O
NOSSO
AR
E
A
NOSSA
PAISAGEM
Quando
em
1620
Frei
Nicolau
de
Oliveira,
no
“Livro
das
Grandezas
de
Lisboa”
apontava
Cascais
como
a
mais
sadia
terra
que
se
conhecia
em
Portugal,
num
rasgado
elogio
político
de
importância
peninsular,
estava
longe
de
pensar
que
370
anos
depois,
no
seio
de
um
regime
democrático,
em
que
o
pode
teoricamente
é
representação
directa
dos
interesses
dos
cidadãos,
pudesse
Cascais
encontrar-se
no
estado
em
que
hoje
o
conhecemos.
A
incapacidade
dos
últimos
vinte
anos
de
gestão
municipal
em
resolver
os
problemas
de
Cascais,
e
as
consequências
das
pressões
urbanísticas
exercidas
no
Concelho
por
parte
de
pessoas
com
poucas
ou
nenhumas
ligações
a
esta
terra,
contribuíram
para
a
proliferação
dos
esgotos
clandestinos,
para
a
destruição
dos
cursos
de
água,
para
o
avanço
das
lixeiras
ilegais
que
não
cumprem
os
requisitos
mínimos
no
que
concerne
à
preservação
do
ambiente,
e
para
o
desenvolvimento
de
um
sistema
de
gestão
que
não
consegue
sequer,
mesmo
publicitando
coisas
diferentes,
responder
aos
anseios
legítimos
da
população
de
uma
recolha
eficiente
dos
lixos
domésticos.
Cascais
é
hoje,
neste
período
de
transição
de
século
e
de
milénio,
um
Concelho
muitíssimo
atrasado
no
que
ao
ambiente
diz
respeito.
No
Parque
Natural
Sintra-Cascais,
muitas
vezes
ao
abrigo
das
indefinições
constantes
do
seu
Plano
de
Ordenamento,
é
possível
encontrar
muitos
maus
exemplos
de
tudo
aquilo
que
caracteriza
negativamente
o
Concelho
de
Cascais.
Quem
perde
é,
uma
vez
mais,
a
população
cascalense!
Filipe
Soares
Franco
(Presidente
da
Fundação
Cascais)
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