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Cantora Careca

Cantora Careca, 2001. Texto adaptado de Ionesco, original de mesmo nome. Espaço Casa Vermelha, Curitiba/PR.

Imprensa
Espetáculo

O Teatro do Absurdo, corrente estética do pós-guerra, comemora nesse ano os 51 anos de estréia da sua primeira peça, A Cantora Careca. Esse texto de Eugène Ionesco marcou fundamentalmente a dramaturgia mundial e influencia até hoje renomados dramaturgos. Pela primeira vez na história do teatro a palavra fora posta em perspectiva de objeto e tratada como tal. O texto transcende a apreciação de conteúdo, pois é palpável e moldável. O trabalho de A Cantora Careca com a linguagem aponta para o futuro da comunicação e das relações humanas. Percebemos, em seu cerne a virtualização da linguagem, a impossibilidade de diálogo do homem com o homem, tudo isso com uma refinada ironia e um apanhado patético da nossa chã vivência cotidiana.

A Cantora Careca discorre sobre os diversos temas do cotidiano, sempre sob a ótica da linguagem. Na peça, um casal londrino (os Smith) faz a digestão do jantar lendo e conversando na sala de estar da sua residência. Um outro casal (os Martin) aparece para uma visita sem, aparentemente, estar sendo esperado. Após um breve e fútil diálogo entre os casais, surge o Bombeiro, antigo flerte da empregada da casa dos Smith, procurando por um incêndio. Ele participa da conversa vã e vai-se sem atingir o objetivo de encontrar o fogo. Os dois casais passam então, a um estágio de total ininteligibilidade de diálogo, até que tomam atitudes violentas e animalescas e, após um clímax de total confusão, o casal Martin toma o lugar das cadeiras dos Smith e recomeça a peça enquanto cai o pano. Ionesco reorienta a atração da cena da ação para a situação, e nisso ele é pioneiro e genial.

Sabendo da importância e da atualidade do texto, a Companhia EmCômodo Teatral realizará a montagem de A Cantora Careca. A adaptação do texto e direção do espetáculo serão realizadas por Fábio Salvatti, jovem diretor e dramaturgo curitibano, formando do curso de Artes Cênicas - Bacharelado da Faculdade de Artes do Paraná. O elenco será composto por novos talentos do teatro curitibano, oriundos da FAP e do curso de Formação de Atores da Escola Técnica da UFPR. São eles: Ana Clara Fischer, Carolina Fauquemont, Daniel de Souza, Leonardo Ferreschi, Luis Gustavo Ribeiro e Tatiane Tortelli. A produção ficará a cargo de Fernanda Baukat e Michelle Siqueira. A montagem tem a característica de reunir artistas profissionais e em processo final de profissionalização.

A Cantora Careca pretende propor diálogo com o espectador curitibano dando uma nova roupagem ao universo absurdo proposto por Ionesco. Para isso, haverá o uso de projeções e vídeos, cenários e orientação não convencional de palco, pesquisa de caracterização e maquiagem e um trabalho de sonoplastia, especialmente criado para a montagem, do músico Demian Garcia.

A estréia de A Cantora Careca aconteceu de 07 a 23/12/2001 na Casa Vermelha (Largo da Ordem), em Curitiba.


Espetáculo
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FICHA TÉCNICA


texto:							EUGENE IONESCO

adaptação de texto e direção:				FÁBIO SALVATTI

elenco:							ANA CLARA FISCHER
							CAROLINA FAUQUEMONT
							DANIEL DE SOUZA
							LEONARDO FERRESCHI
							LUIS GUSTAVO RIBEIRO
							TATIANE TORTELLI

direção de produção:					FERNANDA BAUKAT   e   MICHELLE SIQUEIRA

figurinos:						AMABILIS DE JESUS
							CAROLINA FAUQUEMONT

sonoplastia:						DEMIAN GARCIA

iluminação:						FABIO KINAS 

fotografia:						FÁBIO STEIBEL

vídeo:							CARLÃO BUSATO
							
programação visual:					JOSÉ AGUIAR


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