Escola Municipal 09.18.075 

Ministro Alcides Carneiro

Professora Herizete

HANDEBOL

O Handebol não foi criado ou inventado A bola é sem dúvida um dos instrumentos desportivos mais antigos do mundo e vem cativando o homem há milênios. O jogo de "Urânia", praticado na antiga Grécia com uma bola do tamanho de uma maçã, usando as mãos mas sem balizas, é citado por Homero na Odisséia. Também os Romanos, segundo Cláudio Galeno (130-200 DC), conheciam um jogo praticado com as mãos, o "Harpastum". Mesmo durante a idade média, eram os jogos com bola praticados como lazer por rapazes e moças. Na França, Rabelais (1494-1533) citava uma espécie de handebol (esprés jouaiant â la balle, à la paume).

Em meados do século passado (1848), o professor dinamarquês Holger Nielsen criou, no Instituto de Ortrup, um jogo denominado "Haandbold", determinando suas regras. Na mesma época, os Tchecos conheciam jogo semelhante denominado "Hazena". Fala-se também de um jogo similar na Irlanda e no "El Balon" do uruguaio Gualberto Valetta, como precursores do handebol.

Todavia o Handebol, como se joga hoje, foi introduzido na última década do século passado, na Alemanha, como "Raftball". Quem o levou para o campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então Secretário da Federação lnternacional de Futebol. O período da I Grande Guerra (1915-1918) foi decisivo para o desenvolvimento do jogo, quando um professor de ginástica, o berlinense Max Heiser, criou um jogo ao ar livre para as operárias da Fábrica Siemens, derivado do "Torball", e quando os homens começaram a praticá-lo, o campo foi aumentado para as medidas do futebol.

Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz reformulou o "Torball", alterando seu nome para "Handball" com as regras publicadas pela Federação Alemã de Ginástica para o jogo com 11 jogadores. Schelenz levou o jogo como competitivo para a Áustria, Suíça, além da Alemanha. Em 1920, o Diretor da Escola de Educação Física da Alemanha tornou o jogo desporto oficial.

A divulgação na Europa deste novo desporto não foi difícil, visto que Karl Schelenz era professor na então famosa Universidade de Berlim onde seus alunos, principalmente os estrangeiros, difundiram as regras então propostas para vários países.

Por sua vez, existia na Tchecoslováquia desde 1892 um jogo praticado num campo de 45x30m e com 7 jogadores que também era jogado com as mãos e o gol era feito em balizas de 3x2m. Este jogo, o "Hazena", segundo os livros, foi regulamentado pelo Professor Kristof Antonin, porém, somente em 1921 suas regras foram publicadas e divulgadas por toda a Europa. Mas, foi o Handebol jogado no campo de futebol, que chamamos de "Handebol de Campo", que teve maior popularização, tanto que foi incluído nos Jogos Olímpicos realizados em Berlim em 1936.

Com o grande crescimento do futebol com quem dividia o espaço de jogo, com as dificuldades do rigoroso inverno, muitos meses de frio e neve, o Handebol de Campo foi paulatinamente sendo substituído pelo Hazena que passou a ser o "Handebol a 7", chamado de "Handebol de Salão", que mostrou-se mais veloz e atrativo. Em 1972, nos Jogos Olímpicos realizados em Munique-Alemanha, o Handebol (não mais era necessário o complemento "de salão") foi incluído na categoria masculina, reafirmou-se em Montreal-Canadá em 1976 (masculino e feminino) e não mais parou de crescer.

O Handebol no Brasil

O Handebol no Brasil Após a I Grande Guerra Mundial, um grande número de imigrantes alemães vieram para o Brasil estabelecendo-se na região sul por conta das semelhanças climáticas.

Dessa forma os brasileiros passaram a ter um maior contato com a cultura, tradição folclórica e por extensão as atividades recreativas e desportivas por eles praticadas, dentre os quais o então Handebol de Campo. Foi em São Paulo que ele teve seu maior desenvolvimento, principalmente quando em 26 de fevereiro de 1940 foi fundada a Federação Paulista de Handebol, tendo como seu 1 ° Presidenta Otto Schemelling.

O Handebol de Salão somente foi oficializado em 1954 quando a Federação Paulista de Handebol instituiu o I Torneio Aberto de Handebol que foi jogado em campo improvisado ao lado do campo de futebol do Esporte Clube Pinheiros, campo esse demarcado com cal (40x20m e balizas com caibros de madeira 3x2m).

