Vantagens e desvantagens de um relacionamento baseado em propriedade

Por rosie
Tradu��o por Dragomir Boutli



Re: Uma quest�o de propriedade

>>> Conhe�o alguns casais (Top/bottom) que vivem muito felizes, sendo um deles a amada propriedade, e eu me pergunto se este modelo funciona bem com o tempo e sobre as vantagens e desvantagens de um relacionamento assim<<<


Oi Shawn,

Sim, um relacionamento baseado em propriedade pode funcionar por longos per�odos de tempo, se as duas pessoas nele envolvidas s�o feitas pra isso. Ap�s 5 anos em um relacionamento assim, eu sou a prova viva disso. Ser feito para isso, na minha opini�o, � necess�rio, pois h� uma necessidade de certa dedica��o, intensidade e de aferramento � coisa de ambas as partes, que voc� certamente n�o sentir�, a n�o ser que voc� realmente deseje profundamente ou necessite desse tipo de experi�ncia a longo prazo.

Maiores desvantagens:

Vejamos ... pelo lado do Dom/Top, voc� est� assumindo uma enorme responsabilidade por um longo per�odo de tempo, talvez para o resto de sua vida. Se voc� assume essa responsabilidade seriamente, voc� n�o vai simplesmente abandonar essa pessoa ou esse relacionamento se a coisa deixar de ser boa pra voc� ou se o prazer acabar. Tua responsabilidade como o Dominador com controle absoluto de sua propriedade � fazer o relacionamento funcionar, mesmo se o teu parceiro n�o quer ajudar ou se o est� sabotando ativamente. Voc� tem de ser o �maduro� todo o tempo: aquele que n�o perde a cabe�a (ou pelo menos n�o freq�entemente), aquele que n�o joga com manipula��o emocional, aquele que n�o revida com raiva. Se voc� considera essa pessoa como sua verdadeira propriedade suas falhas se tornam tuas falhas, sua inabilidade para superar seus h�bitos autodestrutivos tornam-se teus problemas porque voc� assumiu total responsabilidade por eles. Certamente, como parte da tua responsabilidade, voc� estar� ensinando a tua parceira a superar ou resolver seus problemas, mas isso requer freq�entemente anos ou d�cadas, e, nesse meio tempo, voc� � aquele que toma a si a culpa quando ela trope�a. Normalmente a culpa vem de voc�, n�o da outra pessoa. Algu�m que � capaz (note que eu n�o disse �afim� rsss) de ser o Top em um relacionamento t�o extremo que a outra pessoa � considerada propriedade n�o � geralmente o tipo que atribui culpa a outros quando as coisas d�o errado. Tal pessoa geralmente gosta de controlar a um ponto extremo, ele ou ela gostam disso TODO o tempo. Assim, quando algo vai mal no relacionamento, eles culpam a si mesmos, porque eles se v�em, corretamente, como aquele que det�m o poder, como aquele que � em �ltima inst�ncia respons�vel e que est� no controle. Pode ser p�ssimo quando algu�m sob teu controle falha.

Pelo lado do bottom/sub, com o qual eu estou muito mais familiarizada, as desvantagens incluem:

1. Inicialmente, um per�odo de resist�ncia em ser controlado, que pode durar meses ou anos (em meu caso ele durou anos). Resist�ncia ao constante controle presente em um relacionamento onde voc� � considerado propriedade � natural, porque ningu�m � ensinado ou treinado, ao crescer, para ser um escravo. De muitas formas n�s somos ensinados do contr�rio e assim, aprender a ceder, a sempre se submeter � vontade e ao desejo de outra pessoa � um lento processo de aprendizado. Voc� aprende por tentativa e erro. Se o Dominador � o certo pra voc�, voc� por fim vai acabar confiando em seu julgamento tanto quanto no teu pr�prio (se n�o mais). Voc� chega � conclus�o que n�o h� diminui��o da tua maneira de ser, de tua iniciativa, de teu natural poder de fogo, s� porque voc� obedece absolutamente a algu�m. Voc� aprende a controlar teu temperamento e os inesperados impulsos de tua vontade. A gente geralmente n�o � capaz de ter consci�ncia do qu�o indisciplinadas s�o nossas vontades e do quanto nosso autocontrole � fraco, at� que se passe � pr�tica de ser um escravo por um longo per�odo de tempo. � como ar, voc� normalmente n�o nota sua exist�ncia, at� que voc� � privado ou restrito dele. Ao contr�rio do ar, a perda de um desejo incontrolado n�o � algo que te ameace a vida, ao contr�rio, � algo que vir� a melhorar tua vida consideravelmente.

