Danielle Jordan / AmbienteBrasil
A construção de um corredor empresarial no município de Embu das Artes,
localizada a cerca de 25 quilômetros da cidade de São Paulo, está gerando
discussões entre poder público e ambientalistas. Estes alegam: “na calada
da noite foi introduzida uma alínea no Plano Diretor decretando a criação de
um parque industrial em área de remanescentes de Mata Atlântica em estágio
avançado de recuperação, mudando o zoneamento da região”.
Boa parte daquele espaço é legalmente considerado
como área de preservação. De acordo com a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente, 60% do município se enquadra neste perfil, o que torna o
desenvolvimento um desafio para a administração.
Segundo o presidente da Sociedade Ecológica Amigos de Embu - SEAE -, Leandro Dolenc, a região é muito rica em mananciais, como as
nascentes do Invernada, que abastece o sistema Baixo-Cotia,
servindo centenas de milhares de habitantes em Carapicuíba, Itapevi e Jandira, entre outras cidades. As obras
comprometeriam os ecossistemas e a preservação dos mananciais da região
próxima à Reserva Florestal do Morro Grande.
Segundo a entidade, foram identificados na área vários animais ameaçados de
extinção. "Entre eles, estão o gavião pega-macaco (Spizaetus
tyrannus), a araponga (Procnias
nudicollis), o pavão-do-mato
(Pyroderus scutatus)
(Atlas Ambiental do Estado de São Paulo), além de uma grande diversidade de
árvores e animais como esquilos, lagartos, tatus, tucanos, periquitos,
etc", diz Leandro.
O secretário de Meio Ambiente de Embu das Artes, João Ramos, defende-se
dizendo que a Prefeitura sempre atuou em conformidade com a lei. Ele concorda
que a região em debate possui uma área de maciços florestais, mas alega que
os impactos apontados pela Sociedade Ecológica não correspondem à realidade.
O secretário desabafa afirmando que a entidade participou das reuniões
abertas para a discussão do Plano Diretor, quando da sua elaboração, e na
terceira reunião, quando a questão foi levantada, fez a recomendação ao
prefeito para suspender qualquer obra no corredor. O que não seria viável,
segundo ele, uma vez que a área em debate foi sugerida com base em estudos.
Este ano foi aberta uma Câmara Técnica no Conselho
Municipal do Meio Ambiente - COMAM -, para rever a questão levantada
em 2000 e 2001, quando da elaboração do Plano Diretor, que teria sido
alterado em 2003 sem consulta à sociedade civil de acordo com o presidente da
SEAE. A Câmara é composta de arquitetos, urbanistas, ecólogos, técnicos e
advogados. Apresentou como principais conclusões, segundo Dolenc:
“- Os advogados concluíram que a lei foi “alterada na calada da noite”
pelo Executivo antes de sua aprovação na Câmara Municipal, pois havia muitas
contradições na lei. Ora a região é referenciada como zona turística, ora
como região industrial, denotando inserções indevidas na redação final da
lei.
- Os urbanistas concluíram o mesmo que o Instituto Polis: a região tinha
vocação para o turismo.
- Os biólogos e ambientalistas identificaram várias espécies da fauna
ameaçadas de extinção.
Ramos afirma que a proposta é a criação de um “corredor empresarial",
com possibilidade de abertura para indústrias de baixo impacto, desde que
devidamente licenciadas e submetidas à análise indicando a possibilidade ou
não de sua instalação. Ele ainda faz a proporção dizendo que o município
possui 71 km2, o bairro de Itatuba
abrange 5 km2 dessa área. O corredor estaria
restrito a 1 km, aproximadamente. “Mesmo se ocorresse algum impacto, e não vai ocorrer, seria pequeno". Ele
também coloca que o local em questão não faz parte dos mananciais, o que
permitiria de 70% a 80% de desmatamento.
O secretário também alega que, diferentemente do divulgado pela SEAE, não
existe vegetação em estágio avançado de recuperação. “Locais há muitos anos
sem interferência dos homens. Seriam praticamente matas virgens”, explica, classificando a vegetação existente na região
como em estágio secundário, inicial e médio de regeneração.
Segundo Ramos, a área destinada ao corredor, localizada na Rua Maria José
Ferraz do Prado, no bairro de Itatuba, já sofreu
grandes impactos sim, mas na ocasião da sua construção há 30 anos e lamenta
por, na época, os ambientalistas não terem agido com tanto rigor como agora.
Ramos e Dolenc atuam na Câmara Técnica no Conselho
Municipal do Meio Ambiente. O primeiro a preside, o outro é seu vice. Ramos
afirma : “Sou um ambientalista também”. E lamenta o afastamento que se
verificou em relação aos outros integrantes da Câmara: “eram meus amigos e,
depois do episódio na reunião com o prefeito, não me procuraram mais. Eles é
que estão agindo na calada da noite”.
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COMENTÁRIO:
A CDPEMA- Comissão de Defesa e Preservação da
Espécie e do Meio Ambiente, uma ONG ambiental, com sede na cidade de
Guarulhos e escritórios regionais em diversas cidades do Estado e
colaboradores em outros Estados, não pode deixar passar em branco MAS
ESSE ABSURDO de nossos políticos, que como sempre, não acatam as opiniões
da população e de suas entidades representativas, como as ONGs e outras.
A cidade do Embu, conhecida nacionalmente como Embu
das Artes, ainda tem outro nome como é conhecida, como A CAPITAL DA
ECOLOGIA, em virtude de suas grandes a’reas
verdes de cobertura vegetal, remanescente da Mata Atlântica e
ainda como parte regenerativa da mesma mata, o que em muito contribui
para a limpeza do ar da grande São Paulo. Somente os
políticos locais não vê isso.
