CLÉRIO JOSÉ BORGES DE SANT´ANNA VOLTAR |
CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA PENHA
Vila Velha, Espírito Santo, Brasil
Quadros
do artista Benedito Calixto expostos no Convento da Penha |
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Milagre da Seca |
Invasão dos Holandeses |
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Chegada de Frei Pedro Palácios |
A Gruta de Frei Pedro Palácios |
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INÍCIO DA DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DA PENHA, EM 1434
Existia no norte da Espanha, uma serra muito alta e íngreme chamada Penha de França,
na qual o rei Carlos Magno teria lutado contra os mouros desbaratando-os.
Simão Vela, assim se chamava o monge, durante cinco anos andou procurando a mencionada
serra, até que um dia teve indicação de sua localização e para lá se dirigiu. Após
três dias de intensa caminhada e escalando penhas íngremes, o monge parou para
descansar, quando viu sentada perto dele uma formosa senhora com o filho ao colo que lhe
indicou o lugar onde encontraria o que procurava. Auxiliado por alguns pastores da
região, conseguiu achar a imagem que avistaram em sonho.
Construiu Simão Vela uma tosca ermida nesse local, que logo se tornou célebre pelo
grande número de milagres alcançados por intermédio da Senhora da Penha, e mais tarde
ali foi construído um dos mais ricos e grandiosos santuários da cristandade.
Em Portugal, o culto de Nossa Senhora da Penha iniciou-se após a batalha de
Alcácer-Quibir, de tão triste memória, na qual perdeu a vida o rei D. Sebastião. Entre
os portugueses que conseguiram escapar da escravidão muçulmana encontrava-se um escultor
chamado Antônio Simões, o qual, no mais aceso da peleja, prometeu à Virgem Santíssima
fazer-lhe sete imagens se Ela o conduzisse novamente à sua Pátria. Fiel ao seu voto,
iniciou logo o trabalho, esculpindo seis figuras com os respectivos títulos. Ao chegar à
sétima e não sabendo que invocação dar-lhe, foi aconselhado por um padre jesuíta a
fazer a imagem de Nossa Senhora da Penha, cujos milagres eram muito comentados em Castela.
Aceitando a sugestão, o escultor luso executou a obra e colocou-a na ermida da
vitória, mas algum tempo depois resolveu edificar-lhe uma igreja em local próximo a
Lisboa e que mais tarde se tornou conhecido como Penha de França.
Naquela época, uma peste assolou o país e como a Espanha se livraria do flagelo
graças à intervenção de Nossa Senhora da Penha, o Senado da Câmara de Lisboa prometeu
à Mãe de Deus construir-lhe um grandioso templo, se Ela livrasse a cidade da moléstia.
Extinguiu-se a epidemia quase subitamente, a Câmara mandou edificar magnífico santuário
naquele local.
Este tempo passou a atrair milhares de peregrinos e em certa ocasião um devoto, tendo
subido ao alto da penedia, vencido pelo cansaço adormeceu. Uma grande cobra aproximou-se
para picá-lo quando um enorme lagarto saltou sobre ele despertando-o a tempo de matar a
serpente com seu bastão. Essa é a razão pela qual a imagem de Nossa Senhora da Penha
tem aos pés um peregrino, a cobra e o lagarto.
Como quase todos os títulos da Virgem Maria registrados no Brasil no período
colonial, o culto de Nossa Senhora da Penha foi trazido por marujos portugueses e aqui
tomou grande impulso, devido à devoção dos lusitanos emigrados que transpuseram para
nossa pátria os seus costumes e devoções.
Um dos mais famosos templos brasileiros dedicados a esta invocação é o de São
Paulo. Segundo os antigos cronistas, um viajante francês seguia de Piratininga para o
Norte, levando em sua bagagem uma imagem de Nossa Senhora da Penha de França. Ao passar
pelo morro chamado então Aricanduva, parou para descansar. Ao continuar o trajeto no dia
seguinte, notou a falta da santa. Voltou para procurá-la e foi encontrá-la no lado do
morro de Aricanduva. Guardou a imagem no baú e prosseguiu viagem, mas, ao chegar no pouso
seguinte, notou a falta da efígie, que foi encontrada novamente no local onde pousara.
