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CLÉRIO JOSÉ BORGES DE SANT´ANNA                                             VOLTAR

ESPÍRITO SANTO, BRASIL!!!
História do Espírito Santo

   Só 30 anos após o descobrimento, Portugal começou a se preocupar com a colonização do Brasil, pressionado pelos ataque piratas que vinham em busca do pau-brasil. Em 1531, Martim Afonso de Sousa, comandando uma poderosa esquadra, chegou a Pernambuco, com a missão de combater os piratas e estabelecer núcleos de povoamento. Não tendo recursos suficientes para bancar a colonização, o então rei de Portugal D. João III aceitou a sugestão de dividir o Brasil em capitanias que seriam distribuídas a quem tivesse interesse e condições para colonizá-las.

   Apresentaram-se os 12 primeiros voluntários, oriundos de famílias de guerreiros, navegantes, gente da corte, dispostos à arrojada empreitada, entre eles Vasco Fernandes Coutinho, que recebeu de presente a Capitania do Espírito Santo.

   Com a carta de doação, recebida em 1º de junho de 1534, Vasco Coutinho desembarcou na capitania no dia 23 de maio de 1535, desembarcando na atual Prainha de Vila Velha, onde fundou o primeiro povoamento. Como era oitava de Pentecostes, o donatário batizou a terra de Espírito Santo, em homenagem à terceira pessoa da Santíssima Trindade. Para colonizar a terra, Vasco Coutinho distribuiu sesmarias entre os 60 colonizadores que com ele vieram.

   Como vila velha não oferecia muita segurança contra os ataques dos índios que habitavam a região, Vasco Coutinho procurou em 1549 um lugar mais seguro e encontrou numa ilha montanhosa onde fundou um novo núcleo com o nome de Vila Nova do Espírito Santo, em oposição ao primeiro, que passou a ser chamado de Vila Velha. As lutas contra os índios continuaram até que no dia 8 de setembro de 1551, os portuguesas obtiveram uma grande vitória e, para marcar o fato, a localidade passou a se chamar Vila da Vitória e a data como a de fundação da cidade.

  Administração de Vasco Coutinho

   Vasco Coutinho era um militar e não administrador, mas deixou várias obras durante seus 25 anos de donatário. Além das duas vilas (Vila Velha e Vitória), foram construídas as duas primeiras igrejas, a do Rosário, em Vila Velha, fundada em 1551 e ainda existente. A outra, anterior à do Rosário, chamava-se Igreja de São João, e também ficava em Vila Velha.

   Foram também construídos os primeiros engenhos de açúcar, principal produto da economia por três séculos, até 1850, quando foi substituído pelo café. Em 1551, foi fundado, pelo padre Afonso Brás, o Colégio e Igreja de São Tiago, que, após sucessivas reformas, transformou-se no atual Palácio Anchieta, sede do Governo do Estado.

   Com a chegada de missionários, foram fundadas as localidades de Serra, Nova Almeida e Santa Cruz, em 1556. Dois anos depois chegou frei Pedro Palácios, que foi o fundador do principal monumento religioso do Estado, o Convento da Penha, padroeira do Espírito Santo.

   Vasco Coutinho, que deixou parentes e amigos em Portugal, venceu bens e contraiu dívidas para receber a Capitania do Espírito Santo, morreu em 1561, em Vila Velha, onde vivia, velho, cansado e pobre, um ano depois de renunciar ao governo da capitania, Povoamento

   Depois de Vasco Fernandes Coutinho, o povoamento do Espírito Santo foi sendo feito aos poucos e pelo litoral, durante aproximadamente 300 anos, restringindo-se à região ao sul do Rio Doce. Nesse período, o principal produto da economia era a cana-de-açúcar. A ocupação do interior aconteceu do Sul para o Norte, com mineiros e fluminenses que vinham atraídos pelo café, que começou a ser cultivado depois de 1840. No interior norte, o povoamento começou por Colatina e daí para os outros municípios, com a construção da Ponte Florentino Avidos, em 1928.

