HISTÓRIA DA FAMÍLA FERREIRA DE CASTRO DE SUAS ORIGENS ATÉ 1990 -
BOM SUCESSO/MG

Você conhece a origem destes nossos tão felizes encontros familiares realizados a cada três anos? Provavelmente não, pois esta motivação nos remete a um passado longínquo.

Leia e verá onde tudo começou...

Somos o que somos por termos sido criados, lapidados, produzidos, embalados e melhorados de geração a geração. Tijolo após tijolo, construímos "nossa casa" sobre preciosos alicerces.

Esta é uma oportunidade rara de conhecermos e reverenciarmos nossos antepassados. Difícil tarefa empreender tal rastreamento. Fez-se necessário um verdadeiro trabalho de pesquisa histórica e reconstrução oral até chegarmos às origens. A nossa ascendência é mítica e discutida. Reconhecida por uns e negada por outros.

Optamos então, por estudar três ramos.

OS MONTEIROS, os MARTINS, os CASTRO.

Trataremos também de um ramo irmão - os CASTANHEIRAS - figurando em muitos encontros.

Considerando 20 anos como uma geração, supomos que no século XIII, fugindo das guerras napoleônicas, Dona Branca dos Algarves Piza e Castelhano e seu marido Dom André Monteiro aportaram no Brasil. Ambos eram espanhóis e fidalgos.

Nasceram entre 1760 e 1770 em algum lugar da Espanha.

Iniciou-se assim, nossa descendência. Tiveram dois filhos: André Monteiro Filho da família Martins da Serra e Mariana Monteiro, nossa ascendente direta, casou-se com Damásio Ribeiro. De seus filhos, entre outros, encontra-se Lucinda Cândida do Amor Divino Monteiro, nossa ascendente, que se casou com Cesário Francisco de Souza Monteiro, filho de André, irmão de Mariana, portanto eram primos.

A partir daí, começa e elucidação da história. Já estamos nos primórdios de século XIX.

Lucinda Cândido e Cesário Monteiro têm seis filhos, um deles, Maria Cândida de Jesus, a "Madrinha do Sobrado", nascida em 1817 e casou-se com o Major Francisco Ferreira Rodrigues. Joaquim Cesário de Souza Monteiro, irmão da "Madrinha do Sobrado" casou-se com Ângela. Destes, nasceu Guilhermina que se casou com Venâncio Vivas, cuja filha Delphina casou-se com Cândido Soares, pais da nossa querida Tia Maria.

José, irmão de Delphina, casou-se com Elvira, desta união, nasceu Sebastiana e Vicente. A primeira, mãe da Maria Custódia, casada com nosso primo Breno. O segundo, pai de Tânia Mara, casada com nosso primo Celso.

Outro irmão de Delphina, Astolfo, casou-se com Carlinda, tendo Maria Vivas como filha que se casou por sua vez, com Aristides Resende, cujo filho Arizênio é pai dos nossos primos Vinícius, Catarina, Cristina e Emanuela.

A "Madrinha do Sobrado", (Maria Cândido de Jesus) tinha uma irmã chamada Jesuína Cândida de Sousa, que se casou com Mizael Mendes dos Santo. Deste casamento nasceram:

1. Américo Mendes dos Santos, que se casou com Ana Castanheira dos Santos e tiveram onze filhos, sendo o quinto deles, nosso querido Tio Homero.

2. Maria Augusta Mendes, que se casou, em segundas núpcias, com Oscar Lara. O casal teve três filhos. Sendo o primeiro nosso querido Tio Lélio.

3. Guilhermina Mendes dos Santos casou-se com Venâncio Castanheira. Tiveram nove filhos.

O primeiro, Bento Mendes Castanheira que se casou com Francisca Machado e tiveram seis filhos. O primeiro deles, nosso Dr. Bentinho - Bento de Oliveira Castanheira - pai do Newton e da Mayra, casados respectivamente com Ilca e Dirceu.

O segundo filho, Dr. Paulo de Oliveira Castanheira, casou-se com Helena Lara Castanheira, pais do Rodolfo casado com a Sandra.

