NOVA
POESIA GALEGA - 1ª DECLARAÇOM DO EGPGC
INTRODUÇOM
Esta PRIMEIRA DECLARAÇOM
pretende ser uma mínima sintetizaçom justificativa da etapa
actual. Tem muitas lagoas e carências, que ainda que as condiçons
da clandestinidade nom as justificam, tampouco ajudam muito (recopilaçom,
documentaçom, meios, coordenaçom, etc).
Nom se pretendeu fazer
uma declaraçom ampla e perpétua; a dinámica da evoluçom,
os segredos cara o inimigo e as próprias limitaçons o impedem.
Também há a experiência no passado e no presente de
"rigorosos e completos tratados" que ficaram em egos ilhados da realidade,
rematados no lixo, no fogom ou como peças bibliográficas.
Considerou-se que
urgia a sua saída, já que se levavam uns anos de prática
sem documento nenhum. Nom som os detalhes e singelismo palpáveis
(panorama político mundial, estatal, estratégia global, etc)
o que interessa transmitir, senom o fundo, os eixos básicos e as
linhas sobre as que gira.
O EG quer animar as
discussons e debates ao redor dela, medir erros e acertos, recolher opinions,
valoraçons e aportaçons que o ajudem na sua conexom fiável
com o seu destinatário: o povo galego, só ele pode ser o
protagonista e executor.
O cinco de Fevereiro
de 1987 saiu à luz pública o EXÉRCITO GUERRILHEIRO
DO POVO GALEGO CEIVE. O mesmo dia foram julgados na Audiência de
A Corunha três irmáns, acusados e posteriormente condenados
por diversas acçons levadas a cabo a começos de 1986.
Desde entom o EG intenta
estar presente na dialéctica do combate do povo. A sua capacidade
logística chegou onde os meios o permitiram e nesse vieiro esta
a seguir.
NECESSIDADE DA VIOLÊNCIA
REVOLUCIONÁRIA
Galiza é uma
naçom. Tem um idioma próprio, um território, um colectivo
humano que se comporta dum jeio determinado dando lugar a uma psicologia
diferenciada, uma economia singular e uma Vontade de Ser demonstrada ao
longo da história.
A naçom galega
está submetida ao domínio do Estado Espanhol. A ocupaçom
militar, o control político, a dependência, o colonialismo
ecónomico e o assovalhamento cultural impedem o livre exercício
e dereito inalienável de autodeterminaçom do povo.
Por que foi, é e será
precisa a violência revolucionária?
a.- Galiza é um povo
que desde o século XVIII (1787) passa de representar o 13´5
% do total da povoaçom do Estado Espanhol a representar o 7´6
% em 1970.
b.- Um povo que desde
o ano 1800 produziu mais de dous milhons e meio de emigrantes.
c.-Um povo que é
analfabeto na sua própria língua por imposiçom do
idioma espanhol.
d.- Um povo espoliado
das suas riquezas naturais ( matérias primas, forestal, pesca...)
vítima duma estrutura económica imperialista.
e.- Um povo onde a
transformaçom e valor engadido das suas riquezas é feito
fóra principalmente.
f.- Um povo desmantelado
das suas industrias tradicionais: estaleiros, conserveiras, textís...
g.-Um povo que nom
gera postos de trabalho para a sua mocidade.
h.-Um povo sem uma
economia autocentrada e desenvolvida que é golpeado constantemente
polas altas e baixas nos mercados de produçom, distribuiçom
e consumo que controla o Imperialismo.
i.-Um povo sem centros
próprios de decissom, sem poder político.
j.-Um poo alienado:
com a sua história manipulada, ocultada e negada; com auto-ódio,
complexo de inferioridade, resignaçom, fatalismo, diglossia...
l.- Um povo que resiste
e sobrevive; com Vontade de Ser depois de quinhentos anos de doma, surdo
às campanhas propagandísticas dos poderes fácticos,
rejeitador quantitativo de tantas farsas eleitorais espanholas.
m.-Um povo rebelde
diante da Constituiçom Espanhola:
"La Constitución
se funda sobre la indisoluble unidade de la Nación, patria comun
e indivisible de todos los españoles". Art.2.
"El castellano es
la lengua oficial del Estado. Todos los ciudadanos tienen el deber de conocerlo
y el derecho de emplearlo. Art.3.
"Las fuerzas armadas
tienen la tarea de garante de la soberanía y de la independencia
de España, defender su integridad nacional y el ordenamiento constitucional".
Art.8.
"Economia de mercado..."Art.38.
Assim como a quantidade de artigos referentes à garantia da propriedade
privada (art.33), mantimento do poder da Igreja e do ensino da religiom
católica nas escolas estatais (arts. 16 e 26), etc.
Por todos estes argumentos,
nom exaustivos, o EG diz: O povo galego nom pode aguardar dos colonizadores
espanhóis a democracia que lhe cumpre para conquerir a Independência.
A Independência e o Socialismo nom se choram, conquirem-se.
Para que haja uma
justificaçom no combate armado precisa-se:
1.-Ter a razom, saber
expô-la e que seja aceitada.
2.- Mulheres e homens
dispostos a empunhar as armas.
3.-Meios de todo tipo.
Quando os caules normais
de comunicaçom estám baixo control dos monopólios,
da banca, da Igreja, o povo nom pode permanecer em silêncio. Quando
certos sectores, depois de se fartar de repetir as palavras "democracia"
e "terrorismo", chegam paradogicamente a assumi-las ( já Goebells
dizia que uma mentira mil vezes repetida remata sendo verdade) há
que reeducar a estes sectores.
Está-se já
desde há anos na etapa onde a luta pola LNeS deixou de ser património
duma elite culturalista e passou a formar parte de sectores populares:
classe operária, sector labrego, mulheres galegas oprimidas, sector
marinheiro, mocidade, etc. Estes, sobretudo os mais marginados e oprimidos,
eram e som os mais convencidos de que sem dar passos qualitativos e de
contrapoder no processo de LNeS esta nom seguiria avançando.
Foi um processo duvidador
o destes 10/13 anos últimos. Junto a um certo optimismo, baseado
nos cantos de madrugadoras "sereias democráticas" espanholas e galegas,
o conformismo e a incapacidade de direcçom dos principais responsáveis
da luta de LNeS possibilitaram um retraimento e posterior frustraçom
política desde o ano 75 ao 86. Foi um certo infantilismo pensar
e crer que se podia combater ao sistema no seu próprio terreno e
SOMENTE DESDE DENTRO, quando eles controlavam os centros decisivos e neurálgicos
de poder.
O tecto de conscienciaçom
de certas camadas populares acadou-se há anos. Desde entom, o povo
trabalhador está pendente da identidade, capacidade e responsabilidade
das suas vanguardas. Segue nesse impasse e pre-fecundaçom das suas
filhas e filhos mais dignos. Nom é possível depois de longas
lutas -Ferrol e Vigo no 72, três folgas gerais, As Encrobas, mobilizaçons
labregas como a campanha contra a "quota empresarial da SSA", folgas comarcais
e sectoriais, Ascon, Telanosa, Sidega, Mafriesa...- sair frustrados e derrotados
ou no melhor dos casos morrer de fame, ou com remedos subtís como
as regulaçons de emprego, bolsas, fundos de promoçom de emprego,
jubilaçons antecipadas...É assim como pensam afogar as aspiraçons
legítimas das classes populares.
