Depressões Póstumas do Pop Punk

Por Jorge Rocha

Patrícia – Parte 1

"Era um dia como qualquer outro, da minha derradeira e infeliz existência. Sou uma depressiva assumida. Ou talvez tenha me tornado com o passar dos anos... 28 pra ser mais exata. Estou velha acabada e não chego nem aos pés de uma Janis Joplin ou uma PJ Harvey. É meu aniversário e eu não tenho coragem de sair desse quarto. Acho que vou morrer seguindo a mesma filosofia: "vou dormir, vou comer, vou dormir, não vou amar, vou me vestir de forma diferente, vou dormir, vou dormir, vou ver filme, não vou sair de casa e finalmente vou dormir. Se o poema de Fernando Pessoa estiver certo eu sou uma pessoa sem alma ou de alma muito pequena, por que pra mim nada vale a pena, nem o homem mais bonito, nem o mais inteligente, nem um show do Breeders ou Elástica, nem o filme de maior bilheteria( a propósito odeio filmes de grande bilheteria )... nada vale pena. Nada"

Patrícia e sua cama, era inverno, a estação que ela mais gostava. Em plena segunda-feira ela acordara por volta das 14:00. Moradora de um apartamento em Botafogo, Patrícia era formada em duas faculdades: Direito e Psicologia.

"Minha vida se resume em uma frase: dinheiro. Meus pais sempre tiveram muito, eram representantes de uma multinacional. As vezes eu acho que não vivi por causa disso, o dinheiro sempre atrapalhou minha vida, ao invés de ajudar. Em primeiro lugar eles me tiraram aqui do Rio quando eu estava começando a ter minha própria turma. Morávamos na Taquara e eles foram promovidos, tivemos que ir morar em São Paulo. Nessa época eu tinha 17 anos fiquei tão problemática que decidi fazer faculdade de psicologia com o intuito de ajudar a mim mesma. Tentei manter minhas amizades aqui no Rio mas a distância não deixou que isso acontecesse. Era uma época de mudança de década e a galera que eu mas me identifiquei por lá foram uns Punks que andavam pelo centro da cidade. Não foi muito produtivo pra mim e eu só consegui terminar a faculdade em 97. Decidi que iria voltar para o Rio mas meus pais não me apoiaram muito. Vim com a cara e com a coragem e morei dois meses na casa de uma tia que eu nem conhecia direito e era lésbica. Ela me apresentou uns sons super legais coisas tipo Buffalo Springfield, a primeira banda do Neil Young, além de Joan Baez e Mamas and Papas. Depois ela me explicou como usar LSD e queria que eu beijasse ela, aí eu saí fora. Contei tudo pros meus pais e eles resolveram me comprar um ap em Botafogo. Comecei a fazer facul de Direito, não por que eu gostava mas sim por que eu queria ser livre. Desde que voltei para o Rio não consegui ter nenhuma amizade de verdade. Uma parte das pessoas acham estranho um ser que nunca trabalhou ter o padrão de vida que eu tenho, a outra parte não quer ser sua amiga de verdade só quer se aproveitar dos benefícios da grana fácil. Também não consegui um estágio, nem emprego decente, então decidi ficar em casa comigo mesma. Não que eu não saísse nunca dali, mas era difícil. Terminei a faculdade de Direito em 2002 e guardei o diploma na gaveta. Depois de 5 anos procurando estagio na área desisti de ser livre e continuei vivendo com a mesada que o meu pai mandava."

