Para pagar o seu resgate,
Dois campos de tufo tem o homem,
E às duras pragas que os consomem
Deve a razão lhe dar combate.
Para colher míseras rosas
E alguns espinhos arrancar,
Força é que os banhe sem cessar
O suor das têmporas terrosas.
Um é a Arte, o outro é o Amor.
- Para alcançar do juiz a graça,
Quando da impiedosa devassa
Nos vier o dia do terror,
Há que mostrarmos o porão
Cheio de messes e de flores,
Cujas sutis formas e cores
Ganham dos Anjos o perdão.