por Jéssica Fulganio

O Enciende é uma badaladíssima banda carioca de hardcore. Ainda que com pouco tempo de existência, já alçaram vôos longos. Os caras estão no 2º trabalho - A Posse Não Mais Oferece Proteção, pela One Voice. Mãos Adestradas Para Guerra, o antecessor, recebeu indicação para um dos melhores trabalhos de 2005 na categoria. E não é só isso. A gringalhada percebeu o quão bom o grupo é.
O vocalista super-gente-fina, João faz um review na carreira do grupo e aponta os rumos da banda para 2007.

Quantos anos na estrada? Como a banda surgiu?

Começamos a banda há 2 anos. Todos na banda curtem bandas de hardcore e metal e queríamos fazer um som que fundisse estes elementos como pano de fundo pra letras que expressam nossa visão de mundo, juntando o útil ao agradável: compartilhando idéias e fazendo música.

De onde veio o nome “Enciende”?

Vem do espanhol e significa “Acender”. As nossas idéias e motivações são mantidas acesas como uma chama que surge do nosso não conformismo com a [ir]realidade atual.

É comum para qualquer banda iniciante ter influências de bandas gringas. Quais delas influenciam no som de vocês?

Muita coisa de metal mesmo, como Metallica, Anthrax, In Flames, Crowbar, Pantera, Helmet passando por bandas da nova escola do hardcore como Shai Hulud, Boy Sets Fire, Earth Crisis, Snapcase e mais recentemente medalhões como Bad Religion, Ignite, Sick Of It All.

O Enciende é adepto de covers? Quais dentre essas bandas citadas, vocês mandam covers nos shows? Por quê?

Levamos um cover da banda pós-punk New Model Army, 51 State. Uma música das antigas com uma das letras mais bem sacadas que eu já li sobre o espectro norte-americano.

Falando em shows, como está a agenda da banda?

Nos últimos meses tivemos o privilégio de fazer muitos shows por várias cidades e com bandas muito boas. Agora com o disco A Posse Não Mais Oferece Proteção, pretendemos voltar a algumas delas e ir onde ainda não fomos. Pra dezembro temos alguns shows em SP além de tocar com o lendário Cólera aqui no Rio.

O novo trabalho é de extrema qualidade. Como foi a gravação e como está sendo a repercussão?

Obrigado pelo elogio. Conseguimos um resultado bem legal com esse registro, mesmo com pouca grana e tempo, e devemos isso ao excelente trabalho e experiência de Fernando Perazzo [gravação/mixagem] e Gustavo Vasquez [masterização]. A repercussão tem sido muito boa e isso só nos encoraja mais nas novas composições e aumenta a expectativa de gravar de novo!

Qual é a principal diferença entre o 1º e o 2º álbum de vocês?

A maior diferença é que no nosso primeiro registro tudo ainda estava muito cru. Já em A Posse, eu já estava no vocal e contamos com a entrada de Leandro na guitarra. Outra grande diferença foi a maior liberdade e experimentação que tivemos nos sons deste segundo registro.

A divulgação por meio da internet está mudando o cenário das bandas independentes. As bandas agoras levam suma música para qualquer lugar do mundo. Qual o lugar mais distante que o Enciende recebeu contato?

Japão!

Como vocês enxergam esse crescimento da cena carioca e que bandas vocês gostam de ouvir daqui do Rio ?

Foi muito bom ver esse levante que se iniciou em 2005 aqui com uma mobilização maior das bandas pra fazer a coisa acontecer. Algumas dessas bandas que gostamos muito são o Liberpensulo, Frontal, Colegial, Nodora, SMH, Luta de Classes e Fokismo.

Qual é a maior dificuldade de uma banda independente na cena atual?

Creio que seja a falta de grana e conseqüentemente de lobby, o que hoje se tornou muito comum no meio independente.

Quais os planos da banda para 2007?

Divulgar A POSSE..., gravar um novo disco, publicar um material impresso com alguns artigos e textos e tocar em cidades que ainda não tocamos.

Recados finais:

Muito obrigado Jéssica e Consciência Alternativa e a você que está lendo. Aproveite e entre em nosso site www.enciendeonline.com

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