Este Handebol praticado com 7 jogadores e em um espaço menor agradou de tal maneira que a Confederação Brasileira de Desportos - CBD órgão que congregava os Desportos Amadores a nível nacional, criou um departamento de Handebol possibilitando assim a organização de torneios e campeonatos brasileiros nas várias categorias masculina e feminina.

Contudo, a grande difusão do Handebol em todos os Estados adveio com a sua inclusão nos III Jogos Estudantis Brasileiros realizado em Belo Horizonte-MG em julho de 1971 como também nos Jogos Universitários Brasileiros realizado em Fortaleza-CE em julho de 1972. Como ilustração, nos JEB's/72 o Handebol teve a participação de aproximadamente 10 equipes femininas e 12 masculinas, já em 1973 nos IV JEB's em Maceió-AL tivemos cerca de 16 equipes femininas e 20 masculinas.

A atual Confederação Brasileira de Handebol - CBHb foi fundada em 1º de junho de 1979, tendo como primeira sede São Paulo e o primeiro Presidente foi o professor Jamil André.

A quadra
A quadra é, em geral, feita de madeira envernizada e mede 40 m de comprimento por 20 m de largura, sendo que as regras internacionais propõem que o jogo seja praticado em uma quadra com dimensões fixas de 40 x 20 m sobre um piso de madeira corrida ou emborrachada (tipo taraflex).

A trave tem 3 m de largura por 2 m de altura. A linha mais importante é a que define a área do gol, um semicírculo que se estende por 6 m a partir da linha divisória do gol. A área demarcada por essa linha é chamada de área do goleiro e somente o goleiro pode ficar nela. Atacantes e defensores não podem sequer pisar na linha, mas podem saltar para dentro dela, desde que soltem a bola enquanto estiverem no ar. Outra demarcação importante da quadra é a marca dos 7 metros , onde são cobradas as faltas máximas. Há também uma linha pontilhada, a 9 metros do gol, que cruza a quadra de lado a lado e onde são cobrados os tiros livres, que são faltas menores.

A bola
Pode ser de couro ou material sintético e deve ser redonda, não pode ser brilhante nem lisa, deve apresentar 58 a 60 cm de circunferência e 425 a 475 g de massa no handebol masculino e 54 a 56 cm de circunferência com 325 a 400 g para o feminino. A bola para homens é chamada de H3 e a para mulheres, de H2. Categorias inferiores usam uma bola menor.

As equipes
Cada time tem seis integrantes e um goleiro, que pode atuar como um jogador comum, além de ser o único que tem permissão de tocar a bola com os pés (dentro da área). Cada time tem direito a cinco reservas e não há restrições quanto ao número de substituições.

O jogo
É constituído por dois tempos de 30 minutos e 10 minutos de intervalo entre eles, tanto para jogos adultos como juvenis. De acordo com a Confederação Brasileira de Handebol, nas categorias infanto-juvenil masculina e feminina, o jogo tem a duração de dois tempos de 25 minutos com intervalo de 10 minutos. Nas categorias infantil masculina e feminina, há dois tempos de 20 minutos e 10 minutos de descanso. A partir das Olimpíadas de Atlanta (1996), foi permitida a utilização do tempo técnico, como no voleibol. O número de substituições é ilimitado, mas elas têm de ser feitas no espaço de 4,45 m que cada time possui especialmente para isso e sem interromper o jogo. É preciso ainda que um jogador saia completamente da quadra antes que outro entre em seu lugar. Caso ocorra uma substituição incorreta, esta deve ser avisada ao árbitro da partida pela mesa do jogo, que é constituída por um cronometrista e um marcador de gols. O jogador que cometeu a infração é punido com dois minutos no banco.

A conduta com o adversário
É permitido tirar a bola com a mão aberta e barrar com o tronco.
É proibido barrar o adversário com as mãos, braços e pernas, empurrá-lo, arrancar a bola de suas mãos, lançar a bola contra ele, segurá-lo ou abraçá-lo.

O gol
Um gol será valido se a bola ultrapassar totalmente a linha de gol entre as traves.

O tiro de saída
É executado no início do jogo, após o intervalo e após cada gol; deve ser efetuado no meio ou próximo ao meio da quadra.

O tiro de meta
É executado quando a bola ultrapassa a linha de fundo após ser lançada ao gol, mesmo que o último toque tenha sido realizado pelo goleiro. A bola deve ser reposta pelo goleiro, de dentro para fora da área.

