BANGU, O CLUBE:

Frente do uniforme principal. Costas do uniforme principal.
Uniforme principal do Bangu.

O futebol foi introduzido no bairro através dos técnicos ingleses que vieram trabalhar na construção e instalação da Fábrica Bangu, em fins do século XIX. As primeiras bolas, primeiras inclusive do Rio de Janeiro, foram trazidas por Thomas Donohoe.

Com o apoio da direção da fábrica, logo foi construído no seu terreno um campo de jogo até que, sentido o entusiasmo que despertava em todos o novo esporte, foi sugerida por Andrew Procter a fundação de um "Club Athletic", o que de fato aconteceu em 17 de abril de 1904. Nascia o Bangu Athletic Club, sendo a grafia inglesa mudada posteriormente para a forma portuguesa: Bangu Atlético Club.

As cores vermelha e branca foram instituidas como as cores do clube, devido à iniciativa dos próprios ingleses, em homenagem, por certo, a São Jorge, padroeiro da Inglaterra, ou relembrando, quem sabe, o Sauthampton F.C., clube antiqüíssimo daquele país, cujo brasão é representado por 3 rosas, 2 vermelhas e 1 branca, e que possui uniforme idêntico ao do Bangu. A Fábrica Bangu, apoiando como sempre a iniciativa de seus funcionários, cedeu o tecido para a confecção do primeiro "fardamento" do novo clube.

Em 24 de julho de 1904, o Bangu jogou sua primeira partida de futebol, enfrentando o Rio Cricket Athletic and Association, sendo derrotado pelo placar de 5x0.

Em 1905, o Bangu foi um dos fundadores da primeira Liga de Futebol do Rio de Janeiro, sendo inclusive o seu representante, José Villas Boas, escolhido como seu primeiro presidente.

No ano de 1906 foi disputado o primeiro Campeonato de Futebol do Rio de Janeiro e o Bangu, como um dos fundadores da liga, tomou parte no mesmo. Sua estréia verificou-se no dia 20 de maio, em seu campo, contra o Football and Athtletic ao qual venceu por 3x1.

Em 24 de maio de 1919, em seu campo, o Bangu realizou sua primeira partida internacional enfrentando a seleção da Argentina, que estava no Rio de Janeiro disputando, na época, o Campeonato Sul Americano. E foi uma bela estréia, tendo o jogo terminado empatado em 1x1.

Em 12 de novembro de 1933, a primeira grande glória! Ao vencer o Fluminense, em terreno adversário, pelo elástico placar de 4x0, o Bangu sagrou-se o primeiro campeão de futebol do Rio de Janeiro, depois da adoção do profissionalismo, obtendo, na histórica campanha, 7 vitórias, 2 empates e 1 derrota, marcando 35 gols e sofrendo 16 (saldo de 19 gols).

Em 1947, na gestão do Dr. Guilherme da Silveira Filho, também presidente da Fábrica Bangu, foram construídos o parque aquático e o Estádio Proletário, que recebeu este nome depois que o Dr. "Silveirinha" observou que, na festa do dia 15 de novembro, data comemorativa da proclamação da República do Brasil e de inauguração do estádio, a primeira delegação de partido político a comparecer foi a do Partido Comunista Brasileiro.

Em 1960, novamente uma conquista pioneira: enfrentando e vencendo em Nova Iorque ao Sampdória (Itália), Rapid de Viena (Áustria), Sporting (Portugal), Estrela Vermelha (Iugoslávia), Norkóping (Suécia), e Kilmarnock (Escócia), sob o comando de Élba de Pádua Lima (o "Tim"), talvez o maior estrategista que o futebol brasileiro conheceu, o Bangu vence invicto o primeiro torneio de futebol profissional realizado em terras norte americanas! Mais uma bela campanha, com 5 vitórias e 1 empate, 16 gols a favor e 3 contra (saldo de 13 gols). Também participaram desta competição, embora o Bangu não tenha chegado a os enfrentar, Bayern de Munique (Alemanha), Nice (França), Burnley (Inglaterra), New York Americans (EUA) e Glenavon (Irlanda do Norte), o que, dado o nível e a importância dos clubes envolvidos, é o suficiente para a caracterizar como um autêntico Campeonato Mundial! 

Em 1966, a conquista do segundo Campeonato Estadual do Rio de Janeiro, batendo na final ao Flamengo por 3x0, coroando uma belíssima campanha, na qual obteve 15 vitórias, 2 empates e 1 derrota, marcando 50 vezes (ataque mais positivo) e sofrendo apenas 8 gols (defesa menos vazada) e tendo ainda o artilheiro da competição, Paulo Borges, com 16 gols.

A década de 60 tornou-se então uma das mais profícuas para o alvi-rubro, conseguindo além do título de 1966, mais 3 vice-campeonatos do Rio de Janeiro (1964/65/67).

Depois de um hiato de quase 20 anos, novamente com um grande time, liderado desta feita pelo excelente atacante Marinho, em 18 de dezembro de 1985 o Bangu alcança um contestado vice-campeonato do Rio de Janeiro, quando foi visivelmente prejudicado pela arbitragem na final contra o Fluminense, que deixou de marcar um pênalti claro sofrido pelo artilheiro Cláudio Adão, já nos acréscimos. Se esta penalidade fosse marcada e convertida, o jogo terminaria empatado em 2x2, placar que favoreceria ao Bangu, devido a mais uma bonita campanha, conquistando ao longo do campeonato 36 pontos (1 a menos que o Campeão), 14 vitórias, 8 empates e 2 derrotas, 40 gols pró (melhor ataque) e 18 gols contra, saldo de 22 gols.

Mas antes disto, neste mesmo ano, após um empate de 1x1 na final contra o Coritiba no Maracanã, na decisão por pênaltis, uma infelicidade do ponta Ado na última cobrança fez com que escapasse o merecido título de Campeão Brasileiro.

Todavia, mesmo com o segundo lugar, o Bangu foi reconhecido como o melhor time do Brasil naquela temporada, afinal terminou em segundo lugar com 48 pontos, enquanto o campeão somou apenas 31, e obteve uma campanha fantástica de 20 vitórias, 8 empates e 3 derrotas, marcando 55 gols (ataque mais positivo) e sofrendo 23, saldo de 32 gols. Números arrasadores se comparados aos da equipe que venceu a competição, que foram 12 vitórias, 7 empates e 12 derrotas, com 25 gols a favor e 27 contra, saldo negativo de -2! Somente no Brasil, onde se faz questão que "exista" uma final e onde, com suas fórmulas mirabolantes, se confunde torneio com campeonato, uma anomalia dessas seria concebível. Por tudo isso, naquele 31 de julho de 1985 o Bangu conseguiu um feito inédito para um clube, até então e até hoje, uma exclusividade da Seleção Brasileira. Naquela ocasião o Maracanã estava totalmente lotado, com todas as principais torcidas dos grandes clubes do Rio de Janeiro irmanadas e incentivando a mesma equipe, o BANGU ATLÉTICO CLUBE!

Este feito e esta honra, que envaidecem e enaltecem, pertencem ao Bangu e a mais ninguém e estão marcados, com orgulho, no coração de cada banguense. Que são poucos, é verdade, mais apaixonados e fiéis ao clube que abraçaram!

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