Este fato repetiu-se várias vezes e ele, vendo nisso a vontade do céu, ali plantou uma
pequena ermida.
O padre Jacinto Nunes, filho de um dos primeiros habitantes de São Paulo de
Piratininga, transferiu a imagem e a capela para o alto do morro onde se encontra a
secular matriz da Penha. Não sabemos exatamente a data da fundação deste templo, mas é
certo que em 1667 ela já existia e era cercado de alpendres como as mais antigas igrejas
do Brasil. Em 1687 o bispo D. José de Barros alarcão quis transferir a imagem de Nossa
Senhora da Penha para um recolhimento, mas as mulheres do bairro se revoltaram e a
Padroeira ali permaneceu.
Ela é atualmente a Protetora da cidade de São Paulo e sua igreja está coberta de
promessas e ex-votos.
A ermida da Penha, no Rio de Janeiro, foi fundada no início do século XVII pelo
capitão-mor Baltasar Cardoso, senhor de um engenho de açúcar naquela localidade, tendo
sido substituída pelo atual templo construído no século XIX, que se avista de todo o
litoral da Guanabara.
A festa de Nossa Senhora da Penha realiza-se no Rio de Janeiro em outubro e é a
solenidade religiosa mais popular da bela metrópole guanabarina. Centenas de peregrinos
vindos de várias partes da Cidade Maravilhosa e de outros Estados sobem devotamente os
365 degraus cavados na rocha, a fim de agradecerem à Virgem Maria alguma graça
alcançada, ou para rogarem pela saúde de seus entes queridos. Esta festividade, que se
celebra desde 1713, é sempre acompanhada de folguedos populares e animada pelas músicas
e danças em homenagem à Santa Padroeira. Atualmente, entretanto, ela tomou nova feição
e ganhou maior colorido e afluência, devido às obras de reforma e melhoramento do parque
da Penha, empreendidas pelo governo do antigo Estado da Guanabara.
A história e a lenda de Nossa Senhora da Penha de Vitória, no Espírito Santo são
ainda mais antigas que as da ermida paulista.
Num belo dia de maio do ano de 1535, em terras goitacás no meio da mata, onde se podia
ouvir o grito dos papagaios, e o farfalhar das folhas das árvores gigantescas, um ruído
estranho ecoou pelos ares. Era um tiro de canhão, talvez o primeiro a ser ouvido em
plagas capixabas. A caravela "Glória" acabava de fundear na enseada da futura
Vila Velha, trazendo o donatário Vasco Fernandes Coutinho, fidalgo português que havia
deixado sua abastada Quinta no Alenquer para tomar posse da capitania, à qual deu o nome
de Espírito Santo.
A esperança que o dominava ao desembarcar nas praias do Novo Mundo foi aos poucos se
apagando devido às lutas entre colonos e naturais da terra e Vasco Coutinho mandou vir do
Reino alguns padres a fim de pacificá-los. Entre os missionários que ali chegaram
durante o governo do inditoso donatário, estava o Frei Pedro Palácios, franciscano
espanhol, que trazia em sua bagagem um belíssimo painel de Nossa Senhora, o mesmo que
ainda existe no convento da Penha de Vitória. Na azáfama do desembarque, não notaram os
companheiros o desaparecimento do santo frade e somente após dois dias acharam-no numa
gruta ao pé da montanha, onde havia exposto o painel da Virgem, convidando os fiéis à
prece e à meditação.
Certo dia os devotos não encontraram Frei Pedro e nem o painel. Pelo latido do
cãozinho que sempre o acompanhava, descobriram-no na escarpa do morro que domina a bela
baía de Vitória. Contou então que o painel havia desaparecido e ele estava a
procurá-lo. Após ingentes esforços, um grupo de pessoas conseguiu atingir o cume do
monte e ali, entre duas palmeiras, encontraram a pintura. Religiosamente foi a tela
reconduzida à gruta, mas diante do ocorrido, Frei Pedro iniciou a construção da Igreja
dedicada a São Francisco, na chapada, junto ao cume da montanha e para lá levou o painel
de Maria.