Por todos estes e
muitos mais argumentos sociais, culturais, políticos e económicos,
o EG pratica a violência revolucionária e libertadora, sendo
hoje ademais -nom o único nem o exclusivo- O PRINCIPAL MÉTODO
DE COMBATE DAS CLASSES POPULARES ANTE O IMPERIALISMO ESPANHOL, sendo hoje
o processo directo de conexom com a mocidade galega marginada, com a mulher
oprimida, com a classe operária conscienzada, com os sectores antimonopolistas
e antiimperialistas interessados na Independência.
MÉTODO DE ANÁLISE
O EG baseia-se no
materialismo dialéctico como método de análise. Estuda,
trata e recolhe as experiências de todos os povos irmáns do
mundo, e, acorde com a genuidade galega, investiga a sua validez cara à
realidade económica, social e cultural para transformá-la.
Aprende da entrega
e ensinamento das filhas e filhos do povo. O seu amor, coragem e exemplo
dá-lhe a força. Descobre a verdadeira História da
Galiza, sem confundi-la com a mistificaçom, ocultaçom, negaçom
e confusom. Valora e faz seus os desejos e anseios das massas anónimas
e de tantos mártires ao longo do tempo.
ORIGEM
1º. Hoje parece
estar bem estudado que o nacionalismo (galeguismo) anterior à Sublevaçom
Militar Fascista do 36, cuja máxima expressom social foi o referendum
e triunfo em Junho do 36 do Estatuto de Autonomia, nom teve continuidade
política organizada (entenda-se, com o respaldo e apoio de alguns
sectores populares) na longa noite de terror franquista. Somente teve uma
certa releváncia política e cultural no exílio: México,
Uruguai, Cuba...
Ainda nom há
um estudo rigoroso -agás o breve resumo que lhe adica Harmut Heine
em "A guerrilha antifranquista na Galiza"- sobre a participaçom
nacionalista (galeguista) na guerrilha, tanto no Exército Guerrilheiro
de Galiza como nas diferentes Agrupaçons Guerrilheiras. Agás
algum caso individual muito respeitável, como J.José Plá,
Mariano Otero Castelao, José Velo Mosquera... todos eles membros
do Partido Galeguista, o certo parece ser que a incidência ou peso
dos galeguistas na guerrilha era relativamente baixa, ainda na etapa mais
álgida de combate, ao redor de fins da 2ª Guerra Mundial.
2º. A guerrilha
propriamente antifranquista (referenciada e tratada por autores e vozeiros,
ademais do já citado, como M. Silva Ferreiro, F. Aguado Sánchez,
Rodriguez Chaos, Alonso Ríos, José R. Barreiro Fernández,
Mendez Ferrim, Enrique Líster, V. Freixanes, Sílvio Santiago,
Bernaldo Maiz, D. Alvarez Blazquez, X. López Rico, Carlos G. Reigosa,
Costa Clavel, Santiago Alvarez, Marcelino Villanueva, César Ríos,
Isabel Ríos, "Nova Galiza", "Especial A Nossa Terra"..) foi ocasionada
polo processo inicial de resistência do 36, polo triunfo da Sublevaçom
Militar Fascista no 39, polas consequências da 2ªGM, pola geografia
galega, polo seu hábitat e pola rebeldia de tantas galegas e galegos
diante do terror franquista.
3º. A luta de
LNeS actual arranca de grupos reduzidos nos começos dos anos sesenta,
sem apenas conexons com os Pinheiros e adláteres (estes trataram
de justificar o seu posicionamento político essencialmente no eido
cultural, através da Editorial Galáxia, e outros trabalhos
individuais na cultura e na ciência, tendentes a descubrir parcelas
concretas: Otero Pedrayo, López Cuevilhas, Carvalho Calero, etc).
Foi essencialmente
na década dos setenta quando sectores com mais consciência
de classe ingresaram no nacionalismo, protagonizado principalmente pela
UPG. Certos núcleos de militantes (chamados Frente Militar, Cultural...)
dam os primeiros passos no terreno da violência revolucionária.
Eram os anos 74/75. Rematam com o assassinato de Moncho Reboiras o 12 de
Agosto de 1975, seguido de outras detençons, exílios e ocultaçons.
Os dirigentes da UPG
rejeitam a continuidade da luta armada, entre outros argumentos -a brevedade
desta 1ª Declaraçom impede desenvolver mais profundamente-
em base a:
a) O afianzamento
da luta armada faria-lhes perder inexoravelmente o seu papel de protagonista
-dirigente- em favor dos patriotas dispostos a praticá-la.
b) Ficaria ao descuberto
o seu objectivo de converter ao nacionalismo galego num movimento testimonial
no plano histórico ao situar a contradiçom num plano irredutível
com a proposta clara duma revoluçom no nosso país que pasaria
pola Independência e o Socialismo.
4º. Justo naqueles
anos, curiosamente, outras galegas e galegos com mais consciência
de classe praticavam a luta armada. Ademais de militantes galegos no FRAP
(Baena seria fusilado junto a quatro combatentes mais o 27-9-75), fala-se
da antiga Organizaçom Obreira, que pôde converter-se na organizaçom
armada e revolucionária que Galiza precisava. A intromissom de dirigentes
antinacionalistas (Pío Moa, Manuel Pérez Martínez...)
torceram o carácter político de Organizaçom Obreira,
que posteriormente passou a ser Organizaçom Marxista-Leninista Galega
(OM-LG). Depois participariam na constituiçom dos GRAPO. Diante
da consciência de classe dum Abelardo Colhazo e tantas e tantos outros
e outras galegos e galegas, posteriormente militantes do PCE(R), pouca
capacidade de convicçom tiveram os argumentos de alguns "dirigentes"
nacionalistas da época.
Ainda desde um enfoque
errado pola concepçom da luta, táctica e estratégia
(sublevaçom das massas a nível de Estado, falta de infraestrutura,
acçons precipitadas...) foram galegas e galegos corajosos, rachando
com muitos esquemas e prejuízos.
5º. Posteriormente,
e já baixo conceitos claramente independentistas (Sumário
76/80 da Audiência Nacional Espanhola, cita-se textualmente na resoluçom
da condena: "Pola formaçom dum grupo armado independentista...")
depois das primeiras acçons som detidos 16 galegos em Setembro de
1980. Era a esperança e a experiência frustrada do LAR (Luta
Armada Revolucionária). Ficam encadeados os seus dirigentes, o resto
do LAR, mas as forças políticas que coincidiam -PGP e Galiza
Ceive(OLN)- no mesmo projecto nom tiveram capacidade organizativa. Em Novembro
do 83, com a autoexclusom de 17 dos seus militantes depois de um intento
de disoluçom, Galiza Ceive(OLN)persiste nos seus plantejamentos
políticos. Remata outra experiência para organizar a luta
armada na Galiza.
Nestas cinco referências
-guerrilha nacionalista (galeguista), guerrilha propriamente antifranquista,
frente militar da UPG, galegas e galegos dos GRAPO, e LAR- resume-se o
desenvolvimento da violência revolucionária nos perto de 50
últimos anos.
