Você
conhece a origem destes nossos tão felizes encontros familiares
realizados a cada três anos? Provavelmente não, pois esta
motivação nos remete a um passado longínquo.
Leia e verá onde tudo começou...
Somos o que somos por termos sido criados, lapidados, produzidos, embalados
e melhorados de geração a geração. Tijolo
após tijolo, construímos "nossa casa" sobre
preciosos alicerces.
Esta é uma oportunidade rara de conhecermos e reverenciarmos
nossos antepassados. Difícil tarefa empreender tal rastreamento.
Fez-se necessário um verdadeiro trabalho de pesquisa histórica
e reconstrução oral até chegarmos às origens.
A nossa ascendência é mítica e discutida. Reconhecida
por uns e negada por outros.
Optamos então, por estudar três ramos.
OS MONTEIROS, os MARTINS, os CASTRO.
Trataremos também de um ramo irmão - os CASTANHEIRAS -
figurando em muitos encontros.
Considerando 20 anos como uma geração, supomos que no
século XIII, fugindo das guerras napoleônicas, Dona Branca
dos Algarves Piza e Castelhano e seu marido Dom André Monteiro
aportaram no Brasil. Ambos eram espanhóis e fidalgos.
Nasceram entre 1760 e 1770 em algum lugar da Espanha.
Iniciou-se assim, nossa descendência. Tiveram dois filhos: André
Monteiro Filho da família Martins da Serra e Mariana Monteiro,
nossa ascendente direta, casou-se com Damásio Ribeiro. De seus
filhos, entre outros, encontra-se Lucinda Cândida do Amor Divino
Monteiro, nossa ascendente, que se casou com Cesário Francisco
de Souza Monteiro, filho de André, irmão de Mariana, portanto
eram primos.
A partir daí, começa e elucidação da história.
Já estamos nos primórdios de século XIX.
Lucinda Cândido e Cesário Monteiro têm seis filhos,
um deles, Maria Cândida de Jesus, a "Madrinha do Sobrado",
nascida em 1817 e casou-se com o Major Francisco Ferreira Rodrigues.
Joaquim Cesário de Souza Monteiro, irmão da "Madrinha
do Sobrado" casou-se com Ângela. Destes, nasceu Guilhermina
que se casou com Venâncio Vivas, cuja filha Delphina casou-se
com Cândido Soares, pais da nossa querida Tia Maria.
José, irmão de Delphina, casou-se com Elvira, desta união,
nasceu Sebastiana e Vicente. A primeira, mãe da Maria Custódia,
casada com nosso primo Breno. O segundo, pai de Tânia Mara, casada
com nosso primo Celso.
Outro irmão de Delphina, Astolfo, casou-se com Carlinda, tendo
Maria Vivas como filha que se casou por sua vez, com Aristides Resende,
cujo filho Arizênio é pai dos nossos primos Vinícius,
Catarina, Cristina e Emanuela.
A "Madrinha do Sobrado", (Maria Cândido de Jesus) tinha
uma irmã chamada Jesuína Cândida de Sousa, que se
casou com Mizael Mendes dos Santo. Deste casamento nasceram:
1. Américo Mendes dos Santos, que se casou com Ana Castanheira
dos Santos e tiveram onze filhos, sendo o quinto deles, nosso querido
Tio Homero.
2. Maria Augusta Mendes, que se casou, em segundas núpcias, com
Oscar Lara. O casal teve três filhos. Sendo o primeiro nosso querido
Tio Lélio.
3. Guilhermina Mendes dos Santos casou-se com Venâncio Castanheira.
Tiveram nove filhos.
O primeiro, Bento Mendes Castanheira que se casou com Francisca Machado
e tiveram seis filhos. O primeiro deles, nosso Dr. Bentinho - Bento
de Oliveira Castanheira - pai do Newton e da Mayra, casados respectivamente
com Ilca e Dirceu.
O segundo filho, Dr. Paulo de Oliveira Castanheira, casou-se com Helena
Lara Castanheira, pais do Rodolfo casado com a Sandra.
A quinta filha, Iracema de Oliveira Castanheira, finada primeira esposa
do Tio Àlvaro. A sexta filha era Joana Mendes Castanheira. Foi
casada com Cícero Mourão Monteiro.
