para si.
A fonte contactada pela Lusa
disse ainda que o Conselho de Curadores da Fundação Jorge Álvares iria
distribuir um comunicado à Imprensa para explicar as alterações na
estrutura directiva da instituição. O general Lopes dos Santos, novo
presidente da FJA, foi governador de Macau entre 1962 e 1966.
O Conselho de Curadores decidiu ainda que é cada vez mais
necessário mostrar que a instituição está viva. Como tal, foi criado
um grupo de trabalho para promover acções concretas, podendo a primeira
ser já a comemoração do Dia de Macau em Lisboa.