2. Ap�s um longo per�odo de tempo sob uma regra severa voc� pode realmente se tornar inconsciente dela. Aqui e ali eu me queixo ao meu Dono por n�o me sentir suficientemente controlada, eu que tenho de pedir permiss�o para ir ao banheiro, para beber bebida alco�lica, para comer, para comprar um vestido ou uma revista, para sair com amigos, para aceitar um trabalho. N�o me � dado escolher quando eu acordo, quando eu vou pra cama � noite ou quando eu estou em casa, que atividades eu vou fazer e em que ordem. Eu tenho de pedir permiss�o ou implorar, por algo fora do normal que eu deseje fazer ou que queira consumir. Eu ligo para me apresentar ao meu Dono se eu estou fora de casa e necessito fazer algo inesperado ou fora do normal. E se ele diz �n�o fa�a�, eu n�o fa�o. Ainda assim eu n�o me sinto suficientemente controlada e me queixo disso com ele regularmente. Talvez isso aconte�a pelo fato de que n�s n�o estamos fazendo coisas extremas todo o tempo. Ele exerce seu poder sobre todas as atividades mundanas rotineiras da vida. Se ele fosse me mandar andar de quatro no ch�o a cada minuto do dia ou amarrada ou fazendo outras atividades SM tradicionais, n�s nunca concluir�amos nossas tarefas.

Se ele fosse independente e rico e eu n�o tivesse de ser uma escrava que trabalha, talvez eu passasse mais horas do dia como uma escrava do prazer, mas sempre haveria momentos em que ele n�o estaria fazendo algo explicitamente sexual em mim e eu provavelmente estaria me queixando disso tamb�m. Eu acho que minha libido (particularmente a freq��ncia com que eu desejo sexo SM) � um pouco mais alta do que a dele. Ele sabe disso, mas prefere que eu me encaixe em seu padr�o. Enquanto tal demanda pode ser a causa de uma separa��o em um relacionamento igual, em nossa situa��o essa negativa s� me faz mais excitada. Frustra��o sexual constante � uma situa��o complicada, mas eu a prefiro a um relacionamento igual sem pestanejar. Isso conduz suavemente � minha pr�xima desvantagem.

3. Voc� tem relido as mensagens da �Nurse Jones� gra�as � rede �Ol� Sarge�? Essas mensagens descrevem algumas experi�ncias muito intensas espremidas em um curto espa�o de tempo (um m�s). Ningu�m pode sustentar esse n�vel de intensidade por um longo per�odo de tempo (anos). Quando as coisas come�am a ralentar, a perder aquele fervoroso g�s, quando voc� n�o est� mais tendo m�ltiplos orgasmos todo dia, nem a cada dois dias, voc� come�a a pensar que o relacionamento esfriou que ele n�o funciona mais. Esse pode ser um problema do Dom ou da sub, e � onde a maior parte das pessoas inexperientes t�m problemas com relacionamentos BDSM de longa dura��o. Isso freq�entemente parece atingir relacionamentos por volta de seu terceiro ano por alguma raz�o. As pessoas pensam que deve estar havendo algo de errado com seu parceiro ou com eles mesmos ou com ambos ou que eles descobriram que essa pessoa � a pessoa errada pra eles no fim das contas.

Um modo de evitar aquele sentimento de �n�s fizemos tudo o que tinha de ser feito e estamos t�o fartos um do outro� � pegar muito leve, desde o in�cio. V� em passos lentos e regulares � voc� tem o resto de sua vida para testar e experimentar, ent�o por que for�ar tudo no primeiro par de anos? Meu Dono tem amea�ado me dar um enema, desde a primeira semana que n�s nos conhecemos, sem que isso tenha acontecido. Isso vai acontecer, mas n�o h� como eu saber se ser� daqui a 5 dias ou 5 anos, mas eu tremo, pelo medo e pela expectativa de sua inevitabilidade.

