Biografias
 
 

 

Constantino  - 306 DC -

 

Com a crescente difusão cristã pelo império, sobretudo a respeito das camadas mais populares, a adoção do Cristianismo como religião oficial do Império foi realizada sob o governo de Constantino. Para tanto, Constantino primeiro adotou a postura de tolerância à fé cristã por todo o Império. Realizando uma manobra política a fim de adotar oficialmente a religião, o imperador muda então a capital do império para Constantinopla, evitando assim eventuais choques políticos que poderiam se agravar na antiga capital diante de suas intenções.

Após a oficialização do Cristianismo, houve um período de disputas doutrinais internas, em que as correntes consideradas desviantes foram tidas como movimentos heréticos. As principais correntes "heréticas" que surgiam eram a correntes monofisista, o donatismo e o arianismo. Enquanto o donatismo encontrava na convergência entre igreja e estado um elementos de rejeição doutrinal, o monofisismo e o arianismo renegavam a compreensão oficial acerca da figura de Jesus frente o Cristianismo: o monofisismo renegava a natureza dual de Jesus, assim como o arianismo negava a divindade de Jesus.

Inaugurando o Cristianismo enquanto doutrina oficial de um estado, o governo de Constantino estendeu-se entre os anos de 306 a 337 a.C. Pouco antes de sua morte, Constantino já havia dividido as áreas referentes ao Império entre filhos e sobrinhos.

Aníbal (247 - 183 A.C.)

Aníbal Barca, general de Cartago. Filho de Amílcar Barca que estabeleceu o domínio cartaginês sobre a Espanha.Participa da Segunda Guerra Púnica (218-202 a.C.) contra os romanos, tornando-se chefe dos exércitos de Cartago. Em 218 faz a difícil travessia dos Pirineus e dos Alpes, invadindo a Itália, conduzindo inclusive um contingente de elefantes, e enganando os romanos. Domina o vale do rio Pó e conseqüentemente todo o norte da Itália.Atravessa, então, os Apeninos (217 a.C.) e consegue sua mais brilhante vitória em Canas (216) onde morerram setenta mil soldados romanos.

A vitória demonstrou ser ele um dos grandes estrategistas da história. Dividiu sua infantaria em centro e flancos. Atacou com o centro e deixou os flancos imóveis, os romanos contiveram o ataque e fizeram os cartagineses recuar com eles em seu encalço. Os flancos de Aníbal puseram-se em movimento envolvendo o inimigo e o massacrando.O general porém não aproveitou a oportunidade da vitória em Canas para atacar Roma, preferiu destruir as fontes de abastecimento dos romanos na Apúlia e esperar reforços.A guerra prosseguiu por mais treze anos, o que permitiu aos romanos se organizarem e irem retomando o território perdido, deixando Aníbal isolado.

O general romano Cipião em 203 ataca Cartago, o que obriga Aníbal a deixar a península itálica para ajudar sua cidade, e lá é derrotado na batalha de Zama (202 a.C.). Cartago é obrigada a aceitar as imposições romanas entre elas uma pesada indenização em dinheiro.A partir daí procura organizar exércitos para dar combate aos romanos. Em 183 o rei da Bitínia pretende entregá-lo a Roma, diante disso Aníbal suicida-se utilizando veneno.

 

Auguste Comte (1798 - 1857)

 