Patrícia era atípica, encarada como a esquisita da vizinhança, saía poucas vezes. E mesmo assim causava furor, quando ia, por exemplo, até a locadora que ficava a duas quadras trajando apenas uma pantufa, um pijama e um lenço na cabeça. Ela também costumava usar alguns acessórios, como seus enormes e inseparaveis óculos escuros, ela tinha cabelos negros e olhos verdes lindos e intensos, mas escondia eles quase sempre. Segunda, dia 7 de Julho de 2003, 15:14, Patrícia acendeu um cigarro e, com seus trajes de sempre, partiu para a locadora, iria entregar os cinco filmes que tinha alugado para passar o fim-de-semana. Antes, ligou o mp3 player repleto de musicas do Le Tigre, colocou os fones no ouvido e saiu cantarolando pelas ruas. Pijama azul claro com estampas de ursinho branco, uma pantufa rosa, óculos escuros desses enormes de mulher idosa, e um coque, ela estava mais simples do que nunca. Patrícia chegara na locadora decidida a não alugar mas nenhum filme, mas era uma viciada, principalmente por filmes europeus.

"Adorava as criações dos paises do Reino Unido, por mim Hollywood poderia explodir que eu nem iria ligar, junto com o Almodóvar que para mim era o mal o cinema europeu. Nas locadoras aqui no Brasil não há muitos filmes europeus, então eu sempre acabava alugando um filme repetido."

Depois de passar quase uma hora Patrícia acabou levando um filme francês qualquer.

"Se tem a Juliette Binoche é bom... Aqueles dias estavam muito chuvosos e eu não conseguia de jeito nenhum sair de casa a quase 3 semanas."

Assim que saiu da locadora Patrícia escutou seu celular vibrar e se apressou para atende-lo.
-Alô?!
-E aí Paty?-era uma voz masculina.
-Fala... quem é?-perguntou Patrícia diminuindo o andar.
-É o Sérgio... aí, ta aonde?-respondeu a voz do outro lado.
-Indo pra casa... Por que?
-Patrícia voltava a andar.
-Inda bem to aqui na portaria pô. Ta chegando já?
-Estou saindo da locadora Sérgio... chego aí em um minuto...-Patricia estava com um jeito meio aborrecido.

"O Sérgio foi meu segundo e último namorado. Nosso namoro era mais amizade do qualquer outra coisa. Acho que depois que nós percebemos isso nós resolvemos que nem precisávamos mais ficar se beijando e transando forçadamente. Ele também não era muito bom nisso, nosso namoro durou um ano e meio. E hoje ele voltou a correr atrás de mim apesar de eu estar gorda e com espinhas enormes. Ele só pode ser louco. Eu odeio ele. Quer dizer, ele é legal, mas é muito chato e bobo... tipo chato e legal ao mesmo tempo, sabe?"

-E aí cara!? Você num me esquece hein?-disse ela entrando pelo hall. Sérgio sorridente não disse uma palavra, apenas seguiu Patrícia entrando no elevador.-Tu num foi trabalhar hoje não é?-continuou ela.
-Fui demitido-disse Sérgio entrando pela porta do apartamento. Ele era advogado em um firma de consultoria e Patrícia conheceu ele na faculdade.

"O Sérgio era um forte candidato a se tornar meu único amigo de verdade, mas o lance da gente ter namorado atrapalhava isso"

-Paty, vim pegar minha guitarra...-disse ele se deitando em um Puff da sala.
-Por que?-perguntou Patrícia levando as mãos a cadeira.
-Como assim, "Por que?" Porque a guitarra é minha oras...
-Eu sei imbecil, mas o que você vai fazer com ela?-Patrícia movimentava a cabeça para falar.
-Vou usar na minha barraquinha nova de batata-frita, ahahaha.... brincadeirinha, to montando um lance aí com dois carinhas e vou precisar usar essa guitarra...

"O Sérgio foi aluno da Villa-Lobos durante um bom tempo. quando ele tinha doze anos o pai dele deu uma guitarra pra ele. Depois ele vendeu aquela e comprou uma Les Paul, quando a gente começou a namorar ele comprou uma Fender e me emprestou a Les Paul dele, pra mim ficar treinando em casa. Eu nunca toquei direito mas conseguia fazer uns barulhos. Já o Sergio, hum... o cara tocava muito, mas muito mesmo. Eu nunca entendi por que as bandas dele não davam certo. Talvez seja porque ele nunca escolheu um estilo que tivesse haver com ele. No total foram duas bandas uma de Hardcore e outra de Heavy Metal."