A importância da mata atlântica existente na cidade
de Embu, é de suma importância esse equilíbrio, não apenas de ser um
pequeno pulmão e filtro da grande São Paulo, mas também de suma
importância para a cidade e região, por possuir UMA QUANTIDADE muito
grande de NASCENTES e que vem a formal um região
rica em manancial, e manancial esse, que vai compor os leitos os rios que
abastecem diversas cidades da região e a própria capital.
E não precisa dizer da importância da água para
nossas cidades, pois o que parece, é que enquanto o mundo corre para PROTEGER seus mananciais de água, AS AUTORIDADES
LOCAIS, querem fazer o contrário.
Alegar que tal corredor industrial,
é para o desenvolvimento da cidade, a principio, ninguém é contra
o desenvolvimento, desde que ele não venha trazer mais prejuízos ainda,
mas que seja feito em consonância com o meio ambiente, sem agredir a
natureza. Essa é a política mundial atual, adotada por
todos os paises desenvolvidos e que procuram se desenvolver.
Por que a cidade de Embu, quer ir na contra mão.
Não tem sentido.
Insistir nisso, é ir contra a própria razão, é ir
contra a própria vida, pois na região e na cidade de São Paulo, de
conformidade com noticiário dos últimos meses e anos, a água tem sido um
tema constante. E é exatamente o que será esgotado, se os
mananciais de água por onde se quer construir esse corredor industrial.
Há ainda outros aspectos negativos, que esse corredor poderá trazer para
a cidade, como a provável poluição atmosférica, sonora,
das águas, e visual com a destruição das áreas verdes naturais, conforme
o próprio secretario do meio ambiente da cidade, afirma.
É isso, que não pode ser aceitável, que um
Secretario de Meio Ambiente, que teria por principio, lutar por defesa
ambiental, ainda mais se dizendo ser um ambientalista, age de forma
contrária, opinando favorável pelo corredor industrial. Querer
desenvolvimento é uma coisa, agora saber que esse desenvolvimento vai
trazer muitos prejuízos para a cidade e para todos em geral, é nada menos
do que uma atitude insensata, impensada, para não
dizer de uma atitude BURRA, na atualidade, em que todos buscam conciliar
desenvolvimento com preservação e não com destruição.
A cidade de Embu, possui
outras áreas em que a implantação de corredores industriais podem ser
instalados e ainda ampliados os que já existem, e ai vem a pergunta:
PORQUE DESTRUIR o que está vivo, para instalar industrias destruidoras de
vidas, que são as industrias poluidoras.
Desenvolvimento é bom, desde que não agride a
natureza, o meio ambiente e os direitos das pessoas a um ambiente
equilibrado e sadio. Isso é constitucional, e ainda está na legislação
estadual e na própria carta magna da cidade de Embu.
O que ocorre, é que nossos políticos, sempre
encontram uma forma de burlar a lei, ou de alterar a lei, para atender
assim, interesses outros, que nem sempre vão de encontro com o anseio de
todos, mas apenas de alguns. E é isso que não se pode aceitar mais em
nosso pais,, pois esses políticos, e ainda mais
esses secretários, ministros e assessores diversos, pensam que somente
por terem sido nomeados, quando não vem eles das câmaras municipais ou da
assembléia, as quais foram eleitos, que podem de tudo e nem sequer
consideram os interesse da comunidade em geral e acima de tudo, não se
trata mais unicamente de interesse da comunidade, mas de direitos de
atual gera;cão e das futuras.
Nossas áreas verdes em todas as cidades brasileiras,
já são escassas, e as que tem áreas verdes,
dentro de sua área urbana, como a exemplo da cidade de Maringá / PR,
Londrina, Bauru, entre outras pelo Brasil afora, como exemplo o cinturão
verde da grande São Paulo, e os parques verdes da cidade de São Paulo,
como o Horto Florestal, Parque do Ibirapuera, Parque Morumbi, Parque do
Carmo, entre outros, todas elas TEM ORGULHO DISSO e só ganham com isso,
pois se tornam cidades mais amenas, mas saudáveis e as mais preferíveis
de se morar, entre as que não possuem tais áreas verdes/
Embu, quer ir na contra mão, quer devastar até 80%
das matas por onde o tal corredor está traçado. Isso é que é um abuso de
poder e absurdo que não se pode se calar, pois quem manda na cidade, não
são os políticos, mas as pessoas que nelas residem. E é isso que nossos
políticos devem entender de uma vez por todas, pois nem sempre, ou quase
nunca eles discutem com a população esses interesses e esse
planos com a comunidade local e quando o fazem, o fazem de forma
indireta ou que acabam não atingindo a todos os segmentos da comunidade.
Alegar que o desenvolvimento não pode esperar, não é
por ai, pois pela história que se tem da cidade de Embu, que é uma cidade
turística, já teve a fama nacional de ter sido conhecida como a cidade da
PASSARINHADA, se lembram, quando o prefeito na época, fez um churrasco a
amigos restritos, oferecendo os indefesos e minúsculos BEIJA-FLORES. Pena
que na época ainda não tínhamos a lei dos crimes ambientais, pois se
aplicada o lugar dele teria sido a cadeia., quer dizer, talvez ?.
E novamente vem a cidade fazer parte da mídia outra
vez, com mais essa de querer destruir em até 80% de suas matas,. INACESITÁVEL. Não devemos permitir isso. Que todos
nós nos mobilizemos contrario a tal aberração de nossos políticos local,
que mas uma vez, escolhem entre tantas áreas
viáveis na cidade, do outro lado da rodovia Regis Bittencourt,
a naoi á área de chácaras, de cinturão verde,
de mata natural e ainda por cima numa área preservada, defendida e que
faz parte da mata que poderia ser considerada a mata de reserva
permanente da cidade.