Filósofo francês, considerado o fundador do positivismo. Nasceu em Montpellier, filho de um fiscal de impostos. Aos dezesseis anos, ingressou na Escola Politécnica, recebendo influência do pensamento científico de Carnot, Lagrange e Laplace. Em 1816, a Escola Politécnica foi temporariamente fechada, devido a questões políticas. No ano seguinte, Comte tornou-se secretário do filósofo Sain-Simon, de cujo pensamento social e político recebeu profunda influência. Em 1824, discordâncias teóricas provocaram a separação destes dois pensadores. Neste mesmo ano, casou-se com Caroline Massin e passou a ministrar aulas particulares de matemática. Dois anos depois, Comte iniciou em sua própria casa um curso, onde pretendia abordar as idéias centrais de sua filosofia. Contudo, uma crise mental seguida de profunda depressão, sofrida pelo filósofo, impediu-o de levar adiante seu projeto. Em 1832, Comte retornou à Escola Politécnica, na função de repetidor de análise matemática e de mecânica. Apesar de várias tentativas, jamais conseguiu ocupar uma cátedra nesta escola. Em 1842, comte separou-se de sua esposa. Dois anos depois, perdeu seu cargo, passando a depender de amigos e admiradores. Em 1844, conheceu Clotilde de Vaux, por quem se apaixonou. Esta relação influenciou seu pensamento a ponto de criar uma nova religião, a religião da humanidade. Algumas de suas principais obras: Plano de trabalhos científicos necessários à reorganização da sociedade, Curso de filosofia positiva, Sistema de política positiva, Catecismo positivista.

O objetivo do pensamento de Comte é promover uma reforma de toda a sociedade. Para isso, segundo a concepção comtiana, é preciso proceder, em primeiro lugar, a uma reforma do saber e do próprio método de apreensão da realidade. Deste modo, Comte desenvolve uma filosofia da história, que procura explicar o processo de desenvolvimento da humanidade e apontar o conhecimento positivo como o ápice deste processo. Segundo esta filosofia, a humanidade como um todo, bem como cada indivíduo tomado separadamente, passam, em seu desenvolvimento, por três fases fundamentais: a teológica, a metafísica e a positiva. Na primeira fase, a imaginação predomina sobre a observação; assim, os fenômenos são explicados por meio de seres sobrenaturais, potências divinas ou demoníacas. A este pensamento corresponde uma organização social fundada na monarquia, esta respaldada por um poder teocrático. Segundo a concepção positivista, cada fase representa a destruição dos valores da fase precedente, figurando, assim, como sua negação. À fase teológica, assim, segue-se a metafísica, que interpreta os fenômenos não como divindades, mas sim como forças. Este pensamento termina por unificar todas as forças em uma entidade, à qual denomina Natureza. Sua principal característica é a predominância do abstrato sobre o concreto, uma vez que a imaginação teológica converte-se aqui, em argumentação. Nesta fase, elaboram-se as primeiras leis sociais; no âmbito político, os juristas substituem os reis da fase anterior. Como terceira e última fase, aparece o estágio positivo, que reconstrói os valores aniquilados pelo pensamento metafísico. O fator determinante neste último período é o predomínio da observação sobre a imaginação teológica e a argumentação abstrata metafísica. Contudo, esta observação visa buscar as leis que enunciam as relações entre os fenômenos. Este período caracteriza-se pelo desenvolvimento científico-industrial; esta classe detém o poder econômico e político, dirigindo uma sociedade voltada para o progresso, enquanto o poder espiritual passa para a mão dos sábios, responsáveis por inculcar o ideal de fraternidade e a crença em uma elevação da Humanidade como um todo. Deste modo, este estágio torna possível a fundação de uma religião da Humanidade, idéia propagada por Comte no final de sua vida, que propõe um culto à Humanidade em seu desenvolvimento permanente, ao mesmo tempo que nega a existência de um Deus transcendente ao homem.

Comte estabelece, ainda, uma filosofia das ciências vinculada à sua lei das três fases. Assim, as diversas ciências são agrupadas em uma hierarquia, conforme conduzam em maior ou menor grau à instauração de um pensamento positivo. Na base desta hierarquia se encontra a matemática, uma vez que possuem o menor grau de complexidade, estudando a realidade em sua forma mais indeterminada. Segundo este autor, a ciência que apresenta maior complexidade e mais afinidade com os ideais positivos é a sociologia, por compreender um estudo simultaneamente do homem e da sociedade.

