GRUPO BRASILEIRO DE OBSERVADORES DE METEOROS

DRACONÍDEOS 2011

RELATÓRIO DE OBSERVAÇÕES DOS DRACONÍDEOS
Ano
Observadores
2011
AMOAL*, DANAD
Notas:
*Registro de AMOAL usando radioescuta

Informações recentes da IMO mostram que a máxima atividade ocorreu por volta das 20:00 UTC (17:00 EBT) com THZ~350 (acesso em 9 out. 2011 às 10:00 EBT). Usando sinal de rádio disponível no website SpaceWeather, A. Amorim identificou 44 ecos de meteoros no intervalo entre 19:30 e 21:15 UTC, notando um incremento de atividade no período de 20:10 a 20:20, sendo consistente com os resultados preliminares das observações visuais.
Anderson Dantas realizou suas observações em 4 (quatro) noites, a saber: 3, 5, 7 e 8 de outubro; acumulando 4h 15m de observação e contabilizou apenas 2 meteoros Draconídeos e 2 esporádicos.


Algo que deve ficar bem esclarecido ao observador brasileiro é o seguinte: os Draconídeos são meteoros com melhor visibilidade no hemisfério norte! É bem verdade que os Estados do Norte e Nordeste brasileiro são mais privilegiados em relação ao Sul, Sudeste e Centro-Oeste, porém, mesmo assim, a quantidade de meteoros efetivamente observados é menor do que nas localidades no hemisfério norte. Isto não significa que os observadores dos Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste não consigam detectar algum meteoro draconídeo. Em se tratando de observação do céu é possível. Mas as condições de visibilidade não são favoráveis para o hemisfério sul.

Todos os anos, entre os dias 7 e 8 de outubro, ocorre a máxima atividade dos meteoros Draconídeos, cujas partículas são oriundas do Cometa 21P/Giacobini-Zinner. Por isso, estes meteoros também são chamados Giacobinídeos. O radiante desta chuva está situado na vizinhança da estrela Rastaban (beta Draconis). Devido à declinação boreal do radiante, os Draconídeos são bem observados no hemisfério norte. Sua taxa típica é de 30 meteoros por hora. No entanto, estudos feitos por Jérémie Vaubaillon, Juinichi Watanabe e Mikiya Sato sugerem que na noite do dia 8 de outubro de 2011 a Terra atravessará a nuvem de meteoróides deixada pelo Cometa 21P nas passagens de 1900 e 1907, produzindo taxas da ordem de 200 a 600 meteoros por hora. Isto é o suficiente aos observadores do hemisfério norte se animarem para registrar um incremento na atividade dos Draconídeos. Como a mídia brasileira apenas copia-e-cola as informações vindas da Europa e da América do Norte, é provável que tenhamos um aumento de informações traduzidas nos meios de comunicação. Mas casos como este é importante buscar informações confiáveis, tais como da International Meteor Organization (IMO) ou de observadores visuais de meteoros. Como são pouquíssimos os observadores no Brasil, boa parte das informações limitar-se-á a papaguear o que se traduz do hemisfério norte.
A rigor, na data da máxima atividade, o radiante estará localizado cerca de 20 graus de altura na direção NNW (simulação feita para a latitude 8 graus Sul (região metropolitana de Recife/PE), e logo após o pôr do Sol. E ainda teremos a Lua quase cheia iluminando o céu logo após o crepúsculo. Estas condições adversas implicam na detecção de uma quantidade muito pequena dos meteoros Draconídeos. Como o dia 8 de outubro cairá num sábado, os interessados poderão se organizar para uma sessão de observação logo após o crepúsculo. Deve-se procurar um local com o horizonte norte e nordeste livre de obstáculos e sem poluição luminosa. Procure locais escuros e seguros! Embora a taxa horária seja baixa para o hemisfério sul, espera-se que alguns meteoros de 1ª magnitude sejam detectados. Aliás, o céu deve ter boa transparência e atmosfera calma.

 (Veja mapa com estrelas de comparação).

Envie seus dados para a Coordenação do GBOM nos emails abaixo:
principal