Mokiti Okada, o fundador da
seita denominada Igreja Messiânica Mundial, nasceu em 23 de dezembro de1892, em
Tóquio, no Japão. Até os 45 anos de idade teve uma vida normal, quando então
passou a anunciar que recebeu uma revelação de Deus de que estava iniciando no
mundo uma nova era de luz. Ele mesmo dizia ter recebido de Deus a divina luz
para discernir a verdade em todos os aspectos. Afirmou que depois desta era de
trevas em que a humanidade está mergulhada, viria uma nova era de luz depois de
uma purificação do mundo.
Embora Okada tenha começado a
sua pregação a partir de 1926, por problemas com o sistema governamental do
Japão, só pôde oficializa-la em 1947, com o nome de Nipon Kannon Kyodan,
estabelecendo sua sede na cidade de Atami
Os adeptos de Okada o chamam de
Meishu-Sama que quer dizer "O Senhor da Luz". Com a sua morte a sua
família tem sustentado a seita. Atualmente sua terceira filha, conhecida e
adorada por seus adeptos como Kyoshunsama ( Mestre que ensina luz), é a líder
do movimento, tendo recebido a liderança de sua mãe, Yashi Okada, quando de
sua morte em 24 de janeiro de 1962. O verdadeiro nome de Kioshu-Sama é ltsuki
Okada. Com o seu esposo, também líder do movimento, a quem chamam de Reverendíssimo
Fujieda, já visitou o Brasil algumas vezes.
O nome brasileiro ( Igreja
Messiânica Mundial do Brasil) é bastante enganoso. De messiânica, a igreja só
tem o nome. Não é evangélica, não crê em Jesus Cristo, e seus ensinamentos
nada têm a ver com o do verdadeiro Messias revelado na Bíblia. É uma seita
nascida na mente de um falso profeta que reuniu ingredientes do budismo, do
hinduísmo e do panteísmo para formular a sua receita doutrinária.
Segundo as revelações de
Meishu-Sama, a Igreja Messiânica é a responsável pela construção do paraíso
terrestre e pela difusão da nova era de luz que a humanidade viverá. No
Brasil, a seita chegou através do ministro Nobu Hiko Shoda e, segundo suas
estatísticas, em 1975 a Igreja já possuía cerca de 40.000 adeptos no Brasil.
Afirmam que hoje, no Japão, contam com mais de 700.000 adeptos e no Brasil já
tenha triplicado o número de adeptos desde 1975.
Meishu-Sama escreveu muitos
livros e panfletos, e a doutrina da seita é baseada totalmente nos seus
ensinos. A difusão do movimento parte da Igreja Regional que é seguida de
Casas de Difusão. O nome dessas casas já indica a sua característica:
difundir a seita a todo o custo. Existem ainda aquilo que chama de Casas de
Reunião e as reuniões das casas dos fiéis.
É
o ponto forte da Igreja Messiânica. Trata-se de uma cerimônia especial onde os
líderes espirituais estendem a palma da mão sobre as outras pessoas. Dizem que
é a canalização da Luz Divina, através de Meishu-Sama para ajudar à
humanidade sofredora. Dizem ainda que o Johrei liberta o homem da miséria e o
prepara para viver num mundo ideal de verdade, bondade e beleza.
É
o sagrado ponto focal, através do qual é canalizada a luz de Deus e
Meishu-Sama. Antigamente era um saquinho de pano, hoje é uma medalha dourada
que a pessoa leva junto ao peito pendurada por um cordão.
É
sempre associado ao nome de Meishu-Sama. Praticam uma forma de confucionismo no
que se refere à adoração dos ancestrais. Todos os dias 23 de dezembro,
promovem um culto especial aos antepassados e comemoram o nascimento do seu
fundador. Deus para os messiânicos é a luz que apaga as manchas do corpo
espiritual e ilumina o homem preparando-o para viver um mundo ideal.
A Igreja Messiânica não tem
nada de messiânica. Nega as verdades cristãs conforme sua conveniência e crê
que a salvação é a libertação da doença e da miséria. Luta para tornar o
homem bom e integro e exalta muito mais a seu fundador do que ao próprio Deus.
Praticamente não fala em Jesus Cristo. Seus líderes elevam-se a si mesmos à
posição de profetas, messias ou do próprio Cristo.