Tiveram nove filhos. Cícero Monteiro Filho, o segundo filho,
casou-se com Francisca Célia Monteiro e tiveram quatro filhos.
A primeira, Maria das Graças, a "Dadaia", casada com
o Hugo. A caçula, Cacilda Castanheira Monteiro, casou-se com
Antônio Guimarães de Carvalho. Tiveram quatro filhos, sendo
a última Fabíola, casada com o Saulo.
A nona filha de Guilhermina e Venâncio era a Maria Mendes Castanheira
que se casou com Joaquim Carlos de Carvalho e tiveram sete filhos, sendo
o último Francisco de Assis Carvalho, o "Chichico",
que se casou com a Marise.
Nosso clã, como vimos, é rico em Castanheira, como praticamente
irmãos.
É interessante retornarmos ao passado para identificarmos outros
parentes como: Bento Gonçalves Castanheira, nasceu em freguesia
de Santa Maria, bispado de Praga - Portugal, Veio para o Brasil em 22
de fevereiro de 1831. Casou-se com Joana Angélica de Castro e
tiveram dez filhos. O primeiro. Venâncio Castanheira, casado com
Guilhermina cuja genealogia já vimos.
O quarto filho, Ladislau Castaheira e D. Mariazinha, tiveram oito filhos:
Branca Rosa Castanheira, a quarta filha, que ao casar com Eudoro Gonçalves
dos Santos tiveram três filhos, sendo um deles Odilon Gonçalves
dos Santos, casado com Juraci Lara, pais de Ângela Maria, casada
com Humberto.
Venceslau Castaheira, o sétimo da prole, casou-se com Delfina
Pinto de Andrade, tendo como filho Paulo Castanheira, pai de Suely,
casada com o Ricardo.
A sexta filha, de Bento Gonçalves Castanheira e Joana Angélica,
a Branca Rosa casou-se com Vinícios Fonseca e tiveram Belmira
Castanheira como filha. Dom casamento de Belmira e Gabriel Lima nasceu
nossa querida Tia Hilda.
A sétima filha, D. Maria Eulina Castanheira, casou-se com Protásio
Guimarães e tiveram cinco filhos. Gastão Guimarães,
o caçula, casou-se em primeiras núpcias, com Marieta.
Guaraciaba, filha de Marieta, casou-se com Aristides Monteiro Filho
e gerou Aristides, o "Tide", pai do Igor e da Bárbara.
Em segunda núpcias, Gastão Guimarães casou-se com
Odete e nasceu Claret, pai do Marquinhos.
O nono filho, Herculano Castanheira, casou-se com Maria Augusta Lara
e sua morte prematura permitiu a esta casar-se com Oscar Lara, pais
de nosso querido Tio Lélio.
A décima filha, Maria Delfina Castanheira, que se casou com José
Bernardes de Souza teve dez filhos. A caçula era Ana Castanheira,
mãe do Tio Homero. Finalizamos aqui o capítulo reservado
ao ramo Castanheira. Pedimos desculpas por esquecimentos porventura
ocorridos.
Voltamos à "Madrinha do Sobrado", nossa tetravô,
Maria Cândido de Jesus, filha de Lucinda Monteiro e José
Cesário de Souza Monteiro. Nasceu em 1817. Casando-se com o Major
Francisco Pereira Rodrigues, o "Major Velho". Era considerada
muito inteligente e habilidosa.
Entre suas virtudes consta que aprendeu francês aos sessenta anos
com seu neto Cícero Ferreira, com o objetivo de ler romances
presenteados por este. Morava no sobrado, atual reseidência de
D. Maria de Lourdes Lara (viúva de Eugênio Lara).
Era lá que se reunia o grupo cultural da época. Madrinha
do Sobrado, além de gostar de ler, era famosa na habilidade de
embalsamar beija-flores. Ela teve oito filhos.
Um deles, o sexto, chamava-se Francisco Ferreira Rodrigues Junior, que
se casou com Mécia Cândida Ribeiro Castro, irmã
de Mizael Ribeiro de Castro. Este casal teve um filho, Cícero
Ferreira, fundador da Escola de Medicina da Universidade Federal de
Minas Gerais. Em sua homenagem, há atualmente em Belo Horizonte,
um hospital de moléstias contagiosas com o nome de "Hospital
Cícero Ferreira".
