Constantino
- 306 DC -
Com a crescente
difusão cristã pelo império, sobretudo a respeito das camadas
mais populares, a adoção do Cristianismo como religião oficial
do Império foi realizada sob o governo de Constantino. Para
tanto, Constantino primeiro adotou a postura de tolerância
à fé cristã por todo o Império. Realizando uma manobra política
a fim de adotar oficialmente a religião, o imperador muda
então a capital do império para Constantinopla, evitando assim
eventuais choques políticos que poderiam se agravar na antiga
capital diante de suas intenções.
Após a oficialização
do Cristianismo, houve um período de disputas doutrinais internas,
em que as correntes consideradas desviantes foram tidas como
movimentos heréticos. As principais correntes "heréticas"
que surgiam eram a correntes monofisista, o donatismo e o
arianismo. Enquanto o donatismo encontrava na convergência
entre igreja e estado um elementos de rejeição doutrinal,
o monofisismo e o arianismo renegavam a compreensão oficial
acerca da figura de Jesus frente o Cristianismo: o monofisismo
renegava a natureza dual de Jesus, assim como o arianismo
negava a divindade de Jesus.
Inaugurando o
Cristianismo enquanto doutrina oficial de um estado, o governo
de Constantino estendeu-se entre os anos de 306 a 337 a.C.
Pouco antes de sua morte, Constantino já havia dividido as
áreas referentes ao Império entre filhos e sobrinhos.
Aníbal (247
- 183 A.C.)
Aníbal Barca, general
de Cartago. Filho de Amílcar Barca que estabeleceu o domínio
cartaginês sobre a Espanha.Participa da Segunda Guerra
Púnica (218-202 a.C.) contra os romanos, tornando-se chefe
dos exércitos de Cartago. Em 218 faz a difícil travessia dos
Pirineus e dos Alpes, invadindo a Itália, conduzindo inclusive
um contingente de elefantes, e enganando os romanos. Domina
o vale do rio Pó e conseqüentemente todo o norte da Itália.Atravessa,
então, os Apeninos (217 a.C.) e consegue sua mais brilhante
vitória em Canas (216) onde morerram setenta mil soldados
romanos.
A vitória demonstrou
ser ele um dos grandes estrategistas da história. Dividiu
sua infantaria em centro e flancos. Atacou com o centro e
deixou os flancos imóveis, os romanos contiveram o ataque
e fizeram os cartagineses recuar com eles em seu encalço.
Os flancos de Aníbal puseram-se em movimento envolvendo o
inimigo e o massacrando.O general porém não aproveitou a oportunidade
da vitória em Canas para atacar Roma, preferiu destruir as
fontes de abastecimento dos romanos na Apúlia e esperar reforços.A
guerra prosseguiu por mais treze anos, o que permitiu aos
romanos se organizarem e irem retomando o território perdido,
deixando Aníbal isolado.
O general romano
Cipião em 203 ataca Cartago, o que obriga Aníbal a deixar
a península itálica para ajudar sua cidade, e lá é derrotado
na batalha de Zama (202 a.C.). Cartago é obrigada a aceitar
as imposições romanas entre elas uma pesada indenização em
dinheiro.A partir daí procura organizar exércitos para dar
combate aos romanos. Em 183 o rei da Bitínia pretende entregá-lo
a Roma, diante disso Aníbal suicida-se utilizando veneno.