Portanto, nossa entidade, que tem atuação local,
regional e nacional, DISCORDA e REWPUDIA tal intenção dos políticos local
da cidade de Embu, principalmente do Sr.
Prefeito, que com certeza, tem grande parcela de culpa, por ter pedido
após Sr.s vereadores, para que fizessem na calada da noite, alteração do
texto do plano diretor da cidade e ainda por cima, aprovar tais
alterações sem a devida discussão de tais alterações com a comunidade. É
isso que não se deve permitir, que se faça, alterações da lei, para
defender interesses obscuros que vão na contra
mão do interesse geral. Ser administrador público, não é agir
assim, é agir com consciência, moralidade e com planos que atendam a
todos ou pelo menos a maioria.
Carlos Alberto Arraes
Coordenador da CDPEMA – Comissão de Defesa e
Preservação da Espécie e do Meio Ambiente
cdpema@terra.com.br
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Adriana Daminelli
28/10/2005
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São esses tipos
de atitudes que nos deixam desesperançados. Pessoas que batem o pé e
insistem em fazer projetos que prejudiquem o meio ambiente. Mais preocupados com o desenvolvimento de industrias
do que com a natureza. Depois não entendem tantas desgraças acontecendo.
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Prezados,
Parabenizo a matéria e defesa em prol ao Meio ambiente da que
tal corredor industrial, é para o desenvolvimento da cidade, a principio,
ninguém é contra o desenvolvimento, desde que ele não venha trazer mais
prejuízos ainda, mas que seja feito em consonância com o meio ambiente,
sem agredir a natureza. Essa é a política mundial
atual, adotada por todos os paises desenvolvidos...
Reiterando, conforme foi consultada a ONG SOS
Manancial do Rio Cotia para esta entrevista pela Sociedade Ecológica
sobre a contribuição da Bacia do Invernada com 70% de cabeceiras no
Município de Embú das Artes na região da implatação deste corredor industrial e com 30% deste
Manancial com foz na Importante Bacia do Rio Cotia, que abastece a Grande
S. Paulo. Seria onerar e envenenar mais ainda estas águas.Falta boa
vontade política do poder público ou estão anestesiados pelo poder
esquecendo do compromisso ético com estas e as futuras gerações?
Yara Toledo/SOS Manancial do Rio Cotia/t. 011 38851490/96138378
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Prezados,
Felizmente toda forma de manifestação é permitida e,
até acho bem vinda, mesmo quando são manifestações acaloradas, isto prova
a grande abertura que existe na democracia. Contudo, devemos ter a
responsabilidade e o cuidado de nos aprofundarmos nos assuntos tratados,
sob pena de, alem de cometermos injustiças,
falarmos muita bobagem. Para quem conhece o Prefeito e tambem a mim, sabe que nem ele nem eu, deixaremos que nenhuma lei e nenhum outro interesse
ponha em risco nossas matas, nossas águas, nossos bichos, enfim, nossa
natureza, alem tambem de nossa população, pois
somos sabedores da grande e relevante importância de tudo isso para nossa
cidade e região e isto ja ficou mais que
provado pelos feitos desta administração. Uma administração que, apesar
de todas as dificuldades, tem se voltado cada ves
mais para o fortalecimento da educação ambiental, dos projetos de
preservação e todas as formas de sustentabilidade
e de inclusão.
Desde o princípio desta discussão, o Prefeito abriu
todas as portas para a população, para levantarmos todos os problemas,
inclusive cedendo espaço para reuniões, técnicos das diversas áreas,
mapas, fotos aéreas e todos os dados solicitados, até por ser esta uma
marca deste governo, a participação popular e a integração com toda a
comunidade. Só posso lamentar a forma tão irresponsável que estas
entidades têm se manifestado, tendo em vista o espaço e a abertura sempre
proporcionada por esta administração.
Agradeço o espaço e coloco a mim, bem como toda a
Prefeitura a disposição para uma conversa séria e profissional, bem como
para qualquer esclarecimento sobre o assunto, pois àqueles que, ao invés
de se envolverem na solução dos problemas, utilizam seu tempo para
atacar, estes deveriam pensar que esta forma de atuar,
seja com o poder público ou não, já esta mais que ultrapassada e
não colabora em nada.
CUIDAR DO MEIO AMBIENTE É DEVER DE TODOS NÓS! Só que
devemos ampliar nossa visão para a cidade toda e não apenas para aonde
alcançam nossos olhos. Esta experiência eu obtive trabalhando no poder
público, pois eu tambem era mais um cidadão que
só enchergava e queria resolver os problemas da
minha rua! Hoje, tenho sob minha responsabilidade a cidade inteira e não
um ou outro local da cidade, por esta razão, coloco-me a disposição para
buscarmos o tão almejado equilíbrio para nossa região, mas, por favor, eu
peço, vamos conversar com a mente aberta e pensar na cidade toda, certo?
Cordialmente,
João Ramos
Cidadão Embuense e
Secretário de Meio Ambiente de Embu
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Fabiana Faryniuk
28/10/2005
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Sr. Secretário
João Ramos e demais autoridades, porque desenvolvimento tem que ser
sinônimo de indústria? Como vc pode
afirmar que está tudo dentro da legalidade com a montagem de indústrias
em área de preservação se falta fiscais e estrutura para a secretaria do
meio ambiente, conforme declarado por você em uma reunião que assisti na
SEAE? Com isso qual a garantia de que a análise de impacto foi bem feita?
Por que não incentivar o desenvolvimento do Embu com
TURISMO ECOLÓGICO e outras atividades afins aproveitando a vantagem
existente sobre outros municipios que é
justamente o meio ambiente? Me dê bons motivos
p/ o Embu não ter ações nesse sentido.