Há uma
grande diferença entre o nacionalismo dos povos já livres
e o nacionalismo dos que aspiram à liberdade. A palavra nacionalismo
sem dúvida nenhuma está desacreditada, enquanto que comunmente
é aplicada ao nacionalismo das naçons que já posuem
a soberania nacional. Aplicado o termo nacionalismo aos povos oprimidos
significa algo diferente. Trata-se de conquerir os direitos do povo a Ser,
de reivindicar o inalienável exercício da sua libertaçom
para que a sua pessoalidade seja respeitada e nom assovalhada.
O EG é o resultado
pragmático e organizado de duas geraçons de combatentes decididos
a entregar por solidariedade e sacrifício revolucionário
a sua capacidade e experiência. É a resposta dos mais oprimidos,
marginados e explorados diante da injustiça que os afoga e o ódio
que produz a opressom. É pola coerência ideológica
com o seu motor principal e dirigente, a classe trabalhadora galega, polo
que assume e PRATICA a violência revolucionária.
Nom viveu a Sublevaçom
Militar Fascista do 36, mas os seus membros conheceram no próprio
corpo as consequências da derrota. Na longa noite de terror conheceram
a repressom, contemplando impotentes a morte do Ditador que desde a sua
ivernaçom agonizante continuou assassinando e torturando. Atrás
ficaram cunetas cheias de mártires do povo, cadeias afestadas de
morte e tortura; atrás ficaram montes silandeiros em noites fechas
e claras onde a esperança frustrou-se uma vez mais.
Engendrou-se também
pola iniciativa da mocidade galega que rachou com os tabús e esquemas
"educativos" reprodutores do sistema colonialista espanhol. Da mocidade
que quer construir uma sociedade solidária numa naçom livre.
Da mocidade rebelde perante o paro, a droga e o consumismo escravizante,
impostos polos três poderes reais do imperialismo espanhol: Exército,
Capital e Igreja católica. Daqui que a mocidade galega guerrilheira
chame e abra as portas do EG aos resto das irmás e irmáns
para que algum dia o povo seja dono das suas riquezas, do produto do seu
trabalho, dos meios de produçom e, em definitiva, do poder político.
DEFINIÇOM E PRINCÍPIOS
O EGPGC é a
organizaçom para conquerir a Independência e o Socialismo
na nossa Pátria.
Aspira a ser o instrumento
armado do povo oprimido, dos homens e mulheres que trabalham ou estám
no paro à força, da mocidade que luta contra a sua marginaçom,
do sector agrário, dos marinheiros e de todos os sectores populares
antimonopolistas e antiimperialistas que combatem pola Revoluçom
na Galiza.
É a organizaçom
armada galega, ainda em germe, criada polos sectores mais conscienciados
do povo, para respostar à violência OPRESSORA do Estado Espanhol,
engrenagem e apêndice controlado e dirigido polo Imperialismo.
Assume que sòmente
quando o povo conscienciado o reconheça como verdadeiro e amplamente
seu acadará a força e o tino para ser a ferramenta que cumpre
para deslocar de Galiza aos colonialistas e aos seus instrumentos de opressom:
forças de ocupaçom, monopólios, caciques de toda caste...
Esta luta é ademais a sua aportaçom como mostra de irmandade
e solidariedade com todos os povos do mundo no combate contra o Imperialismo.
O seu projecto revolucionário
nom esquece os ensinamentos da história. Nasce das trabalhadoras
e trabalhadores, nom é um projecto duma ou várias cabeças,
senom da maduraçom das condiçons materiais da sociedade galega
e do estudo do actual sistema das forças produtivas, assim como
duma conscienciosa análise da sua estrutura social e das relaçons
de dependência colonial. A luta pola LNeS de Galiza vem intimamente
ligada à luta pelo SOCIALISMO. Nom só a Independência
nacional é necessária, senom que a emancipaçom das
classes trabalhadoras mais oprimidas é fundamental. Nom há
projecto revolucionário se a consecuçom de Independência
nom vai acompanhada da transformaçom radical da sociedade, da apropriaçom
dos meios de produçom pola classe trabalhadora. Noutro aspecto afirma-se
a INCAPACIDADE objectiva e histórica da burguesia e da pequena burguesia
como classe para dirigir o processo de LN que implique a verdadeira transformaçom
da sociedade criadora de homens e mulheres realmente livres.
O EG é o instrumento
da classe trabalhadora principalmente para receber a que, INDEPENDENTEMENTE
DA SUA IDEOLOGIA, sempre que esta nom seja antagónica com os interesses
das classes populares, anseie uma sociedade nova. Recolhe o melhor do passado
e do presente para erradicar no futuro as relaçons humanas e modo
de produçom da sociedade capitalista. Implantar um novo sistema
social, baseado na aboliçom da propriedade privada dos grandes meios
de produçom, da banca, e de todos aqueles que possam supor a usurpaçom
da plus-valia gerada pola venda de trabalho, respeitando a propriedade
privada adquirida como consequência do trabalho honesto e sem exploraçom,
sempre e quando esteja destinada ao aproveitamento directo polo seu proprietário.
Na medida em que uma
sociedade livre nom pode ser tal em tanto mantenha relaçons de opressom
entre os seus membros, LUTA E LUTARÁ POLA ABOLIÇOM DA SOCIEDADE
PATRIARCAL e pola igualdade real de direitos entre mulheres e homens.
Por uma autêntica sociedade criativa genuína do povo, que
rache com a "doma e castraçom seculares". Uma sociedade onde os
descubrimentos, avances científicos e sociais sejam aproveitados
e disfrutados sem diferenças nem privilégios por todas as
mulheres e por todos os homens.
No que respeita à
nossa língua diz que Galiza, terra assovalhada e amputada polo imperialismo
espanhol, viu-se obrigada a viver de costas, e de jeito "antinatura", a
Portugal. O reintegracionismo militante no terreno da normativa idiomática
está avaliado polos mais preclaros e eruditos lingüistas do
país. O reintegracionismo militante no terreno da normativa forma
parte da concepçom de que uma Galiza Independente sentirá
a necessidade natural (e desta vez nom haverá travas imperialistas
que a reprimam) de integrar-se na comunidade luso-afro-brasileira.
O EG nom reconhece
a divisom provincial, nem a demarcaçom territorial de Galiza, onde
a nossa naçom perdeu comarcas e povos do SEU TERRITÓRIO em
favor de Espanha. O EG nom é correia de transmissom armada de partido,
organizaçom ou colectivo político nenhum. Coincide com TODAS
as organizaçons que lutem conseqüentemente pola INDEPENDÊNCIA
e o SOCIALISMO na nossa Pátria.
ESTRATÉGIA
Hoje o fundamento
principal para chegar à Independência e o Socialismo na Galiza
é o DESENCADEAMENTO DA GUERRA POPULAR PROLONGADA. Vários
e diversos os métodos de luta: políticos, institucionais,
sindicais, económicos... Uns serám principais e outros serám
complementários. NO PRESENTE E NO FUTURO, O DECISIVO E DEFINITIVO
SERÁ O DA RESPOSTA ARMADA.
O princípio
básico da GPP é derrotar ao inimigo no menos tempo possível
com o menor custo e sacrifício.
Os elementos objectivos
para enjuizar a GPP som:
1º.- Galiza é
uma naçom pequena. O EIE ainda é poderoso.
2º.- Galiza sofre
uma longa subjugaçom secular, num contexto colonizador intereuopeu.
3º.- Galiza nom
tem país vizinho com um sistema político progressista ou
solidário (as esperanças do "25 de Abril" esvaíram-se).