O tiro livre
Será executado quando houver substituição irregular, faltas do goleiro, faltas dos jogadores, manejo irregular da bola, jogo passivo, conduta irregular para com o adversário e conduta irregular na execução dos tiros.

O tiro de sete metros
Penalidade máxima no handebol, será executado quando ocorrer uma falta frustrando uma situação clara de gol: o jogador de defesa intercepta uma bola arremessada ao gol estando este dentro da área.

O tiro de árbitro
Ocorre quando jogadores de equipes diferentes cometem infrações ao mesmo tempo; quando a bola toca o teto ou qualquer objeto fixo da quadra ou toda vez que o jogo é interrompido sem que haja irregularidade. O árbitro central deve lançar a bola entre dois jogadores (um de cada equipe) que disputam a bola. Os demais jogadores devem estar a 3 m de distância. O tiro deve sempre ser executado no centro da quadra.

Os árbitros
O jogo é dirigido por dois árbitros e controlado por um secretário (súmula) e um cronometrista. Os árbitros revezam no jogo as funções de árbitro central e árbitro de gol. Esse jogo tem uma característica particular nas sanções aplicadas: conforme a infração sobre o corpo do adversário ou sua repetição, o árbitro pode aplicar a exclusão: o infrator sai do jogo e a equipe fica com menos um jogador durante o período de dois minutos. Após esse tempo, ele pode voltar a jogar. Se o mesmo jogador for excluído três vezes, fica proibido de jogar o restante da partida, mas a equipe pode ser completada após dois minutos.

Qualquer jogador pode ser advertido (com cartão amarelo). Contudo, a equipe não pode receber mais de três advertências. Ao jogador na quadra pode ser aplicada uma desqualificação quando ocorrer uma ação mais contundente em relação ao adversário. Nesse caso, o jogador fica proibido de jogar o restante da partida. Todavia, a equipe pode ser completada após dois minutos. No caso de expulsão (por agressão física), o jogador não joga mais e a equipe fica com um jogador a menos até o final da partida.

A numeração
Os jogadores são numerados de 1 a 20, com números que medem, no mínimo, 20 cm nas costas e 10 cm no peito.

O goleiro
As cores do uniforme dos goleiros devem contrastar com as do uniforme dos outros jogadores. Ao goleiro é permitido tocar na bola com qualquer parte do corpo quando estiver em uma ação defensiva. Ele também pode deixar sua área, sem a posse da bola, e atuar como os demais jogadores. Nesse caso, estará submetido às mesmas regras aplicadas a eles. Não é permitido ao goleiro retornar à área de gol se ele estiver com a posse da bola.

O tiro de lateral
É marcado quando a bola ultrapassa completamente uma linha lateral. A cobrança é feita pela equipe adversária do jogador que tocou por último na bola. Não é necessário aguardar o sinal de apito do árbitro. O jogador que cobra o tiro de lateral deve manter pelo menos um pé sobre a linha até que a bola tenha saído de sua mão.

O manejo de bola
É permitido lançar, pegar, empurrar, atirar com as mãos, segurar a bola por até três segundos e dar três passos consecutivos com a bola na mão.
É proibido tocar com os pés ou pernas (exceto o goleiro), atirar-se sobre a bola, realizar duplo drible e condução de bola.  

As posições

PONTAS, ARMADOR, PIVÔ E GOLEIRO

Os Pontas

 

Os pontas são velozes e ágeis; e devem possuir a capacidade de arremessar em ângulos fechados. O destaque no arremesso não é a força, mas a habilidade e pontaria, podendo mudar o destino da bola apenas momentos antes de soltá-la em direção ao gol.

Os pontas são jogadores normalmente ligeiros e com corrida rápida que se encarregam do contra-ataque e da corrida rápida para dentro e para fora da defesa adversária. Jogando nas proximidades das pontas, tem a missão de ampliar lateralmente o máximo possível a defesa adversária, de modo que crie maiores espaços entre os defensores. Desta forma, proporcionam aos pivôs um posicionamento junto dos 6 metros e, aos meias, aberturas para os arremessos de longa distância.

Devem possuir: grande qualidade na recepção do passe; capacidade de realizar passes seguros e com intensidade, por cima da área do gol, até o outro ponta; um passe para o pivô livre de marcação. E, por meio de fintas, proporcionar grande periculosidade ao adversário, com seus arremessos.


