Aranha: Um vasto Mundo

O FERRÃO

O VENENO

 

OS ESCORPIÕES SE MATAM?

 

 

 

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  • Perguntas mais frequentes sobre os escorpiões   (em inglês)

  • The myth of scorpion suicide: are scorpions insensitive to
    their own venom?
    (Artigo científico  sobre a capacidade dos escorpiões de se picarem a si mesmos)
  • . o ferrãodo escorpiãoO que é e como funciona o ferrão do escorpião?

    O ferrão do escorpião fica localizado na extremidade do metassoma, conhecida como "cauda", embora não seja propriamente uma cauda, e sim a parte final do abdômen. O último anel abdominal -- o telso -- constitui a base do ferrão e contém a vesícula, que tem forma globular e vai se afinando posteriormente até  terminar em um espinho curvo, chamado acúleo. A vesícula contém um par de glândulas que produzem e armazenam os vários constituintes do veneno do escorpião. O acúleo é semelhante a uma agulha hipodérmica: é oco e muito fino. Cada saco glandular liga-se, através de dois canais, a duas aberturas perto da ponta, por onde sai o veneno. Ao dar a ferroada, o escorpião regula a quantidade de veneno injetado através da contração dos músculos da vesícula. Alguns escorpiões não injetam veneno algum quando cravam o ferrão.

    Os escorpiões usam o ferrão para diversos fins. O mais óbvio é para dominar suas presas, que antes são agarradas firmemente pelas pinças dos palpos. Os escorpiões fazem uso do ferrão quando não conseguem matar a presa por esmagamento com as pinças. Devido ao veneno que inoculam, pequenos escorpiões com pinças fracas conseguem dominar presas até do seu próprio tamanho.  

    Um segundo uso do ferrão é na defesa. Através de um ferrão bem posicionado, os escorpiões podem manter afastados potenciais predadores. Apesar disso, eles são presa fácil para muitos animais, para os quais seu ferrão parece ser inócuo.

    Um terceiro uso do ferrão é durante o acasalamento. Observam-se freqüentemente machos aguilhoando as fêmeas ou golpeando-as com o telso. Parece provável que alguns escorpiões possuam feromônios que possam aumentar a receptividade da fêmea ou permitam reconhecimento de espécies durante o ritual de acasalamento.

    O VENENO

    Segundo relatos clínicos, parece existirem diversos fatores que modulam a toxicidade do veneno do escorpião para humanos. Os principais fatores são: 1) a toxidez do veneno do tipo de escorpião envolvido; 2) a quantidade de veneno injetada pelo escorpião; 3) o tamanho do corpo da vítima; 4) a condição médica geral da vítima.

    Devido a seu pequeno tamanho, as crianças sofrem maior risco de envenenamento grave do que os adultos. A maior parte das mortes resultantes de picadas de escorpião ocorre em crianças pequenas.

    Algumas pessoas são alérgicas ao veneno dos escorpiões, da mesma forma que outras podem ser ao veneno das abelhas. Nestes casos, conseqüências muito graves, inclusive a morte, podem ocorrer rapidamente, mas não têm relação à toxicidade do veneno. Mortes ocorridas por envenenamento causado por espécies de escorpião sem importância médica resultam de choque anafilático induzido por alergia.

    O veneno do escorpião compreende uma variedade de substâncias, nem todas completamente investigadas. O veneno de um único escorpião pode incluir diversas neurotoxinas, histimina, seratonina, enzimas, inibidores de enzimas, e outros compostos não identificados. O veneno pode conter, ainda, sais diversos, muco, peptídeos, nucleotídeos e aminoácidos. 

    Foram as neurotoxinas que receberam a maior atenção dos pesquisadores. As numerosas toxinas do veneno do escorpião são geralmente consideradas como sendo específicas. Cada uma visa atingir a célula nervosa de uma determinada espécie animal.  Algumas neurotoxinas podem ter sua maior atividade contra insetos, outras podem ser mais letais para moluscos, e outras, ainda, podem ser dirigidas contra células nervosas de mamíferos. Além disso, toxinas diferentes podem visar locais diferentes na célula nervosa.

    O veneno de escorpiões tipo T.Serrulatus age sobre o sistema nervoso periférico. Causa dor muito intensa, com pontadas intermitantes, provoca abaixamento de temperatura do corpo e acelera a pulsação. Comumente a vítima fica prostada.

    O sinal da picada às vezes não se percebe, porém a dor forte e imediata que ela provoca faz com que a vítima possa ver o animal causador. É importante saber se a picada foi produzida por escorpião ou aranha, uma vez que os sintomas das picadas de escorpião são semelhantes aos das picadas de aranhas com veneno neurotóxico.

    O escorpião T. serrulatus é mais importante sob o ponto de vista médico que o T. bahiensis, por provocar mais ocorrências graves. O veneno do T. serrulatus pode não ser mais tóxico, mas este escorpião injeta, em cada picada, praticamente o dobro de peçonha injetada pelo T. bahiensis.

     

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