-Banda de que Sérgio?-perguntou Patrícia já pegando a guitarra.
-Ainda não tem um estilo definido mas é algo legal. Ta afim de ir no ensaio?
-Que dia vai ser?-perguntou Patrícia interessada.
-Hoje...-respondeu Sérgio. Patrícia torceu o bico.
-Porra hoje não... -Ah vai dizer que tu já tem compromisso?
-Sérgio deu um sorriso debochado.
-Tenho um compromisso com a minha cama...-disse Patrícia deitando no sofá.
-Bom se mudar de idéia vai ser as sete da noite no estúdio do Paulinho...-disse Sérgio pegando a guitarra no canto da sala e se dirigindo à porta.
-Gávea?-Patrícia economizava palavras pra não se cansar.
-Isso, na Gávea...-respondeu Sérgio abrindo a porta.
-Por que foi demitido?-gritou Patrícia ainda deitada olhando para a porta que se fechava.
-Faltas... muitas faltas...-respondeu Sérgio já do lado de fora.

"Eu curtia ir nos ensaios do Sérgio... na realidade eu adorava ensaios, mas minha preguiça falava mais alto..."

Naquele dia Patrícia "vegetou" mais do que o normal, ela dormiu naquela mesma posição até as 19:00. Acordou, pediu uma pizza, assistiu o filme da Juliete Binoche, colocou um CD qualquer da Patti Smith e durmiu novamente, até o outro dia. Terça-feira, manhã nublada, Patrícia com muito custo alcançou o controle remoto. Colocou no seu canal predileto: a Cartoon Network. Estava se sentindo estranha naquela manhã, fraca, tonta.

"Na realidade, vez ou outra eu sentia fraqueza. Nunca me alimentei de forma decente. Sempre que a mamãe vinha aqui em casa ela jogava todas as comidas que eu comprava fora, dizia que eu só comia lixo."

Estava difícil conseguir levantar para preparar o café. Talvez se ela esperasse mais um pouco. Dez minutos, Vinte, meia hora, uma hora. Patrícia resolveu levantar da cama, mesmo não tendo nem força para se mover. Colocou o pé direito no chão, ainda deitada na cama, depois o esquerdo, se sentando na cama logo em seguida. Aí veio um formigamento aliado a um enorme calor, pelo corpo todo, algo realmente estranho estava acontecendo.

"Eu suava muito e isso foi estranho porque eu tinha parado com as drogas a um tempinho. Talvez um ano já. Senti que eu ia desmaiar, aí eu peguei o telefone."

Patrícia estava em dúvida se ligava para os pais em São Paulo, para o McDonalds, pedindo uma daquelas saladas ou para um médico. Sua mão molhou o telefone de tal forma que ele escorregava.
-Copa Dor, emergência, bom dia!?-a voz branda e calma de uma mulher no outro lado da linha.
-Rua Bambina 332 apartamento 201... venham... vou desmaiar...-o corpo de Patrícia virou pra frente como um ventríloquo sem controle.

"A única coisa que lembro bem desse dia foi a frase de um dos paramédicos: "...deve ter sido overdose... coloquem na maca..."E assim que acordei no hospital e fui falar com o médico, eu disse:..."

-Eu não uso drogas...
-Não sei qual é a sua concepção de drogas Patrícia Mendes.-o médico era um sujeito jovem, moreno claro, cavanhaque e informal.-Talvez uma xícara de café, ou uma bala podem se transformar em drogas. Seus exames mostram que você pode não ter ingerido drogas ilícitas nos últimos dias... mas o que acontece é que você vem levando a muitos anos uma vida sedentária e sua alimentação é a pior possível.-um silencio e o olhar de Patrícia se perdeu em pensamentos.-O que aconteceu com você hoje não foi muito grave, mas poderia ter sido. Seus exames mostraram que você está com sérios problemas arteriais... Patrícia, já fez Jogging no aterro do Flamengo?