A filosofia de Augusto Comte influenciou vários pensadores do século XIX. Entre eles, destacam-se Émile Littré, Pierre Lafitte e John Stuart Mill. Além disso, o positivismo, baseado nas principais diretrizes das idéias comtianas, consolidou-se de maneira determinante no Brasil, a partir de teses científicas de brasileiros que haviam estudado na Europa. Alguns de seus principais representantes: Luís Pereira Barreto, Teixeira Mendes, Miguel Lemos e Benjamin Constant.

 

Positivismo ( visão antropológica)

O positivismo foi uma corrente filosófica que surgiu entre os séculos XVIII e XIX na Europa, mais propriamente na Inglaterra, França e Alemanha, onde ganharam mais força e adesão dos intelectuais. A doutrina do positivismo baseia-se principalmente na experimentação científica e empírica dos fenômenos tantos sociais como filosóficos, psicológicos, literários e antropológicos, onde o principal argumento baseia-se na observação desses fenômenos, vinculando-os com as leis naturais.

Daremos um exemplo curioso. Alguns psicólogos e antropólogos de orientação positivista, em meados do século XIX e já no XX, acreditavam que o caráter das pessoas estavam demonstrados fenotipicamente e genotipicamente nas pessoas. Como assim? Uma pessoa poderia ser acusada de mau caráter pela sua descrição física. Muitos "intelectuais" acreditaram nessa hipótese, tentando traçar um perfil de assassinos, psicopatas, etc, pela sua descrição física e psicológica, condenando dessa forma até os parentes dessas supostas pessoas, pois se acreditava também que era um fator genético. Teoria absurda, como concordará o leitor certamente. Até mesmo muitos antropólogos aderiram a essa teoria naquele momento.

Isso é o que chamamos também de Determinismo. Isto é, tudo estaria determinado segundo uma lei natural e lógica. Leitor, caso você tenha chegado em sua leitura até aqui, acesse o verbete Determinismo e tenha mais informações a esse respeito.

Já para a antropologia, influenciou principalmente os estudos etnológicos, orientando seus estudiosos no sentido de estabelecer nuances entre as manifestações culturais dos vários grupos e as leis universais que regem os seres humanos. Pensamos nem citar a Biologia, que certamente foi uma das ciências que mais beneficiou-se desse pensamento, colaborando para o Evolucionismo e as correntes adjacentes, como o Darwinismo.Os principais teóricos do Positivismo são Augusto Comte e D. Hume e seus defensores podemos citar L. Wittgenstein, M. Shlick, Charles Darwin, E. B. Tylor; na literatura, Émile Zola, entre outros.

Apesar de ser uma teoria reacionária e perigosa, o positivismo forneceu interpretações interessantes para vários segmentos das artes, em particular da literatura, contribuindo com novas perspectivas e orientações. Na literatura temos a escola Naturalista como resultado de grande influência do positivismo. Para o leitor curioso e apaixonado pela literatura brasileira sugerimos a leitura de autores como Aluísio de Azevedo, grande naturalista que escreveu, entre outros, O Cortiço, sua obra maior.

 

Positivismo (visão filosófica)

 

Doutrina filosófica surgida durante a segunda metade do século XIX, que teve como seu principal teórico e divulgador Auguste Comte. O termo positivismo foi utilizado em um texto filosófico, pela primeira vez, por Saint-Simon, como substantivo que procurava indicar o verdadeiro espírito científico. O adjetivo positivo pode ser compreendido de diversas maneiras: como real, evidente, não admitindo dúvidas; como aquilo que se opõe à natureza, bem como à necessidade; como aquilo que se manifesta na experiência, ao contrário do que provém de teorias ou fabulações; neste último sentido, o positivo dos fatos opõe-se ao negativo do que não se apresenta como fenômeno. Auguste Comte utiliza-se deste termo em sua pluralidade significativa para afirmar a modalidade de pensamento calcada nos moldes da investigação científica, que experimentou, neste período, um grande desenvolvimento. O pensamento positivista, pregado por Comte, deve ater-se à descrição e análise objetiva da experiência, de modo a apreender, dos fenômenos observados, as relações que, neles, se travam. O positivismo opõe-se, deste modo, a toda elaboração metafísica, ao idealismo e ao pensamento hipotético-especulativo, a todo a priori e a qualquer modalidade de apreensão intuitiva. A filosofia positivista possui, deste modo, a função única de sistematizar as diversas investigações científicas.