Provavelmente porque considera-se
que indústrias geram mais arrecadação e empregos, porém esta é uma visão
equivocada ou muitos municípios não investiriam nisso.
Lamentavelmente pessoas como eu trocaram a Capital
pelo Embu em busca de melhor qualidade de vida, pessoas que contribuem
com a arrecadação da prefeitura, geram empregos e participam da vida da
comunidade (dentro do possível é claro pois
muitos trabalham) e, lamentavelmente, com estas pessoas não há
preocupação da prefeitura.
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Victoria Mauri Z. B.
29/10/2005
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Prezada Danielle Jordan
Achei ótima sua reportagem sobre o corredor
empresarial no municípiio de Embu das Artes,
embora discorde do pronunciamento do secretário João Ramos quanto à nossa
omissão e o afastamento dos amigos.
Até entendo a posição dele como funcionário da
prefeitura, mas é bom ele não se esquecer que hoje ele está secretário,
mas que amanhã e depois ele vai precisar continuar a respirar, beber água
e viver, dependendo da mãe natureza.
Ter o apoio da imprensa nas questões vitais é o
único canal, na Terra, que não nos deixa desanimar atualmente.
Grata e tudo de bom!
Victoria Mauri Z.B.
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Concordo com a
Fabiana, sou estudante de turismo e desenvolvi vários projetos e
inventários junto com prefeituras municipais que desejam desenvolver seus
municípios da uma forma sustentável, e o turismo ecológico têm sido a melhor opção sem dúvida...
Agora não entendo o descaso da Prefeitura do Embu
quanto a isso, pois já me aprofundei no inventário turístico deles e lá
são mencionados diversos projetos, diretrizes para que o turismo se
estenda além da feira de artesanato, assim como o Secretario de Turismo
de Embu (Gonda), está buscando esse
desenvolvimento em sua gestão, isto sem contar que um município quando
adota o título de Estância Turística, possui prioridades de crescimento
econômico, ou seja, priorizar o turismo como principal fonte de renda...
O prefeito simplesmente desconsidera tudo isso
pela preocupação de que o turismo planejado gera um lucro a longo prazo, e a indústria não!!!!
Acho que quem tem que abrir a mente não somos nós
que buscamos um crescimento econômico justo, que
envolva comunidade e preservação da natureza...
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Um velho amigo
29/10/2005
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Lendo esses
comentários sobre o assunto, me recordei de quando criança bincava na chácara dos pais do Secretário de Meio
Ambiente do Embu, me amigo joão
Ramos... me lembro das vacas com seus sinos pendurdos no pescoço... Depois meus pais compraram um
belo terreno no loteamento feito pelo Pai do João em uma parte das
terras... Pai dele que, aliás, era um grande guerrreiro
em prol do meio ambiente... hoje, já mais velho
e acumulando muita experiência, inclusive na esfera pública, onde já fui
assessor administrativo tanto na esfera municipal como na estadual,
conhecendo muito bem como funciona a máquina administrativa no Brasil... e passando de novo um dia por aquelas terras que para
mim mais pareciam uma grande fazenda, tive a surpresa de ver que existem
três condomínios residenciais, o que não me parece ter nenhum
problema... mas ao ler sobre a implantação
do tal corredor empresarial bem ali ... tão
perto dos condomínios... me pergunto... quanto interessante seria ter industrias, com
gerentes, diretores, funcionários do alto escalão interessados em comprar
um terreno num condomínio fechado... fico
me perguntando será que isto influenciaria uma pessoa mais do que
preservar uma área tão imprtante para o meio
ambiente?
Meu amigo João, com quem brinquei tantas vezes naquelas terras paradisíacas... será que é a melhor opção ter indústrias lá? Será que esa postura é realmente a postura de um
Ambientalista, que vc disse ser na matéria
veiculada? Pense nisso caro amigo.
Um grande abraço de um amigo seu de infância e que
hoje pouco contato temos.
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As leis devem
expressar sempre uma lógica que traga evolução para uma comunidade.
Preservar o meio ambiente na atualidade, é uma questão de sobrevivência
para o homem neste maravilhoso planeta Terra. Se a lei fere princípios de
preservação ambiental, ela deve ser revogada. Há pouco tempo, a
Assembléia gaúcha aprovou uma lei, sancionada pelo Governador, que
autoriza sacrifício de animais em ritos afro-brasileiros. Agressões ao
meio ambiente como esta, bem como legalmente (de acordo com a lei)
permitir implantação de zona industrial ao longo da Rua Maria José Ferraz
Prado, são a meu ver, crimes ambientais. Não importa que estejam
escudados em uma lei. Implantação de indústrias nesta área, acarretará demolição de morros e aterro de pequenos
vales em uma região de acentuada topografia onde habitam diversas
espécies de animais, que perderão suas árvores, seus alimentos, suas
próprias existências, em nome de desenvolvimento econômico a qualquer
custo. Mesmo que a custo das vindouras gerações.
Consequências disso serão a degradação cada vez
maior da mata atlântica, poluição dos ares, das águas e dos solos. Hoje
será permitido, talvez, indústria de pouco impacto a
uma imenso custo ambiental. Amanha, não será mais possivel deter a avalancha de indústrias de qualquer
tipo. E virá a degradação generalizada da região. Abertas as porteiras,
não há mais como controlar a boiada. Sr.
Prefeito, Srs. Vereadores, Sr. Secretário: Revoguem este artigo da Lei do
Plano Diretor que permite zona industrial ao longo da Rua Maria José
Ferraz Prado enquanto é tempo. Não permitam que continue tal absurdo anti-ecológico.
José Guimarães Duque Filho - Engenheiro Civil
Conselheiro do Conselho Municipal de Meio Ambiente -
COMAM, da Prefeitura Municipal de Fortaleza/Ceará.
