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Produções não literárias do Modernismo No campo das artes plásticas o modernismo teve vários representantes que por sua vez, expressam em suas obras, características marcantes dos diversos movimentos de vanguarda a que cada um pertenceu. Nesta parte do trabalho, citaremos como exemplo, alguns dos pintores brasileiros e estrangeiros que deixaram sua marca e que contribuíram imensamente para a história da arte plástica moderna. O modernismo também teve nomes que se destacaram na música. Faremos um breve comentário sobre o grande compositor brasileiro mundialmente famoso Heitor Villa- Lobos, que fez e faz sucesso com suas composições fortes, característica marcante de seu estilo. Pinturas Anita Malfatti Pintora paulista (1896-1964). Uma das grandes inspiradoras do movimento modernista, pioneira na renovação das artes plásticas no Brasil. Estudou na Alemanha e nos Estados Unidos, recebeu influência do expressionismo. De volta a São Paulo, realiza uma exposição individual em 1917, com quadros como O Homem Amarelo e a Mulher de cabelos Verdes, que provocam violenta reação dos críticos conservadores. É atacada por Monteiro lobato no artigo Paranóia ou Mistificação, publicado no jornal O Estado de São Paulo. Ao lado da artista, aglutinam-se os modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Di Cavalcante, Guilherme de Almeida e outros. O grupo acabaria por organizar a Semana de Arte Moderna de 1922. Anita Malfatti realiza mostras individuais em Berlim, Nova York e Paris. Participa da primeira Bienal de São Paulo, em 1951. A sétima bienal (1963) apresenta seus trabalhos em sala especial.
Cândido Portinari Pintor paulista (1903 - 1962). Cândido Torquato Portinari nasce em Brodósqui, filho de imigrantes italianos. Ainda jovem muda-se para o Rio de Janeiro, e, em 1918, freqüenta um curso livre de pintura. Seu primeiro quadro, Baile na Roça, é de 1922. Em 1928, ganha Medalha de Bronze no Salão Nacional de Belas Artes e parte para a Europa onde permanece por dois anos. Entra em contato com movimentos modernistas. A partir de 1935, é influenciado pelo movimento muralista mexicano. Considerado o "pintor nacional" durante o governo de Getúlio Vargas(1930 - 1945), busca criar uma pintura brasileira moderna e participante do processo nacional. Na década de 40 adere ao expressionismo e explora a temática social, criando os painéis e azulejos da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte, e a série de pinturas Emigrantes. Em 1948, pinta painéis históricos como a Primeira Missa no Brasil (Banco Boa Vista, RJ) e Tiradentes (atualmente no Memorial da América Latina, em São Paulo). Portinari é o autor do painel Guerra e Paz, na sede das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
Emiliano Di Cavalcante Vida (1955) e Reminicências Líricas de um Perfeito Carioca (1964). Entre os seus mais famosos óleos destacan-se Samba (1928), Cinco Moças de Guaratinguetá (1930), Mulata Sentada (1936) e Cenas da Bahia (1960). Pintor carioca (1897-1976). É um dos primeiros artistas plásticos a representar temas brasileiros - favelas, operários, marinheiros, festas populares - em seus trabalhos. Pinta cenas e tipos exuberantes e sensuais, centrados na figura da mulata. É também desenhista, muralista, ilustrador, jornalista e escritor. Estréia no salão dos muralistas em 1916, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, participa de uma exposição de caricaturas em São Paulo. Tem intensa atuação na semana de Arte Moderna de 1922, da qual é um dos idealizadores. Viaja para Paris em 1923, onde tem contato com os grandes nomes da pinturas da época. Recebe influência das técnicas expressionista, cubista e surrealista, nos contornos das figuras, mas se diferencia pelo emprego de cores quentes e vivas. Na primeira bienal de São Paulo (1951), expõe como convidado especial e, na bienal seguinte (1953), recebe o prêmio de melhor pintor nacional, ao lado de Alfredo Volpi. Na Segunda Bienal Interamericana de Arte, no México (1960), obtém sala especial e conquista medalha de ouro. Participa da mostra O Artista e a Máquina no museu de arte moderna do Rio de Janeiro (19660. Ilustra livros, desenha jóias e escreve os livros Viagem da Minha
Tarsila do Amaral Pintora paulista (1890-1973). É a artista mais representativa da pintura da primeira fase do modernismo brasileiro. Seu quadro Abaporu (1928) inaugura o Movimento Antropofágico nas artes plástica. Começa a estudar pintura em 1917. Três anos depois muda-se para Paris, onde estuda na Académie Julien e tem uma tela exposta no Salão Oficial dos Artistas Franceses. Volta ao Brasil em 1922 e une-se a Anita Malfatti, Menotte del Picchia, Mário de Andrade e Oswald de andrade, formando o chamado Grupo dos Cinco, que defende a idéias da Semana da Arte Moderna e toma a frente do movimento no país. Tarsila volta a Paris em 1923 e entra em contato com pintores cubistas. Em 1924, viaja por Minas Gerais e passa a retratar paisagens nacionais com traços cubistas. Em 1926, casa-se com Oswald de Andrade e faz sua primeira exposição Individual em Paris. Desenvolve a partir de 1933, uma pintura mais ligada a temas sociais, dos quais são exemplos as telas Operários e Segunda Classe.