O positivismo comtiano, contudo, não pretende ser somente uma filosofia; em comunhão com seu pensamento, se encontra a necessidade de reforma social, bem como os fundamentos de uma nova religião. Os diversos pensadores que abraçaram esta doutrina inclinaram-se mais por uma ou outra dentre estes três direcionamentos. Alguns de seus principais representantes, no século XIX: Lafitte, Littré, Taine, Stuart Mill, Herbert Spencer, Avenarius e Mach.

No século XX, assistimos a um renascimento do positivismo, especialmente sob a inspiração da filosofia de Mach. O neopositivismo, ou positivismo lógico, representa a crítica às proposições metafísicas, com a afirmação de uma filosofia em conformidade com o saber científico; contudo, este pensamento incorpora a lógica e a nova matemática como fundamentais para a elaboração deste novo discurso filosófico. Os principais representantes desta doutrina são os pensadores ligados ao Círculo de Viena.

Uma outra modalidade de positivismo é igualmente encontrada no século XX, e denominada positivismo terapêutico. Seus principais representantes são Wittgenstein e alguns de seus discípulos, como Wisdom e Malcolm. Esta corrente pretende um retorno à linguagem cotidiana, reduzindo as operações de pensamento a uma série de proposições e operações clarificadoras; este procedimento visa depurar as confusões lingüísticas, nas quais se fundam os problemas filosóficos, fazendo aparecer os preconceitos lingüísticos que lhe servem de base.

BENITO MUSSOLINI

 

Estadista italiano (Dovia di Predappio, Romanha, 1883 - Giulino di Mezzegra, Como, 1945). Professor, foi para a Suíça (1902),  onde se juntou aos refugiados políticos. Expulso, retornou à Itália (1905). Tornou-se jornalista e militou, inicialmente, no Partido Socialista, dirigindo (1912-1914) o jornal diário Avanti!  Mas foi expulso do partido quando a Itália entrou em guerra: apoiou o militarismo. Fundou seu próprio partido,  os Fasces Italianos de Combate, reunindo, em Milão, um grupo de desiludidos do após-guerra (sobretudo antigos combatentes) em torno de um programa republicano, um socialismo demagógico e patriota (1919).  Aproveitando-se da instabilidade social, e com sua habilidade e seu poder de sugestão, chegou a fazer dos Fasces um  partido de massas (em 1922, 720 mil adeptos), legalista, por ele apresentado a classe média e aos capitalistas como a única garantia da ordem contra os socialistas, face a situação pré-revolucionária da Itália na época. A marhca simbólica dos Camisas Negras sobre Roma (outubro de 1922) fez com que o rei Vítor Emanuel III , que o admirava, o escolhesse para primeiro-ministro. De 1923 a1925, eliminou energicamente os oponentes, construindo uma ditadura apoiada no fascismo como doutrina. Dentro do novo regime, ocupou o lugar principal: foi o chefe supremo, o Duce, em torno de quem um verdadeiro culto da personalidade foi alimentado, em particular através de seus discursos divulgados pela propaganda. Muitas das etapas de sua política interna ou externa  foram também ressaltadas pela propaganda: grandes obras ou política colonial. Mas a oposição das democracias às aventuras externas do regime (sanções contra a guerra da Etiópia, 1935), feriu Mussolini, causando seu primeiro fracasso político, e levou-o a se aproximar    da   Alemanha  de  Hitler, que   se    tornou,  para  ele, um  modelo  (Eixo Roma-Berlim, 1º.   de novembro de 1936). A partir de então, a entrada na guerra ao lado da Alemanha foi decorrência necessária (junho de 1940). Diante dos fracassos militares, organizou-se uma oposição dentro do partido, e um complô obteve, do rei, a destituição de Mussolini (24-25 de julho de 1943). Preso, foi libertado por uma audaciosa operação dos páraquedistas alemães. O Duce tornara-se apenas uma sombra, e a República de Salò, por ele constituída, foi apenas um Estado fantoche nas mãos dos nazistas. Quando os alemães evacuaram a Itália, Mussolini tentou segui-los, mas foi reconhecido e fuzilado por franco-atiradores em Dongo, perto de Como (abril de 1945).