"Vida natural, que merda. Saí de lá assustada. O médico falou sobre infarte, e disse que o desmaio tinha haver com minha pressão... Eu precisava procurar um nutricionista e entrar em uma academia. Decidi que se era pra correr, eu correria como a Lola, fui até um salão cortei o cabelo até os ombros e pintei de vermelho. Mas quem me conhece sabe que em pouco tempo isso virou uma piada e eu voltei a fumar, voltei a comer junkie food e voltei a durmir e ficar deitada o dia inteiro. Mas esse acontecimento me animou a sair um pouquinho mais de casa. Numa segunda dessas eu até fui no ensaio da banda do Sérgio."

-Ih, olha quem ta aí!... pessoal essa é Paty.

"O Sérgio me irritava com seu jeito animadinho de ser."

Patrícia cumprimentou de forma tímida e econômica os caras da banda e se sentou num canto do estúdio não dizendo nenhuma palavra durante todo o ensaio.
-E aí o que achou?-perguntou Sérgio ao final ajeitando sua guitarra dentro da capa.
-Tá super legal... Vocês conseguiram juntar várias influências dentro de um mesmo som... maneiro-Patrícia se animava quando o assunto era música.
-Vamo jantar?! Tenho que levar um papo contigo...

"Provavelmente ele voltaria no mesmo papo de como era legal quando estávamos juntos. Mas eu resolvi ir só pra ver no que dava"

Depois de várias discussões sobre qual restaurante ir, eles resolveram lanchar no Bob's.
-Como foi lá no nutricionista?-perguntou Sérgio.
-O cara falou que eu tenho que beber muita água, não comer nada com açúcar, com gordura, e blá blá blá.
-Patrícia gesticulava e tentava imitar o sujeito.
-Tenho que te falar uma parada...-Sérgio reduziu o tom de voz.-Ta rolando uns estresses na banda... e tipo, eu e o baterista vamos sair fora... Quero montar algo realmente diferente e ousado, o que você acha?-Patrícia comendo suas batatas-fritas, não disse sequer uma palavra, antes de Sérgio completar...-Quero você na banda?
-Ih nem rola Sérgio... Eu sou tímida... Não sei tocar guitarra direito...
-Não vai precisar tocar muito você fica só na base, eu faço os solos. O que você sabe já dá... Pô Paty a gente já arrumou um baixista, só falta você... pelo menos pensa um pouco antes de me dar a resposta...-Sérgio ficou por mais alguns minutos falando da futura banda e das possibilidades.

"As idéias dele sempre eram geniais. Eu só entrei na banda por isso. Entrei também porque eu sabia que a última palavra sempre seria a minha. E assim foi no dia de escolher o nome da banda"

-Breda!
-Breda? Mas isso...-os quatro integrantes sentados num café em Copacabana. Patrícia, Sérgio e Júlio, o baterista e Marcos, o baixista.-... isso não rima...-comentou Júlio olhando para os outros que não prestavam muita atenção, todos tentavam ter uma idéia nova, por que todas as anteriores já tinham sido dizimadas pela língua ferina de Patrícia.
-The Cleans, pô.-disse Marcos.
-A gente não é britânico, nem Brit Pop cara, se liga...-Patrícia estava ranzinza e intolerante como nunca.-E o som da banda não é tão limpinho pra ter um nome desses.
-A gente pode fazer uma oposição a todo tipo de movimento sujo no Rock, pode se transformar até em uma concepção para a banda...-completou Marcos.
-Eu gostei...-disse Sérgio, levando Patrícia a ira.
-Se não for Breda eu saio da banda agora!-Patrícia ficou histérica e até chegou a pegar sua mochila.

"Rolou um estresse pequeno, mas depois eles concordaram. Sempre gostei mais de lidar com homens por isso, eles sempre cedem. O nome da banda ficou sendo Breda e eles nem me perguntaram o por que desse nome. Na realidade Breda é o nome de uma cidade holandesa, onde eu fumei meu primeiro cigarro de maconha com 15 anos. E até hoje muita gente pensa que eu queria copiar Breeders ou fazer uma alusão ao livro Brida, cambada de ignorante."

