Movimento ocorrido
no Brasil após a Revolução de 30, condensando as forças de
direita no país sob inspiração da ideologia fascista então
vigente em países como a Itália de Benito Mussolini. Ao movimento
do Integralismo, além de alguns setores da oligarquia brasileira,
uniram-se também membros da classe média, da Igreja e ainda
militares. O Integralismo passou a possuir organização formal
no Brasil a partir da fundação da Ação Integralista Brasileira
(AIB), liderada pelos escritores Plínio Salgado e Gustavo
Barroso.
O Integralismo
possuía como idéias básicas em sua ideologia a afirmação do
privilégio do Estado autoritário e nacionalista na ação política,
tendo o governante do Estado como líder supremo sobre todas
as instituições e classes sociais. O movimento integralista
condenava a ação comunista e todas as posições ideológicas
liberais, rotulando-as "anarquia liberal".
A fundação da
Ação Integralista Brasileira passa a tomar parte fundamental
na articulação dos setores da direita radical no Brasil. A
AIB possuía uma organização interna também inspirada nos moldes
fascistas e ainda nazistas, caracterizados por aspectos como
a hierarquização militar interna à organização, além de vestimentas
similares às militares, ostentando o símbolo do sigma (a letra
grega: (), em analogia ao uso da cruz suástica pelos nazistas.
Ainda a organização de direita procurava sustentar lemas como
"Deus, pátria e família" e seu grito de saudação, "Anauê"
(ou "ave", "salve"), era a versão tupiniquim da saudação do
povo da Alemanha nazista aos seus líderes.
A história da
AIB conta com vários conflitos entre os integralistas e os
movimentos democráticos que ocorriam no Brasil. Na época da
Intentona Comunista, ocorrida no ano de 1935, a Ação Integralista
apóia oficialmente o governo na repressão do movimento que
pretendia instalar o regime comunista no Brasil. No entanto,
a organização começou a desarticular-se a partir do golpe
que instalaria o Estado Novo no Brasil, sob o comando de Getúlio
Vargas. Plínio Salgado havia se candidatado à presidência
da República, porém o movimento partidário integralista é
dissolvido com o advento do Estado Novo, assim como todos
os demais partidos são suprimidos do cenário político brasileiro.
A Ação Integralista tenta reagir contra sua aniquilação, empreendendo
um tentativa de golpe de estado, contando com a participação
de membros do setor militar. No entanto, a elite da classe
militar estava de acordo com Vargas, não apoiando o golpe
e lutando contra ele até seu desvanecimento. Não tardam as
perseguições aos integralistas da AIB, que se exilam em países
da Europa, se dispersando assim o movimento integralista. |