Auguste Comte
(1798 - 1857)
Filósofo francês,
considerado o fundador do positivismo. Nasceu em Montpellier,
filho de um fiscal de impostos. Aos dezesseis anos, ingressou
na Escola Politécnica, recebendo influência do pensamento
científico de Carnot, Lagrange e Laplace. Em 1816, a Escola
Politécnica foi temporariamente fechada, devido a questões
políticas. No ano seguinte, Comte tornou-se secretário do
filósofo Sain-Simon, de cujo pensamento social e político
recebeu profunda influência. Em 1824, discordâncias teóricas
provocaram a separação destes dois pensadores. Neste mesmo
ano, casou-se com Caroline Massin e passou a ministrar aulas
particulares de matemática. Dois anos depois, Comte iniciou
em sua própria casa um curso, onde pretendia abordar as idéias
centrais de sua filosofia. Contudo, uma crise mental seguida
de profunda depressão, sofrida pelo filósofo, impediu-o de
levar adiante seu projeto. Em 1832, Comte retornou à Escola
Politécnica, na função de repetidor de análise matemática
e de mecânica. Apesar de várias tentativas, jamais conseguiu
ocupar uma cátedra nesta escola. Em 1842, comte separou-se
de sua esposa. Dois anos depois, perdeu seu cargo, passando
a depender de amigos e admiradores. Em 1844, conheceu Clotilde
de Vaux, por quem se apaixonou. Esta relação influenciou seu
pensamento a ponto de criar uma nova religião, a religião
da humanidade. Algumas de suas principais obras: Plano
de trabalhos científicos necessários à reorganização da sociedade,
Curso de filosofia positiva, Sistema de política positiva,
Catecismo positivista.
O objetivo do
pensamento de Comte é promover uma reforma de toda a sociedade.
Para isso, segundo a concepção comtiana, é preciso proceder,
em primeiro lugar, a uma reforma do saber e do próprio método
de apreensão da realidade. Deste modo, Comte desenvolve uma
filosofia da história, que procura explicar o processo de
desenvolvimento da humanidade e apontar o conhecimento positivo
como o ápice deste processo. Segundo esta filosofia, a humanidade
como um todo, bem como cada indivíduo tomado separadamente,
passam, em seu desenvolvimento, por três fases fundamentais:
a teológica, a metafísica e a positiva. Na primeira fase,
a imaginação predomina sobre a observação; assim, os fenômenos
são explicados por meio de seres sobrenaturais, potências
divinas ou demoníacas. A este pensamento corresponde uma organização
social fundada na monarquia, esta respaldada por um poder
teocrático. Segundo a concepção positivista, cada fase representa
a destruição dos valores da fase precedente, figurando, assim,
como sua negação. À fase teológica, assim, segue-se a metafísica,
que interpreta os fenômenos não como divindades, mas sim como
forças. Este pensamento termina por unificar todas as forças
em uma entidade, à qual denomina Natureza. Sua principal
característica é a predominância do abstrato sobre o concreto,
uma vez que a imaginação teológica converte-se aqui, em argumentação.
Nesta fase, elaboram-se as primeiras leis sociais; no âmbito
político, os juristas substituem os reis da fase anterior.
Como terceira e última fase, aparece o estágio positivo, que
reconstrói os valores aniquilados pelo pensamento metafísico.
O fator determinante neste último período é o predomínio da
observação sobre a imaginação teológica e a argumentação abstrata
metafísica. Contudo, esta observação visa buscar as leis que
enunciam as relações entre os fenômenos. Este período caracteriza-se
pelo desenvolvimento científico-industrial; esta classe detém
o poder econômico e político, dirigindo uma sociedade voltada
para o progresso, enquanto o poder espiritual passa para a
mão dos sábios, responsáveis por inculcar o ideal de fraternidade
e a crença em uma elevação da Humanidade como um todo. Deste
modo, este estágio torna possível a fundação de uma religião
da Humanidade, idéia propagada por Comte no final de sua vida,
que propõe um culto à Humanidade em seu desenvolvimento permanente,
ao mesmo tempo que nega a existência de um Deus transcendente
ao homem.
Comte estabelece,
ainda, uma filosofia das ciências vinculada à sua lei das
três fases. Assim, as diversas ciências são agrupadas em uma
hierarquia, conforme conduzam em maior ou menor grau à instauração
de um pensamento positivo. Na base desta hierarquia se encontra
a matemática, uma vez que possuem o menor grau de complexidade,
estudando a realidade em sua forma mais indeterminada. Segundo
este autor, a ciência que apresenta maior complexidade e mais
afinidade com os ideais positivos é a sociologia, por compreender
um estudo simultaneamente do homem e da sociedade.
A filosofia de
Augusto Comte influenciou vários pensadores do século XIX.