4º.- O MLNeS
ainda nom tem força avondo para ressolver a curto prazo as
contradiçons principais com o inimigo.
5º.- Galiza tem
um desenvolvimento económico que sem ser puramente capitalista,
tampouco é totalmente precapitalista.
6º.- A vitória
da Sublevaçom Militar Fascista do 36 nos primeiros dias teve uns
resultados repressivos e de opressom de graves conseqüências.
7º.- A estrutura
social da emigraçom, as suas longas raízes, extensom e tradiçom,
possibilitou e favoreceu umas saídas vantajosas para os diferentes
sistemas ou regimes dos séculos passados, atenuando as confrontaçons
sociais.
8º.- A composiçom
das forças de ocupaçom e repressom espanholas está
formada por uma quantidade nada desdenhável de nados na Galiza.
As novas geraçons do Exército Espanhol, polícia e
Guarda Civil nom têm uma implicaçom directa na Sublevaçom
Militar Fascista do 36. Estes factores actuais amortiguam na consciência
popular uma clarificaçom da verdadeira e própria funçom
sua: a de repressores do povo baixo nómina do EIE.
9º.- Uma grande
importância do sector de serviços e pequenos proprietários.
10º.- Um contexto
europeu com uma ocupaçom e domínio militar do braço
armado do Imperialismo, a OTAN, mais um control económico e cultural
imperialista, a CEE.
11º.- Um nascimento,
ou continuaçom, específico do actual nacionalismo galego
nos anos sessenta hegemonizado por elites culturais. Sem infravalorar A
SUA GRANDE APORTAÇOM ao desenvolvimento do MLNeS, e sem esquecer
que a contradiçom principal do 39 ao 60 na Galiza nom era espanholismo/nacionalismo,
senom antifranquismo/luta de classes. O desenvolvimento amplamente social
ficara truncado no 39.
12º.- UMA ENORME
E IMENSA MAIORIA DO POVO FORMADA POR TRABALHADORAS, TRABALHADORES, UM SISTEMA
AGÁRIO CADUCO AVELHENTADO E MISERENTO, UM SECTOR MARINHEIRO TOTALMENTE
DEPENDENTE E EMPOBRECIDO, UMA MOCIDADE MARGINADA, UMA MASSA IMPORTANTÍSSIMA
DE PARADOS À FORÇA, UMA SITUAÇOM DA MULHER VÍTIMA
DA SOCIEDADE PATRIARCAL E UMAS GRANDES CAMADAS POPULARES AUTÓNOMAS
QUE SOFREM AS CONSEQÜENCIAS DA COMPETÊNCIA MONOPOLISTA.
13º.- A distribbuiçom
do hábitat, a parróquia, a estrutura das vilas e cidades,
a falta duma grande urbe.
14º.- Hábitos
e costumes da vida galega.
Estes elementos nom
relacionados exaustivamentesom os que entre outros condicionam a Estratégia
Geral da GPP como meio principal para a consecuçom da Independência
e o Socialismo.
Sem mudar hábitos
e costumes para adaptar-se a esta estratégia, sem conhecer as leis
do combate presente e futuro, sem dominá-las e sem investigá-las
o povo nom sairá vitorioso.
A estratégia
da GPP nom há de ser a de que só a violência revolucionária
levará à meta final. Esta é errónea. Segundo
as etapas e as possibilidades de organizaçom e propaganda, tanto
legais como ilegais, haverá que combinar, excluir ou praticar a
luta legal institucional com as demostraçons de CONTRAPODER. Haverá
(um suposto) situaçons concretas onde seja oportuno participar nos
referendos, ou bem capitalizar CLARAMENTE ou potenciar o absentismo conscienciado
e politizado.
Que é preciso
para desencadear a GPP?
1º.- Consolidaçom
do EGPGC no seio do povo
2º.- Ampliaçom
das bases operativas e da teia de aranha açorada e invisível.
3º.- Iniciativa
e aprovisionamento.
4º.- Anulaçom
das forças de ocupaçom e repressoras.
5º.- Agrupamento
e popularizaçom das forças políticas e toma de poder.
1º.-CONSOLIDAÇOM
DO EGPGC NO SEIO DO POVO: Isto só será possível mediante
a compartimentaçom rígida, clandestina e original, acorde
com as leis de seguridade da GPP na Galiza. Hoje o EG tem a experiência
dos primeiros passos dados e persiste constantemente no conhecimento e
investigaçom da idiosincrásia e realidade actual, na análise
da situaçom política mundial.
Para consolidar-se
tem que fazer chegar o poder da sua detonaçom ao resto da massa
explosiva que é o povo. Por simpatia a onda revolucionária
actuará nos recunchos mais afastados.
Supom despertar e
organizar no terreno da violência revolucionária a força
que dam a opressom e o sofrimento. Hoje ainda nom pode chegar a cada galega
ou galego, mas a doença, a opressom, está implícita,
nom é um invento do EG.
Ninguém deve
aguardar a que o chamem. Que ninguem seja vital e imprescindível
no circuito fechado.
A consolidaçom
só será possível se os vasos comunicantes que o regam
lhe dam vida: partidos políticos, organizaçons, colectivos,
sindicatos, intelectuais, independentes, ecologistas, organizaçons
feministas, culturais, da mocidade, antirrepressivas, etc, existentes na
Galiza o respaldam e defendem. O EG respeitará a independência
total de cada uma delas.
Construir uma CORTINA
DE SILÊNCIO, de protecçom e defesa, é premisa fundamental
para os que se identifiquem ou simpatizem com o EG. Datos fóra
de lugar, alporizaçons "heroicas", críticas subjectivas e
demais vícios anticlandestinos, é informaçom que se
lhe está facilitando ao inimigo.
SILÊNCIO TOTAL
CARA O INIMIGO!! Guerra aos "orelhas", lingüeteiros, caluniadores
e chivatos!!
A estanquidade total
da informaçom entre a militância política, sindical,
cultural, etc, e as combatentes guerrilheiras e guerrilheiros ou a sua
infraestrutura deve EVITAR RADICALMENTE QUALQUER TRASVASE INFORMATIVO E
PERIGOSO. Qualquer informaçom ao respeito pode ter conseqüências
que se pagam com a tortura, com a cadeia ou com a própria vida.
2º.- AMPLIAÇOM
DAS BASES OPERATIVAS E DA TEIA DE ARANHA AÇORADA E INVISÍVEL:
É uma evidência que as Bases Operativas estám crescendo.
Ainda assim o EG hoje só é o germe armado e fecundo. Só
florescerá e multiplicará na evoluçom do combate,
isto é, levando à prática a sua teoria.
As Bases Operativas
geram-se por induçom mediante a prosecuçom duma linha correcta.
Na capacidade de captaçom, educaçom e formaçom das
novas guerrilheiras e guerrilheiros está o miolo da questom.
O EG está criando
um estilo, um jeito novo de ser dos seus membros. Educa ao militante armado
de novo tipo nas experiências doutros povos e funde-as na genuinidade
galega. O mesmo que o povo tem uma língua própria, um jeito
de sentir, de viver, de morrer, um território, um mar, um céu
e umas circusntâncias históricas concretas, também
tem e seguirá tendo a capacidade para parir a guerrilheira e o guerrilheiro
do seu seio.
Para ampliar as Bases
Operativas (2, mínimo, 3 ou 4, máximo, guerrilheiras ou guerrilheiros)
precisa-se:
A.- Combater sem trégua.
