D. AIDA MUÑOZ (1927-2004)

Nasceu em Peniche a 27 de Outubro de 1927. Ajudando a família, desde cedo trabalhou como ginasta em escada, cama elástica, equilibrista em bicicleta, bailarina em pontas e mais tarde, já depois de casada (com Filipe Cardinali) como palhaço Chicha. A sua estreia ocorreu no Teatro Monumental no Carnaval de 1971, tendo-se notabilizado pela sua enorme expressividade e variedade de instrumentos musicais que dominava: acordeão, viola, orgão, trompete e trombone. Em 1973, decidem formar com o seu filho, o trio de palhaços Filipes, percorrendo toda a Europa (Alfredo Nock, Pinder Jean Richard, Joseph Bouglione, Althoff, D’Hiver Bouglione). O casal tornou-se proprietário do circo Filipe Cardinali (1991-93) e despediu-se das pistas precisamente no ano de encerramento do seu circo no Coliseu dos Recreios. Curioso, que numa época em que praticamente não existiam mulheres-palhaço o público ignorasse a sua verdadeira identidade. Em 2002 foi homenageada em Santarém na IV bienal de Palhaços. Deixou-nos aos 77 anos no dia 15 de Novembro 2004. Tivemos oportunidade de conviver com D. Aida (ainda que por escassas horas), testemunhando o espírito jovem e a invulgar alegria de viver que mantinha apesar da idade! Foi seguramente uma embaixadora da arte circense nacional além fronteiras! Recordá-la é reviver os tempos áureos do circo nacional e a graciosidade dos palhaços nacionais que os seus filhos tão bem souberam perpetuar: Aida Muñoz Cardinali (Chicha), actualmente no Circolândia e Frederico que com a mulher Dália e seu filho Filipe formam os Filipes.

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