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O que faz uma
cidade ser considerada uma estância turística?
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Ana Ruth
Jambeiro
31/10/2005
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Nessa época em
que todas as catastrofes da natureza nos
mostram como é irresponsável agredirmos o meio ambiente, mais que nunca
devemos nos empenhar com toda a força para defendermos nossas matas,
nossos manancias.
Deles dependemos, assim como as aves e os animais.
O lucro obtido com a implantação desse corredor não
cobrirá o prejuízo, que num futuro bem próximo, certamente teremos.
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Paulistana da
gema, Embu das Artes era um território de alta frequência,
não apenas pela magia identidária, mas também
pela beleza das pessoas, das porções da Mata Atlântica e de todo encanto
que bastava ao coração ecologista. Fico muito preocupada com as
degradações sócio-ambientais presentes em Embu e torço para que possamos
reverter os danos.
Meu carinho enorme
Michèle
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Vivo em
Florianópolis, uma cidade com uma excelente qualidade de vida, que entretano nos últimos anos vem caminhando numa linha
de crescimento acelerado a todo custo. Matas sendo devastadas para o
surgimento de uma nova sociedade que ignora os demais, que prima pela
individualidade. A mesma sociedade que trás riqueza material tras miséria e violência imbutidas
em seu modo existir.
Vou bastante a São Paulo, a trabalho, e sempre que
posso dou uma parada no Embu das Artes, para curtir um pouco daquilo que
a grande São Paulo tem de melhor, "a cultura" popular, as artes
e artesnatos que cada cidadão cria e recria na
interface entre natureza (tão presente no Embu), e megalópole (que é São
Paulo).
Me preocupa o fato do poder público de uma cidade tão aconchegante,
inventiva e artística, como o Embú, optarem por
redirecionar seu desenvolvimento para o mesmo padrão industrial de São
Paulo.
Será que estes governantes não percebem o potencial
que têm em mãos. Uma cidade rica em sociodiversidade,
meio ambiente variado e pessoas irreverentes e criativas. Embu é um
exemplo mundial de cidade satélite que não se dobrou a ser fornecedora de
recurso e mão de obra para o centro finaceiro
(que é São Paulo.
Embú tem alma e vida própria. Qual ignorante os poderosos que
não enchergam as oportunidades da riqueza
proveniente da sociodiversidade.
Acordem senhores donos do poder, pois na verdade que
tem o poder é a população, e não vocês. Além da população, quem lhes
confere o poder é esta belissima natureza que Embu
possue.
Vocês, governantes, sem o povo criativo de Embu não
são nada. E Embu, sem suas matas, pássaros, macacos e demais seres vivos,
deixará de ter seu encanto, e será mais uma cidade do abc paulista!
Gustavo Bruno
Florianópolis/SC
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Waldemar Manfred
Seehagen
01/11/2005
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Sr. Secretário de
Meio Ambiente da cidade de Embu, João Ramos
Tenho acompanhado há vários dias a discussão travada
em torno da possível implantação de um corredor industrial em uma das
áreas mais belas da cidade de Embu. Confesso que estou muito apreensivo . Embu das Artes tem claramente uma vocação
turística, e não é preciso ser ambientalista para deduzir que introduzir
indústrias, por menor impacto que tenham, como diz o Sr, trará em sua
esteira uma série de males comuns a este tipo de empreendimento. Discordo
totalmente do possível "baixo impacto", por sabermos todos que
só a retirada da cobertura vegetal e cortes de morros alterarão
totalmente a paisagem, tão bela, existente no local. Certamente, os
eventuais benefícios que pudesse trazer o dito corredor, jamais poderiam
compensar a perda de uma área tão importante do ponto de vista ambiental,
ou apenas de partes dela.
Mas o Sr. diz também ser
ambientalista, então suponho que saiba de tudo isso. Mas ainda que não
soubesse, existe um Relatório Técnico feito pela Câmara Técnica do
Conselho Municipal de Meio Ambiente, que mostra, através de embasamento
em estudos especialmente contratados para este fim, que o maior potencial
de desenvolvimento econômico do município de Embu refere-se ao Turismo. E
elenca uma série de sugestões para
desenvolvê-lo. Parece-me um estudo sério. Creio que mereceria ser levado
em consideração.
A destruição de áreas verdes remanescentes,
portanto, e principalmente por ser tratar de áreas de Mata Atlântica, aliada a uma fauna tão rica nela existente,
constitui uma agressão desnecessária e contrária aos propósitos de um
suposto "desenvolvimento", cujo efeito poderá ser contrário ao
desejado, além de ser um crime contra a Natureza, seja sob quais justificativas
possa apresentar, ainda que sob a proteção de leis artificialmente
criadas para tal fim. É e será sempre uma crime
contra a Natureza.
Não entendo, Sr.
Secretário, em vista disso, o fervor com que o Sr. defende tal atitude do
Poder Executivo. O Sr. está na contra-mão dos
fatos. Justamente o Sr, que tem supostamente a função de defender
com firmeza qualquer tentativa de agressão ao meio ambiente. No seu
próprio nome, Sr. Secretário, João Ramos, está a
confirmação de que o Sr. deveria fazê-lo, pois o Sr., sendo
ambientalista, certamente sabe que nos muitos ramos das árvores e
vegetação que serão destruídos, existe um sem-número de formas de vida,
grandes e pequenas, que serão irreversivelmente afetadas. E isto
constitui um crime sem par. Não censure, portanto, os ambientalistas,
seus amigos, tentando desqualificá-los ao imputar-lhes, de forma indigna, falta de compromisso com a verdade.
Agradeça a eles os esforços que têm feito no sentido de tentar impedí-lo de cometer tal crime.