Che Guevara (1928-1967)

Ernesto Guevara de la Serna, guerrilheiro e revolucionário, nasceu no dia 14 de junho de 1928 na cidade de Rosário, Argentina. Em 1945 mudou com a família para Buenos Aires onde se matriculou na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires. Formou-se em março de 1953 como especialista em alergia.

Em 24 de dezembro de 1953, chega na Guatemala onde o presidente Jacobo Arbenz Guzmán iniciara um amplo programa de reforma agrária expropriando as terras da poderosa empresa norte-americana United Fruit. O governo dos EUA ameaçam intervir militarmente para garantir seus direitos. A 18 de junho de 1954, mercenários pagos pelos americanos invadem o país processando um golpe militar que derruba o governo constitucional de Arbenz e instala a ditadura do coronel Castillo Armas, fiel aos interesses exportadores da United Fruit, cujas terras são devolvidas. Segundo alguns autores, esta experiência será decisiva na definição política de Guevara.

Ele teria de sair imediatamente da Guatemala, pois tinha sido condenado à morte por ter apoiado o regime anterior.

Acompanha a leva de exilados que se dirigiam ao México (12 de setembro de 1954). Lá conheceu a peruana Hilda Gadea, marxista convicta com a qual Che casou-se em maio de 1955.

É no México também que encontra Fidel Castro (junho de 1955) e os cubanos do "Movimento 26 de Julho" exilados. Do México Fidel comandava a oposição ao regime ditatorial de Fulgêncio Batista, totalmente pró-EUA. Mantinha a intensão de invadir Cuba e derrubar o governo do ditador.

Che, como agora era chamado, devido ao uso dessa interjeição típica dos argentinos, integrar-se-ia à futura expedição como médico, apesar das crises crônicas de asma que o acompanhavam desde os três anos de idade.

No dia 25 de novembro de 1956, oitenta e dois homens partem a bordo do velho iate Granma para invadir Cuba. Desembarcam no dia 2 de dezembro, e três dias depois são cercados e atacados pelos soldados numa emboscada, sobrando apenas doze homens. Estes conseguem refugiar-se em Sierra Maestra, onde tomam contato com os camponeses e a guerrilha multiplica-se e ganha prestígio, tanto dentro como fora de Cuba, obtendo inúmeras ações vitoriosas contra as tropas do governo. Em 1957 Che é nomeado comandante da 2ª Coluna que se formou.

Em 1 de janeiro de 1959, Guevara toma a cidade de Santa Clara e em 8 de janeiro, Fidel Castro entra triunfalmente em Havana.

Che assume o Instituto Nacional de Reforma Agrária (INRA) e o Banco Nacional. As relações entre o governo de Fidel e os EUA tornam-se tensas a partir do momento que este tenta diminuir o domínio norte-americano sobre a economia cubana. Em abril de 1961 a CIA invadiu Cuba com um exército de mercenários e refugiados cubanos. Esta invasão à Baía dos Porcos resulta num fracasso total.

Che, em 1961, transfere-se para a direção do Ministério das Indústrias. Discursa numa reunião da OEA em Punta del Este e denuncia o imperialismo americano e seu aliados. Em 19 de agosto de 1961, de passagem pelo Brasil, é condecorado com a Ordem do Cruzeiro do Sul pelo então presidente Jânio Quadros que renunciaria uma semana depois.