Entre eles, destacam-se Émile Littré, Pierre Lafitte e John
Stuart Mill. Além disso, o positivismo, baseado nas principais
diretrizes das idéias comtianas, consolidou-se de maneira
determinante no Brasil, a partir de teses científicas de brasileiros
que haviam estudado na Europa. Alguns de seus principais representantes:
Luís Pereira Barreto, Teixeira Mendes, Miguel Lemos e Benjamin
Constant.
Positivismo
( visão antropológica)
O positivismo
foi uma corrente filosófica que surgiu entre os séculos XVIII
e XIX na Europa, mais propriamente na Inglaterra, França e
Alemanha, onde ganharam mais força e adesão dos intelectuais.
A doutrina do positivismo baseia-se principalmente na experimentação
científica e empírica dos fenômenos tantos sociais como filosóficos,
psicológicos, literários e antropológicos, onde o principal
argumento baseia-se na observação desses fenômenos, vinculando-os
com as leis naturais.
Daremos um exemplo
curioso. Alguns psicólogos e antropólogos de orientação positivista,
em meados do século XIX e já no XX, acreditavam que o caráter
das pessoas estavam demonstrados fenotipicamente e genotipicamente
nas pessoas. Como assim? Uma pessoa poderia ser acusada de
mau caráter pela sua descrição física. Muitos "intelectuais"
acreditaram nessa hipótese, tentando traçar um perfil de assassinos,
psicopatas, etc, pela sua descrição física e psicológica,
condenando dessa forma até os parentes dessas supostas pessoas,
pois se acreditava também que era um fator genético. Teoria
absurda, como concordará o leitor certamente. Até mesmo muitos
antropólogos aderiram a essa teoria naquele momento.
Isso é o que
chamamos também de Determinismo. Isto é, tudo estaria determinado
segundo uma lei natural e lógica. Leitor, caso você tenha
chegado em sua leitura até aqui, acesse o verbete Determinismo
e tenha mais informações a esse respeito.
Já para a antropologia,
influenciou principalmente os estudos etnológicos, orientando
seus estudiosos no sentido de estabelecer nuances entre as
manifestações culturais dos vários grupos e as leis universais
que regem os seres humanos. Pensamos nem citar a Biologia,
que certamente foi uma das ciências que mais beneficiou-se
desse pensamento, colaborando para o Evolucionismo e as correntes
adjacentes, como o Darwinismo.Os principais teóricos do Positivismo
são Augusto Comte e D. Hume e seus defensores podemos citar
L. Wittgenstein, M. Shlick, Charles Darwin, E. B. Tylor; na
literatura, Émile Zola, entre outros.
Apesar de ser
uma teoria reacionária e perigosa, o positivismo forneceu
interpretações interessantes para vários segmentos das artes,
em particular da literatura, contribuindo com novas perspectivas
e orientações. Na literatura temos a escola Naturalista como
resultado de grande influência do positivismo. Para o leitor
curioso e apaixonado pela literatura brasileira sugerimos
a leitura de autores como Aluísio de Azevedo, grande naturalista
que escreveu, entre outros, O Cortiço, sua obra maior.
Positivismo
(visão filosófica)
Doutrina filosófica
surgida durante a segunda metade do século XIX, que teve como
seu principal teórico e divulgador Auguste Comte. O termo
positivismo foi utilizado em um texto filosófico, pela
primeira vez, por Saint-Simon, como substantivo que procurava
indicar o verdadeiro espírito científico. O adjetivo
positivo pode ser compreendido de diversas maneiras:
como real, evidente, não admitindo dúvidas; como aquilo que
se opõe à natureza, bem como à necessidade; como aquilo que
se manifesta na experiência, ao contrário do que provém de
teorias ou fabulações; neste último sentido, o positivo
dos fatos opõe-se ao negativo do que não se apresenta
como fenômeno. Auguste Comte utiliza-se deste termo em sua
pluralidade significativa para afirmar a modalidade de pensamento
calcada nos moldes da investigação científica, que experimentou,
neste período, um grande desenvolvimento. O pensamento positivista,
pregado por Comte, deve ater-se à descrição e análise objetiva
da experiência, de modo a apreender, dos fenômenos observados,
as relações que, neles, se travam. O positivismo opõe-se,
deste modo, a toda elaboração metafísica, ao idealismo e ao
pensamento hipotético-especulativo, a todo a priori e
a qualquer modalidade de apreensão intuitiva. A filosofia
positivista possui, deste modo, a função única de sistematizar
as diversas investigações científicas.