Voltar atrás num erro cometido, não constitui
qualquer motivo de desonra, em se tratando de uma causa justa, e tal
atitude somente dignificará ao Sr. pessoalmente
e ao cargo que ocupa, e é isso que todos esperamos do Sr.
Faça a coisa certa, Sr. Secretário. A Natureza lhe
será grata por isso!
Waldemar M. Seehagen
Fotógrafo Ambiental
Pantanal de Mato Grosso
Cuiabá-MT
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Faoza Monteiro
01/11/2005
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O potencial turistico da bela Embu das artes e sua população não
podem ceder espaço a um pseudo-desenvolvimento
cinza, que embora traga momentaneos recursos,
comprovadamente geram, a médio prazo, mais custos e mais problemas do que
benefícios.
Se não pelo amor a natureza, se não pelo bem estar
da população e seus visitantes, se não pela consciência da riquesa que representa o verde, que em nome de uma
economia sustentável seja dito NÃO a este projeto maléfico.
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Ronaldo
Carneiro leão
01/11/2005
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Desmatar, em um
estado como São Paulo, é no mínimo, imprudente.
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Gostaria de
apresentar meu repúdio pela possibilidade de eliminar mais um pouco do
"Pulmão de São paulo"
Respeitosamente,
Prof.Luiz Roberto
S.Paulo-SP
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Vick um município
ao receber a vocação de Estância Turística, deve cumprir diversas
diretrizes, para que não perca esse títutlo:
I –águas de qualquer natureza, de uso público, que
não excedam
padrões de contaminação e níveis mínimos de
poluição;
II-abastecimento regular de água potável, sistema de coleta e
disposição de esgotos sanitários, bem como resíduos
sólidos,
capazes de atender às populações fixa e flutuante,
no município,
mesmo nas épocas de maior afluxo de turistas;
III – ar atmosférico, cuja composição ou
propriedades não estejam
alteradas pela existência de poluentes, de maneira a
torná-lo
impróprio,nocivo ou ofensivo à saúde;
IV – rede hoteleira para atendimento da demanda
turística; e
V – área para lazer e recreação, jardins ou bosques
para
passeio público.
Outro porém, é que, ao
receber esse título o município recebe verbas do governo através do DADE
(Departamento de Apoio a Estância Turísitica),
outro instrumento que precisa ser elaborado é o Inventário Turístico,
sendo que o DADE pagou cerca de R$30.000 para
que esse documento ficasse pronto no Embu...
Enão se o Embu não cumprir todos esses requisitos perde o
titulo de Estância Turística, pois a partir do momento em que se adquire
esse titulo o turismo se torna prioridade, temos exemplo com outros
municípios que são Estâncias Turísticas e que vivem para o turismo:
Guarujá, Campos do Jordão, Bertioga, Holambra,
etc...
Maria Raquel Cáceres
Formação Sequencial em
Planejamento e Marketing Turístico pelo Universidade
Anhembi Morumbi
Formando em Bacharelado no curso de Turismo da Universidade
Anhembi Morumbi
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ZEINAP MUHAMMAD
- AGAPAN
02/11/2005
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O ser humano
sem a natureza que lhe vivifica o corpo e a alma não é nada, não é
ninguém. Faço parte daquele grupo de defensores do ambientalismo que apóia os arroubos impetuosos
que faz ferver o sangue e que se propõe a subir em cima de uma árvore em
sua defesa, se preciso for. Não existe mais espaço para o avanço milimétrico que seja de qualquer empreendimento onde
ainda possa haver vida vegetal e animal neste planeta. Este espaço
limite já foi há muito tempo ultrapassado e as conseqüências são de tal
monta nocivas ao planeta que seus habitantes não tem sequer a noção
do destino doloroso que a natureza ferida em seu equilíbrio é capaz de
fazer ao gerar um movimento de recomposição para tentar ainda uma
sobrevida. Ninguém, nem a mais alta de todas as tecnologias é capaz
de deter o movimento da natureza ferida. Aquele ser humano,
parasita e destruidor sobre a Terra, não terá mais o direito de
questionar o por quê das enchentes, dos terremotos, dos furacões, dos
maremotos, do grito de repúdio e desprezo da mãe Terra que já ecoa
pelo universo, evocando o fim deste tipo de raça humana que se colocou
abaixo do nível de qualquer animal dito irracional. Também, de nada
adianta defender com unhas e dentes uma parte e abrir precedentes para
outras. É tudo ou nada. Se apóio a defesa
de uma árvore, que dirá de duas, três, 1km, além..., assim
mais do que tudo peço a todo o contingente de amigos da natureza: A
MÃE TERRA ESTÁ CHAMANDO. É o seu último chamado. É apenas uma meia dúzia
no campo de batalha, lutando corajosamente e implacavelmente com todas as
suas forças. Quem ainda será capaz de empunhar a espada e o escudo e
correr a campo em sua defesa?
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deFátima atelier
02/11/2005
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Embu das Artes
se vê obrigada a enfrentar um problema completamente incomum para uma
Estância Turística, cujo foco principal de desenvolvimento econômico
gerador de emprego e renda é o turismo: comprometer as próprias reservas
naturais que lhe garantem o status de Estância Turística!
Usando aqui as palavras do mestre em ecologia Luiz
Vicente da Silva Campos Filho:
"O interessante é que a busca da felicidade das
pessoas não conste nos planos de desenvolvimento. Será que ela não é
objetiva ou será que não a querem objetivar. Essa objetivação traria uma
mudança total da concepção da vida humana em sociedade e não parece ser
algo que se almeje, talvez até por não se crer ser possível refazer o
real.
Enfim pergunta-se : Quando se ama algo ou alguém,
busca-se sua transformação ao ponto de muda-lo
totalmente ? O que se ama assim ? O real ou o próprio ego do ser que
promove a transformação ?"
