FISIOLOGIARENAL

 Orim possui 2 funções básicas: endócrina (apesar de não ser uma glândulaendócrina) e homeostática (que é a principal).

Não se sabeaté hoje quais as estruturas renais responsáveis pela função endócrina dorim mas os pesquisadores acham que a porção secretora encontra-se no complexojustaglomerular (córtex renal), principalmente:

  1. Funçãoendócrina
    1. Secreçãode renina:  Esta substância éresponsável pela ativação do sistema Renina-angrotensina II através da ação enzimática sobre a reação de transformação deangrotensinogênio em angrotensina I, que por sua vez transforma-se emangrotensina II sob ação da enzima conversora de angrotensina (ACE) quetambém atua hidrolirando a Bradicinira. A angrotensina II age modificando aangrotensina II age modificando a ação renal da seguinte forma:

·Ação de vasoconstrução das arteríolas eferentes no rim maioralimento da filtração glomerular.

·Ação sobre o córtex da adrenal levando à produção de aldosterona.Esta, por sua vez, age nos túbulos renais estimulando a retenção eabsorvição de sódio. Por mecanismos osmóticos, a água também tem suaabsorção aumentada. A conseqüência disso é o aumento da volemia e, então,hipertensão arterial.

·Ação sobre as células mesangiais do glomérulo de forma acontraí-las. Então haverá diminuição da área de filtração glomerular comconseqüente redução da taxa de filtração glomerular (TGF).

    1. Secreçãode l.25 dihidroxi-colicalciferol o qual é importante na absorção de

Cálciono túbulo renal e no depósito de cálcio no osso.

3.Secreçãode eritropoietina. Ela é um fator de crescimento com ação única e

  específica de estimular a medula óssea aproduzir glóbulos vermelhos.Esse

  hormônio tem sua produção aumentada emcondições de hipóxia.

B.Função homeostática

 l.Manutenção de um volume hídrico adequado (tonicidade). Esta ocorre emfunção da excreção de água e solutos formando um gradiente osmolar adequadoentre os compartimentos intra e extracelulares.

 2.Regular a concentração de íons como sódio, potássio, cloreto, bicarbonato,hidroxônio, magnésio e fosfato no organismo. Isto também ocorre com a ajudada capacidade de excreção de água e solutos.

 3.Manutençãodo pH, com ajuda do pulmão. O controle do pH no sangue deve-seà capacidade do rim de escretar H+ e reabsorver HCO-3.

 4.Manutenção da concentração adequada de metabólitos (Nutrientes):

                  Ela ocorre devido à capacidade dereabsorção presente nos túbulos renais                   

                  Impedindo que metabólitos, como glicose,sejam eliminados pela urina.

                 5. Eliminação de produtos do metabolismo como uréia, ácido úrico e timina                                       

 (pelacapacidade de excreção renal).

 6.Eliminação de drogas ou outras substâncias tóxicas que existam nosalimentos. 

 CLEARANCEOU DEPURAÇÃO PLASMÁTICA RENAL

 É ovolume plasmático de onde foi removida e excretada uma substância X porminuto.

Ela estárelacionada à “limpeza”do plasma levando à produção da urina.

O glomérulorenal recebe o plasma sanguíneo e uma parte desse continua no sangue e sai pelaarteríola eferente e outra parte é filtrada no glomérulo levando àprodução da urina. Depuração renal é um fenômeno no qual aquela parte doplasma é filtrada e transformada em filtrado glomerular e depois urina. Então,substâncias que são eliminadas pelo rim apresentam um clearance maior que asoutras em relação à concentração delas no plasma. Por outro lado,substâncias pouco ou não eliminadas na urina, como os metabólitos em geral,possuem baixo clearance já que a concentração plasmática é superior àconcentração da substância em questão que está na urina. 

Clearance de x = fluxo urinário X concentração de x na urina / concentração de xno plasma.

NÉFRON

Néfron é aunidade funcional do rim e é subdividido em duas porções intimamenterelacionadas entre si: porção circulatória (arteríola aferente, glomérulo,arteríola eferente) e porção urinária (cápsula de Bowmann, túbulos renaise ducto coletor).

A arteríolaaferente abastecem os capilares glomerulares. A partir deles forma-se umlíquido livre de proteínas que escoa para o espaço de Bowmann (atravessando abarreira dos vasos glomerulares). Esse líquido é chamado de ultra-filtrado.

Oultra-filtrado possui a mesma concentração que o plasma com exceção dasproteínas. Ele atravessa, passivamente, o capilar e chega ao espaço deBowmann. Nesse, o ultra-filtrado entra em contato com a cápsula de Bowmann edaí cai nos túbulos renais formando a urina.