A quinta filha, Iracema de Oliveira Castanheira, finada primeira esposa do Tio Àlvaro. A sexta filha era Joana Mendes Castanheira. Foi casada com Cícero Mourão Monteiro.

Tiveram nove filhos. Cícero Monteiro Filho, o segundo filho, casou-se com Francisca Célia Monteiro e tiveram quatro filhos. A primeira, Maria das Graças, a "Dadaia", casada com o Hugo. A caçula, Cacilda Castanheira Monteiro, casou-se com Antônio Guimarães de Carvalho. Tiveram quatro filhos, sendo a última Fabíola, casada com o Saulo.

A nona filha de Guilhermina e Venâncio era a Maria Mendes Castanheira que se casou com Joaquim Carlos de Carvalho e tiveram sete filhos, sendo o último Francisco de Assis Carvalho, o "Chichico", que se casou com a Marise.

Nosso clã, como vimos, é rico em Castanheira, como praticamente irmãos.

É interessante retornarmos ao passado para identificarmos outros parentes como: Bento Gonçalves Castanheira, nasceu em freguesia de Santa Maria, bispado de Praga - Portugal, Veio para o Brasil em 22 de fevereiro de 1831. Casou-se com Joana Angélica de Castro e tiveram dez filhos. O primeiro. Venâncio Castanheira, casado com Guilhermina cuja genealogia já vimos.

O quarto filho, Ladislau Castaheira e D. Mariazinha, tiveram oito filhos:

Branca Rosa Castanheira, a quarta filha, que ao casar com Eudoro Gonçalves dos Santos tiveram três filhos, sendo um deles Odilon Gonçalves dos Santos, casado com Juraci Lara, pais de Ângela Maria, casada com Humberto.

Venceslau Castaheira, o sétimo da prole, casou-se com Delfina Pinto de Andrade, tendo como filho Paulo Castanheira, pai de Suely, casada com o Ricardo.

A sexta filha, de Bento Gonçalves Castanheira e Joana Angélica, a Branca Rosa casou-se com Vinícios Fonseca e tiveram Belmira Castanheira como filha. Dom casamento de Belmira e Gabriel Lima nasceu nossa querida Tia Hilda.

A sétima filha, D. Maria Eulina Castanheira, casou-se com Protásio Guimarães e tiveram cinco filhos. Gastão Guimarães, o caçula, casou-se em primeiras núpcias, com Marieta. Guaraciaba, filha de Marieta, casou-se com Aristides Monteiro Filho e gerou Aristides, o "Tide", pai do Igor e da Bárbara. Em segunda núpcias, Gastão Guimarães casou-se com Odete e nasceu Claret, pai do Marquinhos.

O nono filho, Herculano Castanheira, casou-se com Maria Augusta Lara e sua morte prematura permitiu a esta casar-se com Oscar Lara, pais de nosso querido Tio Lélio.

A décima filha, Maria Delfina Castanheira, que se casou com José Bernardes de Souza teve dez filhos. A caçula era Ana Castanheira, mãe do Tio Homero. Finalizamos aqui o capítulo reservado ao ramo Castanheira. Pedimos desculpas por esquecimentos porventura ocorridos.

Voltamos à "Madrinha do Sobrado", nossa tetravô, Maria Cândido de Jesus, filha de Lucinda Monteiro e José Cesário de Souza Monteiro. Nasceu em 1817. Casando-se com o Major Francisco Pereira Rodrigues, o "Major Velho". Era considerada muito inteligente e habilidosa.

Entre suas virtudes consta que aprendeu francês aos sessenta anos com seu neto Cícero Ferreira, com o objetivo de ler romances presenteados por este. Morava no sobrado, atual reseidência de D. Maria de Lourdes Lara (viúva de Eugênio Lara).

Era lá que se reunia o grupo cultural da época. Madrinha do Sobrado, além de gostar de ler, era famosa na habilidade de embalsamar beija-flores. Ela teve oito filhos.

Um deles, o sexto, chamava-se Francisco Ferreira Rodrigues Junior, que se casou com Mécia Cândida Ribeiro Castro, irmã de Mizael Ribeiro de Castro. Este casal teve um filho, Cícero Ferreira, fundador da Escola de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Em sua homenagem, há atualmente em Belo Horizonte, um hospital de moléstias contagiosas com o nome de "Hospital Cícero Ferreira".