O Breda foi uma receita que deu certo desde o primeiro ensaio. O som era uma mistura de Punk alternativo e Pop Rock, é claro que muito depressivo e ranzinza, assim como Patrícia. A moça comandava a banda que era o casamento perfeito entre a técnica musical de Sérgio e dos outros rapazes com a técnica performática dela.

"Em muito pouco tempo nós percebemos que se alguém saísse a banda perderia muito, por que dentro do estúdio nos tínhamos uma afinidade incrível. Eu me animei como nunca e resolvi mexer na minha poupança pra investir na banda."

Os ensaios eram de segunda a sexta, sem descanso. No inicio Patrícia e Sérgio dividiam os vocais, mas até nisso a moça sobressaiu e depois de um mês de ensaios ela já cantava sozinha.

"Resolvemos gravar uma demo antes mesmo do primeiro show. Eu mandei pros meus pais e eles gostaram muito. Minha mãe só reclamou de uma música que se chamava: "Eu sou uma Puta Kakética (assim como minha mãe)". Mas depois ela entendeu que se tratava de uma resposta as meninas que em pleno ano 2000 continuavam servindo de dona-de-casa assim como suas mães."

O primeiro show do Breda foi no The Ballroom, no Humaitá. Show de abertura para Street Bulldogs e Dead Fish, duas das bandas de emocore mais conhecidas no meio underground brasileiro.

"Eu não me sentia muito bem em saber que a Zona sul estava sendo tomada por uma raça que adorava um ritmo tão fútil quanto esse. Quando me disseram que a gente ia tocar com esses caras eu fiquei revoltada, o Sérgio só me arruma essas coisas. Mas depois eu percebi que era o momento certo pra dar o primeiro passo para o ardoroso e lucrativo caminho da polêmica."

Patrícia fez tudo para chegar poucos minutos antes de entrar no palco, não queria "se misturar". Dentro da casa uma horda de amadores do emocore, aguardavam ansiosos as bandas que tocariam depois. O Breda era um estranho no ninho, uma banda desconhecida.

"Muita gente dizia que o primeiro show sempre dava muito nervosismo. O que eu senti era mais do que nervosismo... era pânico."

Calça corsário larga, tênis e jaqueta de helanca preta. Patrícia foi a última entrar no palco. A iluminação era quase nula, apenas uma luza negra, o som que a banda fazia era a introdução psicodélica de "Pagode", música que elogiava o ritmo carioca e criticava a tentativa de plagiar dos paulistas. Patrícia avistou platéia, de no mínimo 400 pessoas, ajeitou o microfone e abriu o zíper de sua jaqueta. Na camisa preta por baixo Patrícia revelou um segredo que horrorizou a todos, até mesmo os rapazes da banda. Ela jogou a jaqueta no chão e ajeitou bem a camisa para que todos pudessem ler a inscrição em letras grandes e brancas que dizia: "EU ODEIO EMOCORE"
-Emocore é Pagode Paulista transcrito em Rock and Roll!!! Vai tomar cu!!!-gritou ela antes de entrar nos primeiros e explosivos versos da música. As reações causadas por Patrícia na platéia foram as mais variadas possíveis: espanto, ódio e até mesmo ironia. Alguns até ensaiaram uma roda de pogo, mas antes mesmo de terminar a música todos caíram em si e perceberam que se tratava de um show de emocore. E no fim, as vaias foram incontroláveis. Por conta dessa atitude de Patrícia o show do Breda foi reduzido de trinta para vinte minutos e as vaias continuaram até o fim da apresentação da banda. Quando acabou Patrícia pegou sua jaqueta e, sem dizer uma palavra, entrou em seu carro e foi embora.

Modelo: Évelin Salles
Ilustrações: Joel Fernandes
Escrito por: Jorge Rocha

Hosted by www.Geocities.ws

1