ARTIGOS LOPES
DOS SANTOS RENDE ROCHA
VIEIRA
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Fundação
Jorge Álvares O General Rocha Vieira foi substituído na presidência da Fundação Jorge Álvares (FJA) pelo General António Adriano Lopes dos Santos, de 83 anos, que foi governador de Macau entre 1962 e 1966 e também o último governador português de Cabo Verde. A decisão foi tomada na terça-feira, por unanimidade, pelo Conselho de Curadores da FJA, numa reunião em que o último governador de Macau formalizou a decisão anunciada no sábado no "Expresso" de renunciar aos cargos que exercia na Fundação. O Conselho de Administração da FJA passou então a ser presidido pelo General Lopes dos Santos, integrando mais dois ex-governadores de Macau, Melo Egídio e Carlos Melancia, e ainda o editor Guilherme Valente e o advogado Manuel Coelho da Silva. O Conselho de Curadores - de que fazem parte cinco ex-governadores de Macau (Carlos Melancia, Pinto Machado, Almeida e Costa, Melo Egídio e Garcia Leandro), entre outras pessoas, - constituiu também um grupo de trabalho, coordenado por Carlos Melancia, para concretizar "iniciativas a curto prazo" tais como "a ligação com os vários núcleos de macaneses no estrangeiro". O PÚBLICO tentou, em vão, saber se na reunião foi abordada a hipótese de se devolver o polémico financiamento de 50 milhões de patacas (1,25 milhões de contos) à FJA por uma instituição pública de Macau, a Fundação para a Cooperação e Desenvolvimento de Macau (FCDM), por decisão do próprio Rocha Vieira nas vésperas de abandonar o Governo do território, em Dezembro. Edmund Ho, chefe da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), que nomeou uma comissão independente de inquérito onde este financiamento foi considerado "ilegal" e "anulável", já defendeu a devolução do dinheiro. Mas os curadores da FJA não o tencionam fazer porque, como referiu um deles ao PÚBLICO, "não podem" fazê-lo e dizer o contrário é "demonstrar uma enorme ignorância em matéria jurídica".
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