Fidel declara-se socialista e aproxima-se da URSS, recebendo dela mísseis nucleares que poderiam atingir os EUA, é a "crise dos mísseis" de 1962. Kennedy ordena o bloqueio de Cuba pela Marinha e ameaça invadí-la. Sem consultar os cubanos, os soviéticos retiram os mísseis. Durante todo este período, escreve e publica suas principais obras.

Em 11 de dezembro de 1964 discursa na ONU onde oferece o apoio de Cuba para as lutas de libertação no Terceiro Mundo. Depois parte para a África onde toma um melhor conhecimento dos movimentos de libertação nacional africanos.

Em 1965 retira-se da vida pública e abandona os cargos que ocupava em Cuba e participa de alguns combates no Congo Belga entre agosto de 1965 e março de 1966.

Em setembro de 1966 chega à Bolívia para estabelecer um centro de treinamento de guerrilha, onde deveria servir de quartel-general tanto para revolucionários bolivianos quanto para aqueles que iriam chefiar revoluções em países vizinhos. A posição boliviana era estratégica pois ocupava geograficamente o centro do continente sul-americano.

Uma série de desentendimentos entre o PC boliviano e a guerrilha faz com que o primeiro retire o seu apoio, deixando Guevara e seus homens completamente isolados.

No dia 8 de outubro de 1967 trava o último combate contra o Exército no vale do rio Yuro, onde é ferido e capturado com vida. Em 9 de outubro é executado.

Guevara foi um teórico que colocou em prática as idéias do marxismo. Suas ações e idéias tiveram um papel fundamental nas lutas do Terceiro Mundo para libertarem-no do jugo do imperialismo e a modificação das estruturas sócio-econômicas vigentes.

Cleópatra (69 A.C. - 30 A.C.)

Rainha do Egito, nasceu em 69 a.C., era filha de Ptolomeu XII Aulete. Quando seu pai morreu, o trono foi deixado para seu irmão mais novo Ptolomeu XIII e para ela, porém, devido a várias intrigas palacianas, acabou sendo afastada do trono.

Com a ajuda de Júlio César acabou sendo reempossada no trono. A César interessava muito mais uma aliança com Cleópatra do que com Ptolomeu XIII, influenciado contra Roma. Foi sua amante e deu-lhe um filho chamado Ptolomeu XV César, ou Cesarion. César fez uma aliança com o Egito, evitando anexá-lo e garantindo o suprimento de trigo egípcio para Roma.

Com o assassinato de César em 44 a.C. retorna ao Egito. Em 41 a.C. conheceu Marco Antônio que se encontrava no Egito e com quem se casou em 37 a.C., dando-lhe dois filhos. Este último procurou servir-se do Egito como base para sua luta contra Otávio para assumir o comando de Roma.

Comandada por Otávio, Roma acaba entrando em guerra com o Egito em 31 a.C.. A revelação do conteúdo do testamento de Antônio gerara uma revolta, pois deixava sua herança para Cleópatra que se tornaria também regente de Cesarion, a quem ele considerava herdeiro (Cesarion foi assassinado por Otávio em 30 a.C.).

As forças do Egito foram derrotadas na batalha naval de Actium, perto da Grécia, e Antônio e Cleópatra acabaram por suicidar-se em 30 a.C., ela deixando-se picar por uma serpente.