O positivismo
comtiano, contudo, não pretende ser somente uma filosofia;
em comunhão com seu pensamento, se encontra a necessidade
de reforma social, bem como os fundamentos de uma nova religião.
Os diversos pensadores que abraçaram esta doutrina inclinaram-se
mais por uma ou outra dentre estes três direcionamentos. Alguns
de seus principais representantes, no século XIX: Lafitte,
Littré, Taine, Stuart Mill, Herbert Spencer, Avenarius e Mach.
No século XX,
assistimos a um renascimento do positivismo, especialmente
sob a inspiração da filosofia de Mach. O neopositivismo,
ou positivismo lógico, representa a crítica às proposições
metafísicas, com a afirmação de uma filosofia em conformidade
com o saber científico; contudo, este pensamento incorpora
a lógica e a nova matemática como fundamentais para a elaboração
deste novo discurso filosófico. Os principais representantes
desta doutrina são os pensadores ligados ao Círculo de Viena.
Uma outra modalidade
de positivismo é igualmente encontrada no século XX, e denominada
positivismo terapêutico. Seus principais representantes
são Wittgenstein e alguns de seus discípulos, como Wisdom
e Malcolm. Esta corrente pretende um retorno à linguagem cotidiana,
reduzindo as operações de pensamento a uma série de proposições
e operações clarificadoras; este procedimento visa depurar
as confusões lingüísticas, nas quais se fundam os problemas
filosóficos, fazendo aparecer os preconceitos lingüísticos
que lhe servem de base.
BENITO
MUSSOLINI
Estadista
italiano (Dovia di Predappio, Romanha, 1883 - Giulino di Mezzegra,
Como, 1945). Professor, foi para a Suíça (1902), onde
se juntou aos refugiados políticos. Expulso, retornou à Itália
(1905). Tornou-se jornalista e militou, inicialmente, no Partido
Socialista, dirigindo (1912-1914) o jornal diário Avanti!
Mas foi expulso do partido quando a Itália entrou em guerra:
apoiou o militarismo. Fundou seu próprio partido, os
Fasces Italianos de Combate, reunindo, em Milão, um grupo
de desiludidos do após-guerra (sobretudo antigos combatentes)
em torno de um programa republicano, um socialismo demagógico
e patriota (1919). Aproveitando-se da instabilidade
social, e com sua habilidade e seu poder de sugestão, chegou
a fazer dos Fasces um partido de massas (em 1922, 720
mil adeptos), legalista, por ele apresentado a classe média
e aos capitalistas como a única garantia da ordem contra os
socialistas, face a situação pré-revolucionária da Itália
na época. A marhca simbólica dos Camisas Negras sobre Roma
(outubro de 1922) fez com que o rei Vítor Emanuel III , que
o admirava, o escolhesse para primeiro-ministro. De 1923 a1925,
eliminou energicamente os oponentes, construindo uma ditadura
apoiada no fascismo como doutrina. Dentro do novo regime,
ocupou o lugar principal: foi o chefe supremo, o Duce,
em torno de quem um verdadeiro culto da personalidade foi
alimentado, em particular através de seus discursos divulgados
pela propaganda. Muitas das etapas de sua política interna
ou externa foram também ressaltadas pela propaganda:
grandes obras ou política colonial. Mas a oposição das democracias
às aventuras externas do regime (sanções contra a guerra da
Etiópia, 1935), feriu Mussolini, causando seu primeiro fracasso
político, e levou-o a se aproximar da
Alemanha de Hitler, que se
tornou, para ele, um modelo (Eixo
Roma-Berlim, 1º. de novembro de 1936). A partir de
então, a entrada na guerra ao lado da Alemanha foi decorrência
necessária (junho de 1940). Diante dos fracassos militares,
organizou-se uma oposição dentro do partido, e um complô obteve,
do rei, a destituição de Mussolini (24-25 de julho de 1943).