B.- Induzir à
luta a quem aceite o projecto de LNeS, seja dum jeito independente (por
iniciativa individual), seja aguardando que a teia de aranha enlace, seja
buscando-a. (A iniciativa individual é um risco que o EG nom deixa
de valorar. Podem-se desperdiçar elementos humanos muito úteis
em acçons CONDENADAS AO FRACASO por falta de experiência,
meios, preparaçom política e/ou guerrilheira. Portanto este
recurso SÓ estará justificado nos casos excepcionais de ilhamento
ou desconexom. A responsabilidade e eficácia destas acçons
-por iniciativa individual própria- é requisito imprescindível
para que sejam asumidas polo EG.)
C.- Nascer da consciência
da classe organizada de partidos, sindicatos, mocidade, colectivos... que
tendo em conta esta chamada deiam já passos práticos
na medida das suas possibilidades.
D.- Aprender a praticar
a violência revolucionária noutros povos irmáns, baixo
qualquer céu dos oprimidos, recolhendo os ensinamentos, os meios,
as experiências e revertindo-as no seio do povo.
3º.- INICIATIVA
E APROVISIONAMENTO: A concretizaçom de quem é o inimigo do
povo e as suas formas de espoliaçom e dominaçom é
fundamental em cada momento da história para a realizaçom
dentro da estratégia que pretenda o seu fim.
A obviedade desta
asseveraçom nom precisa argumento, só duma correcta aplicaçom
na prática, pola grande influência que tem em todo o MLNeS
presente e futuro.
A respeito disto é
preciso resolver a pergunta base do "que fazer?"
a- Qual é a
estratégia que tem carácter revolucionário porque
cria nas massasuma consiência de classe e nacional gerando uma praxe
combativa?
b- Qual seria a estratégia
que, quando menos, neutralizara as críticas dos sectores produtivos
-de grande influência ideológica e organizativa- que hoje
som contrários às acçons do EG e OBJECTIVAMENTE ESTÁM
MAIS PRÓXIMOS?
c- Qual é a
estratégia que a esta altura da história criaria um enfrentamento
entre os interesses dalguns sectores da burguesia própria (ou aspirantes)
e da estrangeira, e da própria entre si?
Esta questons só
têm soluçom correcta se se conhecem perfeitamente as características
e reacçons do povo.
Temos definida a nossa
naçom com dependente e colonial, mas o certo é que esta definiçom
é capital usado só pola vanguarda, e a maiores malamente.
Na imensa maioria uma explicaçom ao concreto desta consigna é
difícil de encontrar. A ignorância sobre a própria
realidade é um mal comum das sociedades subdesenvolvidas e com caracteres
de relaçons precapitalistas no campo e na costa nom urbana. Daí
o grande peso da Igreja.
Adjunto a isto devem-se
pôr os inquéritos nos que o fnómeno "terrorista" acadou
uns resultados percentuais mais altos de atençom. É bem doado
de explicar este resultado se além do dito anteriormente valorássemos
na sua justa medida o poderoso efeito da propaganda do Poder por uma banda
-a mais importante- e a dura experiência repressiva que viveu e vive
o nosso povo pola outra.
Destruir como detergente
estes alienantes focos de contaminaçom e parálise é
a estas alturas o EFEITO PRIMORDIAL DAS ACÇONS.
O conjunto desta resumida
análise vai-nos dar os parámetros por onde desenvolver a
estratégia actual e as operaçons a realizar:
- Deveriam incidir
sobre aqueles sectores produtivos que dependam das mans estrangeiras ou
bem
tragam como resultado da sua indústria uma extracçom de recursos
que levem o proveito mais grande para fóra, ainda que deixem algum
resto industrial ou financeiro no país.
- Sobre aqueles sectores
produtivos que impeçam o medre de ramos da indústria autóctona,
capazes hoje de saír sós para adiante.
- Sobre os grupos
monopolísticos e financeiros que produzam rotura de mercado pola
sua introduçom no país em contra do próprio e que
aumentem o fluxo de perda financeira e de capital.
- Que se presentem
em lutas sectoriais como instrumento capaz de CONTINUAR A LUTA DAS TRABALHADORAS
E TRABALHADORES, MARINHEIROS E SECTOR AGRÁRIO, na soluçom
dos conflitos ao seu favor.
- Que sejam soluçons
aos problemas de GRANDES SECTORES SOCIAIS, incentivando com a sua presença
as acçons populares de auto-organizaçom.
- QUE VOLTEM O ORGULHO
AO NOSSO POVO ante a possibilidade real da criaçom dum contrapoder.
- Que defendam a saúde
do povo.
- Que capitalizem
a favor do povo o seu património artístico, cultural, histórico
e político.
A aproximaçom
destes parámetros, para uma maior claridade, esta na práctica
das seguintes acçons e execuçons :
- Situaçons
como as que ataquem ao sector de espólio directo, como o de extracçom
de minerais ou energéticos por empresas estrangeiras (electricidade,
chumbo, etc). No caso da electricidade a espoliaçom e bem conhecida
por todos.
- Situaçons
como os que denunciam o espólio da terra por estrangeiros para produtos
que eles nom querem: soja, eucalipto...
- Situaçons
como As Enchousas, os encoros... que ponham a povoaçom contra o
seu expropriador e o obriguem a virar de rumo.
- Casos contra os
traficantes e distribuidores de droga (defesa da saúde do povo).
- Casos contra os
queimadores do monte e BENEFICIÁRIOS DA MADEIRA QUEIMADA.
- Casos contra os
bancos, polo seu roubo de recursos financeiros do país.
- Casos onde o ataque
repercuta na infraestrutura ao serviço do EIE.
- Casos de simbologia
fascista. Que demonstrem que mudarom as formas mas nom o sistema.
Em definitiva, todos
aqueles casos que mostrem a claras o papel socio-económico e político
que o sistema impom ao povo galego: país espoliado dos seus recursos
e de dependência política e económica; ou aqueles que
produzam confianza no EG e que criem as condiçons adequadas para
pular pola auto-organizaçom popular.
É evidente
que diante dum CETME ou subfusil a cem metros de distância só
se poderá respostar com outra arma de condiçons similares
ou superiores (melhor). Se nom se dispom dela nom se pode fazer frente
nem escolher este tipo de enfrentamento directo. É uma lei primária
de combate.
Os meios para o combate
sempre serám relativos e escolhidos segundo uma série de
factores (que nom vamos a descubrir diante do inimigo) onde a capacidade
técnica, económica, a originalidade e o momento oportuno,
serám fundamentais em tal selecçom possível.
Essencialmente som
três as fontes de aprovisionamento: o mercado legal, os circuitos
ocultos e o PRÓPRIO INIMIGO.
O binómio guerrilheiro/meios
é também o que vai decidir a escolha concreta do tipo de
acçons.
4º.- ANULAÇOM
DAS FORÇAS DE OCUPAÇOM E REPRESSORAS: É Galiza um
país ocupado no senso militar? Sem a menor dúvida. Todo o
aparelho repressor e de ocupaçom está baixo mando directo
e control do EIE; defende os interesses dos espanhóis imperialistas
e demais estrangeiros; forma parte fundamental da superestrutura do EIE,
cuja essência é seguir hegemonizando o domínio duma
classe minoritária sobre a imensa maioria.