ADOLF HITLER

Estadista alemão (Braunau, Áustria, 1889 – Berlim 1945). Filho de um fiscal de alfândega austríaco, foi para Viena (1907) para fazer estudos artísticos. Recusado pela Academia de Belas-Artes, levou ali uma existência miserável. Seu rancor tornou-o sensível às teses pangermanistas de Georg Von Schonerer, assim como às do movimento social-cristão de Karl Lueger. Instalando-se em Munique em 1913, alistou-se no Exército bávaro em 1914 e ficou , ao final da guerra, intoxicado e temporariamente cego. Retornando a Munique, aderiu em 1919, ao Partido Operário Alemão, organização nacionalista ao mesmo tempo anti-semita e anticapitalista. Eliminou o presidente desse partido, Anton Drexler, e, em 1921, transformou-o no Partido Operário Alemão Nacional-Socialista [Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (NSDAP)], ao qual impôs o Furherprinzip, ou seja, sua ditadura pessoal. Criou, então, com Rohm, a organização paramilitar das seções de assalto (SA). Tentou um golpe de Estado em Munique (9 de novembro de 1923), que fracassou e fez com que seu partido fosse proibido; esse fracasso conferiu-lhe, contudo, uma notoriedade nacional. Preso durante nove meses, Hitler ditou Mein Kampf, narrativa biográfica e política, onde desenvolveu as idéias fundamentais do nacional-socialismo. A partir de 1925, resolveu estabelecer sua ditadura pelas vias combinadas da democracia e do terror. Aproveitou-se do aumento de desemprego, da crise de 1929, da humilhação da Alemanha pelos vencedores da I Guerra Mundial e apresentou-se como salvador da pátria. Havia, no Reichstag, 12 deputados nacional-socialistas em 1928, 107 em 1930. Hitler, que se candidatou para a eleição presidencial contra Hindenburg (1932), fracassou. Porém, foi apoiado por 230 deputados nazistas eleitos naquele ano, e Hindenburg resolveu nomeá-lo chanceler (30 de janeiro de 1933). Hitler impôs, em um ano, a ditadura nacional-socialista, comandando uma série de provocações, dentre as quais, sem dúvida o incêndio do Reichstag (27 de fevereiro), que ele atribuiu aos comunistas. A "nova ordem" instaurada na Alemanha baseava-se no espírito de vingança contra potências ocidentais, na vontade de conquistar, no leste, o "espaço vital" necessário aos alemães, considerados como "raça superior", e no ódio ao marxismo e aos judeus. Hitler conseguiu que todas as classes da sociedade aderissem a um consenso nacionalista e chauvinista e obteve a colaboração da grande burguesia industrial e financista, sacrificando os SA , que representavam ainda a tendência "socialista" de seu partido: estes foram massacrados durante a "noite dos longos punhais" (30 de junho de 1934). Tornou-se presidente do Reich com a morte de Hindenburg (agosto de 1934). Em política exterior, impôs as potências ocidentais o rearmamento da Alemanha e uma série de golpes, dentre os quais e reocupação da Renânia (7 de março de 1936). Fortalecido pela aliança com a Itália, anexou a Áustria (Anschluss, 13 de março de 1938) e obrigou os dirigentes ocidentais a assinarem os acordos de Munique (29 e 30 de setembro de 1938), que previam a anexação do território dos Sudetos. Após a assinatura do pacto germano-soviético (23 de agosto de 1939), invadiu a Polônia (1 de setembro), desencadeando, dessa forma a II Guerra Mundial. Servido por um Estado-Maior que arquitetava estratégias eficientes, obteve rápidos sucessos contra a Polônia, depois contra a França e nos Balcãs. Adquiriu, pouco a pouco, o sentimento de que era infalível, o que o conduziu a cometer graves erros durante a guerra germano-soviética. O fracasso de Stalingrado (2 de fevereiro de 1943) e a abertura de uma "Segunda frente" na Normandia (6 de junho de 1944) anunciaram o fim de seu domínio na Europa. Demonstrando esgotamento nervoso, Hitler ficou, então, mais próximo da loucura. Foi ferido apenas levemente pela bomba colocada em seu QG pelos conjurados militares que queriam abatê-lo para evitar a destruição total da Alemanha (20 de julho de 1944). Cercado pelo Exército Vermelho em Berlim e recluso no abrigo de concreto situado sob a chancelaria, desposou sua amante, Eva Braun (29 de abril de 1945) e legou, no mesmo dia, seus poderes ao almirante Donitz. Suicidou-se em 30 de abril.

