H�
muito o que admirar na arte de Dala Stella. O princ�pio � esse tr�nsito tranq�ilo
entre a figura e a (quase) abstra��o, que vai se desenhando com o poder da intui��o e
o dom�nio t�cnico dos materiais que, falar nisso, v�o do cimento armado ao papel de
seda, com um � vontade que espanta. Nele, mesmo o mais fragment�rio ser no nanquim, no
vidro, na cor j� nasce inteiro e firme, clar�ssimo nos limites do espa�o, sempre bom de
ver. Mas h� outra admira��o minha: � a paix�o de Dala Stella pela literatura, que sem
ret�rica, parece criar de longe, como quem n�o quer nada, a estranha consist�ncia de
suas formas, pondo de m�os dadas tanto a prosa (a linguagem dos outros) quanto a poesia
(a linguagem dele) tudo isso desenhado, e �s vezes por escrito. E por essas e outras que
considero um privil�gio t�-lo na capa dos meus livros.
Cristov�o Tezza
Escritor e professor da UFPR