Paplo Picasso Pintor, escultor, artista gráfico e ceramista espanhol (1881 - 1973). É considerado um dos maiores artistas do século. Nasce em Malága, estuda em Barcelona e desenvolve carreira em Paris. Lá tem inicio a fase azul de sua pintura, de 1901 a 1904. Com predominância de tons de azul, retrata a melancolia dos marginalizados pela a sociedade. Segue-se a fase Rosa, de 1905 a 1907, com abundância de tons de rosa e vermelho, caracterizada pelo lirismo e pela presença de acrobatas e arlequins. Sob a influência do pintor francês Paul Cézanne, desenvolve uma revolução na arte, o cubismo. A obra Les Demoiselles d Avignon, de 1907, já com técnicas do cubismo, marca o início do movimento que cria com Georges Braque e que se fundamenta na decomposição da realidade. O termo cubismo nasce das palavras de um crítico de arte para quem as paisagens de Picasso e Braque, pareciam feitas de "pequenos cubos". Em 1937, pinta o famoso mural Guernica, que pertence ao expressionismo. É uma indignada representação do massacre da população da cidade espanhola de Guernica, durante a Guerra Civil Espanhola (1936 - 1939). Depois da Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), dedica-se também à escultura, gravação e cerâmica. Como gravador domina as diversas técnicas: água -forte, água-tinta, ponta-seca, litogravura e gravura sobre linóleo colorido. Nos anos 40 casa-se com a pintora Françoise Gilot e tem dois filhos, Claude e Paloma. Eles aparecem em inúmeros quadros deste período que relembram os estilos de seus primeiros trabalhos. Nos anos 60, dedica-se à recriação de quadro célebres, como O Almoço sobre a Relva (1961), de Edouard Manet, ou As Meninas, de Diego Velásques. Em 1968, aos 87 anos, produzio em sete meses um série de 347 gravuras recuperando os temas da juventude: o circo, as touradas, o teatro, as situações eróticas.
Salvador Dali Artista plástico espanhol (1904-1989). Um dos principais representantes do surrealismo na pintura. Estuda na Escola de Belas-Artes de Madri, de onde é expulso em 1926. Ainda jovem, se interessa pela filosofia e psicologia, especialmente pela obra de Sigmund Freud (1856-1939). Recebe influência da psicanálise do cubismo e futurismo espanhóis. Em 1928, vai para Paris, se engaja no movimento surrealista e elabora sua Teoria da Atividade Paranóica Crítica. Nela, defende um estado persistente de delírio e uma pintura voluntária dirigida pelo inconsciente. Utiliza distorções acentuadas de formas, despojando os objetos de seu ambiente característico. Também em 1928 colabora com Luís Buñuel na direção do filme Um Cão Andaluz e volta para Barcelona, onde nasceu. Em 1930, realiza uma exposição triunfal em Paris e casa-se com Gala, ex-mulher do poeta francês Paul Éluard. Apoia o ditador espanhol Francisco Franco e é expulso do grupo surrealista. Entre 1930 e 1936, produz telas com significativo conteúdo onírico (Persistência da Memória, 1931; Prenúncio da Guerra Civil, 1935).Durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), fixa-senos Estados Unidos, onde influencia a moda e a publicidade com seus desenhos de figurinos e cenários de balés. Viúvo e doente, morre na Espanha
Música Villa-Lobos Compositor, instrumentista, regente e professor carioca (1887 - 1959). A sua obra faz parte do repertório das grandes orquestras internacionais. Começa a tocar violoncelo profissionalmente aos 12 anos. É influenciado por autores populares como Ernesto Nazaré. Viaja pelo Brasil e interessa-se pelo o folclore brasileiro e compõe Amazonas e Uirapuru. Participa da semana de arte moderna de 1992. Vive na Europa de (1923 a 1930) e é influenciado pelo impressionismo. Da vasta produção de Heitor Villa-Lobos, que inclui música orquestral, coral-sinfônica, concertante, sacra, de câmara, dramática e pianística, destacam-se Bachianas Brasileiras e Choros, onde ele funde a música do compositor alemão Bach e o chorinho |
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