Num momento em que a Diretoria de Educação Ambiental
do Ministério do Meio Ambiente se propõe a transversalizar
a perspectiva de estímulo e apoio à construção de sociedades
sustentáveis, promovendo o controle e a participação social, é preciso
mobilizar a comunidade e organizações no sentido de suspender desmandos
desta monta.
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Gustavo Sereno Lummertz
02/11/2005
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Esta polêmica
da criação do dito corredor industrial em região ainda com remanescentes
de Mata Atlântica, em Embu, traz reflexões sobre o tipo de
desenvolvimento que o município pretende:
- O município tem a seu favor a condição de ser
uma Estância Turística que lhe traz benefícios e por outro lado,
também deveres para manter-se como tal. Além disso, esta atividade
econômica do turismo, é a vocação natural do município:
“O turismo gera inúmeros empregos locais, enquanto
que a indústria, cada vez mais automatizada, requer um número sempre
menor de técnicos e especialistas, freqüentemente residentes em outras
cidades.”
Dentro desse contexto há uma forte política federal
para incentivo do turismo, sendo que esta atividade pode proporcionar
divisas, sem ocasionar impactos na natureza, se bem planejados.
- As alegações de um impacto ambiental mínimo, se
houver, não procede, pois sob o ponto de vista ambiental o corredor
industrial é um completo desastre. Imaginar Embu fora do contexto de toda
a região da grande São Paulo é um equívoco. Uma pergunta cabe aqui:
quanto esta população da grande São Paulo consome de oxigênio e água por
dia? De onde vem tal recurso natural? A população tem de questionar-se
sobre tal, pois o tema é de suma importância, sendo que está inserido nisto
a manutenção da própria vida, e não só ter vida, mas qualidade de
vida. Alegria, felicidade, imunidade, diminuição do stress, é o que
proporciona o nosso contato com a natureza e os animais. Certamente a
resposta não será que oxigênio virá do concreto e do tijolo das cidades
nem que a água brotará da linha de produção industrial e muito menos o CO2 atmosférico será colhido por nanotecnologia.
Por tudo isto fica claro que não somente a
preservação de uma única árvore é importante, mais que isto, é
diminuir o déficit de Mata Atlântica ou de árvores no cinturão
verde de São Paulo.
Nesse sentido o repúdio à instalação de indústrias
nesta área de topografia singular e delicado ecossistema, é justificado,
por ser imprevisível o grau de impacto que ao longo do tempo esta
atividade com os seus poluentes podem provocar no ar, no solo, nos
animais e consequentemente nos mananciais de
água.
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Roberto C. P.
Junior
02/11/2005
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Embu das Artes
já conta com um grande bairro industrial, com várias empresas de porte lá
instaladas há anos. Fica à esquerda de quem chega à cidade vindo de São
Paulo. Não há nenhuma necessidade de mais um corredor industrial dentro
do que nos resta de verde. Quais seriam os motivos de o prefeito querer
levar indústrias para dentro de um pedaço da Mata Atlântica?... Embu é
uma Estância Turística, vive essencialmente do turismo,
ainda com grande potencial ainda não aproveitado, como passeios
ecológicos, trilhas, observação de pássaros, etc., justamente
porque dispõe de áreas verdes intocadas. E assim deve permanecer. Mas o
prefeito e seu secretário querem acabar com isso! Por eles, nosso Embu
das Artes pode virar Embu das Indústrias. Eles não se importam. Vamos
levar esse assunto para âmbito nacional! Vamos dar a conhecer nossa
indignação e disposição de luta por toda parte. Vamos enviar mensagens
para todos os congressistas, membros do poder judiciário e executivo.
Aliás, o que será que o presidente Lula acha de
mais essa pérola do seu PT? Vamos contar para ele? É só enviar mensagem
para http://www.planalto.gov.br/falepr/exec/ ... formulario
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Veronika Schuler Dolenc
04/11/2005
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Com pesar venho
acompanhando as notícias veiculadas pela imprensa sobre o Corredor
Empresarial na Rua Maria José Ferraz Prado, bairro de Itatuba,
em Embu das Artes (SP).
Residi nesta cidade por mais de 30 anos. Hoje,
residindo em Brasília, acompanho com preocupação a situação de minha
cidade na qual vivi a maior parte de minha vida e onde também trabalhei
muito, pesquisando junto com especialistas e jovens a avifauna
da região.
De 2002 a 2004, estive bastante envolvida com esse
projeto de identificação da avifauna de Embu,
embrenhada na mata, munida de binóculos, luneta e máquina fotográfica,
junto com Marc Egger,
nosso especialista em identificação de aves e animais e guia turístico
internacional. Por diversas vezes, jovens residentes em Embu nos
acompanhavam nessa empreitada, nos auxiliando com os instrumentos,
inclusive captando momentos raros com a máquina fotográfica.
Um desses momentos de emoção indescritível foi
quando estávamos perto da Estrada do Japonês, divisa de Embu com Cotia.
Eu dirigia o carro bem devagar, Marc Egger estava ao lado olhando atentamente a mata e o
jovem Luciano Russo com a câmera no banco de trás.
De repente, Marc num
sobressalto pede para eu parar o carro e voltar um pouco. Ele precisava
se certificar se realmente havia visto aquela imagem. Pensou ter visto o
Gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus). Ele estava certo! Ficamos em êxtase. A
presença do Gavião-pega-macaco, segundo Marc, é
indicador de matas de boa qualidade, pois ele se alimenta de pequenos
mamíferos, inclusive macacos, daí o seu nome. Conseguimos captar esse
momento raro com a câmera, graças à rapidez de nosso companheiro Luciano.