Preso, foi libertado por uma audaciosa operação dos páraquedistas
alemães. O Duce tornara-se apenas uma sombra, e a República
de Salò, por ele constituída, foi apenas um Estado fantoche
nas mãos dos nazistas. Quando os alemães evacuaram a Itália,
Mussolini tentou segui-los, mas foi reconhecido e fuzilado
por franco-atiradores em Dongo, perto de Como (abril de 1945).
Che Guevara
(1928-1967)
Ernesto Guevara
de la Serna, guerrilheiro e revolucionário, nasceu no dia
14 de junho de 1928 na cidade de Rosário, Argentina. Em 1945
mudou com a família para Buenos Aires onde se matriculou na
Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires. Formou-se
em março de 1953 como especialista em alergia.
Em 24 de dezembro
de 1953, chega na Guatemala onde o presidente Jacobo Arbenz
Guzmán iniciara um amplo programa de reforma agrária expropriando
as terras da poderosa empresa norte-americana United Fruit.
O governo dos EUA ameaçam intervir militarmente para garantir
seus direitos. A 18 de junho de 1954, mercenários pagos pelos
americanos invadem o país processando um golpe militar que
derruba o governo constitucional de Arbenz e instala a ditadura
do coronel Castillo Armas, fiel aos interesses exportadores
da United Fruit, cujas terras são devolvidas. Segundo alguns
autores, esta experiência será decisiva na definição política
de Guevara.
Ele teria de
sair imediatamente da Guatemala, pois tinha sido condenado
à morte por ter apoiado o regime anterior.
Acompanha a leva
de exilados que se dirigiam ao México (12 de setembro de 1954).
Lá conheceu a peruana Hilda Gadea, marxista convicta com a
qual Che casou-se em maio de 1955.
É no México também
que encontra Fidel Castro (junho de 1955) e os cubanos do
"Movimento 26 de Julho" exilados. Do México Fidel comandava
a oposição ao regime ditatorial de Fulgêncio Batista, totalmente
pró-EUA. Mantinha a intensão de invadir Cuba e derrubar o
governo do ditador.
Che, como agora
era chamado, devido ao uso dessa interjeição típica dos argentinos,
integrar-se-ia à futura expedição como médico, apesar das
crises crônicas de asma que o acompanhavam desde os três anos
de idade.
No dia 25 de
novembro de 1956, oitenta e dois homens partem a bordo do
velho iate Granma para invadir Cuba. Desembarcam no dia 2
de dezembro, e três dias depois são cercados e atacados pelos
soldados numa emboscada, sobrando apenas doze homens. Estes
conseguem refugiar-se em Sierra Maestra, onde tomam contato
com os camponeses e a guerrilha multiplica-se e ganha prestígio,
tanto dentro como fora de Cuba, obtendo inúmeras ações vitoriosas
contra as tropas do governo. Em 1957 Che é nomeado comandante
da 2ª Coluna que se formou.
Em 1 de janeiro
de 1959, Guevara toma a cidade de Santa Clara e em 8 de janeiro,
Fidel Castro entra triunfalmente em Havana.
Che assume o
Instituto Nacional de Reforma Agrária (INRA) e o Banco Nacional.
As relações entre o governo de Fidel e os EUA tornam-se tensas
a partir do momento que este tenta diminuir o domínio norte-americano
sobre a economia cubana. Em abril de 1961 a CIA invadiu Cuba
com um exército de mercenários e refugiados cubanos. Esta
invasão à Baía dos Porcos resulta num fracasso total.
Che, em 1961,
transfere-se para a direção do Ministério das Indústrias.
Discursa numa reunião da OEA em Punta del Este e denuncia
o imperialismo americano e seu aliados. Em 19 de agosto de
1961, de passagem pelo Brasil, é condecorado com a Ordem do
Cruzeiro do Sul pelo então presidente Jânio Quadros que renunciaria
uma semana depois.
