Cigana
Sou como as águas
de uma cachoeira
Que caem rapidamente
trazendo sua beleza
Uma gota que une-se
a um grupo
Para formar as corredeiras
Não permitindo
que me olhe por mais de um segundo
Pois assim não
me sentirei presa
E por mais que tente
me prender em suas presas
Irei como a água
que escapa por seus dedos
De uma maneira sempre
inesperada e faceira
Deixando o desejo em
desvendar
O mist'erio de um olhar
E um som a perturbar
O barulho de minhas
moedas de quando me viu dançar
E da rosa que recebi
de ti
Levarei as pétalas
pois são belas e minha tenda ao de enfeitar
Mas os espinhos para
ti ei de deixar
Pois ao de te proteger
dos espinhos que a vida lhe trará
E assim saberá
que uma cigana passou por seu olhar
Deixando a luz do oriente
a ti guiar
E os espinhos a te
escudar
E pelos caminhos onde
me procurar
Proteção
sempre terá
Porém nunca
me encontrará
Cigana Filha das
Águas