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A ULTIMA MORTE DO GUY
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O Gurizinho(Guy) foi um gato guerreiro,esteve conosco por
quase 15 anos,e no decorrer de sua tragetoria perdeu cada uma das 7 vidas
a que dizem que os gatos tem direito. |
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| Tudo começou quando ganhei um gatinho que iria ser
abandonado. Levei-o para casa,como já tinha três gatas adultas,dei-lhe o nome de Gurizinho,pois era o único machinho e passei a chama-lo de Guy. O gato por sua vez não era dos mais simpáticos,mas se eu o chamasse"Guy",ele vinha de onde estivesse respondendo em altos miados. 1-Ainda bebe,engasgou-se com um osso,caiu ao chão mole e com os olhos envidraçados,foi onde perdeu sua primeira vida,enfiei o dedo em sua garganta e o livrei do osso,apesar de sangrar muito sua garganta ele sobreviveu. 2_Algum tempo depois,quando já havia atingido a idade adulta,chamei,e ele não atendeu pela primeira vez.Com o coração apertado percebi que havia acontecido alguma coisa de errado com ele,e pus-me a procurar. Encontrei-o próximo a soleira da janela de meu quarto,caído,quase sem vida,mal conseguiu expressar um gemido ao me ver . Com certeza se arrastou até próximo do meu quarto em busca de ajuda. Ao pega-lo,ele deu gritos horríveis de dor,e assim continuou por mais de um mês,com amor e carinho eu lhe dava a medicação caríssima que o veterinário receitou,juntando cada moeda,pois as despezas foram muito altas e na época a situação não era das melhores. Dava-lhe leite e alimentos batidos no liqüidificador,pois ele não conseguia se mover e muito menos mastigar,provavelmente havia sido atropelado.Embora os estragos tenham sido muito grande,externamente não se percebia nada. Todos que viam aquele animal imóvel daquela forma diziam:-Mata esse bicho,ele vai ficar aleijado.Pois ele ficou paralizado do pescoço pra baixo. Mas meu amor era muito grande e eu não tinha essa coragem,se ele veio buscar minha ajuda é porque queria viver. Com o passar dos meses ele começou a se arrastar pela casa,sempre atras de mim que o protegia com muito carinho. Eu o ajudava a fazer movimentos com as patas enquanto o acariciava. Em um ano ele estava totalmente curado,já conseguia ate subir em árvores novamente. Mudamos,e ele não foi como todos os outros animais vão em uma mudança. A casa nova ficava a uns dois quilômetros,e ele foi caminhanhando como se fosse um cachorrinho ao meu lado ,expressando-se com alguns miados de vez em quanto,como se quisesse saber onde estavam indo,e caminhando de maneira engraçada,pois o acidente deixou-lhe com um andar engraçado,meio escroncho. Já na casa nova,perdeu sua terceira vida,vítima de envenenamento,mas mais uma vez foi salvo com o amor e persistência. Por duas vezes foi massacrado por cachorros,que o pegaram de traição,conseguiu se arrastar até em casa e novamente ser salvo. Sua sexta vida foi perdida com uma pedrada certeira na cabeça. Provavelmente estava namorando e os barulhos importunaram alguém que o atingiu,veio como de costume pedir ajuda, fiz corativos em sua cabeça e para o espanto de todos ele andava com aquele corativo na cabeça sem se importar de tirar,é como se soubesse que era para o bem dele. Bem,se gato tem sete vidas esse já havia perdido seis,e provavelmente sua sétima vida seria a velhice,pois esta não tem amor nem carinho que consiga vencer. Ja ele estava "aposentado",não namorava mais,pouco saia do pátio pois quase não enxergava,não se metia mais em briga porque só lhe restavam uns raros dentes na boca. Hoje com 14 anos e 6 meses e 29 dias,ele entregou os pontos,perdeu sua ultima vida. Nestes ultimos dias,mal andava,suas juntas infeccionaram,ele mal andava,nem a vitamina geriatrica tava adiantando mais. Morreu sereno...deitou na sua caminha e não acordou mais. Mas com certeza ele perdeu sua sétima vida muito feliz,pois morreu sabendo que foi muito amado em toda a sua existência. |
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 guy com 2 anos |
 Guy com 9 anos, dormindo no sofá |
 Guy com corativo na cabeça, ja quase recuperado da perda de sua 6ª vida |
 Eu e o Guy julho 2004 |
 Guy junho de 2005, ja muito doente |
 Guy na vespera de sua morte,ja velhinho,quase sem pelo |
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Esta é a última homenagem ao meu
amado gato que esteve ao meu lado por quase 15 anos.
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reportagem: Ladyventania
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