 

O Armador Central

É a "locomotiva" do time no ataque. Este jogador está no centro do ataque e comanda o curso e o tempo do mesmo, deve saber arremessar com força e ter um grande repertório de passes. Deve possuir grande visão de jogo para se adaptar as mudanças na defesa adversária. Força, concentração, tempo de jogo e passes certos são o que destacam um bom armador.

O armador pode ser um pouco mais baixo, porém deverá ter grande habilidade e agilidade. É de grande significância que ele tenha experiência e maturidade de jogo, pois cabe, principalmente, a ele, as armações e organizações das jogadas da sua equipe. E ainda, deve servir de exemplo de técnica e equilíbrio psicológico para toda a sua equipe.

 


Os Meias - Armadores

 

O "combustível" do time no ataque. Os meias geralmente possuem os mais fortes arremessos e são, geralmente, os mais altos jogadores do time (no masculino variam de 180cm a 210cm e no feminino variam de 175cm a 190cm). Entretanto existem excepcionais jogadores que são menores que a média, mas possuem arremessos poderosos e técnica muito apurada. Estes são geralmente os jogadores mais perigosos durante o ataque, pois os arremessos costumam partir deles ou de outro jogador o qual tenha recebido um passe dele.

Estes jogadores normalmente são altos e vigorosos, possuidores de grande força no arremesso em suspensão e nos arremessos especiais. Devem dominar a recepção dos passes rápidos, assim como dar continuidade às jogadas especiais; ter como recurso a utilização das fintas e sua ligação às ações técnico-táticas complexas com o pivô e arremessos ao gol.

Com seu posicionamento afastado, são capazes de assegurar um equilíbrio defensivo à sua equipe. Em verdade, são os primeiros jogadores a partir para a formação da defesa, retomada da posse de bola e, por do contra-ataque.


O Pivô

 Seu objetivo é abrir espaço na defesa adversária para que seus companheiros possam arremessar de uma distância menor, ou se posicionar estrategicamente para que ele mesmo possa receber a bola e arremessar em direção ao gol. O pivô possui o maior repertório de arremessos do time, pois ele deve passar pelo goleiro e marcar o gol geralmente sem muita força, impulsão ou velocidade, e em jogadas geralmente rápidas.

Os pivôs posicionam-se entre as linhas dos 6 e 9 metros, próximos à área de gol. Normalmente são jogadores rápidos, vigorosos e de grande habilidade que o possibilite livrar-se da marcação constante que recebe. Não se faz necessário ao pivô deter grande estatura, em contrapartida há de ter grande ímpeto e desejo de jogar e “furar” a marcação. Em movimentos rápidos e hábeis e com uma posição livre, devem receber a bola com segurança e arremessar ligeiramente ao gol.

Além dos arremessos especiais do pivô (arremesso em suspensão, em queda, salto com queda), eles devem dominar arremessos como: de reversão, de reversão com queda, de percussão aérea. Deve ainda, prender pelo menos um jogador (bloqueá-lo), ajudando os arremessos de longa distância e jogadas dos meias.


O Goleiro

O goleiro é vital na defesa. Um bom goleiro pode representar mais de 50% da performance de um time.

Estes devem ser fisicamente grandes, muito fortes, rápidos e com muita concentração. Esses jogadores ainda possuem a habilidade de detectar o foco do ataque e se adaptar as mudanças nas jogadas. Defensores situados no meio precisam ser muito fortes e altos para impedir os ataques dos meias e conter os pivôs. Quando a defesa é penetrada, o goleiro é a ultima barreira ao atacante. Ele precisa ter um reflexo rápido, boa antecipação de onde o atacante pretende arremessar e habilidade de ajustar força, reflexos e total concentração (eliminado qualquer coisa que não seja referente ao jogo) focando seu objetivo final, a defesa. O goleiro também deve se comunicar com seu time, (pois possui maior visão de jogo por estar fora dos lances de ataque) incentivando e alertando a defesa; e auxiliando e orientando seus companheiros no ataque.

O goleiro não é apenas um jogador de defesa, mas um importante armador de contra-ataques.

O goleiro tem como principal função impedir que a bola entre pela baliza caracterizando assim o gol adversário. Para realizar tal função, como os jogadores de linha, os goleiros também necessitam de técnicas especiais de posicionamento e deslocamento assim como qualidades físicas específicas. Há algum tempo sua função dentro do jogo tem se estendido a iniciar ataques também.