A imagem de São Francisco lá ficou, mas o quadro da Virgem novamente desapareceu
sendo encontrado ainda uma vez no píncaro, entre as duas palmeiras. Resolveu então o
frade construir uma ermida no cume de penhasco, e ele mesmo, velho e alquebrado, carregou
os primeiros materiais até o lugar da capela. Realizado o seu grande sonho, a igreja foi
solenemente inaugurada a 1º de maio de 1570, e, enquanto se elevavam os
foguetes e as manifestações de alegria dos que ali se encontravam, subiu ao céu a alma
de Frei Pedro Palácios ao som dos sinos da ermida da Penha.
Após a morte de Frei Palácios, a ermida ficou a cargo de alguns devotos e amigos, que
a conservaram. Esta situação perdurou até 1591, quando as autoridades de Vila Velha e
de Vitória decidiram entregar a Capela da Penha aos Frades Franciscanos. Desde então, os
filhos de São Francisco aumentaram a capela, e a transformaram no célebre Santuário. Em
fins de 1651 teria sido lançada a pedra fundamental do Convento de Nossa Senhora da
Penha. O Conventinho teve sua construção rematada em 1660 necessitando, a partir de
então, de constantes melhorias e reparos.
A Festa da Penha, com romarias e afluência de devotos de todo o Brasil, acontece na
primeira segunda-feira após a Páscoa. Um grande incentivador da festa foi Frei João
Nepomuceno Valadares, natural de Vitória, que destacou-se como restaurador do Santuário
do Convento, realizando obras de grande vulto nos anos de 1853 a 1862. Faleceu em 1865 e
foi enterrado numa parede interna do Convento de São Francisco de Vitória, bem em frente
à porta da sacristia.
Fontes:
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HISTÓRICO DO CONVENTO DA PENHA Patrimônio
histórico e religioso, o Convento da Penha foi fundado
em 1558 pelo Frei Pedro Palácios. O
Convento fica a 154m de altitude e está cercado pela
Mata Atlântica. Seu interior preserva séculos
de história. Quadros do pintor paulista Benedito Calixto
retratam as diversas fases e as agressões estrangeiras
sofridas pelo Convento. Do alto do morro, tem-se uma bela
vista de Vitória e Vila Velha.
O
Santuário da Penha abrange uma área de 632.226 m²
que abriga também um fragmento de Mata Atlântica que é
cuidadosamente preservada por meio de parceria com a iniciativa privada.
A faixa da Mata Atlântica existente no Santuário da Penha
é o mais importante pulmão verde da Cidade de Vila Velha
que abriga uma variada flora e fauna. As principais plantas nativas existentes
na Mata do Convento são: cajasão, pau d'alho, pau sangue,
guapuruvú, ipesão, louro, manjolo, angico branco, quina
preta, dentre outros.
A fauna também é variada, existindo várias espécies
de animais e aves, como, por exemplo: gambá, preguiça, faisão,
dentre outras No
mês de abril comemora-se a Festa de Nossa Senhora da
Penha, padroeira do Espírito Santo. A Festa é
marcada pela Procissão dos Homens, que sai da Catedral
Metropolitana de Vitória e vai até o Convento
da Penha, com chegada prevista à meia-noite, e por
shows com grandes artistas como Roberto Carlos, Elba Ramalho,
dentre outros.
Fonte: Internet Web Site: Convento da Penha
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Quadros do Pintor Benedito Calixto expostos no Convento da Penha 1.558
-
Fonte: Internet Web Site: Convento da Penha
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A FESTA DA PENHA
A Festa da padroeira dos capixabas, desde os mais remotos
tempos, sempre foi o principal acontecimento religioso de
Vila Velha. Tanto que, a partir de 1844, segundo a Lei nº
7, de 12 de novembro do mesmo ano, o dia da Festa da Penha
passou a ser considerada feriado em toda a Província
do Espírito Santo.
Até julho de 1910, por não existir luz elétrica
na cidade, os moradores colaboravam colocando lampiões,
à noite, nos peitoris das janelas ou pendurados nas
fachadas das casas. O objetivo era orientar os romeiros retardatários
para que não perdessem a direção da Prainha,
onde eram aguardados pelas embarcações que os
levariam de volta à Capital.