Como país dependente
e colonial (em muitos casos, nom em todos, diante da escassez de postos
de trabalho e a sua retribuiçom económica superior aos das
classes trabalhadoras ) Galiza produz um bom contingente de homens para
a Guarda Civil, Polícia, Exército, carceleiros. etc. Todo
este contingente, ademais dos estrangeiros (castelans, andaluzes...) pola
idiosincrásia da naçom galega convive no seio dalguns
sectores populares (ainda nom conscienciados avondo), no seio das suas
próprias famílias galegas (que logo reprimem) e ainda que
as suas relaçons sociológicas nom som normais, tampouco se
pode dizer que estejam ilhados como já lhes acontece noutros processos
de LNeS.
O terror e o medo
ao aparelho repressos e de ocupaçom, a conseqüência da
Sublevaçom do 36 e da vitória, ainda pervive. As novas geraçons
de vinte, trinta anos, ainda nom conheceram dum jeito massivo a repressom
policial, a tortura, a cadeia, o exílio, e a ocultaçom.
Entre outros argumentos
o EG deduz que um enfrentamentoaberto já cara à anulaçom
destas forças nom ajudariaa desenvolver a consciência independentista
e de classe. Para enfrentar-se abertamente já às forças
repressoras espanholas cumprem ainda maiores cotas de participaçom
popular na luta directa pola Independência e o Socialismo. Por estes
argumentos considera que só se deve de enfrentar a estes inimigos
do povo em acçons de defesa ou resistência.
Será na dinámica
da espiral "acçom/repressom/acçom" onde estas forças
repressoras jogarám o seu papel, sendo nesta evoluçom prevísível
onde a consiência do povo acadará os níveis suficientes
para considerar quando e onde é o momento oportuno para começar
com a anulaçom das mesmas.
Já que miles
desta 1ª Declaraçom do EG irám parar às mans
das forças de ocupaçom e repressoras espanholas, o EG informa-lhes:
a- Vocês som
filhos de galegas e galegos que foram ou som labregos , obreiros, marinheiros...
Seus avós também o foram e possivelmente também os
bisavós e todos os seus devanceiros. Entom, por nascimento e criaçom,
som filhos dos de abaixo, dos oprimidos, dos explorados, da classe social
assovalhada.
b- Um país
dependente e colonial, como Galiza, ao nom ter uma economia autocentrada
e desenvolvida, ao nom ter postos de trabalho estáveis e retribuídos
justamente, obriga aos nascidos na Galiza a incorporar-se ampliamente nas
forças repressoras.
c- As suas filhas
e filhos, pais e parentes, nom estám marginados na sociedade galega
na que vivem. Evite que isso possa suceder algum dia. Aos seus chefes isto
nom lhes importa; som, por ideologia e praxe, espanhóis colonialistas,
SOM DE ARRIBA!
d- Evitem -sejam inteligentes-
ser marginados, viver atrincheirados, sós, nos seus clubes, associaçons...
Nom lhes suceda o que JÁ ACONTECEU e segue a a contecer em outras
latitudes do Estado. Nom obriguem ao povo a que os margine, os arrincone
em guettos, casas-quartéis...
e- Seus chefes participam
e disfrutam das prebendas e privilégios que reparte -aos que cumprem-
a superestrutura que integram, a mesma que faz que uma minoria (minoria,
oligarquia, governo duns poucos, banca, monopólios...) de indivíduos
autoproclamados "demócratas" (Estado) reprimam por meio de vocês
a milhons e milhons de seres humanos.
f- Os povos de todo
o mundo somos irmáns, e portanto solidários, sejam andaluzes,
casteláns, extremenhos, norte-americanos. Se vocês som profissionais
e dizem servir aos interesses populares nom podem torturar (seja tortura
dura ou branda, psicológica ou caluniadora ou irrespetuosa) e matar.
g- Na Galiza têm
que viver, aqui estám familiares, vizinhos, amigos da infáncia
que logo (ou já) podem ser os seus inimigos. Evite-o.
h- Se sementam ódio,
repressom, tortura (sim, tortura tam requeterepetida; nom se fala da do
sessenta, nem da do setenta, senom da dos 86, 87, 88), o Tribunal Popular
nom perdoará.
i- Seus chefes ordenam
e vocês executam, Logo eles irám para Espanha, boas residências,
clubes protegidos, e vocês -logicamente- quererám viver na
Galiza, botar a partida tranquilos no bar, ir à festa da parróquia...
Que executem eles! Assim passou em Cuba a finais de século, no Sahara,
em Irlanda, em Marrocos. Que defendiam miles e miles de galegos em Cuba
contra os mambisses? Nom se manchem as mans. O povo vigia.
j- Nom se odeia jamais
à pessoa (se estivesse doente: sádicos, fanáticos,
torturadores viscerais, psicópatas... E os seus chefes e companheiros
que o permitem som também responsáveis), é ao que
representa e PORQUE EXECUTA E CUMPRE ordens que som antinaturais.
l- O EG está
contra o racismo e a genofóbia. O lugar de nascimento é um
factor accidental e uma circunstância casual. Som os feitos os que
contam.
5º.- AGRUPAMENTO
E POPULARIZAÇOM DAS FORÇAS POLÍTICAS E TOMA DO PODER:
Antes de entrar no conceito próprio deste ponto concreto, cumpre
um brevíssimo esboço do panorama político do Estado
Espanhol e do mundo.
A luta pola LNeS tanto
em Euskalherria, nos países Cataláns, Canárias e Galiza
acadou participaçons das classes populares mais altas que nunca.
Precisa-se que o inimigo tenha múltiples frentes para que a sua
capacidade operativa se veja mermada. À medida que os colaboradores
directos e indirectos comprovem os resultados na direcçom geral
do timom político espanhol, eles mesmos abandonarám o barco
(CG, PNG, etc), ou bem o preço do transporte os anule totalmente,
convertendo-se em fósseis que nada têm que fazer senom continuar
a situar-se ao pé dos opressores espanhóis.
Toda a filosofia actual
do Estado Espanhol tem como síntese, ademais da "indisoluble unidad
de la Nación", a pertença à CEE com a sua "livre economia
de mercado" (capitalismo), a integraçom no braço armado do
imperialismo (OTAN), o control espiritual e social da Igreja Católica...
Tudo isto adornado como os valores da cultura ocidental e com a venda das
riquezas e património dos povos, onde poucos sectores da economia
galega ficam sem controlar polo imperialismo.
A filosofia da CEE
é a do Imperialismo, quem como corvo destripador de continentes
saquea qual pirata contemporáneo os bens alheios em benefício
próprio, enquanto centos de milhons de seres humanos estám
na miséria, vivem ilhados da civilizaçom marginados e oprimidos.
É a filosofia militarista de assovalhamento e domínio; para
prova actual (que logo nom se diga que começarom os russos) o projecto
em marcha do control do espaço para reduzir militarmente aos povos
que querem ser livres, conhecido popularmente como "Guerra das Galáxias",
cujo despilfarro económico monstruoso tentam justificar. O campo
dos países socialistas vê-se obrigado a contrarrestá-lo
(contra a sua vontade e bem estar) e possivelmente a melhorá-lo
como contra-ofensiva. Mais uma vez os povos livres terám de travar
o afám de continuidade de domínio do Imperialismo.