Fidel declara-se
socialista e aproxima-se da URSS, recebendo dela mísseis nucleares
que poderiam atingir os EUA, é a "crise dos mísseis" de 1962.
Kennedy ordena o bloqueio de Cuba pela Marinha e ameaça invadí-la.
Sem consultar os cubanos, os soviéticos retiram os mísseis.
Durante todo este período, escreve e publica suas principais
obras.
Em 11 de dezembro
de 1964 discursa na ONU onde oferece o apoio de Cuba para
as lutas de libertação no Terceiro Mundo. Depois parte para
a África onde toma um melhor conhecimento dos movimentos de
libertação nacional africanos.
Em 1965 retira-se
da vida pública e abandona os cargos que ocupava em Cuba e
participa de alguns combates no Congo Belga entre agosto de
1965 e março de 1966.
Em setembro de
1966 chega à Bolívia para estabelecer um centro de treinamento
de guerrilha, onde deveria servir de quartel-general tanto
para revolucionários bolivianos quanto para aqueles que iriam
chefiar revoluções em países vizinhos. A posição boliviana
era estratégica pois ocupava geograficamente o centro do continente
sul-americano.
Uma série de
desentendimentos entre o PC boliviano e a guerrilha faz com
que o primeiro retire o seu apoio, deixando Guevara e seus
homens completamente isolados.
No dia 8 de outubro
de 1967 trava o último combate contra o Exército no vale do
rio Yuro, onde é ferido e capturado com vida. Em 9 de outubro
é executado.
Guevara foi um
teórico que colocou em prática as idéias do marxismo. Suas
ações e idéias tiveram um papel fundamental nas lutas do Terceiro
Mundo para libertarem-no do jugo do imperialismo e a modificação
das estruturas sócio-econômicas vigentes.
Cleópatra
(69 A.C. - 30 A.C.)
Rainha do Egito,
nasceu em 69 a.C., era filha de Ptolomeu XII Aulete. Quando
seu pai morreu, o trono foi deixado para seu irmão mais novo
Ptolomeu XIII e para ela, porém, devido a várias intrigas
palacianas, acabou sendo afastada do trono.
Com a ajuda de
Júlio César acabou sendo reempossada no trono. A César interessava
muito mais uma aliança com Cleópatra do que com Ptolomeu XIII,
influenciado contra Roma. Foi sua amante e deu-lhe um filho
chamado Ptolomeu XV César, ou Cesarion. César fez uma aliança
com o Egito, evitando anexá-lo e garantindo o suprimento de
trigo egípcio para Roma.
Com o assassinato
de César em 44 a.C. retorna ao Egito. Em 41 a.C. conheceu
Marco Antônio que se encontrava no Egito e com quem se casou
em 37 a.C., dando-lhe dois filhos. Este último procurou servir-se
do Egito como base para sua luta contra Otávio para assumir
o comando de Roma.
Comandada por
Otávio, Roma acaba entrando em guerra com o Egito em 31 a.C..
A revelação do conteúdo do testamento de Antônio gerara uma
revolta, pois deixava sua herança para Cleópatra que se tornaria
também regente de Cesarion, a quem ele considerava herdeiro
(Cesarion foi assassinado por Otávio em 30 a.C.).
As forças do
Egito foram derrotadas na batalha naval de Actium, perto da
Grécia, e Antônio e Cleópatra acabaram por suicidar-se em
30 a.C., ela deixando-se picar por uma serpente.