O capilarglomerular é formado por endotílio, membrana basal (constituída por 3 laminas–

Rara interna,densa e rara externa – as quais possuem fenestrações permeáveis a solutos eágua) e diafragma (estrutura circular com poros permeáveis à água e aossolutos). A estrutura do capilar glomerular representa a barreira atravessadapelo plasma formando o ultra-filtrado.

Como já citadoanteriormente, apenas uma fração do plasma é filtrada. Além disso, existemsubstâncias que são secretadas diretamente nos túbulos renais sem seremanteriormente filtradas e existem aquelas que são total ou parcialmentereabsorvidas pelos túbulos renais contribuindo pouco ou nada na composiçãofinal da urina.

MECANISMOSBÁSICOS DA FORMAÇÃO DA URINA

A filtraçãoglomerular não depende apenas da membrana capilar, mas também de umasomatória de pressões que estão vinculadas ao glomérulo renal.

A pressão dosangue que chega pelas arteríolas aferentes é denominada pressãohidrostática capilar (phc). Ela tende a deslocar líquido do capilar para oespaço de Bowmann. Phc é muito alta no glomérulo pois: a distância entre aaorta e a artéria renal e entre esa e a arteríola aferente é curta, nãoexiste resistência ao fluxo de sangue da aorta abdominal até a arteríolaaferente e a arteríola eferente diâmetro menor que a aferente dificultando oescoamento sanguíneo e deixando o glomérulo repleto de sangue levando a ummaior phc. Phc varia entre 80 e 85 mmHg.

Além de phctemos a pressão oncótica (Ponc) dentro do capilar. Ela é resultado dapresença de proteínas plasmáticas, principalmente a albumina, que retêmlíquido dentro do vaso Ponc varia entre 25 e 30 mmHg.

Aterceirapressão é exercida pelo líquido pré-formado no espaço de Bowmann que tendea reter o líquido no próprio espaço de Bowmann. Essa é a pressão de Bowmann(pB) e ela varia entre 5 e l5 mmHg.

A somatóriadas pressões é denominada pressão efetiva de filtração (PEF) e é dada pelaseguinte equação: PEF = Phc – Ponc – PB. Ela é aproximadamente 40 mmHg.

Pef leva a umasaída de ultra-filtrado para o espaço de Bowmann e daí para os túbulosrenais. Ele também é chamado de filtrado glomerular.

Sua formaçãoobedece a um ritmo glomerular chamado de taxa de filtração glomerular (TFG)medida em ml/min.

Assim, filtradoglomerular corresponde ao volume plasmático filtrado e TFG corresponde aovolume plasmático filtrado por minuto.

O sangue quechega aos capilares glomerulares atravessam a barreira capilar formada porendotílio, membrana basal e podocitos.

Quanto maior apressão arterial média (Pam), maior a pressão hidrostática capilar e maior ataxa de filtração glomerular (fora da faixa de Pam entre 60 – l60 mmHg.).

Quando Pamestá entre 60 e l60 mmHg, tenta-se manter a TFG constante (= 120 ml/min)através de mecanismos de auto-regulação .

 QuandoPam superior a l60 mmHg., temos um elevado fluxo da arteríola aferente, umagrande quantidade de sangue no glomérulo e isso desencadeará lesão glomerular(fisiopatologia da hipertensão relacionada à insuficiência renal).

 TEORIASQUE JUSTIFICAM A AUTO-REGULAÇÃO

1.     Miogênica (localizada nas artérias renais)

Umaumento no Pam provocaria um estímulo da musculatura lisa da arteríolaaferente e isso levaria a uma vasoconstrição. Com isso, haveria redução dofluxo de filtração glomerular.

Poroutro lado, uma queda na Pam provocaria relaxamento da musculatura da arteríolaaferente com conseqüente vasodilatação. Isso provoca um aumento do fluxo defiltração glomerular.

2.     Teoria do metabolismo

Umaredução do fluxo sanguíneo leva a um acúmulo de quantidade de substânciasvasodilatadoras (principalmente cininas e prostaglandinas) que, por sua vez,provocam aumento do fluxo sanguíneo.

Ocontrário também é verdadeiro, ou seja, um aumento do fluxo promove uma drenagem maior de substâncias vasodilatadoras diminuindo avasodilatação do vaso. Isso provoca uma redução do fluxo sanguíneo. 

3.     Teoria da mácula densa (controle LOCAL da TFG).

Amácula densa encontra-se na porção final da alça de Henle. Ela está entreas arteríolas aferente e eferente e é um túbulo pelo qual passa o filtradoglomerular.

Amácula densa capta alterações na concentração de sódio. Uma maiorconcentração de sódio no filtrado é entendida como uma elevada TGF. Frente aesta situação, a mácula densa envia um estímulo para a arteríola aferentepromovendo sua vasoconstrição. Isso resulta em diminuição do fluxosanguíneo e da TFG.

Quandose trata de uma dimiuição da concentração de sódio o inverso ocorre tendocomo resultado um aumento na TFG

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