GRUPO BRASILEIRO DE OBSERVADORES DE METEOROS
ORIONÍDEOS 2012
Todos os anos a Terra cruza a órbita dos meteoróides originários
do Cometa 1P/Halley em duas datas principais: 5-6 de maio e 20-21 de outubro.
Enquanto que os meteoros de maio são denominados Eta-Aquarídeos, os de outubro são chamados
Orionídeos, pois o radiante situa-se na parte norte da constelação
de Órion, mais especificamente próximo à estrela 72 Orionis.
A máxima atividade dos Orionídeos deve ocorrer na madrugada
de 21 de outubro de 2012, com taxa horária zenital em torno de 25
meteoros. Os meteoros devem ser acompanhados a partir da meia-noite [atenção pois haverá mudança
de horário de verão em parte do Brasil], de modo
que o radiante atinge a culminação por volta das 5:00 HBV.
Este ano não haverá interferência do luar. Além
disso, esta corrente é típica por apresentar brilhantes meteoros
com rastros característicos. O observador deve prestar atenção
a outras chuvas que também estarão em atividade na mesma madrugada,
a saber: Epsilon-Geminídeos, Taurídeos (do Norte e do Sul)
e Leo Minorídeos. É bem verdade que a taxa destas outras chuvas
é inferior a dos Orionídeos, porém as duas correntes
dos Taurídeos costumam apresentar bólidos que podem distrair
o observador.
Segundo informações da International Meteor Organization
(IMO), os Orionídeos estão em atividade no período
de 2 de outubro a 7 de novembro, devendo atingir a máxima atividade
em 20-21 de outubro de 2012.
RELATÓRIO DE OBSERVAÇÕES DOS ORIONÍDEOS
Os meteoros não devem ser observados apenas e tão
somente na noite prevista para a máxima atividade. Recomendamos acompanhar
estes meteoros já no período de 20 a 25 de outubro, para
que o observador registre possíveis picos secundários.
(Veja mapa com estrelas de comparação).
Para iniciantes: Contagem simples dos Orionídeos.
1. Identifique o radiante no céu.
2. Conte os meteoros pertencentes ao radiante. Qualquer meteoro que
não for do radiante, classifique como "esporádico". Organize
as contagens em intervalos.
Ex.: 06:00 às 06:15 TU: 3 Orionídeos
e 1 esporádico
3. Anote (ou registre) demais informações ao longo da
sessão tais como: condições meteorológicas,
magnitude limite a olho nu.
4. Dedique pelo menos 1 (uma) hora efetiva de observação.
5. Caso haja uma nuvem na direção do radiante, observe
a região mais próxima e apenas anote qual foi.
Ex.: 07:30 às 07:00 TU: Observei o campo
de visão centrado na constelação do Touro.
Para observadores experientes: contagem e estimativa de
brilho dos Orionídeos.
Além das instruções acima dadas aos iniciantes,
o observador experiente também fará o seguinte:
1. Use a Carta Celeste preparada
pelo GBOM.
a) Os números correspondem às magnitudes de estrelas
selecionadas.
b) Os círculos correspondem aos radiantes em atividade no período
de 15-25 de outubro
c) As abreviaturas seguem o padrão IMO, onde ORI = Orionídeos,
STA = Taurídeos do Sul, etc...
2. Ao observar um meteoro, identifique seu possível radiante.
Estime o brilho com base nas estrelas de comparação.
3. Embora o observador possa usar lápis e prancheta para anotações,
uma maneira de otimizar os registros é através de um gravador
de voz (seja de fita K7 ou digital).
Envie seus dados para a Coordenação do GBOM nos emails
abaixo:
Coordenação: Anderson Dantas, email: anderson_m42
at live.com
Consultoria: Alexandre Amorim, email: costeira1 at
yahoo.com
Links e Referências:
Boletim
Observe! Outubro de 2012 (acesso em 25 set. 2012)
Calendário
IMO 2012
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