Durante o dia o movimento era intenso, com os devotos subindo
e descendo a “ladeira da penitência”, com
setecentos e oitenta e cinco metros de extensão, até
então a única via de acesso ao Santuário
da Penha.
Algumas pessoas traziam alimentos de casa e faziam o seu repasto
no Campinho do Convento, na parte sombreada pelas árvores.
Outros se alimentavam nas pensões improvisadas pelos
moradores da cidade.
Já nas primeiras horas da manhã, a enseada da
Prainha ficava coalhada de embarcações fundeadas:
canoas, lanchas, escunas e pequenos barcos de uma só
vela ou a remos.
No largo da matriz, centenas de animais de montaria ficavam
à sombra de castanheiras. Vinham do interior mais distante
da cidade. O certo é que os devotos de Nossa Senhora
nesse dia não podiam deixar de escalar o outeiro para
visitá-la, formular milagres ou pagar promessas.
A partir de 1774, quando se fez a reforma da ladeira de pedras
toscas, com a construção dos muros laterais,
e se ergueu o portão ornamental, passaram os romeiros
a ter acesso mais fácil ao topo da colina.
Nas duas semanas anteriores ao dia da padroeira, membros da
sociedade local reunia-se com a presença e a orientação
do capelão do Convento. Quase sempre as mesmas senhoras
dos anos anteriores formavam a comissão organizadora
dos festejos. O importante era demonstrar a hospitalidade
dos vila-velhenses, possibilitando aos visitantes, de acordo
com os recursos disponíveis da época, uma estada
confortável. E não podia ser diferente visto
que os romeiros, às vezes com grande sacrifício,
mas radiantes de alegria, vinham de grandes distâncias
para homenagear a padroeira dos capixabas. Portanto, mereciam
ser bem recebidos.
A comissão mantinha contatos com famílias dispostas
a fornecer refeições aos visitantes que não
haviam trazido de casa o seu farnel e em algumas situações
poderiam até oferecer abrigo aos que fossem forçados
a pernoitar na cidade.
Competia também à comissão: limpeza da
imagem de Nossa Senhora e de suas vestes, troca ou lavagem
das toalhas do altar, substituição dos círios
usados por novos, enfim, todo o trabalho necessário
ao embelezamento do Santuário.
Na antevéspera da festa, voluntários se apresentavam
para a limpeza da “ladeira da penitência”,
varrendo as folhas secas que caíam da mata.
O coro do Convento ensaiava exaustivamente para se apresentar
bem afinado na hora das missas e durante as novenas que antecediam
o dia da padroeira.
Para não fugir à regra, as donas de casa procuravam
ornamentar a cidade e para isso colocavam bonitas toalhas
bordadas ou de rendas nos peitorais das janelas para provocar
a admiração dos visitantes.
Durante meses moças e rapazes faziam economia para
vestir uma roupa nova na comemoração da padroeira.
Era uma antiga tradição da qual os moradores
da cidade não abriam mão.
Assim era a festa da Penha nos últimos anos do século
XIX e na primeira década do século XX. Um acontecimento
singelo e bonito, impulsionado exclusivamente pela fé
dos devotos na senhora do alvo mosteiro.
Mas nem sempre foi assim, com a simplicidade e a pureza que
devem marcar os eventos cristãos.
Em meados do século XIX, sob o teto da casa dos romeiros,
a pretexto de se comemorar o dia da padroeira, pessoas endinheiradas,
mas inescrupulosas, transformavam o local em casa de banquetes
e de tavolagem. Empanturravam-se de comidas e bebidas e em
seguida varavam a noite em torno da roleta ou debruçados
sobre as mesas de carteado.
Sem respeitar o terreno santo em que pisavam – sim,
porque não eram devotos, eram festeiros profanos –
nenhuma importância davam aos homens simples do povo
que, na sua maioria, sem dinheiro para se alimentar, escalavam
o morro com fome, mas com fé, cantando hinos de louvor
a Deus e a Nossa Senhora da Penha.
Reformada no período de 1774 a 1777, a casa dos romeiros,
como vimos, durante algum tempo teve sua finalidade deturpada.