Não se preocupam, como as demais seitas orientais, com o comportamento ético dos seus seguidores. A tese central do comportamento dos adeptos é aquela que diz que é proibido proibir. Tudo é lícito; tudo é válido e o homem deve fazer tudo o que acha que o realize. Não é exigida renúncia à religião que o adepto esteja seguindo. Dizem que aceitam pessoas de todas as religiões. Não falam contra os vícios, a sensualidade ou a prostituição. Tudo é válido.
A Igreja Messiânica prega uma
religião bem de acordo com as expectativas de muitas pessoas: não há
necessidade de renúncias, de compromissos ou de responsabilidades. O adepto,
segundo ensinam, poderá receber tudo aquilo que necessita através da canalização
da luz. A única coisa que deve dar são as ofertas voluntárias. Ninguém se
preocupa com a sua vida particular ou social, pecado é palavra que não consta
no seu vocabulário e não acreditam no inferno, em condenação ou nenhuma pena
vindoura.
Seus ensinamentos convergem
para um mundo perfeito de paz, felicidade e alegria. Para um mundo sem
problemas, de amor e constante progresso. Não importa os meios usados para
chegar a isso. Afirmam que qualquer meio é válido (todo caminho leva a Deus),
desde que haja esperança no coração do homem. Certamente tiram proveito disso
para angariar os recursos financeiros necessários para o crescimento da seita.
Tais organizações costumam
ser multimilionárias e seus profetas vivem como verdadeiros reis.
No caso da Igreja Messiânica,
Mokiti Okada é chamado de Meishu-Sama e é colocado em pé de igualdade com a
divindade. Não fazem uma prece sem que invoquem o nome do fundador. A mesma
reverência se dá com a atual líder do movimento.
É interessante saber que a
Igreja Messiânica além de nada ter a ver com Jesus Cristo, o Messias de Deus,
também nada tem a ver com o movimento chamado "messianismo". Dentre
os judeus, o messianismo é uma tendência histórica de apressar a vinda do
Messias e ver cumpridos os ideais de redenção nacional e universal, expressa
nos livros proféticos. A tendência messiânica judaica anuncia a instauração
do Reino de Deus e apresenta o autor da salvação sob os traços do Servo de
lahweh e do Filho do Homem, que a igreja identifica com Jesus Cristo. Não há
nada parecido com isso nos ensinamentos da Igreja Messiânica.
Por outro lado, os messiânicos
também não pregam o messianismo entendido como um movimento de espera de um
Messias Libertador. Tal tipo de movimento, quase extinto, era encontrado nas
comunidades primitivas entre tribos africanas, melanésias ou índios
americanos. A Igreja Messiânica é uma seita como a maioria das outras
estudadas neste livro, que nasceu por simples desejo do seu fundador, o qual se
constituiu no seu profeta. Não se enquadra na história, nem possui elementos
históricos dignos de serem apreciados.
É Igreja particular, que tem
dono, que pertence a uma família e cuja presidência é hereditária. Apresenta
uma maneira particular de compreender as coisas de Deus e, como as demais,
escancara as suas portas com a finalidade de atrair o maior número possível de
adeptos. Como praticamente todas as seitas orientais, a Igreja
Messiânica é panteísta. A
palavra "panteísmo" vem do grego pan (tudo, todas as coisas) e Theos
(Deus), e quer dizer "Deus em tudo, ou em todas as coisas". Tal
doutrina não admite Deus como um ser pessoal, transcendente e distinto do
mundo. Seus adeptos entendem que Deus é tudo em todos. O fato de ligarem a ação
de Deus à luz já é suficiente para caracterizar o panteísmo messiânico.
A Bíblia, a Palavra de Deus,
ao contrário de todas as crenças dos messiânicos, dentre outras coisas nos
apresenta Deus como um ser pessoal, transcendente e distinto do mundo. Jesus
Cristo O apresentou nos seus ensinamentos como o nosso Pai, mas não apenas no
sentido de sermos geração dEle .Pai quer dizer também aquele que cuida com
amor e que supre nossas necessidades conscientemente e racionalmente. O Deus dos
messiânicos se confunde com a natureza, dissolve-se nela se realiza como uma só
realidade, o que traduzem como a Luz. Verdadeiramente esse não é o Deus
daqueles que crêem no verdadeiro Messias, Jesus Cristo, o Filho de Deus.