Introdução Em 1987, devido ao grande sucesso da série Cavaleiros do Zodíaco, a Toei Animation lançou o primeiro especial estrelado pelos valorosos defensores de Athena. O especial foi batizado com o nome original do desenho, Saint Seiya, que traduzindo significa "Seiya, o Santo Guerreiro". Detalhe importante é que essa aventura inédita faz parte do primeiro ano dos Cavaleiros do Zodíaco, onde eles enfrentam a nova ameaça maléfica com suas armaduras originais. Este especial está localizado após a luta contra Ares e antes do surgimento de Hilda e seus Guerreiros Deuses. Como é marca registrada das aventuras de Seiya e seus companheiros, suas histórias sempre têm um embasamento na mitologia, por mais superficial que seja. A história de "Saint Seiya" não foge à regra e para que vocês não fiquem boiando apresentamos agora uma história mitológica da deusa Éris. A deusa era irmã de Ares (todos os filhos de Zeus são irmãos, então, Athena é irmã até do Ares e da Éris, mitologicamente falando) e também uma de suas companheiras. Éris é conhecida como a mãe das dores, do esquecimento e da fome. É daí que surge sua denominação de deusa da discórdia. Os deuses haviam se reunido para acompanhar as núpcias entre Titânia Tetis e Peleu, quando surge Éris e atira entre os deuses a maçã de ouro destinada à mais bela entre as três deusas: Athena, Afrodite e Hera. Os deuses negaram a responsabilidade da escolha. Sobrou para Páris executar a escolha. Cada uma das deusas agiu em causa própria: Hera prometeu a Páris o Império da Ásia se fosse a escolhida; Athena ofereceu-lhe a sabedoria e a vitória nos combates; Afrodite prometeu-lhe o amor de Helena, a espartana que é considerada a mais bela de todas as mulheres do mundo. Como o tal do Páris não era bobo nem nada, escolheu Afrodite como a mais bela das deusas. O problema é que esse evento desencadeou simplesmente a Guerra de Tróia, após o casamento entre Páris e Helena e tudo por causa da maçã de Éris, que fez juz ao seu título de deusa e semeou a discódia. No Orfanato Tudo começa num dia descontraído no orfanato, até Akira resolver correr atrás de seu avião de brinquedo, que Makoto havia pegado, em meio aos carros que passam velozmente pela rua. A tragédia seria consumada caso Hiyoga não aparecesse para deter um carro que iria de encontro ao pequeno Akira. Shun e Seiya distraem a criançada enquanto rola a maior paquera entre Hiyoga e Eiri, ajudante de Minu na instituição. Já à noitinha, Hiyoga e Eiri vão ao cais para se conhecerem melhor. Durante sua conversa com a bela moça loira, o Cavaleiro de Cisne se deslumbra com uma estrela cadente. Esse era o presságio para os eventos que viriam logo em seguida. De dentro da estrela que rasgava os céus foi jogado um objeto: era a maçã de ouro. Instantaneamente os olhos da meiga Eiri se petrificaram. Hiyoga se despediu da moça e foi se recolher, mas ela seguiu em direção da "maçã cadente". Finalmente a maçã tocou o solo de uma montanha onde se ergueu o Santuário da deusa da discórdia. Eiri, hipnotizada, segue em direção ao Santuário. A cada passo a essência da deusa domina seu corpo. No dia seguinte, em meio ao bosque surge Saori cavalgando ligeiramente ao encontro de Eiri. Ao encontrá-la, a líder dos Cavaleiros de Bronze tem uma surpresa, aquela meiga moça de outrora já havia sido totalmente encorporada por Éris. A deusa má quebra a perna do cavalo branco em que Saori cavalgava. Ela, então é levada para o novo Santuário das Trevas. Éris, já em seu Santuário, prende Saori em um tipo de cruz de pedra e atira junto ao coração da deusa Athena a já famosa maçã de ouro. Essa maçã não é fincada no peito de Saori (é óbvio) porém, ela tem o poder de drenar as forças da deusa da sabedoria. E se alguém não salvá-la ela morrerá. O Novo Desafio Éris, ao lançar sua maçã de ouro contra o coração de Saori, enviou também um desafio para Seiya, Shiryu, Hiyoga e Shun: eles teriam de proteger sua líder. Para tanto, Éris mandou junto com o desafio a localização do novo Santuário. Agora se vocês pensam que