A quinta filha da Madrinha e Major Velho, chamava-se Emília que
casou com Mizael Ribeiro de Castro, nosso bisavô.
Antes de continuarmos a descendência de nossos bisavós,
subamos na ascendência de Mizael Ribeiro de Castro - O ramo "Castro"
de nossa família.
O comendador Mariano Ribeiro de Castro e sua esposa Maria Cândida
de Castro, moravam na Fazenda Capão Redondo, em Oliveira. Ele
e seus filhos fazem parte de uma lista de agricultores notáveis
em Oliveira. O seu segundo filho, Carlos, foi casado duas vezes.
No seu segundo matrimônio, com Ana Bernardes, teve nove filhos.
O primeiro chamava-se Olegário Ribeiro Castro, avô do tio
Oswaldo.
A segunda filha era Mariana Cândida de Castro Chagas, cujo filho
Carlos Chagas, cientista famoso, deu o nome à Doença de
Chagas e viveu entre 1879 e 1947.
O quarto filho de Mariano, irmão portanto de Carlos, tio de Olegário,
avô do tio Oswaldo, era nosso bisavô, Mizael Ribeiro de
Castro, que saiu de Oliveira para morar em Bom Sucesso.
Mizael casou-se duas vezes. A primeira com nossa bisavó Emília,
com a qual teve quatro filhos: Norvinda, Emílio - "Vovô
Milíco", Mizael e Jonatas. Dos dois últimos, pouco
sabemos.
Do segundo casamento com Marianinha, também teve quatro filhos:
Alice - "Tia Zica", Alcides, Íris e Emília.
Tia Norvinda, com quem Vovô Milico veio morar quando jovem, nasceu
em 1860 e faleceu em 1955. Casou-se com Antônio Teixeira da Silva,
farmacêutico, nascido em 1838 e falecido em 1910. Tiveram doze
filhos, que cujo ramo descendem muitos parentes e amigos nossos.
Descendência da vovó Mariquinha, do seu ramo Martins.
Quando Joaquim Martins aportou neste país, oriundo de Portugal,
em algum momento do início do século XIX, casou-se com
Prudenciana Cândido Honório, tendo três filhos: Francisco
Martins Ferreira, Custódio Martins Ferreira, nossos tetravôs
e Manuel Martins Ferreira.
Custódio Martins Ferreira, fazendeiro, casou-se com Francisca
Bernardina Ferreira e teve doze filhos. Uma delas, Ismênia Leopoldina
Martins Ferreira, a "Madrinha", nossa bizavó. A outra
filha, a Afonsina, casou-se com João Militão de Resende
e tiveram dez filhos. Um deles, Joaquim Militão de Resende, casou-se
com Judith. Deste casamento nasceu Hélia, mãe de Heverardo,
pai de Alessandra, Luciano e Bruno. Outro filho Sebastião Resende,
casou-se com Maria do Espírito Santo, cujo filho Aristides de
Paula Resende, é pai do Arizênio, cujos filhos são:
Vinícius, Catarina, Cristina e Emanuela. Outro filho era o José
Ferreira Martins, casado com Amélia Carvalho, pais de Alcides
Carvalho, casado com Maria e pais de Marcelo casado com a Magda.
Francisco Martins Ferreira morava na Fazenda Tabatinga. Casou-se com
Ana Cândida de Sousa - Donana - da qual nasceu Joaquim Ferreira
de Sousa, o padrinho, nosso bisavô. Ele foi um dos fundadores
da Fábrica de Tecidos "Ferreira Guimarães" juntamente
com seu genro Manuel Ferreira Guimarães.
O casamento de Joaquim e Ismênia Leopoldina se deu em 2 de fereiro
de 1873. Iniciaram vida nova na Fazenda Serra Alegre. Tiveram sete filhos:
José Martins Ferreira, casado com Custódia Machado, pais
de Sílvio Martins cuja filha, Maria Custódia é
esposa de Breno. José de Oliveira Martins, o Zizi, casado com
Sebastiana Pereira Martins, pais de Fernando, casado com a Nicinha.
