Jardins proibidos

Paulo Gonzo

 

Quando amanheces, logo no ar,
Se agita a luz, sem querer
E mesmo dia, vem devagar
Para te
ver

E, já rendido, ver-te chegar,
Desse outro mundo, só teu
Onde eu queria entrar um dia,
Pr'a me perder.

Pr'a me per
der, nesses recantos
Onde tu andas, sozinha sem mim,
Ardo em Ciúme desse jardim,
Onde só v
ai quem tu quiseres,
Onde és senhora do tempo sem fim,
Por minha cruz, jóia de luz,
Entre as mulheres.

Quebra-se o tempo, em teu olhar,
Nesse gesto, sem pudor,
rasga-se o ceu, e lá vou eu,
Pr'a me perder

Pr'a me perder, nesses recantos
Onde tu andas, sozinha sem mim,
Ardo em ciúme desse jardim,
Onde só vai quem tu quiseres,
Onde és senhora do tempo sem fim,
Por minha cruz, joia de luz,
Entre as mulheres.

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