Foi parcialmente destruída por um vendaval em outubro
de 1864. Assim terminaram as festas profanas e a jogatina.
Tal acontecimento deu origem à lenda segundo a qual
aquele que reconstruísse a casa dos romeiros, estigmatizada
por servir durante tantos anos a atividades profanas, logo
morreria. Também os operários que trabalhassem
nas obras de reconstrução seriam vítimas
de acidentes. Padre José Ludwin, que a partir de 1916
foi o capelão do Convento, resolveu desafiar a lenda
e em 1920 autorizou a reconstrução da casa dos
romeiros, cuja ruína parcial prejudicava no todo a
aparência do Convento. Desfez-se a lenda sem nenhuma
conseqüência danosa.
Fonte: Internet Web Site: Morro do Moreno
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PORTÃO ANTIGO - Portão construído em 1.774, com detalhes em relevo. Por
ele se entra pela histórica e fascinante "Ladeira das Sete
Voltas", primitivo caminho para o alto da montanha. Está localizado
próximo à entrada do 38º BI.
PORTÃO DE ACESSO PELA
ESTRADA DE RODAGEM - Portal
construído em 1.952, é a principal entrada de acesso ao Convento.
Sua estrutura arquitetônica retrata o estilo de construção
dos anos 50, porém imitando o portal antigo que foi construído
em 1.777.
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LADEIRA DAS SETE VOLTAS
O nome de "Ladeira das Sete voltas" é devido as curvas
graciosas; e toda ela como que serpenteia pela mata, com seus recantos
maravilhosos e convidativos à meditação e à
oração a cada volta. As Sete Voltas também insinuam
as "Sete Alegrias de Nossa Senhora" , devoção
instituída e propagada pela Ordem Franciscana a quem o fundador
do Convento, Frei Pedro Palácios, dedicava especial
predileção.
Sua existência data da fundação do Convento, tendo
já passado por ela personalidades importantes de cenário
religioso e político do País, a exemplo do Imperador Dom
Pedro II e sua comitiva em 1.860. O seu calçamento de pedras é
produto do trabalho dos escravos, que ocorreu pelo ano de 1.643, iniciativa
do Frei Paulo de Santo Antônio, tendo sido entre 1.774 e 1.777 renovado
e que perdura até os nossos dias.
A subida pela Ladeira da Penitência resulta numa caminhada de 457
m cheia de encantos pelas pedras seculares do calçamento, pelo
verde da árvores seculares, pelas sete voltas com suas cruzes e
mini-nichos com imagens para meditações e orações.
Fonte: Internet Web Site: Convento da Penha
Voltar: Retornar SALA DOS MILAGRES
A Sala
dos Milagres constitui o espaço para exposição de
ex-votos ofertados à Virgem da Penha. Está organizada no
pavimento térreo da ex-casa dos romeiros ao lado do Museu. Foi
inaugurada em 1.998 e expõe acervo tradicional reunido por mais
de dois séculos pelos frades franciscanos e pelos fiéis
devotos o Santuário.
Voltar: Retornar FOTOS QUE SÃO CARTÕES POSTAIS TIRADAS DO CONVENTO DA PENHA
Fonte: Fotos Clério José Borges
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ORAÇÃO DE NOSSA SENHORA DA PENHA
(Aprovada pelo 1º. bispo do Espírito Santo, Dom João Nery, em 23 de abril
de 1901).
Ó Maria Santíssima, Senhora da Penha, em cujas mãos depositou Deus todos os tesouros
das sua graças, constituindo-vos amorosa e larguíssima dispensadora, a todos os que a
vós recorrem com viva fé.
Eis-me cheio de esperança no vosso eficacíssimo patrocínio, solicitando,
humildemente, vossa proteção e amparo.
Não negueis o vosso favor, ó cara Mãe, a este amoroso, embora indigno filho.
Recordai-vos, ó Senhora da Penha, que nunca se ouviu dizer que algum dos que em vós tem
depositado toda a sua esperança tenha ficado iludido.
Consolai-me pois, ó amorosíssima Senhora, com vossas graças que tão instantemente
peço, a fim de continuar a honrar-vos na terra, com meu cordial reconhecimento até que
possa, um dia, no céu, mais dignamente agradecer-vos todos os benefícios recebidos, nos
séculos dos séculos. Assim seja.
