CLÉRIO JOSÉ BORGES DE SANT´ANNA VOLTAR |
REPENTE - IMPROVISO FUNDADA A 1º DE JULHO DE 1980, EM VILA VELHA - ES |
Acima Repentistas no Espírito Santo. Na foto ao lado, Poeta Repentista Pedro Maciel da Silva, o Ceará, se apresentando na SUAM - Sociedade Unificada Augusto Motta, importante Centro Acadêmico do Rio de Janeiro (Bonsucesso). Ao lado Clério José Borges. Assistindo vários Poetas Trovadores, Estudantes, Professores e Autoridades.
Diferentemente dos Poetas Trovadores que criam suas Trovas como
Obra de Arte, como Literatura, que são divulgadas em livros, existem o Poetas
Repentistas que fazem versos de improvisos. No Rio Grande do Sul os Repentistas
Gaúchos são chamado também de Trovadores embora façam versos diferente dos
Trovadores Literários, ou seja, em sextilhas (6 versos, ou seja, 6 linhas) ou
septilhas (7 linhas), tocando sanfonas ou concertinas. Representando os
Repentistas Gaúchos, reside na Serra, o
Poeta “Xiru do Sul.” Na foto, o Poeta Trovador Repentista, Pedro Maciel da Silva, o Ceará, tendo ao seu lado Clério José Borges, durante a apresentação na SUAM, Sociedade Unificada Augusto Motta, de Bonsucesso, Rio
de Janeiro durante a realização do Congresso Brasileiro de Trovadores no Rio de Janeiro. Já no Nordeste do Brasil vivem os Repentistas, Cantadores de
Viola, poetas que improvisam os versos com suas violas. No Sudeste, os Repentistas são destaques na Feira de São
Cristóvão, no Rio de Janeiro e, às vezes, na Praça da Sé, em São Paulo. O Escritor e pesquisador, Guilherme Neto conceitua os
cantadores, ou violeiros Repentistas, como cantores populares, poetas e
versejadores do sertão, “que andam sempre em duplas, com a viola dentro de um
saco, muitas vezes a pé, ruminando o debate, preparando perguntas, arrumando as
idéias, dando asas a imaginação.” O que são os "Repentistas"? Enquanto um toca o vilão, o outro improvisa. Ao final de um verso de geralmente seis a dez linhas, o outro começa a improvisar e quem estava cantando passa a tocar. Os turistas viram "doutor" e "doutora", e são objeto de comentários produzidos pela prodigiosa imaginação dos repentistas; os melhores garantem uns dez minutos de gargalhadas, tanta sua criatividade.
O repentista em geral fixa seu preço -dependendo do número de pessoas na barraca- cantando, ao fim do seu show. Um casal pode dar, por uns minutos de show, algo entre R$ 5,00 e R$ 10.00 para a dupla. Grupos maiores chegam a dar R$ 10,00 para cada repentista. Depende de quanto você desfrutou o show.
Abordagem
O repentista não pede autorização para começar seu show; aproxima-se da barraca e começa cantar. Ao fazé-lo apontará ao integrante da platéia ao qual se referem seus comentários e dirá algo elogiando alguma qualidade, real ou suposta, do turista.
Se você não quiser o "serviço" simplesmente faça um gesto indicando que não deseja ouvi-los e se retirarão sem qualquer problema. Mas pelo menos uma vez faça a experiência (geralmente são todos muito boms, mas para não arriscar ouça-os primeiros numa barraca vizinha e depois chame-os).
Se tiver câmera de video, filme-os. Vai adorar mostrar aos seus amigos os comentários que a dupla fez sobre você e seus acompanhantes.
O poeta Repentista, Pedro Maciel da Silva, o Ceará, nasceu na
cidade de Caucaia, localizada a cerca de 40 quilômetros de Fortaleza no Ceará,
no dia 20 de março de 1946. Trabalhava na firma Procalco, de Fortaleza, que venceu
concorrência para a construção de Casas Populares no Estado do Espírito Santo.
Veio para o Espírito Santo em 1971 ajudando a pintar as casas do bairro Eurico
Salles e depois André Carloni. Gosta da Serra e em 1980 muda-se com a família,
morando inicialmente em Carapina e depois Chácara Parreiral e atualmente no
bairro São Diogo. Pedro Maciel da Silva, o Ceará, nos anos de 1999, 2000 e 2001
era o único Poeta Repentista Cantador de Viola da Grande Vitória, no Espírito
Santo. Sócio do Clube dos Trovadores Capixabas já se apresentou na Assembléia
Legislativa Estadual e em várias solenidades, bem como para Políticos em época
de eleições, destacando-se pela sua excelente
capacidade de improvisar os versos. Em 6 de fevereiro de 2001, o Repentista
“Ceará” inaugura a sua página na Internet, a Rede Mundial de Computadores
Além dos Repentistas que cantam seus versos com um tipo de
violão especial, a Viola, existem os Poetas Cordelistas que fazem versos da
chamada Literatura de Cordel, em livros pequenos, sem tocar nenhum instrumento
e sem cantar, como Kátia Maria Bóbbio Lima, da Cidade de Conceição da Barra,
Norte do Estado e Moacir Malacarne, de Cariacica. Na Serra o destaque é o poeta
Juacy Lino Feu, residente na avenida Alfeu Ribeiro, ao lado da Igreja Batista,
em Carapina. Os versos de Cordel são de sete sílabas poética com rima e em
várias estrofes, ou seja, conjunto de versos (linhas), relatam um fato, uma
história, uma lenda. Clério José Borges escreveu, em 1983, em livro de Cordel,
“O Vampiro Lobisomem de Jacaraípe”. O Poeta Teodorico Boa Morte, Acadêmico da ALEAS, lançou um livro
de Literatura de Cordel sobre a Insurreição do Queimado. O nome Cordel vem de
barbante. É que no Nordeste, os autores para venderem seus livrinhos os penduravam
em barbantes nas praças.
Uma dupla que improvisa, sobre os mais variados temas, ao som de uma música extremamente simples -quase monótona- tocada em violões velhos, com cordas de metal, que invariavelmente denotam um uso excessivo.
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