Éris enfrentará os Cavaleiros de Athena sozinha estão muito enganados. A deusa ressuscita os temidos Cavaleiros Fantasmas, seus servos e seguidores. São eles: Jaga de Orion, Orfeu de Harpa, Kraisto do Cruzeiro do Sul, Yan de Escudo e Maya de Sagita. Esses cinco Cavaleiros terão a missão de eliminar Seiya de Pegasus e seus companheiros, que tentarão salvar Saori. Os quatro Cavaleiros de Bronze chegam ao local demarcado e se separam para facilitar o acesso até a sala onde Saori está presa. É hora da pancadaria começar. Maya VS Seiya No pé da montanha, onde se localiza o Santuário de Éris, o Cavaleiro Fantasma Maya de Sagita encontra o Cavaleiro de Bronze Seiya de Pegasus. Tem início o combate. Maya e Seiya trocam golpes no ar. Como não há muito tempo o Cavaleiro de Pegasus tem de agir rapidamente. Seiya ataca Maya que se utiliza de seus poderes para que os meteoros de Pegasus dissipem sua força. O Cavaleiro Fantasma prepara seu contra-ataque. Maya ataca Seiya com suas Flechas Envenenadas (esse cavaleiro é semelhante a outro personagem do desenho, o Tremor de Sagitário "Sagita"). O golpe de Maya são centenas de flechas fantasmas que se materializam. Seiya é jogado para trás pela força do ataque do Cavaleiro de Sagita, que mira suas flechas na cabeça de Seiya. Maya ataca Seiya novamente, desta vez o defensor de Athena é mais ligeiro e anula as flechas fantasmas com seus meteoros até atingir seu adversário. O Cavaleiro Fantasma é vencido, mas Seiya acaba sendo atingido por uma das flechas de Maya bem abaixo do coração. O ferimento não parece ser muito grave e o Cavaleiro de Bronze prossegue sua busca. Hiyoga VS Kraisto O Cavaleiro de Cisne encontra uma entrada por baixo do Santuário. Ao entrar pela passagem, chega a um anti-cômodo abaixo do Templo de Éris. Lá, encontra mais um dos Cavaleiros Fantasmas: Kraisto do Cruzeiro do Sul. Não há tempo para ficar conversando e os dois Cavaleiros partem logo para a briga. Hiyoga aplica seu Pó de Diamante ao mesmo tempo que Kraisto ataca com seu Trovão do Cruzeiro do Sul. O golpe do Cavaleiro Fantasma é bem interessante: o posicionamento de seus braços e sua execução lembram o raio mortal do Ultraman, mas a intenção no desenho é outra. O golpe simboliza uma cruz, por isso tem essa forma. Curiosidades à parte, o golpe de Kraisto vara o peito da armadura de Cisne. Mesmo atingido, o guerreiro do bem consegue congelar seu inimigo até o pescoço. Quando Hiyoga preparava-se para eliminar o Cavaleiro Fantasma, surge Éris com seu tridente. O Cavaleiro de Bronze fica perplexo ao reconhecer aquilo que um dia foi Eiri, por quem nutria profundos sentimentos. Infelizmente quem estava a sua frente era a perversa Éris. Enquanto Hiyoga ainda estava em estado de choque, Kraisto se livra do gelo que recobria seu corpo e joga o defensor de Athena longe e já pula para cima dele. Para a surpresa de todos, Éris ataca seu tridente que perfura o Cavaleiro Fantasma pelas costas até rasgar o peito de Cisne, supostamente matando os dois. Após mais esse ato de maldade, Éris vira as costas para os defuntos e vai embora do local. Shiryu VS Yan Seiya continua sua subida até onde está Saori, mas o Cavaleiro começa a sentir os efeitos da Flecha de Sagita que o atingiu. Seiya está meio tonto, desnorteado, mas segue em sua santa cruzada. Em outro local do Santuário de Éris é a vez de Shiryu enfrentar o Cavaleiro Fantasma Yan de Escudo. Esse Cavaleiro assemelha muito ao Cavaleiro de Dragão. Yan tem cabelos longos e sua armadura de Escudo dispõe de um poderoso escudo (que é do tamanho de todo o braço esquerdo dele!!). Começa o quebra-pau. E não é que o escudo de Yan é mesmo poderoso, pois logo no primeiro ataque de Shiryu seu punho acaba sendo destruído. Em seguida Yan dá uma giratória que despedaça o escudo do Cavaleiro de Dragão. Nessa altura, Shiryu já tirou sua armadura e Yan está certo da vitória, mas o Cavaleiro treinado pelo Mestre Ancião surpreende seu adversário ao aplicar-lhe o Cólera do Dragão. Shiryu atravessa o coração do Cavaleiro Fantasma que cai