 

No que se refere a posição dos braços: Pode ser de dois tipos. Posição em “W” ou em “V”. As pernas ligeiramente afastadas (na linha dos quadris), joelhos com pequena flexão,  braços estendidos acima da cabeça formando um “V” ou flexionados ao lado da cabeça formando um “W”. Em ambas as posições as mãos devem estar voltadas para frente, em direção a bola.

 

Obs.: É importante que os pés não fiquem fixos no solo, pois para uma melhor movimentação, de maior velocidade, a manutenção dos pés em ponta deixa o goleiro em estado de alerta e apto a qualquer movimentação de pernas.

 

Defesas do goleiro

Existem vários tipos de defesas. Mas as mais comuns durante os jogos são as defesas em “Y”, em “X”, embaixo e à meia-altura.

 

 

A defesa em “Y” é quando o goleiro mantém uma perna de apoio no solo e lança a outra perna junto aos braços na direção da bola.

 

 

A defesa em “X”, comumente utilizada em lances onde o atacante está cara-a-cara com o goleiro. Este salta com os dois pés juntos afastando as pernas no ar fazendo o mesmo com os braços, formando a figura de um “X”.
A defesa a meia altura é feita saltando lateralmente com uma perna e lançando os braços em direção à bola.

A defesa embaixo pode ser feita com as pernas afastadas, flexionando o joelho, posicionando uma das mãos ao lado da perna e a outra mão por entre as pernas e também pode ser realizada flexionando o tronco e juntando as pernas rapidamente, com os braços estendidos ao longo das pernas evitando com que a bola passe por entre as pernas.

 

 

 

Deslocamentos

São três os tipos de deslocamentos do goleiro.

O deslocamento semicírculo é feito acompanhando a troca de passes da equipe atacante pelas posições. O nome se dá pelo semicírculo formado de um dos postes da baliza até o outro. Partindo da posição básica em deslocamento lateral, mantendo sempre o corpo voltado para a bola.

O deslocamento de ataque à bola é feito para frente no momento de um ataque cara-a-cara em que o goleiro geralmente executa a defesa em “X”. Procura diminuir o ângulo de ataque do adversário.

O deslocamento da defesa de ponta é feito no momento de um ataque pela ponta em que o goleiro está fechando seu canto com o corpo e o outro com a mão e a perna. Caracteriza-se por um passo dado à frente pelo goleiro no momento do ataque.

 

Último e primeiro defensor

O goleiro, pelo seu local de atuação, já se caracteriza como o último defensor de sua equipe, tendo mais seis jogadores à sua frente. Ele só passará a se tornar o primeiro defensor em um contra-ataque adversário, ou abandonando a área para interceptação de lançamento, etc.

 

Primeiro e último atacante

Tornar-se-á o goleiro o primeiro atacante, quando da tentativa de puxar um contra-ataque, quando ele é o início de um contra-ataque e será o último atacante quando abandonar sua área para jogar na linha, seja ajudando o ataque ou em uma situação de inferioridade ou superioridade numérica.

 

Contra-ataque

O goleiro, na tentativa de iniciar um contra-ataque, deverá deslocar-se para o lado contrário à ponta para a qual irá desferir o lançamento.

 

Sete Metros

No momento da cobrança de um tiro de sete metros, o goleiro poderá movimentar-se da forma que desejar, não podendo porém, ultrapassar a linha de 4 metros que limita seu deslocamento nessa situação. A escolha de como tentar realizar a defesa é pessoal de cada goleiro, não tendo uma forma específica para sua realização.

 


 

Passes

O passe pode ser executado com as duas mãos, porém o melhor é fazê-lo com uma das mãos devido ao tamanho da bola e à maior liberdade de movimentos que ele permite.

O passe frontal é o mais comum e o mais fácil de ser executado.

O passe frontal picado serve não somente para enganar o adversário, como também para dificultar-lhe o trabalho de interceptação da bola, principalmente se ele for alto.

O passe baixo é usado para distâncias curtas. Deve ser executado quando o jogador está de costas para a defesa e precisa manter a bola bem protegida.

RECOMENDAÇÕES PARA O PASSE:

  • ·        Mantenha sempre a bola fortemente segura nas mãos.

  • ·        O braço deve estar alto, normalmente com o cotovelo mais elevado   que o ombro.

  • ·        Braço e antebraço devem formar um ângulo de 100 a 110 graus.

  • ·        No final do passe, há ligeira rotação do tronco.

O jogador que estiver com a bola pode também querer conduzi-la. No handebol, assim que o jogador recebe a bola pode dar até três passos com ela na mão.