A quinta filha da Madrinha e Major Velho, chamava-se Emília que casou com Mizael Ribeiro de Castro, nosso bisavô.

Antes de continuarmos a descendência de nossos bisavós, subamos na ascendência de Mizael Ribeiro de Castro - O ramo "Castro" de nossa família.

O comendador Mariano Ribeiro de Castro e sua esposa Maria Cândida de Castro, moravam na Fazenda Capão Redondo, em Oliveira. Ele e seus filhos fazem parte de uma lista de agricultores notáveis em Oliveira. O seu segundo filho, Carlos, foi casado duas vezes.

No seu segundo matrimônio, com Ana Bernardes, teve nove filhos. O primeiro chamava-se Olegário Ribeiro Castro, avô do tio Oswaldo.

A segunda filha era Mariana Cândida de Castro Chagas, cujo filho Carlos Chagas, cientista famoso, deu o nome à Doença de Chagas e viveu entre 1879 e 1947.

O quarto filho de Mariano, irmão portanto de Carlos, tio de Olegário, avô do tio Oswaldo, era nosso bisavô, Mizael Ribeiro de Castro, que saiu de Oliveira para morar em Bom Sucesso.

Mizael casou-se duas vezes. A primeira com nossa bisavó Emília, com a qual teve quatro filhos: Norvinda, Emílio - "Vovô Milíco", Mizael e Jonatas. Dos dois últimos, pouco sabemos.

Do segundo casamento com Marianinha, também teve quatro filhos: Alice - "Tia Zica", Alcides, Íris e Emília. Tia Norvinda, com quem Vovô Milico veio morar quando jovem, nasceu em 1860 e faleceu em 1955. Casou-se com Antônio Teixeira da Silva, farmacêutico, nascido em 1838 e falecido em 1910. Tiveram doze filhos, que cujo ramo descendem muitos parentes e amigos nossos.

Descendência da vovó Mariquinha, do seu ramo Martins.

Quando Joaquim Martins aportou neste país, oriundo de Portugal, em algum momento do início do século XIX, casou-se com Prudenciana Cândido Honório, tendo três filhos: Francisco Martins Ferreira, Custódio Martins Ferreira, nossos tetravôs e Manuel Martins Ferreira.

Custódio Martins Ferreira, fazendeiro, casou-se com Francisca Bernardina Ferreira e teve doze filhos. Uma delas, Ismênia Leopoldina Martins Ferreira, a "Madrinha", nossa bizavó. A outra filha, a Afonsina, casou-se com João Militão de Resende e tiveram dez filhos. Um deles, Joaquim Militão de Resende, casou-se com Judith. Deste casamento nasceu Hélia, mãe de Heverardo, pai de Alessandra, Luciano e Bruno. Outro filho Sebastião Resende, casou-se com Maria do Espírito Santo, cujo filho Aristides de Paula Resende, é pai do Arizênio, cujos filhos são: Vinícius, Catarina, Cristina e Emanuela. Outro filho era o José Ferreira Martins, casado com Amélia Carvalho, pais de Alcides Carvalho, casado com Maria e pais de Marcelo casado com a Magda.

Francisco Martins Ferreira morava na Fazenda Tabatinga. Casou-se com Ana Cândida de Sousa - Donana - da qual nasceu Joaquim Ferreira de Sousa, o padrinho, nosso bisavô. Ele foi um dos fundadores da Fábrica de Tecidos "Ferreira Guimarães" juntamente com seu genro Manuel Ferreira Guimarães.

O casamento de Joaquim e Ismênia Leopoldina se deu em 2 de fereiro de 1873. Iniciaram vida nova na Fazenda Serra Alegre. Tiveram sete filhos: José Martins Ferreira, casado com Custódia Machado, pais de Sílvio Martins cuja filha, Maria Custódia é esposa de Breno. José de Oliveira Martins, o Zizi, casado com Sebastiana Pereira Martins, pais de Fernando, casado com a Nicinha.