Outra maneira de determinar a velocidade dos acontecimentos de tal forma que as coisas funcionem a longo prazo consiste em fazer com que tuas atividades v�o e voltem em ciclos. Pratique o "caning" por uns poucos meses para depois n�o faz�-lo por mais nove ou dez meses. Pratique certas formas de "bondage" por um tempo, para ent�o abandon�-las. Deixe brinquedos ou atividades de lado para depois retornar com eles. Se voc� foi fundo na dor, d� uma aliviada por quatro ou cinco meses at� que tua sub esteja delicada e sens�vel novamente e ent�o pegue pesado. Fazer a rota��o de atividades e ir devagar n�o s�o coisas que possuam apelo em uma era de gozo instant�neo e de intervalos de aten��o de cinco segundos. Eles requerem uma certa perseveran�a e intelig�ncia para que sua implementa��o funcione, mas a vantagem � que voc� raramente ficar� de saco cheio.

Finalmente, se eu me queixo muito por estar cheia do conjunto de atividades do meu Dono, me � dada a oportunidade de descobrir (chamemo-la de experi�ncia que ensina rsss) como uma pequena priva��o sexual � capaz de operar milagres para se evitar o t�dio.

Uma desvantagem que acontece com ambos � a possibilidade de que suas personalidades n�o sejam compat�veis a longo prazo. Estou falando sobre algo diferente da s�ndrome de fadiga acima descrita. Estou falando sobre uma incompatibilidade b�sica entre duas pessoas, que n�o aparece at� que os antolhos do tes�o e do romance come�am a escorregar. Assim como n�o tem nada a ver voc� assumir um compromisso absoluto para com uma pessoa, a n�o ser que voc� esteja totalmente livre de d�vida sobre se ele ou ela � "certo" pra voc� por tempo bastante longo, � uma boa id�ia n�o se apossar (ou n�o se dar) at� que o �mpeto inebriante do romantismo tenha abandonado o relacionamento. Quando a paix�o se aquieta um pouco, de duas uma: ou as pessoas se tornam irritadas, chateadas com certos tra�os da personalidade da outra, ou elas come�am a aprofundar seu amor uma pela outra. De uma forma ou de outra, acontece uma mudan�a ap�s a lua-de-mel. � preciso esperar por essa mudan�a para ver em que dire��o os ventos v�o soprar, antes de se comprometer permanentemente.

Quando meu Dono e eu nos conhecemos, houve uma fase rom�ntica no in�cio do nosso relacionamento, mas n�o do tipo cego e obsessivo "vamos fazer tudo, t�o r�pido quanto poss�vel" que eu tinha vivido com parceiros anteriores. Havia um passo calmo, medido, desde o come�o, que foi totalmente engendrado pelo Donald. Ele teve montes de escravas antes, o que lhe propiciou conhecer o "timing" necess�rio nesses casos bastante bem. Ele sabia exatamente a rapidez com que queria andar comigo, e imp�s esse padr�o ao desenvolvimento do relacionamento. Eu nunca me senti privada nem ignorada, mas havia um padr�o, um ritmo para o relacionamento que ele, enquanto parte dominante, determinou: ele me dizia, a cada dia, quando eu deveria ligar para ele, quando deveria escrever para ele, sobre o qu� eu deveria escrever, o que eu deveria fazer quando n�o estivesse em contato com ele, etc. Sem ter sido nem um pouco r�gido ou sistem�tico, ele imp�s essa ordem lenta e majestosa ao nosso relacionamento, o que fez com que eu obtivesse tudo o que eu queria, mas permanecesse querendo mais. E isso continua at� hoje.

Vantagens:

1. Se este tipo de relacionamento (ser uma propriedade humana/possuir uma propriedade humana) � o que voc� tem procurado por toda a vida, isso pode ser profundamente realizador. Mesmo com todos os problemas, discord�ncias, dificuldades e dem�nios pessoais, eu me sinto completa e em paz, ousaria dizer, de uma maneira como poucas pessoas se sentem. L� no fundo, no �mago, eu sou extremamente segura, de tal forma que as piores coisas que acontecem fora de mim ou at� mesmo dentro de mim, parecem meramente ondular a superf�cie, sem tocar no n�cleo. Paralelamente � quest�o da paz, parte da realiza��o tamb�m adv�m do qu�o intensamente excitante e pervertido � estar vivendo sua vida na ponta extrema do espectro do poder. H� uma ininterrupta subcorrente de sexualidade sempre presente entre os dois durante a maior parte das experi�ncias mundanas (a �nica coisa, em minha experi�ncia, que a afasta � um forte stress externo, e mesmo assim ela � apenas temporariamente afastada). Meu Dono manda que sua propriedade fa�a algo e n�s dois sentimos aquela prazerosa emo��o: eu, porque tenho de obedecer, ele porque precisa e ser� obedecido.