ADOLF
HITLER
Estadista
alemão (Braunau, Áustria, 1889 – Berlim 1945). Filho de um
fiscal de alfândega austríaco, foi para Viena (1907) para
fazer estudos artísticos. Recusado pela Academia de Belas-Artes,
levou ali uma existência miserável. Seu rancor tornou-o sensível
às teses pangermanistas de Georg Von Schonerer, assim como
às do movimento social-cristão de Karl Lueger. Instalando-se
em Munique em 1913, alistou-se no Exército bávaro em 1914
e ficou , ao final da guerra, intoxicado e temporariamente
cego. Retornando a Munique, aderiu em 1919, ao Partido Operário
Alemão, organização nacionalista ao mesmo tempo anti-semita
e anticapitalista. Eliminou o presidente desse partido, Anton
Drexler, e, em 1921, transformou-o no Partido Operário Alemão
Nacional-Socialista [Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei
(NSDAP)], ao qual impôs o Furherprinzip, ou seja, sua ditadura
pessoal. Criou, então, com Rohm, a organização paramilitar
das seções de assalto (SA). Tentou um golpe de Estado em Munique
(9 de novembro de 1923), que fracassou e fez com que seu partido
fosse proibido; esse fracasso conferiu-lhe, contudo, uma notoriedade
nacional. Preso durante nove meses, Hitler ditou Mein Kampf,
narrativa biográfica e política, onde desenvolveu as idéias
fundamentais do nacional-socialismo. A partir de 1925, resolveu
estabelecer sua ditadura pelas vias combinadas da democracia
e do terror. Aproveitou-se do aumento de desemprego, da crise
de 1929, da humilhação da Alemanha pelos vencedores da I Guerra
Mundial e apresentou-se como salvador da pátria. Havia, no
Reichstag, 12 deputados nacional-socialistas em 1928, 107
em 1930. Hitler, que se candidatou para a eleição presidencial
contra Hindenburg (1932), fracassou. Porém, foi apoiado por
230 deputados nazistas eleitos naquele ano, e Hindenburg resolveu
nomeá-lo chanceler (30 de janeiro de 1933). Hitler impôs,
em um ano, a ditadura nacional-socialista, comandando uma
série de provocações, dentre as quais, sem dúvida o incêndio
do Reichstag (27 de fevereiro), que ele atribuiu aos comunistas.
A "nova ordem" instaurada na Alemanha baseava-se no espírito
de vingança contra potências ocidentais, na vontade de conquistar,
no leste, o "espaço vital" necessário aos alemães, considerados
como "raça superior", e no ódio ao marxismo e aos judeus.
Hitler conseguiu que todas as classes da sociedade aderissem
a um consenso nacionalista e chauvinista e obteve a colaboração
da grande burguesia industrial e financista, sacrificando
os SA , que representavam ainda a tendência "socialista" de
seu partido: estes foram massacrados durante a "noite dos
longos punhais" (30 de junho de 1934). Tornou-se presidente
do Reich com a morte de Hindenburg (agosto de 1934). Em política
exterior, impôs as potências ocidentais o rearmamento da Alemanha
e uma série de golpes, dentre os quais e reocupação da Renânia
(7 de março de 1936). Fortalecido pela aliança com a Itália,
anexou a Áustria (Anschluss, 13 de março de 1938) e obrigou
os dirigentes ocidentais a assinarem os acordos de Munique
(29 e 30 de setembro de 1938), que previam a anexação do território
dos Sudetos. Após a assinatura do pacto germano-soviético
(23 de agosto de 1939), invadiu a Polônia (1 de setembro),
desencadeando, dessa forma a II Guerra Mundial. Servido por
um Estado-Maior que arquitetava estratégias eficientes, obteve
rápidos sucessos contra a Polônia, depois contra a França
e nos Balcãs. Adquiriu, pouco a pouco, o sentimento de que
era infalível, o que o conduziu a cometer graves erros durante
a guerra germano-soviética. O fracasso de Stalingrado (2 de
fevereiro de 1943) e a abertura de uma "Segunda frente" na
Normandia (6 de junho de 1944) anunciaram o fim de seu domínio
na Europa. Demonstrando esgotamento nervoso, Hitler ficou,
então, mais próximo da loucura. Foi ferido apenas levemente
pela bomba colocada em seu QG pelos conjurados militares que
queriam abatê-lo para evitar a destruição total da Alemanha
(20 de julho de 1944). Cercado pelo Exército Vermelho em Berlim
e recluso no abrigo de concreto situado sob a chancelaria,
desposou sua amante, Eva Braun (29 de abril de 1945) e legou,
no mesmo dia, seus poderes ao almirante Donitz. Suicidou-se
em 30 de abril.
