ASSUNTO SÉRIO: PAIS & FILHOS
SAIBA LIDAR BEM COM SEUS FILHOS
- Diga o que a criança deve fazer,
em vez de dizer "não faça isso".
- Educar é corrigir. Corrigir é substituir uma forma de reação inconveniente
por uma adequada. Dizer apenas "não faça isso" é dar uma ordem
negativa. A criança tem prazer na ação. Para desviá-la da ação
inconveniente é preciso sugerir-lhe a ação conveniente, a fim de não privá-la
do prazer de agir.
- Não diga que uma coisa é má apenas porque lhe aborrece.
- A qualificação de uma coisa em boa ou má é importante para a criança na
formação da as capacidade de julgamento. Não deve ser feita com fundamento
apenas na tendência afetiva momentânea de quem faz. Se é má, cumpre dar a
razão de modo compreensível para a criança, e esta razão deve estar na coisa
em si e não no agrado que nos causa.
- Não fale da criança em sua presença, nem pense que ela não escuta, não
observa, nem compreende.
- A criança se sente objetivo da atenção dos adultos, quer quando a elogiam,
quer quando a censuram, desenvolve uma excessiva estima de si mesma, que a levará
a procurar essa atenção de qualquer maneira, e a sofrer quando não a
consegue.
- Não interrompa o que uma criança está fazendo, sem avisá-la previamente.
- A criança tem prazer na ação. Interrompe-la subitamente é causar-lhe
violenta emoção de natureza inibidora. Se é necessário interrompê-la
proceda de modo que se evite a emoção de surpresa.
- Não manifeste inquietação quando a criança cai, ou não quer comer, etc.
Faça o que for necessário sem se agitar e alarmar-se.
- A inquietação alarmada em torno de qualquer episódio da via de uma criança
serve, apenas, para ampliar o tom emocional do acontecimento. Cumpre, ao contrário,
considerar as coisas com naturalidade, para que nela se desenvolva a capacidade
de dominar suas próprias emoções.
- Ocupe-se dos interesses e necessidades da criança, em vez de somente
demonstrar amor acariciando-a constantemente.
- O carinho físico é agradável para quem o dá e recebe, mas pode não
corresponder aos interesses e necessidades reais da criança: Deus, amor, aceitação,
significado, apreciação, segurança, pertencer, ensino, elogios, disciplina e
etc.
- Vá passear com a criança, em vez de levá-la para passear.
- A criança, por suas deficiências naturais, é uma dependente. Quanto mais
cedo se anular em seu espírito tal sentimento de dependência tanto mais
rapidamente se completará o sentimento de que se basta a si mesma. "Levá-la
para passear" é colocá-la na dependência da iniciativa alheia. "Ir
com ela passear" é associar-la à iniciativa e à ação, o que lhe dará
mais prazer.
- Não faça sermões morais à criança pequena.
- As expressões de conteúdo moral são incompreensíveis para a criança
pequena, porque são abstratas. Os "discursos" e "sermões"
que as contenham valem somente como expressão inteligível de uma estado de espírito
que ela não compreende e que a alarma.
- Sempre cumpra as suas promessas.
- Para a criança, prometer é começar a realizar. Se a promessa não se
cumprir, haverá uma frustração como se a criança houvesse sido privada de
alguma coisa, o que se dá em seu espírito origem à descrença.
- Sempre diga a verdade para a criança.
- A mentira até pode ser aceita socialmente, mas para a criança é uma desilusão
e destrói a autoridade como fonte de conhecimentos e fonte da verdade.
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