 

 

George Washington (1732 -1799)

Comandante das forças americanas na guerra de independência e o primeiro presidente norte-americano. Nasceu em Pope's Creek na Virgínia a 22 de fevereiro de 1732. Era filho de um grande senhor de terras. Em 1752 herdou a propriedade de Mount Vernon na Virgínia.

Em 1754 inicia-se uma luta com os franceses por questões de território, é nomeado tenente-coronel. Teve ordem de estabelecer uma fortificação onde hoje se encontra a cidade de Pittsburgh.

Deixa o exército e se casa com uma viúva rica em 1759. Neste mesmo ano é eleito para o parlamento da Virgínia. Representou também este estado no I e II Congresso Continental em Boston, respectivamente em 1774 e 1775.

Iniciam-se os conflitos com os ingleses. Em 15 de junho de 1775, Washington é nomeado comandante do exército americano que lutaria com os "casacas vermelhas" ingleses. A Declaração de Independência é publicada em 1776.

Os americanos conseguem obter grandes vitórias, principalmente em Saratoga em 1777 e a vitória definitiva em Yorktown (1781), contando com a preciosa ajuda francesa. Demite-se do exército e vai para sua fazenda em Mount Vernon em dezembro de 1783.

Volta à cena novamente na convenção federal de Philadelphia, que aprovou a nova constituição americana em 1787. Em 4 de março de 1789 é eleito o primeiro presidente dos EUA, é reeleito em novembro de 1792, porém não desejou concorrer a um terceiro mandato; retira-se da vida pública em março de 1797. Morreu em Mount Vernon a 14 de dezembro de 1799.

Harry S. Truman (1884 - 1972)

Presidente dos EUA, nasceu em Lamar no Estado do Missouri a 8 de maio de 1884.

Convocado, lutou na Primeira Guerra Mundial. Em 1922 entrou para o Partido Democrata. Após ocupar alguns cargos, foi eleito senador em 1934 e 1940. Sua atuação no Senado valeu-lhe projeção nacional. Na convenção do Partido Democrata em 1944 compôs chapa para vice com Franklin D. Roosevelt para concorrerem à presidência, foram eleitos a 7 de novembro de 1944. Porém Roosevelt morreu a 12 de abril de 1945.

Truman assumiu o cargo e tomou a frente das decisões referentes à Segunda Guerra Mundial, autorizando o bombardeio sobre Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945. De 17 de julho a 2 de agosto de 1945 participou juntamente com Stalin e Churchill da Conferência de Potsdam, onde a Alemanha foi dividida em zonas de influência, bem com a cidade de Berlim.

Com o fim da guerra prestou auxílio financeiro à Europa através do Plano Marshall, em junho de 1947. Era um programa de Recuperação Européia dos países devastados pela guerra, especialmente a Alemanha, realizando uma rápida reconstrução. Implantou também dentro o contexto da Guerra Fria a chamada Doutrina Truman, ou seja, tentar impedir o comunismo a qualquer preço. A doutrina destinava-se a conter o comunismo, é considerado o início da guerra fria. O Congresso americano autorizou a ajuda econômica e militar aos países ameaçados por revoluções comunistas.

Foi reeleito em 4 de novembro de 1948. Em 1950 explodiu a Guerra da Coréia que quase degenera num conflito mundial. No dia 25 de junho de 1950 a Coréia do Norte invade a do Sul, tentando reunificar o país. Os EUA, através da Doutrina Truman, intervêm em auxílio do Sul. A China, vendo-se ameaçada, entra na guerra.

A guerra fria também leva à "caça às bruxas". Em 1950, o Congresso americano forma o "Comitê de Investigações das atividades anti-americanas", comandada pelo senador Joseph MacCarthy, visando descobrir comunistas nas mais diversas instituições do país. Terminando o seu mandato em 1952 fez sua retirada da política. Morreu em Kansas City a 26 de dezembro de 1972.

 
     

 

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