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DUAS POESIAS

O Caminho

Que belo poema é o dia
Ao amanhacer-me a agonia
Faz-se tão contentamento
Hoje o dia é tão eterno
Que do acalentar noturno
Segue a nau desse momento!

Todo o dia e todo o tempo
Eis a minha eterna estrada
Ao seguir daqui ao céu novo
Ao andar desse sertão
Tão puro coração, é o coração desse meu povo!

Todo o meu caminho
Judas desse mundo pecador
Dos pés do batizado corvo
Faz-se o medo e a inoscência
Dessa roça sai o ódio, a paciência
Povo meu dessa clemência
A seguir o meu andar...

Meu coração
Andamos tão feridos nesse pacto
Um ato desmedido e cultivado
Nossa mente é uma oração!

Sabe Deus do meu andar
A procura desse dia
Dia em que a agonia
Não mais me machucar

Sou desse caminho a velha estrada
Parte desse longo sertão
Estrada longa que oculta
Esse meu eterno andar
E prosseguir em vão.

Fábio Peres,1999

Exílio

Onde refugio-me solitário
Exílio de uma triste existência
O mais firme dessa consciência
É o mais culto do contrário
- Sinônimo da incompetência!

Contrário de mim, que sorri
E comove as flores e as àrvores
Lágrimas de um solitário
- Já não sei porque nasci!

E se nada posso reclamar
Nem mesmo ao julgo, se não sei julgar
Se errei ou se venci, já não sei
Sei apenas do que está na flores
Dos campos hesitantes
Há uma esperança no exílio
- E é daqui aos mais distantes!

Todos os esconderijos
E todas as figurações
Já não me podem ocultar
Sou meu escondido paradoxo
Perdido, se detido vejo-me a chorar!

Sei que hoje escondi
Toda a minha mágoa e o meu martírio
O meu nascer desconhecido
Jaz aqui no exílio, de tão meu
Não escondido.

Fábio Peres,1999 

Fábio Peres
17 anos, Poemas do livro O Caos - poesias e poemas.
Correio: [email protected]
Página: http://www.geocities/paris/cabaret/5040/

 

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