Em seguida, poderá:

          *  passá-la ou arremessá-la;

          *  ainda bater uma ou mais vezes a bola no chão, dar mais três passos e só então arremessá-la ou passá-la.


Tipos de Arremessos

O arremesso é a função principal do jogador no ataque. Um bom tiro deve ser potente e preciso; surpreender o goleiro é a melhor garantia para obter o gol. Não se deve forçar sua execução, e sim criar a oportunidade; evitando a colocação do adversário entre a bola e o gol. O melhor ângulo de arremesso se consegue sempre através de uma evolução tática e, neste momento, devemos escolher o tipo de arremesso para se obter os melhores resultados.

Os tipos de arremesso são:

    1: Arremesso Simples

    2: Arremesso Especiais:

    2:1: De Quadril = O jogador esconde o braço atrás de seu corpo à altura da cintura, gira o tronco e lança, surpreendendo os jogadores da defesa e o goleiro.

    2:2: Em Suspensão = Após o salto, o jogador gira ligeiramente o tronco para trás. Quando alcança a altura máxima, vira o tronco e lança a bola com o braço estendido. O impulso é obtido após uma curta corrida.

    2:3: Com queda = O atacante inclina o tronco e o coloca paralelo ao solo: no momento do lançamento só tem apoiada a perna contrária do braço que lança a bola.

    2:4: Por Cobertura = A bola sai da mão lentamente, descrevendo uma trajetória parabólica por cima do goleiro, que abandonou o gol. Este tiro requer uma técnica apurada e um perfeito dom. da bola.


Fintas

Fintas são movimentos que o jogador realiza para desequilibrar e confundir o adversário.

As fintas são muito usadas para escapar dos adversários durante a condução da bola, fugir de uma marcação, alcançar uma posição melhor para receber um passe, interceptar um passe adversário e infiltrar-se numa defesa.

Um outro tipo de finta é o passe de costas, muito utilizado para se penetrar na defesa adversária e chegar a uma posição adequada ao arremesso.

O atleta segura a bola, leva o corpo para um lado e lança a bola para trás. Desta maneira, faz com que o adversário se desloque, deixando um lado livre para que possa executar um passe.

Conduzindo a bola, utilizando fintas e passes as equipes chegam perto da área de goleiros e se preparam para fazer o arremesso ao gol.


 

Sistemas Defensivos

SISTEMA DE MARCAÇÃO INDIVIDUAL:

A defesa individual deve ser a mais utilizada por aqueles que estão começando a jogar. Neste tipo de defesa, a habilidade de cada defensor é fundamental, pois ele é diretamente responsável por um atacante. Caso este defensor falhe, a equipe deverá da cobertura necessária fazendo trocas de marcação. Esta situação ou condição favorece a que cada defensor não fique limitado a sua ação individual de simplesmente marcar um dos atacantes, mas estar concentrado no jogo para desenvolver uma visão periférica observando todo o jogo e aprendendo, assim, a fazer trocas e coberturas quando necessárias.


SISTEMA DE MARCAÇÃO POR ZONA:

Na marcação por zona, ao contrário, cada jogador é responsável por uma zona em seu campo de defesa, entre as linhas da área de goleiro e as de tiro livre, devendo marcar todos os jogadores que passem por sua zona.

Na marcação por zona, quando um jogador sai para interceptar um arremesso, outro jogador se desloca para dar-lhe a devida proteção, cobrindo sua zona, a fim de evitar um vazio na defesa.

Dependendo da necessidade, os jogadores auxiliam-se mutuamente, fazendo coberturas de posição.

Para que a defesa da equipe funcione, é necessário que cada jogador saiba o que fazer individualmente.


SISTEMA DEFENSIVO POR ZONA 3 X 3:

Sistema defensivo limitado, mas que proporciona aos iniciantes melhores possibilidades de um aprimoramento de suas habilidades individuais.

Temos nesse sistema duas linhas de três jogadores, que não ficam na mesma linha.


SISTEMA DEFENSIVO POR ZONA 3 X 2 X 1 (VARIAÇÃO DO 3 X 3):

Sistema no qual existe a deslocação de todos para a zona onde está a bola, formando quase uma linha em relação ao eixo da mesma.


SISTEMA DEFENSIVO POR ZONA 4 X 2:

No sistema  defensivo 4 x 2 , 4 jogadores colocam-se próximos da linha da área de goleiro para impedir a penetração e os arremessos dos adversários. Dois jogadores ficam próximos da linha de tiro livre, para dar maior combate aos armadores.