Hoje quase a metade
da povoaçom mundial vive no Socialismo. Jamais nenhum sistema político
avançou e se implementou com a sua força, em apenas setenta
anos.
Nom há tal
reparto do mundo, como tampouco perdurou o Tratado de Tordesilhas, nem
a força capaz de deter aos povos que querem ser livres. Aí
estám Cuba, Vietname, Argélia, Angola, Irlanda, Nicarágua.
É neste contexto
do panorama mundial que o EG tem que resolver e desenvolver a GPP. Será
nas suas diferentes etapas e situaçons, presentes e que lhe aguardam,
onde o agrupamento e popularizaçom das forças políticas
galegas no caminho da Independência e o Socialismo será obrigada.
Este agrupamento será sempre um resultado paralelo aos passos positivos
do EG na medida da sua potência libertadora; é daí
donde sairá o Poder Político ao serviço do Povo.
A Toma do Poder é
a necessidade que toda guerrilheira e guerrilheiro tem que sentir como
primeira chance para construir a nova sociedade que proclama. A Toma de
Poder é a consumaçom máxima do povo para exercer as
suas concepçons de Justiça proletária e Labrega no
reparto do produto do trabalho, na paz fecunda, no respeito mútuo
a todos os povos do mundo...
Sem ânsia de
Poder o povo galego jamais será livre!!!
Na Galiza a Toma do
Poder nom implica necessariamente a destruiçom do Estado Imperialista
Espanhol.
A Toma do Poder virá
dada pola GPP onde as galegas e galegos destruam as cadeias que os mantenham
atados a Espanha. O processo revolucionário vai estar condicionado
por como vaia no resto das naçons do Estado, mas nom absoluta e
totalmente condicionado. Daí que nom seja imprescindível
a destruiçom do EIE; basta com que esteja o suficientemente debilitado
como para que se veja obrigado a deixar-nos livres, independentemente de
que logo, na prática, as cousas sucedam dum jeito ou doutro. A concepçom
de destruir o EIE junto com bascos, cataláns e canários é
ERRÓNEA, já que parte da autoamputaçom do nosso povo,
da incapacidade para, polos nossos meios e baseando-nos principalmente
nas nossas forças acadar os objectivos propostos: a Independência
e o Socialismo. Devemos esterilizar, estirpar e erradicar o virus histórico
da desconfiança em nós mesmos (sem cair tampouco no errro
contrário: sobreestimaçom e chauvinismo).
O EG tampouco esuqece
que o imperialismo ianque -inimigo número um- intervirá com
quantas técnicas sofisticadas e de contrainsurgência disponha.
Precisa-se do máximo
apoio político e social para contrarrestar a guerra psicológica
(principal ferramenta do inimigo hoje) que os centros neurálgicos
dos opressores espanhóis estám fomentando nos "mass-media"
e que alguns "dirigentes" galegos também espalham.
TÁCTICA ACTUAL
A voz do EG nom pode
ficar num gemido ilhado baseado num projecto voluntarioso, romântico
ou utópico, deslabazado dos coraçons, opressons e ódios
que implica a injustiça contra as mulheres e os homens. A dor das
oprimidas e oprimidos nom é exclusiva dos seus membros. Saber ser
povo com consciência de liberdade é o seu presuposto principal.
Guiados pelas melhores luzes dos nossos devanceiros: dos Irmandinhos aos
Mártires de Carral, de Rosalia a Bóveda, de Castelao a Foucelhas,
de Benigno Álvarez a Gomes Gaioso, de Moncho Reboiras a Abelardo
Colhazo continua a longa marcha dos martires galegos na conquista da liberdade.
O inimigo tratará
uma e mil vezes de cercar, ilhar e aniquilar ao EG.
A táctica é
a iniciativa constante nas acçons; golpear onde a nossa gente nos
escoite; descubrir os pontos débeis do sistema colonialista e impedir
a continuaçom do espólio dos recursos (materias primas, aforros,
energia,...) e do produto do nosso trabalho.
Diante da deformaçom
capitalista habitual dos meios de informaçom e intoxicaçom
ideológica (em mans da burguesia e ao serviço do imperialismo
espanhol) fazer que o discurso armado da guerrilha chegue ao seio do povo
trabalhador é condiçom sine qua non. Para isto recorrerá
aos métodos legítimos da defesa comunicativa.
A táctica é
golpear onde lhes doa e fugir, ajudar com a práctica a concienciar,
aparecer diante do inimigo de súbito, atacar e agachar-se no seio
do povo, PROCURAR SEMPRE buscar a originalidade criativa das massas populares,
fazer acçons que ajudem a desencadear a GPP, apoiar as lutas das
classes populares galegas quando a sua intervençom seja oportuna
como defesa dos seus interesses, induzir e fomentar o uso da violência
revolucionária no seio das massas (especialmente nos sindicatos)
como resposta aos conflictos que vaiam surgindo, assessorar na técnica
armada e revolucionária.
A TÁCTICA ACTUAL
É FUNDAMENTALMENTE A GUERRA PSICOLÓGICA E DE DESGASTE.
Ir sempre, sempre,
a operaçons e acçons a ganhar. Nom ir jamais a acçons
onde se empregue toda a sua capacidade técnica e guerrilheira em
uma só operaçom. Respeitar SEMPRE a saúde e os bens
do povo.
Diante dos missís
assassinos: dinamita libertadora. Diante do lasser mortal: fouce justicieira.
Diante do uniforme verde ou marrom: roupa comum. Diante do automóvel:
pés em rua e corredoiras. Diante de estradas controladas: caminhos
invissíveis. Diante de potentes emisoras: ondas telepáticas
do povo. Diante de fronteiras controladas: noites libertadoras pola raia
seca ou húmida. Diante do consumismo imposto e escravizante: ar
livre, arte, música, poesia. Diante doalcoholismo: trabalho revolucionário.
Diante da repressom sexual. Amor em liberdade. Diante da opressom da mulher:
tunda à sociedade patriarcal. Diante da droga: Socialismo. Diante
da vida vegetativa, rutinária e negativa: iniciativa, pensamento
popular, imaginaçom e acçons certeiras.
Jamais haverá guerrilheiras
e guerrilheiros deixando-se arrastrar por uma norma social imposta polo
Imperialismo.
O fortalecimento do
EG no seio do povo só se poderá construir dando passos, praticando
a guerrilha na técnica contemporánea: quando nom haja dinamita,
butano doméstico; quando nom haja metralhetas, caçadeiras...
O povo debe usar as armas que tenha, onde as tenha e sejam oportunas, até
que a capacidade logística permita expropriá-las a quem as
emprega contra ele ou permita comprá-las ou fabricá-las.
A táctica actual
virá dada pola força para avançar e resistir na dinámica
da tradicional espiral “acçom/repressom/acçom”. Que nenhum
contra-ataque do inimigo seja anulador da força organizativa, operativa
e de extensom do EG.
O EG está demonstrando
que o inimigo nom é invencível. Ensinar os caminhos e sendeiros
nascidos do ódio, a inteligência e a coragem para respostar
ao monopolizador da violência terrorista do EIE é a sua missom.
CONCLUSOM
Através destas
linhas o EG tratou de expor a necessidade da violência revolucionária,
a sua origem, o método de análise, a sua definiçom
e princípios, a estratégia e a táctica actual. A tarefa
está iniciada (sempre é uma continuidade) e as condiçons
objectivas nom som as mesmas do 74 nem do 80.