George Washington
(1732 -1799)
Comandante das
forças americanas na guerra de independência e o primeiro
presidente norte-americano. Nasceu em Pope's Creek na Virgínia
a 22 de fevereiro de 1732. Era filho de um grande senhor de
terras. Em 1752 herdou a propriedade de Mount Vernon na Virgínia.
Em 1754 inicia-se
uma luta com os franceses por questões de território, é nomeado
tenente-coronel. Teve ordem de estabelecer uma fortificação
onde hoje se encontra a cidade de Pittsburgh.
Deixa o exército
e se casa com uma viúva rica em 1759. Neste mesmo ano é eleito
para o parlamento da Virgínia. Representou também este estado
no I e II Congresso Continental em Boston, respectivamente
em 1774 e 1775.
Iniciam-se os
conflitos com os ingleses. Em 15 de junho de 1775, Washington
é nomeado comandante do exército americano que lutaria com
os "casacas vermelhas" ingleses. A Declaração de Independência
é publicada em 1776.
Os americanos
conseguem obter grandes vitórias, principalmente em Saratoga
em 1777 e a vitória definitiva em Yorktown (1781), contando
com a preciosa ajuda francesa. Demite-se do exército e vai
para sua fazenda em Mount Vernon em dezembro de 1783.
Volta à cena
novamente na convenção federal de Philadelphia, que aprovou
a nova constituição americana em 1787. Em 4 de março de 1789
é eleito o primeiro presidente dos EUA, é reeleito em novembro
de 1792, porém não desejou concorrer a um terceiro mandato;
retira-se da vida pública em março de 1797. Morreu em Mount
Vernon a 14 de dezembro de 1799.
Harry S. Truman
(1884 - 1972)
Presidente dos
EUA, nasceu em Lamar no Estado do Missouri a 8 de maio de
1884.
Convocado, lutou
na Primeira Guerra Mundial. Em 1922 entrou para o Partido
Democrata. Após ocupar alguns cargos, foi eleito senador em
1934 e 1940. Sua atuação no Senado valeu-lhe projeção nacional.
Na convenção do Partido Democrata em 1944 compôs chapa para
vice com Franklin D. Roosevelt para concorrerem à presidência,
foram eleitos a 7 de novembro de 1944. Porém Roosevelt morreu
a 12 de abril de 1945.
Truman assumiu
o cargo e tomou a frente das decisões referentes à Segunda
Guerra Mundial, autorizando o bombardeio sobre Hiroshima e
Nagasaki em agosto de 1945. De 17 de julho a 2 de agosto de
1945 participou juntamente com Stalin e Churchill da Conferência
de Potsdam, onde a Alemanha foi dividida em zonas de influência,
bem com a cidade de Berlim.
Com o fim da
guerra prestou auxílio financeiro à Europa através do Plano
Marshall, em junho de 1947. Era um programa de Recuperação
Européia dos países devastados pela guerra, especialmente
a Alemanha, realizando uma rápida reconstrução. Implantou
também dentro o contexto da Guerra Fria a chamada Doutrina
Truman, ou seja, tentar impedir o comunismo a qualquer
preço. A doutrina destinava-se a conter o comunismo, é considerado
o início da guerra fria. O Congresso americano autorizou a
ajuda econômica e militar aos países ameaçados por revoluções
comunistas.
Foi reeleito
em 4 de novembro de 1948. Em 1950 explodiu a Guerra da
Coréia que quase degenera num conflito mundial. No dia
25 de junho de 1950 a Coréia do Norte invade a do Sul, tentando
reunificar o país. Os EUA, através da Doutrina Truman, intervêm
em auxílio do Sul. A China, vendo-se ameaçada, entra na guerra.
A guerra fria
também leva à "caça às bruxas". Em 1950, o Congresso americano
forma o "Comitê de Investigações das atividades anti-americanas",
comandada pelo senador Joseph MacCarthy, visando descobrir
comunistas nas mais diversas instituições do país. Terminando
o seu mandato em 1952 fez sua retirada da política. Morreu
em Kansas City a 26 de dezembro de 1972. |