SISTEMA DEFENSIVO POR ZONA 5 X 1:

No sistema 5 x 1, quando a equipe se defende, 5 jogadores colocam-se próximos da linha da área de goleiro, para impedir a penetração e os arremessos dos adversários. Um outro jogador fica próximo à linha de tiro livre, para dar combate aos armadores e interceptar os arremessos de longa distância.


SISTEMA DEFENSIVO POR ZONA 6 X 0:

No sistema defensivo 6 x 0 , temos uma ótima defesa, pois não permite uma movimentação livre do pivô contrário, tendo como ponto forte defensivo o centro da área, porém deve ser utilizado quando o adversário não possui bons armadores que arremessem forte da área de tiro livre.


Técnica Defensiva - Como Marcar

Durante uma partida, as ações defensivas e ofensivas alternam-se de tal forma que pela lógica deverá prevalecer o resultado positivo em favor da equipe que conseguir maior número de tentos e se defender melhor, evitando que o adversário tenha êxito em sua ação ofensiva.

geralmente, a preocupação dos jogadores é com treinamentos ofensivos, descuidando-se muitas vezes dos defensivos, atitude essa que deixará a equipe desequilibrada.

POSIÇÃO BÁSICA DEFENSIVA DO JOGADOR:

Pernas afastadas, um dos pés um pouco avançado, pernas ligeiramente flexionadas, braços levantados acima dos ombros.

COMO DESLOCAR-SE NA POSIÇÃO DEFENSIVA:

Deslocar-se para a frente, para trás e para os lados, evitando cruzar as pernas ou saltar para não perder o equilíbrio caso o adversário faça fintas; antecipar-se no sentido de ocupar espaços, impedindo as progressões e mesmo a passagem do adversário.

MOVIMENTAÇÃO CONSTANTE DOS BRAÇOS:

Utilizar os braços e as mãos para se apoderar da bola não dominada pelo adversário, interceptando passes, na disputa da bola rebatida, nas atitudes de defesa dos arremessos.

SABER FAZER USO DO CORPO PARA OBSTRUIR A AÇÃO DO ADVERSÁRIO:

Barrar com o tronco o caminho do adversário, mesmo que ele não esteja com a posse da bola.


Para ser um bom defensor no Handebol

  • Analise as habilidades do adversário;

  • Esteja sempre entre o seu adversário e a área de gol;

  • Localize a bola sem perder tempo;

  • Seja determinado e agressivo, atacando sempre para se apoderar da bola;

  • Movimente-se permanentemente, cubra os espaços, agite os braços, dificultando o trabalho do adversário;

  • Vigie o adversário, mas não se descuide da bola e do jogo;

  •  Procure se antecipar para o não permitir que o adversário possa receber a bola;

  • Feche os espaços para dificultar a infiltração;

  • Enfrente o adversário, que está com a bola, não permitindo arremessos do centro da quadra.

  • Fale com seus colegas e esteja pronto para cobertura.


Sistemas Ofensivos

Todo tipo de ataque deve ser bem organizado. entre os sistemas de ataque mais usados temos o ataque em circulação e o ataque posicional.

ATAQUE EM CIRCULAÇÃO:

É um sistema com grande movimentação e trocas sucessivas dos atacantes, sendo que a bola deverá também circular por todos os lados,  até que se consiga uma situação ideal para o arremesso.

Não recomendamos esse sistema para iniciantes.


ATAQUE POSICIONAL:

É um sistema em que cada jogador ocupa sua posição específica  e inicia um trabalho de passes para deslocar a defesa, criando um espaço em que um dos atacantes possa fazer o arremesso numa posição favorável, com maiores chances de gol.


POSICIONAMENTO OFENSIVO

Para você que está se iniciando ou deseja conhecer melhor a tática ofensiva do handebol, apresentamos uma formação básica, onde colocamos os jogadores atacantes em duas linhas, ou seja, três jogadores posicionados mais próximos á linha de tiro livre de 9 metros e outros três que se colocam próximos à área de gol ou linha dos 6 metros:A partir desse posicionamento básico, são feitas as mudanças de direção e principalmente infiltrações, abertura de espaços entre os jogadores da defesa.