2. Uma vantagem menor mas muito importante de um relacionamento onde os pap�is de poder s�o extremos e claramente delineados � que voc� n�o tem nenhuma daquelas repugnantes batalhas, lutas, manipula��es e sujeira, end�micas em um relacionamento baunilha (ou em relacionamentos SM, que s�o baunilha em termos de poder). Toda essa porcaria simplesmente n�o tem lugar a�. Ela n�o faz sentido, n�o h� lugar para ela. N�o que meu Dono e eu sejamos excessivamente polidos um com o outro, ou que eu nunca berre ou grite com ele, mas sim que o contexto � completamente diferente. Eu acabei aprendendo e ele sempre soube, desde o in�cio, que quando eu discuto com ele eu n�o posso ter a expectativa de "ganhar" nada. Eu discuto porque isso me permite desabafar meus sentimentos e pensamentos. Depois que eu desabafo, ele decide o que deve ser feito sobre a tal quest�o, como � de seu feitio. Minhas tentativas de manipular n�o funcionam com ele. N�o h� sutil amea�a mortal que eu possa pendurar sobre sua cabe�a (ele s� ri de mim quando eu tento), de nenhum modo eu consigo fazer com que seu comportamento siga os meus desejos e expectativas, nenhuma das minhas manipula��es � bem-sucedida ou o pega. Ele n�o tem medo de mim ou de nada que eu possa vir a fazer. E, uma vez que eu entendi que manipula��o n�o ia mesmo funcionar com ele, eu finalmente desisti, uma vez que isso fazia com que eu me sentisse mal (insubmissa) e como uma louca.

Da mesma forma, ele n�o tem necessidade de fazer jogos manipulativos comigo. Ele me possui e pode fazer o que quiser comigo. Deste modo, por que ele iria bater o p� e dizer "Eu vou te abandonar/ficar louco com voc�/te rejeitar, se voc� n�o fizer o que eu te digo"? A pessoa que tem de dizer isso n�o � dominadora, n�o importa como ela venha a se apresentar: ele ou ela � um pequeno brig�o, mimado e medroso. Se eu n�o fa�o o que o meu Dono manda, ele me pune de um modo que me motiva a n�o desobedecer novamente. Fim da hist�ria. Nenhuma complexa e manipulativa confus�o � necess�ria quando o poder � polarizado nessa intensidade. Eu mantive um relacionamento baunilha por dezesseis anos, antes de conhecer meu Dono. Eu sei o qu�o infernais essas batalhas por poder podem ser (trata-se de um tipo desimportante e mesquinho de inferno) e � um enorme al�vio, n�o ter mais de lidar com essa merda. A maior parte das tuas reservas emocionais tornam-se liberadas, quando voc� n�o mais tem de "defender o teu peda�o" do teu parceiro.

3. A sub nesse tipo de relacionamento alcan�a um tremendo senso de seguran�a, quando ou se ela descobre que ela pode realmente confiar no julgamento e na maturidade de seu Dono. Voc� se d� conta que voc� n�o tem de ficar constantemente olhando para as tuas costas como voc� constantemente faz em muitos relacionamentos baunilha, esperando pela punhalada da trai��o ou, se teu parceiro � autodestrutivo e ignorante, pela merda maior. Voc� pode relaxar, se recostar e se deleitar no cuidado e na prote��o proporcionadas pelo teu Dominador, e esse � um sentimento maravilhoso. Eu tamb�m acho que o Dominador tem, � sua maneira, esse sentimento de seguran�a, supondo-se que sua sub � do tipo forte e confi�vel. Voc� possui essa pessoa absolutamente, ela n�o vai a lugar nenhum nem vai fazer nada sem a tua permiss�o, ela estar� sempre l�, amando e servindo a voc� e tentando ser cada vez mais aquilo que voc� quer, porque voc�s se comprometeram a que ela seja tua propriedade. Eu n�o acho que Dominadores que v�em subs como capachos de fraca vontade podem algum dia relaxar e sentir a enorme seguran�a que o Dominador que tem uma sub forte e sabe disso sente. Os te�ricos do capacho ter�o sempre de temer que a sub estar� prestes a se desmiling�ir algum dia e a abandon�-los ou a perder toda a iniciativa e a centelha de humanidade por conta de sua "fraqueza". Se todas as subs s�o capachos, ent�o ser Dominador se torna uma tarefa onerosa e ingl�ria.