A Maria, Tia Zizinha, filha do casal Joaquim e Ismênia, casou-se
com Manuel Ferreira Guimarães. Seus filhos frequentavam assiduamente
a Serra Alegre e a Ponte Alta. Entre eles citamos: Aurélio, Álvaro,
Benjamim, Mário, Iracema, mãe do falecido Eduardo Mascarenhas,
deputado e psicanalista.
O Joaquim casou-se com Maria Isabel Teixeira Martins, a Tia Bebela,
tiveram os seguintes filhos: Adalberto, Homero, Walmira, Helena, Walter,
Joaquim, Maria, Haroldo e Hernani.
O Custódio, o "Tode", casou-se com Elfina. Seus descendentes
são: Maria da Conceição, a "Zizinha",
Iolanda e Paulo.
Ana, tia "Dona", casada com José de Almeida eram os
pais de: Maria Isabel, a D. Belinha, Carmem, Iracema, José, Oswaldo,
Ivan, Mário, Sílvia, Guiomar e Noeme.
Tio Mário casou-se com Corina e teve duas filhas: Lilia, Carminha.
Tio Jair morreu solteiro.
Por serem antecessores dos Ferreira de Castro, destacamos o casal Maria
Ismênia - Vovó Mariquinha - que nasceu em 30 de agosto
de 1876, e Emílio - o Vovô Milíco - que nasceu em
6 de março de 1868 em Oliveira. Casaram-se em 30 de julho de
1898.
Dá-se então a criação de nosso ramo, nossa
linhagem, nossa herança direta e a história da Fazenda
Ponte Alta.
José, nosso tio "Juca", nasceu em 1899. Era engenheiro
agrônomo e casou-se em 1946 com tia Marita. Foi proprietário
da Fazenda Cajuru.
Tio Júlio nasceu em 1900. Dedicou-se à agropecuária
e ao cultivo de mudas de laranja e flores selecionadas. Casou-se com
tia Maria em 1925. Foi proprietário da Fazenda Ponte Alta (mesmo
nome da Fazenda do Vovô).
Tio Sílvio nascido em 1902, faleceu prematuramente em 1906.
Tio Álvaro nasceu em 1903. Casou-se, em 1939, com Iracema Castanheira
que faleceu pouco tempo depois. Em 1943 casou-se com Tia Regina.
Tia Emília nasceu em 1904. Casou-se com Tio Carlito em 1934.
Ele era tabelião, fazendeiro e líder político no
município.
Tia Maria Ismênia nasceu em 1905 e faleceu em 1910.
Tio Jairo nasceu em 1907, diplomou-se médico. Foi para Goiás
e casou-se com Tia Esmeralda, formando o grupo goiano da família.
Tia Zilda nasceu em 1908. Casou-se em 1932 com Tio Homero, comerciante
em Bom Sucesso.
Tia Maria Leonor, a Yayá, nasceu em 1910 e casou-se, em 1929,
com Tio Libério, médico em Bom Sucesso e dono da Fazenda
Santa Cruz.
Tio Lívio nasceu em 1911, formou-se como Cirurgião Dentista.
É dono da Fazenda Cafundão. Casou-se em 1946 com Tia Hilda.
Tia Laura nasceu em 1913, casando-se com Tio Lélio, médico
sanitarista que trabalhou em Santa Maria do Suassuí, Peçanha,
Leopoldina e Belo Horizonte.
Tio João nasceu em 1915, formou-se em agrimensura, trabalhou
nas regiões de Goiás e Tocantins. Casou-se com Alzira
e voltou para Bom Sucesso.
Tia Amélia nasceu em 1917, casou-se com Tio Oswaldo, em 1941,
dentista de Oliveira com Clínica no Rio de Janeiro. Representam
o ramo carioca da família.
Tia Diva, a caçula, nossa "beija flor", nasceu em 1919,
casou-se com Tio Gibran em 1945. Mudaram-se para Santo Antônio
do Amparo, onde Tio Gibran abriu comércio, a saudosa "Casa
Nova" de Gibran Simão. Posteriormente mudaram-se para Lavras.
Nossos avós faziam questão das reuniões na Fazenda
Ponte Alta com a participação de todos os familiares.
Essa frequência anual e a satisfação dos filhos
e netos nesses encontros motivam e asseguram nossas reuniões.
|