   Em 1860, o então Imperador Dom Pedro II visitou o Espírito Santo, acompanhado da esposa, Dona Teresa Cristina, permanecendo durante duas semanas, quando desenvolveu intenso programa de Visitas, percorrendo estabelecimentos públicos, colégios, cadeias e deixando de seu próprio bolso uma contribuição para a Santa Casa de Misericórdia.

  República

   Com a proclamação da independência do Brasil, os dirigentes passaram a se chamar presidentes da província, que eram eleitos pelo Congresso. A partir da proclamação da República, a província passou a se chamar Estado, e o Afonso Cláudio de Freitas Rosa foi eleito pelo Congresso o primeiro governador.

   Daí até o golpe de estado de Getúlio Vargas, em 1930, os governadores eram eleitos pelo Congresso, seguindo-se um período de interventores, até a eleição de Carlos Monteiro Lindenberg, por sufrágio popular. Com o golpe militar de 1964, novamente os governadores eram eleitos pela Assembléia após indicação dos presidentes-generais - Cristiano Dias Lopes, Arthur Carlos Gerhard Santos, Elcio Álvares e Eurico Rezende -, sendo novamente eleitos de Gerson Camata até José Inácio Ferreira, que toma posse em janeiro de 99.

  Por que capixaba?

   Segundo os estudiosos da língua tupi, capixaba significa, roça, roçado, terra limpa para plantação. Os índios que aqui viviam chamavam de capixaba sua plantação de milho e mandioca. Com isso, a população de Vitória passou a chamar de capixabas os índios que habitavam na região e depois o nome passou a denominar todos os moradores do Espírito Santo.

  Personagens

   Todos os países, estados ou municípios têm pessoas que passaram para a história pelos atos que praticaram. Também o Espírito Santo tem seus personagens que são lembrados até agora. Entre eles podemos citar:

  • Vasco Coutinho - O primeiro donatário e iniciador do povoamento do território, ao fundar a cidade de Vila Velha, em 1535.

  • Frei Pedro Palácios - Irmão leigo franciscano, fundador do Convento da Penha, em Vila Velha. Nasceu na Espanha, na cidade de Medina do Rio Seco e chegou ao Espírito Santo em 1558, morrendo em 1570.

  • Araribóia - Cacique da tribo temiminó, que partiu de Vitória com 200, índios para ajudar a expulsar os franceses do Rio de Janeiro.

  • Padre José de Anchieta - Missionário jesuíta, catequizador de índios, poetas e escritor de pesas teatrais que mais se destacou em sua época. Nasceu nas Ilhas Canárias e morreu na cidade de Anchieta no dia 9 de junho de 15976. Existe um processo de canonização de Anchieta.

  • Maria Ortiz - Foi uma jovem capixaba que, aos 22 anos, ajudou a expulsar os holandeses que atacaram Vitória em 1625. Sua ajuda, jogando água fervendo sobre os invasores foi numa escadaria no centro da cidade que em 1924 foi transformada em Escadaria Maria Ortiz.

  • Domingos José Martins - Personagem capixaba que se destacou pela participação como líder na Revolução Pernambucana, em 1817, que já pretendia a independência do Brasil. Foi fuzilado em Salvador no dia 12 de junho de 1817.

  • Elisário - Escravo que ficou famoso por chefiar a principal revolta de escravos do Espírito Santo, a Insurreição de Queimados, em 1849. Preso, fugiu e se refugiou nas matas não se tendo mais notícias dele.

  • Caboclo Bernardo - Pescador que ajudou a salvar a tripulação do navio da Marinha de Guerra do Brasil, Imperial Marinheiro, que naufragou perto da foz do Rio doce, na madrugada de 7 de setembro de 1887.

  • Augusto Ruschi - O maior naturalista do Brasil e maior estudioso dos beija-flores do mundo. Fundou o famoso Museu de Biologia Mello Leitão, em Santa Teresa, a Terra dos colibris, onde nasceu em 1915 e morreu em 1986. Pelos seus conhecimentos científicos e pela luta pela preservação na natureza, em 1994, o Congresso Nacional aprovou o decreto do presidente da República, tornando-o o Patrono da Ecologia do Brasil.

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MAIS DETALHES SOBRE A
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HISTÓRIA DAS CIDADES DO ESTADO
HISTÓRICO DAS PRINCIPAIS FESTAS
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