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VÁRIAS POESIAS

Liberdade reprimida

Oh...liberdade! Por que me largaste aqui?
Um pássaro aniquilado, que lado prosseguir?
Diga-me liberdade! Como fui parar aqui?
O pássaro triste, sem percepção pra conseguir...

Liberdade reprimida, o mesmo dedo na ferida...
Liberdade sangrenta, nem o juízo aguenta...
Liberdade sangria...Um pássaro em noite fria;
Liberdade delinqüente, apenas uma pena quente!

Liberdade sucessiva...Quero uma gaiola passiva!
O pecado promete uma permissão pra voar...
Sem jaulas, sem fronteiras...Besteiras ao luar...

Retém uma regularizada regência do promiscuidor
Um canto de guerra e assobios de amor...
É um pássaro que procura seu aconchego
O fio elétrico libertará seu único apego...

Liberte o pássaro que em sua alma sempre agrega;
Liberte-o do juízo insano que há em quase toda regra!
Se por conseqüência não encontrar uma sombria árvore...
Pelo menos se liberte; Sóbria solidão de mármore!

 

¡Quando?

Quando na boca o sorriso dá lugar à blasfêmia
E a música soa como lamento
A prece passa a ser delírio
E um talvez torna-se negação

Vidas deixarão de ser
E o horizonte, diante de suas vistas descrentes,
Vai desaparecer...
Creia em ti para sobreviver

A água da fonte tua sede não vai matar
E o ar não suprirá tuas necessidades
Não é da tua vida que você precisa...
...mas de mim.

Tardes deixarão de ser belas
E noites sem a lua vão ficar
Dias não mais terão sentido
Você não mais vai querer acordar

Confie nas tuas mãos para levantar-se do abismo
E levitar diante do infinito
Erga seus olhos diante do inimigo
E diga adeus aos poucos amigos

O porquê então, de tudo isso vai entender
E não mais do que já sabes vai querer saber
Chores diante da tua lápide
E ignore os  porquês que sempre lutou

Esqueça o que sempre sonhou
Pois agora a eternidade é tua
E não é mais necessário sonhar
Segure apenas o copo de água cristalina

Embriague-se com o infinito dele
E esqueça a sofrida  realidade
Que tanto te amargura e machuca
Exuma toda a tua vida na fogueira

Detenha  o que te resta de lucidez
E mantenha acesa as luzes da alucinação
Veja dragões
Mas não toque neles

Quando de novo amanhecer
E tiverdes condições de encarar tua multidão
E reconhecer-te ao sol...,
Olha-te no espelho e enxergue tua própria perfeição...

 

Luar entre espinhos

Mergulhei entre os espinhos,
só pra te encontrar, 
e me perdi.
Quando te encontrei, 
as flores já não exalavam o mesmo perfume.
Nessa sina do amor que me fascina,
tuas virtudes permanecem invictas na forma de ser.
É da poesia que extraio a fragrância  do luar.
Vontade de te rever..., de te encontrar...
As rosas já não me machucam com seus espinhos,
pois, os seus carinhos são pétalas de amor.
Com esse amor te cubro com o sereno da relva,
que  na fonte da selva,  tu matas a sede
prevalecendo o instinto inconsciente do nosso ser.
Teu brilho no olhar reflete o sorriso que o sol
não conseguiu esconder com a tua chegada.
É na exuberância dos teus seios,
que a relva descansa por seus meios,
e identifica-se na tua face
ao encontrar  calma no aconchego do teu corpo.
Volte!
Teus espinhos já não me ferem mais!
Saudades de ti!

Amar é encontrar o puro sentir  e conformar-se com o defeito do outro ser.

 

Noite muda...não muda!

Pensamentos que voam do alto de um prédio,
Luzes que mostram como a cidade é bonita,
Me fazem pensar na solução que intriga,
Buscando suavidade na palavra mais amiga

E enquanto o silêncio manifesta o tédio
O vento esclarece ao silêncio que grita,
Lança a lança, fere, me alcança e irrita,
Trazendo a conduta ao equilíbrio médio.

Pare! Ouça o silêncio da noite dedilhada
Decifre a flagrância, lembrança da amada
E enquanto essa brisa recobre a lembrança
Busque nas luzes seu brilho e esperança.

Respire o ar que só o amor amansa,
Liberte a lágrima reprimida, criança.
Observe a luz e a intensidade do brilho,
Cego à luz formosa,  saudade do filho.

Esqueça a razão que o amor confronta,
Feche a porta do antigo amor iludido,
Ouça a voz do amigo que te conta,
Que possuis a noite num olhar destemido.

A arte continua  expandindo-se nas dimensões da vida...e se nos pensamentos as ondas são transmitidas por correntes elétricas...então,  saiam  da minha frente para não morrerem eletrocutados!

 

Sobrevoando a sombra

Aterriza do céu iluminado e ofusco...
Aterriza em meu coração confuso!
Uma sombra viva, porém iluminada...
Mente linda, bonita e apaixonada...
Se atreve como a trevos...só trevos!!!
Só se percebe seus altos relevos!!!
Me elevo ao infinito e me sinto só!!
Auto-piedade, pena,...só-mente-dó!
Mas tudo é apenas insegurança...!
Me asseguro na segura insegurança...
Do infinito ser mais próspero!
Prospero pela finita certeza....
Repetindo..., admiro tua beleza

Constatando que as estrelas são irreais sem o teu brilho...!
Meu coração segue o teu trilho...!
Paz...!

Apenas paz...!

A anestesia da minha auto-ilusão se encontra no fim do efeito colateral, as vezes passo bem, às vezes passo mal

Vinícius Bueno
Correio: [email protected]
Página: www.sombrasom.cjb.net

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