           

Sistema Ofensivo 6:0

É um sistema com seis jogadores atuando à frente da área de tiro livre, eqüidistantes, procurando ocupar toda à frente da área. Os jogadores procuram trocar passes na tentativa de conseguirem penetrar ou obter condições vantajosas para executar os arremessos de longa distância. É o sistema mais simples sendo indicado para a ofensiva, continuando na mesma faixa de campo, dando aos alunos noção de ataque organizado, sem perder a estrutura defensiva, importante quando perder a posse da bola. Esta formação ofensiva não prevê o emprego de pivô, e as jogados são armadas fora da área de tiro livre, prevalecendo os arremessos de longa distância e as penetrações laterais. Deve-se orientar os armadores para fazerem a armação das jogadas pelas laterais, trazendo a defesa mais para um dos lados e conseguindo a possibilidade de penetração pelo lado contrário com o ponta. Caso a armação seja feita no centro da quadra, deve-se dar a orientação de que troquem passes mais perto do meio do campo, evitando com isto embolar o jogo e facilitar o corte dos passes pelos defensores.

 


Sistema Ofensivo 5:1

É um sistema com cinco jogadores atuando à frente da área de tiro livre, eqüidistantes, e um infiltrador (pivô) próximo da área de gol, ocupando a faixa central da baliza onde o ângulo de arremesso é maior.

Os cinco jogadores que atuam fora da área de tiro livre, devem receber a função de armação das jogadas, utilizando nisto três jogadores, enquanto os outros dois, jogando nas laterais, tentam a penetração ou combinação de fintas e finalizações com o pivô.


Sistema Ofensivo 4:2

É um sistema com quatro jogadores atuando à frente da área de tiro livre e dois infiltrando à frente da área, colocados na faixa central da baliza, próximos da linha da área do goleiro.

Dos quatro jogadores que atuam fora da área de tiro livre, dois são responsáveis pela armação das jogadas e se utilizam dos arremessos de longa distância nas possíveis finalizações. Os outros dois são os pontas que atuam nas faixas laterais da quadra, procurando participar da armação da jogada, quando esta está do seu lado, no lado contrário procuram se desmarcar, ficando um contra um, o que lhes possibilita a penetração pelas laterais, utilizando os arremessos com saltos e quedas.

 


Sistema Ofensivo 3:3

É um sistema com três jogadores atuando à frente da área de tiro livre e três infiltradores (pivôs) dentro da área, colocados eqüidistantes junta à linha da área do goleiro.

É um dos sistemas mais ofensivos em termos de agressividade junto à área do goleiro, obrigando os defensores a uma marcação atenta, dificultando o serviço destes infiltrados, ao mesmo tempo em que cuidam de dar combate aos arremessos de longa distância executados pelos armadores. Apresenta o inconveniente de embolara a frente da baliza, mas é útil quando a equipe tem bons infiltrados e armadores com bom domínio de bola e muita criatividade. É um sistema com aplicação contra defesa nos sistemas 6:0, 5:12, 3:3, 3:2:1.

 

 


Para ser um bom Atacante no Handebol

  • Estude bem seu marcador;

  • Antecipadamente, tenha na cabeça a jogada que executará quando receber a bola;

  • Seja capaz, mesmo sem olhar, de saber do posicionamento ofensivo dos seus companheiros;

  • Durante a condução da bola, nunca pare para pensar o que fará com ela;

  • Não permaneça parado se movimente bastante;

  • Mantenha-se afastado do seu marcador;

  • Procure variar bastante suas ações ofensivas;

  • Surpreenda seu adversário com velocidade;

  • Ameace sempre o arremesso ao gol;

  • Use suas habilidades mas não seja individualista;

  • Apóie seus companheiros na quadra, oriente sem ser agressivo e comemore com sua equipe qualquer ação de sucesso.


Contra-Ataque

É uma jogada rápida, que constitui a melhor maneira de se chegar ao gol do adversário, pois, quando perde a bola, o ataque adversário nem sempre consegue se organizar para a defesa.

Existem vários sistemas de contra-ataque. Citaremos dois deles: o contra-ataque direto e o contra-ataque sustentado.

CONTRA-ATAQUE DIRETO:

Acontece quando, num passe longo, o jogador que recebe a bola sai em velocidade para a quadra do adversário.

CONTRA-ATAQUE SUSTENTADO:

Quando mais de um jogador sai do seu campo defensivo par o ataque em velocidade, fazendo passes, sem que os defensores tenham condições de se organizar para a defesa.


MÚSCULOS TRABALHADOS NO HANDEBOL

 


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