A Maria, Tia Zizinha, filha do casal Joaquim e Ismênia, casou-se com Manuel Ferreira Guimarães. Seus filhos frequentavam assiduamente a Serra Alegre e a Ponte Alta. Entre eles citamos: Aurélio, Álvaro, Benjamim, Mário, Iracema, mãe do falecido Eduardo Mascarenhas, deputado e psicanalista.

O Joaquim casou-se com Maria Isabel Teixeira Martins, a Tia Bebela, tiveram os seguintes filhos: Adalberto, Homero, Walmira, Helena, Walter, Joaquim, Maria, Haroldo e Hernani.

O Custódio, o "Tode", casou-se com Elfina. Seus descendentes são: Maria da Conceição, a "Zizinha", Iolanda e Paulo.

Ana, tia "Dona", casada com José de Almeida eram os pais de: Maria Isabel, a D. Belinha, Carmem, Iracema, José, Oswaldo, Ivan, Mário, Sílvia, Guiomar e Noeme.

Tio Mário casou-se com Corina e teve duas filhas: Lilia, Carminha. Tio Jair morreu solteiro.

Por serem antecessores dos Ferreira de Castro, destacamos o casal Maria Ismênia - Vovó Mariquinha - que nasceu em 30 de agosto de 1876, e Emílio - o Vovô Milíco - que nasceu em 6 de março de 1868 em Oliveira. Casaram-se em 30 de julho de 1898.

Dá-se então a criação de nosso ramo, nossa linhagem, nossa herança direta e a história da Fazenda Ponte Alta.

José, nosso tio "Juca", nasceu em 1899. Era engenheiro agrônomo e casou-se em 1946 com tia Marita. Foi proprietário da Fazenda Cajuru.

Tio Júlio nasceu em 1900. Dedicou-se à agropecuária e ao cultivo de mudas de laranja e flores selecionadas. Casou-se com tia Maria em 1925. Foi proprietário da Fazenda Ponte Alta (mesmo nome da Fazenda do Vovô).

Tio Sílvio nascido em 1902, faleceu prematuramente em 1906.

Tio Álvaro nasceu em 1903. Casou-se, em 1939, com Iracema Castanheira que faleceu pouco tempo depois. Em 1943 casou-se com Tia Regina.

Tia Emília nasceu em 1904. Casou-se com Tio Carlito em 1934. Ele era tabelião, fazendeiro e líder político no município.

Tia Maria Ismênia nasceu em 1905 e faleceu em 1910.

Tio Jairo nasceu em 1907, diplomou-se médico. Foi para Goiás e casou-se com Tia Esmeralda, formando o grupo goiano da família.

Tia Zilda nasceu em 1908. Casou-se em 1932 com Tio Homero, comerciante em Bom Sucesso.

Tia Maria Leonor, a Yayá, nasceu em 1910 e casou-se, em 1929, com Tio Libério, médico em Bom Sucesso e dono da Fazenda Santa Cruz.

Tio Lívio nasceu em 1911, formou-se como Cirurgião Dentista. É dono da Fazenda Cafundão. Casou-se em 1946 com Tia Hilda.

Tia Laura nasceu em 1913, casando-se com Tio Lélio, médico sanitarista que trabalhou em Santa Maria do Suassuí, Peçanha, Leopoldina e Belo Horizonte.

Tio João nasceu em 1915, formou-se em agrimensura, trabalhou nas regiões de Goiás e Tocantins. Casou-se com Alzira e voltou para Bom Sucesso.

Tia Amélia nasceu em 1917, casou-se com Tio Oswaldo, em 1941, dentista de Oliveira com Clínica no Rio de Janeiro. Representam o ramo carioca da família.

Tia Diva, a caçula, nossa "beija flor", nasceu em 1919, casou-se com Tio Gibran em 1945. Mudaram-se para Santo Antônio do Amparo, onde Tio Gibran abriu comércio, a saudosa "Casa Nova" de Gibran Simão. Posteriormente mudaram-se para Lavras.

Nossos avós faziam questão das reuniões na Fazenda Ponte Alta com a participação de todos os familiares. Essa frequência anual e a satisfação dos filhos e netos nesses encontros motivam e asseguram nossas reuniões.

Lênio de Castro Lara - 1998
Hosted by www.Geocities.ws

1