Aquela ave enorme, maravilhosa, estava lá,
parecendo posar para nós.
Outro fato marcante que também pudemos registrar com
nossa câmera foi a nidificação e nascimento de
dois filhotes de Jacuguaçu (Penelope
obscura). Essa espécie de aves esconde muito os
filhotes. Já havíamos tido a oportunidade de ver filhotes bem pequenos,
no entanto, sem registro fotográfico. Desta vez, porém, foi diferente.
Sentindo-se protegida, a fêmea fez um ninho na forquilha de uma
pitangueira, no meio de uma linda bromélia. Para nossa felicidade o ninho
estava ao alcance de nossos olhos e também da câmera. Logo após o
nascimento, a imagem dos pequenos filhotes recém saídos dos ovos foi
captada por Indaia Emília Schuler Pelosini.
O aparecimento do macaco-bugio também nos emocionou
e montamos guarda para fotografá-lo o que, finalmente, depois de muitas
tentativas, tivemos a sorte de conseguir.
Esse trabalho nas Matas de Embu foi extremamente
gratificante e trouxe muita alegria. Mas trouxe também muita preocupação.
Ao pesquisar, descobrimos que alguns desses animais e aves que estávamos
vendo no Embu, faziam parte de uma lista de
espécies ameaçadas do Atlas Ambiental do Estado de São Paulo. Para que
essas aves e animais pudessem encontrar no Embu, hoje e sempre, seu
abrigo e alimento, o que só se torna possível com a conservação dos
últimos remanescentes de matas que ainda temos, era urgente que
tomássemos algumas atitudes. O que poderíamos fazer? Trabalhos
relacionados à educação ambiental foi a solução imediata que encontramos
para noticiar as nossas descobertas e ajudar a população a compreender a
importância desse habitat (www.projetotangara.com.br).
Por causa de pessoas que não pensam no
desenvolvimento sustentável, mas apenas nos lucros imediatos, é que a
nossa Mata Atlântica está cada vez mais destruída, restando cerca de 7%.
Atualmente, a cada 4 minutos, perdemos uma quantidade relativa a um campo
de futebol desse incrível ecossistema.
Até quando isso vai continuar? Até vermos todos os
nossos animais e aves serem extintos? Ou até ficarmos sem água? Será que
realmente vamos ter que viver isso para aprender?
Mas então... será tarde
demais. Temos que fazer algo AGORA! Não deixar que destruam o pouco que
resta da Mata Atlântica!
Embora residindo atualmente em Brasília, faço minha
todas as vozes de protesto e indignação contra a instalação desse
Corredor Empresarial/Industrial na Rua Maria
José Ferraz do Prado!
Vamos lutar para que a Mata Atlântica do Embu não
seja destruída!
VERONIKA SCHULER DOLENC
Brasília – DF
Fone: (61) 8121-7965
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Sr. Sec. de
Meio Ambiente João Ramos,
De pouco adianta abrir as portas p/ a população
levantar todos os problemas relacionados ao corredor industrial,
inclusive cedendo espaço para reuniões se não são eceitas
as reinvidicações das mesmas, se não são
levadas em consideração. Não são suficientes 6000 assinaturas dos seus
conterrâneos, da sua população afora o repúdio de entidades abientais e cidadãos brasileiros de todos os estados?
Não creio que estas entidades que estão se
manifestando sejam irresponsáveis, até porque foram detectados erros
grosseiros na lei do plano diretor, indicando a ilegalidade da lei, e o
que estamos fazendo Sr. Secretário João Ramos é
justamente tentar solucionar o problema que o Sr. e o Sr. prefeito
Geraldo Leite da Cruz estão criando, colocando em risco a natureza deste
local previlegiado c/ suas densas matas e
animais nativos.
Justamente porque cuidar do meio ambiente é dever de
todos que está havendo esta movimentação, tanto de entidades ambientais
como cidadãos brasileiros.
E por termos uma visão ampla e abrangente e não imediatista e restrita que todos estamos nos
manifestando. Eu sou do Rio Grande do Sul e a pouco estou morando no
Paraná e com certeza não viso somente a minha rua e sim o Brasil como um
todo e sei que estas pessoas e entidads que
estão se manifestando estão com a mente "claramente aberta" e
também ao mesmo tempo com o coração apreensivo, temendo que mais esta
AGREÇÃO CRIMINOSA AO MEIO AMBIENTE se concretize, afinal, digamos que
fosse verdade o que vocês falaram, "se causar danos ao meio ambiente
será pouco"... ora
Sr. Secretário, qualquer dano que causarmos já será demais, a naturaza já não suporta mais ser maltratada pelos
homens e está demostrando isto claramente nas
catástrofes naturais que estão ocorrendo em todo o globo terrestre, só
não vê quem não quer, e eu pergunto, é esta a retribuição que os Srs. dão
a natureza por tudo o que ela vos fornece, é esse o agradecimento dos
Srs.? Temos que abrir os olhos, sem esses mananciais não sobreviveremos,
qualquer dano que vocês julguem pequeno é de grande monta, a situação da
natureza é seríssima e deve ser analizada irrestritamente pensando no todo, apesar de
o Sr. falar que assim o faz, não é o que vejo.
Não venho através desta ataca-lo indiscriminadamente, de forma alguma,
apenas estou cumprindo o meu papel de cidadã responsável, pois se não
auxiliarmos a natureza em relação aos homens, quem o fará? E não pensem
que esta polêmica não irá afetá-los politicamente porque irá, seus nomes ficaram gravados negativamente em ambito nacional.
Como cidadã brasileira e amante da natureza de que
tanto necessitamos, clamo para vós, retrocedei em vossa investidura
contra a natureza, e dai o retorno que ela merece.
Atenciosamente,
Deise machado
Fotógrafa
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