BRASÃO DE FAMÍLIA
Por Raidson Jenner de Alencar
Já fui questionado algumas vezes por parentes e amigos se a nossa família afinal de contas, possui ou não Brasão ou Armas. A resposta é simples. Até o presente momento não se tem notícia, pelo menos confiáveis, de que a família ALENCAR seja possuidora de Armas e Brasões, tanto em Portugal quanto no Brasil.
Como já foi visto o nome Alencar, significa Templo ou Castelo dos Alanos (Alan Kerk) e deriva dos nomes portugueses toponímicos Alancar ou Alenquer, como já foi comprovado em documentos do Século XIII. Portanto, caso houvesse algum registro de Brasão ou Armas de família deveria estar registrado em um deste nomes. E não é o que se verifica.
O que tem acontecido é que se tem utilizado indevidamente, os Brasões das famílias Lencaster , que também é utilizado pelas famílias Alencastro, Lancastro e Lencastro. Mas como já foi comprovado, a família Alencar nada tem haver com estas famílias. O Brasão dos Lencaster é mostrado na figura abaixo.
Outro brasão utilizado indevidamente como se fosse da família Alencar, é o brasão dos Aguilar. Inclusive existe na internet uma página que mostra este brasão com sendo dos Alencar, inclusive contando em poucas linhas uma história fantasiosa de um tal de João Vaz de Alencar e de Álvaro Vaz de Alencar, como tendo sido herói na batalha de Alfarrobeira. Vale salientar que em função disso, eu mesmo pesquisei em vários livros na Biblioteca Pública Estadual do Pará, a respeito da Batalha de Alfarrobeira, que realmente existiu, mas em nenhum momento encontrei qualquer citação a respeito destas duas pessoas. O referido brasão dos Aguilar é mostrado abaixo.
Na nobiliarquia brasileira existiu o Barão de Alencar e ainda o Barão do Exú. O Barão de Alencar foi Leonel Martiniano de Alencar, nascido no Rio de Janeiro, em 05 de Dezembro de 1832 e falecido em 26 de Março de 1921. Recebeu de D. Pedro II o título de Barão em 07 de novembro de 1885. Leonel Martiniano de Alencar era irmão do romancista e poeta José de Alencar, portanto neto de Bárbara de Alencar. Foi conselheiro, diplomata e deputado. Já o Barão do Exú foi Gualter Martiniano de Alencar Araripe, era filho de Luiz Pereira de Alencar, portanto neto de Joaquim Pereira de Alencar, bisneto de Leonel de Alencar Rego e sobrinho de Bárbara de Alencar, primo em terceiro grau do Barão de Alencar. Foi de sua fazenda, a Gameleira, que surgiu a cidade de Exú-PE, depois chamada de Exú-Velho. Mesmo assim não existe nenhum registro de que algum destes Barões tenham possuído Brasão.
Apesar disso, não devemos ficar decepcionados, a nobreza de
nossa família está em outros valores, como consta do texto muito bem elaborado
pelo primo Alexandre Fonteles, também descendente de Luiz Pereira de Alencar,
como o Barão do Exú.
Fonte de Pesquisa:
-Home-page do Instituto de
Pesquisas Históricas e Genealógicas Alencar (IPHGA)