morto no mesmo instante. Shun VS Orfeu O Cavaleiro de Andrômeda continua escalando as ruínas do Santuário. Sim ruínas, afinal Santuário que se preza já nasce meio destruído. Shun é atraído pela música de uma harpa (praticamente semelhante à música do Mime de Benetona). É Orfeu de Harpa que toca o instrumento musical à espera do Cavaleiro de Bronze. Enquanto Shun fica parado, Orfeu ataca. Seu golpe é disparado através das cordas de sua harpa, que se multiplicam e invadem o corpo do Cavaleiro de Athena. Quando Shun está prestes a desfalecer degolado, surge Ikki para salvar a pele do irmãozinho. Era melhor Orfeu ficar na dele, mas para a sua infelicidade, ele deixou o Cavaleiro de Fênix irado e levou o Golpe Fantasma bem no meio da testa, provocando alucinações nem um pouco agradáveis - o Cavaleiro de Harpa se vê queimando vivo no inferno. Para a surpresa de Ikki, Orfeu se reestabelece e explica que o golpe do Cavaleiro de Fênix não surte efeito nele, afinal ele é um Cavaleiro Fantasma. Pior para o servo de Éris pois, agora Ikki o ataca com seu Ave Fênix e não sobra muito do Cavaleiro maligno para contar a história. O Encontro com Éris Seiya chega até a sala onde Saori está presa. Lá está Éris que agora se materializa em seu próprio corpo e dispensa o da meiga Eiri que cai desacordada. O Cavaleiro de Pegasus continua sofrendo com o ferimento feito por Maya e pior, ele terá que vencer mais um Cavaleiro Fantasma, Jaga de Orion. A luta mais uma vez se inicia. Seiya não tem visão perfeita por causa da flecha de Maya, o Cavaleiro de Bronze nem consegue acertar seus meteoros no Cavaleiro Fantasma. Como é de costume Ikki aparece e compra a briga. Agora temos um combate de verdade. O Cavaleiro de Fênix dá um poderoso golpe aéreo em seu inimigo. Mas logo em seguida Ikki é atingido bem na cabeça e Jaga no estômago. A pancadaria não termina. Ikki dispara contra Jaga seu Ave Fênix em meio ao furacão de fogo, mas surpreendentemente, o Cavaleiro de Orion retruca com seu mais poderoso golpe, o Choque Megatômico de Meteoros. Ele se utiliza da própria energia do golpe desferido por Fênix, fazendo o mais velho dos Cavaleiros de Bronze voar longe e tombar desacordado. Neste momento Seiya se levanta, mas não po muito tempo. O Cavaleiro de Pegasus é espancado por Jaga. Nem Saori tem estômago para assistir ao massacre de seu protegido. Despertado pelo Cosmos de seus amigos, Seiya se levanta revoltado e logo trata de queimar seu Cosmo ao extremo atingindo o Sétimo Sentido. Ao atingir o sentido supremo dos Cavaleiros de Ouro, surge a Armadura Sagrada de Sagitário para auxiliar Seiya no combate. A deusa da discórdia conta seus planos de domínio da Terra e a imposição de seu império de Cavaleiros Fantasmas que se levantam de suas covas por ordem da malvada Éris. O Cavaleiro de Pegasus, trajando a Armadura de Sagitário, parte para cima de Éris, mas é impedido por Jaga. O Cavaleiro de Orion ataca Seiya com seu Choque Megatômico de Meteoros que é facilmente repelido pelo santo guerreiro, graças à poderosa Armadura de Ouro. Na sequência, Seiya manda jaga de volta para o mundo dos mortos com um poderoso Centelha de Pegasus que despedaça o seguidor da deusa maléfica. Saori está quase morta. Éris continua a despertar cadáveres que levantam de seus caixões. Não há outra saída, Seiya tem que agir. O destemido guerreiro saca o arco e flecha de Sagitário e dispara a flecha de ouro que atravessa a cabeça de Éris e vara a maçã sem tocar no peito de Saori. É o fim do reino da discórdia de Éris, que é enviada para o mundo dos mortos. O Santuário vem abaixo. Seiya e Ikki conseguem fugir do soterramento. Saori e os outros morreram? Claro que não, Saori protegeu todos com sua Cosmo-Energia de deusa, até todos surgirem dos escombros: Saori, Shun, Shiryu e Hiyoga carregando Eiri em seu colo. É hora de colher os louros da vitória, afinal os Santos Guerreiros de Athena livraram mais uma vez a Terra e toda a humanidade da sombra do mal que nos ameaçava.
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