4. H� muito mais vantagens, mas eu vou mencionar apenas mais uma. � um tipo de efeito colateral no relacionamento, mas � positivo, de qualquer modo. Sob a m�o-guia do meu Dono, eu tenho sido capaz de conseguir coisas (sucesso em minha carreira, superar v�cios, maus h�bitos, falhas pessoais, mudan�a de grandes posturas de vida) que eu anteriormente considerava imposs�veis. Meu termo pessoal para essa coisa de "fazer o imposs�vel" � um "milagre funcionando". Ainda que n�o sejam tecnicamente milagres, s�o o tipo de coisa para o que eu n�o teria tido o conhecimento, a vontade/perseveran�a ou a auto-confian�a para alcan�ar sozinha. Elas estavam fora do meu alcance, tal qual voar para uma outra estrela. Realmente, eu me tornei uma outra pessoa. N�o � sempre que existe um aspecto transformador em relacionamentos de poder, mas eu acho que isso tende a ser mais comum naqueles onde a troca de poder � extrema e onde houve um monte de tempo para que as mudan�as acontecessem.

A pr�xima n�o � nem vantagem nem desvantagem; � t�o somente algo presente em relacionamentos Dono/escrava ou possuidor/possu�do e se voc� est� considerando um tal relacionamento pra si mesmo voc� deve levar isso em conta. Gra�as em parte, acho eu, � intensa intimidade que esses relacionamentos engendram, a honestidade desempenha um papel muito maior na comunica��o do que no relacionamento baunilha m�dio. Na realidade, a falta de comunica��o trar� repercuss�es muito mais s�rias e r�pidas neste tipo de relacionamento do que no tipo mais igualit�rio - voc� pode at� mesmo dizer que esse � o calcanhar de Aquiles do relacionamento. Eu vi muito relacionamento baunilha (que inferno, eu estive em um por doze anos!) que pode rolar suavemente por um m�s ou um ano na graxa das mentirinhas, estratagemas, meias-verdades e parceiros escondendo seu verdadeiros sentimentos um do outro. Voc� pode ignorar ou fingir que n�o v� a falta de honestidade absoluta de tua parte e da do teu parceiro sem fazer com que o castelo de cartas caia sobre voc�. Isso n�o acontece em um arranjo de poder. Se a confian�a � quebrada - seja de que lado for - isso pode ser devastador para o relacionamento. Pode ser dif�cil juntar as pe�as novamente mais tarde. Eu me sinto imune � maioria dos problemas que romperam com outros relacionamentos, mas eu sou bem consciente do fato que se eu vier a mentir para o meu Dono (ou ele pra mim, sobre algo importante) isso poder� nos separar. Eu confio absolutamente que ele n�o vai mentir sobre nada importante (ele me diz que ele n�o me informa sobre coisas que n�o sejam importantes pra mim, mas que sejam importantes para a privacidade ou para a seguran�a de outras pessoas e, claro, eu confio nele a respeito disso) e eu me vigio atentamente contra minha tend�ncia a mentir, induzi-lo a erro ou esconder coisas dele. Eu conto tudo a ele; e ainda que eu n�o conte a ele imediatamente (isso � algo em que eu estou trabalhando rsss), eu n�o o poupo de nada (voc�s a� que me enviam email n�o solicitado de um determinado tipo deveriam pesar as conseq��ncias desta �ltima afirma��o rsss) e eu nunca encubro nada, n�o importa o quanto eu ache que isso vai "ajud�-lo". Seria t�o f�cil quebrar aquela confian�a ... e t�o dif�cil recuper�-la.


Publicado no site www.submissivewomenspeak.net Pendente de autoriza��o

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