Rezam-se três Ave-Marias.
Fonte: Internet -
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Por volta de
1434, certo monge francês sonhou com uma imagem de Nossa Senhora que lhe apareceu no topo
de uma escarpada montanha, cercada de luz e acenando para que ele fosse procurá-la.
Foto: Vista aérea do convento da Penha,
em Vila Velha, na Grande Vitória,
Espírito Santo, Brasil.
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Reza a lenda que Frei Pedro Palácios morava numa Gruta no pé do Morro (Foto). Lá rezava Missa, contudo
por três vezes, o painel de Nossa Senhora apareceu no
alto do Morro, sinalizando ao Frei onde deveria ser construída
a sua Capela.
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1.568 - Chegada da Imagem de Nossa Senhora, de Portugal
1.570 - Primeira Festa da Penha, celebrada por Frei Pedro Palácios,
com a
entronização da imagem de Nossa Senhora, que fora encomendada
de
Portugal
1.570 - Morte de Frei Pedro Palácios, na Capela de São
Francisco
1.591 - Doação do Morro da Penha aos Franciscanos
pela donatária Dona Luiza
Grinaldi
1.609 - Os despojos de Frei Pedro Palácios são exumados
e transladados em
triunfo para a Igreja do Convento de São Francisco de Vitória
1.643 - Exércitos misteriosos aparecidos nos céus
frustram a investida dos
holandeses contra o Convento da Penha
1.650 - O Capítulo Custodial da Bahia resolve a fundação
do Convento da Penha
1.651 - Lançamento da pedra fundamental do Convento da Penha
pelo Frei
Sebastião do Espírito Santo
1.660 - Término da 1ª fase da Obra do Convento
1.750 - Ampliação do prédio do Convento, por
determinação do Provincial Frei
Agostinho de São Jorge.
1.765 - Aumento da comunidade: residiam no Convento 12 sacerdotes;
06 seis
coristas e 5 leigos;
1.769 - Milagre da chuva
1.774 - Construção do Portão da Ladeira da
Penitência
1.777 - Calçamento da Ladeira da Penitência
1.860 - Visita de Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina e comitiva
1.879 - Colocação do assoalho em estilo mosaico
1.898 - Nassa Senhora da Penha é Declarada Oficialmente
Padroeira do
Espírito Santo pelo Bispo Dom João Neri
1.901 - Criação da Oração a Nossa Senhora
da Penha
1.951 - Saída da imagem de Nossa Senhora para as festividades
do IV
centenário de fundação de Vitória, transportado
no navio-escola
"Guanabara"
1.952 - Instalação do Museu Nossa Senhora da Penha
e da Sala dos Milagres
1.958 - Reconstrução da Capela de São Francisco
por Frei Alfredo Setaro
1.980 - Substituição do assoalho, mantendo o estilo
mosaico
1.994 - Construção do Palanque para celebração
da Festa da Penha e da
lanchonete do Convento.
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A
Ladeira da Penitência" que é uma via de acesso ao Convento
exclusiva de pedestre, é também conhecida como a "Ladeira
das Sete voltas" ou ainda das "Sete Alegrias de Nossa Senhora"
. O nome de Ladeira da Penitência é devido à sua declividade
acentuada e disformidade de calçamento feito de pé-de-moleque,
o que exige esforço para subi-la.
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Na Sala dos Milagres encontra-se uma réplica da Imagem de Nossa
Senhora da Penha que é peregrina e visita as comunidades. A imagem
da Santa está em destaque, tendo como fundo painel evocativo da
"Festa da Penha", pintado pelo artista plástico Atílio
Colnago, para abençoar seus devotos.
Nas paredes laterais estão expostos inúmeras placas de agradecimento
e de quadros com fotografia de fiéis e devotos de Nossa Senhora.
Assim também estão expostos outros objetos como cabeça
de cera, pernas, muletas e vários outros ex-votos deixados pelos
devotos de Nossa Senhora em agradecimento pelas Graças alcançadas.
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Clério; Moacyr Malacarne e Antônio Alves com o Violão
~~~~ IVETE SANGALO ~~~~
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