Só quem tenha
consciência real de assovalhado e explorado terá a força
precisa para levar o projecto adiante. Só a classe trabalhadora
galega está hoje capacitada para ser o motor do EG, boscando alianças
com os labregos e labregas, com os marinheiros e com as outras classes
populares. Ainda é uma incógnita a descifrar (pola sua importância
quantitativa) a do papel que lhe corresponderá jogar ao sector agrário,
assim como a resoluçom das suas contradiçons (proprietários)
dum jeito correcto. Também as tem a classe trabalhadora no seu seio:
INTG, CXTG, CCOO, nom afiliados.
A complexidade, sincronizaçom,
seguridade, compartimentaçom e recursos para construir esta máquina
humana que aspira a ser instrumento armado ao serviço do povo nom
foi doada. Ainda é muito cedo para fazer valoraçons. Quem
arrimamos o ombro já sentimos um pequeno orgulho e recompensaçons,
apesar do curto andar.
Se o exemplo do EG
ficasse num sacrifício voluntarioso seria uma frustraçom
mais. Ainda assim, em qualquer parte da Terra os processos de consolidaçom
das organizaçons armadas revolucionárias nom coalharam nem
cimentaram dum jeito singelo, programado e ordenado, onde tudo estivesse
previsto. SOMOS OS GALEGOS E AS GALEGAS OS QUE TEMOS QUE RESOLVER ESTAS
QUESTONS E ACERTAR. Foi depois de muitos intentos e frustraçons
(lei da dialéctica) que outros povos e combatentes aprenderam. Tampouco
chega com soltar amarras e embarcar-se no rumbo da luta armada; o povo
tem que asegurar-se de chegar sam e salvo à outra ribeira, e comprobar
de antemám que o preço que vai pagar compensa.
O EG anda nisso, em
chegar ao eslabom decisivo que ata, somete e oprime ao povo galego. Chegar
a esta meta, isto é, conquerir a Independência e o Socialismo,
é um processo longo e duro, e ademais cumpre atinar na análise
das condiçons objectivas ou reais.
Jamais o Estado opressor
reconhecerá o direito a ser livre a um povo submetido (alteraria
o seu status), sendo sempre a luta pola Independência e o Socialismo
um acto ilegal para o opressor.
Na técnica
e concepçom contemporânea da Guerra Revolucionária
nom é fundamental a delimitaçom de grandes frentes (como
na concepçom clássica) nem a concentraçom total do
fogo num espaço concreto. Um punhado de guerrilheiras e guerrilheiros,
se dominam as leis da ciência libertadora da violência revolucionária,
podem desgastar contingentes de forças realmente superiores, chegando
a demonstrar que apesar da desproporcionalidade dos meios e recursos dos
dous combatentes; uma força reduzida pode atacar ao opressor e rachar
o tópico da sua invencibilidade.
Conhecer as experiências
doutros povos, num século cheio de vitórias para os movimentos
de LNeS, é impostergável. Desde Cuba ao Vietname, de China
a Argélia, de Irlanda a Nicarágua, desde O Salvador ao Sahara...
As vias libertadoras têm tal riqueza espiritual e material revolucionário
que desconhecê-las é imperdoável.
A guerrilha faz-se
praticando-a. A necessidade de saber, de fazer e de prever é a que
vai animar e obrigar a estudar, investigar e provar. Assim fizeram os demais
e assim está a fazer o EGPGC.
É o ódio
que gera a opressom, a dor da injustiça, a bílis que produz
a exploraçom, a imposiçom do idioma espanhol, etc, o que
dá força para soportar os sacrifícios e privaçons,
a tortura, a cadeia ou a entrega da própria vida.
Independentemente
de que o EG fizesse uma análise que justificasse o caminho das armas,
é preciso que o povo galego o assuma. A validez da violência
revolucionária só será viável na medida em
que a interrelaçom e desenvolvimento das etapas e campanhas tácticas
seja reconhecida realmente em expressons ou exteriorizaçons populares
medíveis. Sera o futuro quem clarifique o presente começado.
O EG apoia a todos
os partidos, organizaçons, colectivos, ou independentes que lutam
e compartem o mesmo projecto: Independência e Socialismo. Está
convencido da legitimidade que o guia e só reconhece como tribunal
ao povo galego.
O sendeiro foi, é
e será, longo e duro. Mas um povo temperado no sufrimento da resistência
secular à escravitude, ao feudalismo, à emigraçom,
ao capitalismo e ao imperialismo de toda caste, nom se conforma com farangulhas.
Singelamente quer e luta por ser livre, por desenvolver as suas forças
humanas e materiais e por viver em paz e harmonia com todos os povos do
mundo, especialmente com os vizinhos, aos que está unido por vínculos
históricos e culturais.
A LIBERDADE HÁ QUE
CONQUERI-LA!
I N D E P E N D Ê N
C IA ! ! !
VIVA GALIZA CEIVE E SOCIALISTA!!!
ANTES MORTOS QUE ESCRAVOS!!!
Galiza. Julho
de 1988.
ÍNDICE
Introduçom.................................................................................................................................................................1
Necessidade da violência
revolucionária........................................................................................................................3
Método de análise.....................................................................................................................................................11
Origem.....................................................................................................................................................................12
Definiçom e princípios................................................................................................................................................21
Estratégia.................................................................................................................................................................26
Táctica actual............................................................................................................................................................59
Conclusom................................................................................................................................................................64
Índice........................................................................................................................................................................71
O autor EG, é um
anónimo poeta que nem foi diplomado pola Universidade de Harvard
nem tem título nenhum de doutor honoris causa.
Aprendeu a soletrear no banquinho
da falhado duma velha cas, regentada pola bimba dum ex-guarda civil da
post-guerra, ou possivelmente em qualquer coelheira das importadas de Espanha.
O seu trabalho <<Nova
poesia galega>>, numa linguagem comum, é um berro entre o humano
e o ouveo lobisómil. As imagens que apresenta som evolutivas e actuais,
claras e rotundas. Recolhem as bágoas dos seculares socalcos amandiáns
e as figuras rosalianas das canterias compostelanas.
Entre o poema da Revoluçom
Nacional Popular e a glotal estridente Independência! nom há
separaçom. Entre o Poder Popular e o seu outro poema Socialismo
nom há contradiçons antagónicas. Só que EG
pretende mostrar ao seu povo a madurez dos feitos, dos conceitos, das ideias
e iniciativas.
EG possivelmente seja recompensado
com a soidade de qualquer cadaleito herreriám, lheseriám
ou monterrosiám. Talvez com a metralha da sua onda libertadora <<desapareça>>
sem pegadas ou seja ultimado no cham por chumbacentos raios picoletos,
castanho-beiges ou sociais, gibraltarenhos-tatcheriáns ou hespanhóis.
A esperança duma nova
vida, numa sociedade autêntica, longe de paradisos celestiais, é
o que lhe dá vida e sustento. Se os nossos filhos, encontram uma
Galiza que Seja, um povo que regente, um Estado próprio, sem fronteiras
nem alfândegas, sem amis delimitaçons que as da consciência
duma comunidade num estadio social novo, sem patriarcas nem opressores,
serám fecundaçons deste autor e de autores semelhantes.
O nosso autor nom perde a
visom latente dum fim palpável a disfrutar, a amar num manhá
nom tam afastado uma Galiza Ceive e Socialista.
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