Quinta-Feira, 23 de Janeiro de 2003

"Pack up all those phantoms
Shoulder that invisible load
Keep on riding north and west
Haunting that wilderness road
Like a ghost rider

Carry all those phantoms
Through bitter wind and stormy skies
From the desert to the mountain
From the lowest low to the highest high
Like a ghost rider

Keep on riding north and west
Then circle south and east
Show me beauty, but there is no peace
For the ghost rider

Shadows on the road behind
Shadows on the road ahead
Nothing can stop you now

There's a shadow on the road behind
There's a shadow on the road ahead
Nothing can stop you now

Sunrise in the mirror
Lightens that invisible load
Riding on a nameless quest
Hauting that wilderness road
Like a ghost rider

Just an escape artist
Racing against the night
A wandering hermit
Racing towards the light

From the White Sands
To the Canynlands
To the redwood stands
To the Barren Lands

Sunrise on the road behind
Sunset on the road ahead
There's nothing to stop you now
Nothing can stop you now
"
- Ghost Rider - Rush -

Hj n�o estou com inspira��o pra escrever nenhuma hist�ria. Na verdade, estou me sentindo cansada. J� voltei a trabalhar e estou toda atrapalhada. Como sempre eu sou auto-destruitiva, e estou acabando comigo mesma, inventando milhares de coisas pra fazer, sabendo que deveria descansar nesses dias. Fazer o que? Eu sofro do mal, de me testar at� o limite, e n�o consigo parar com isso. Se eu n�o for sempre testada, n�o fico feliz. Isso � coisa de gente perfeccionista e chata (oi Kevin!).
Creio que estou um pouco cansada da minha vida! Tipo, do meu jeito folgado. Eu deveria me mexer, pra conseguir dinheiro e estudar pro vestibular. N�o estou fazendo nem uma coisa e nem outra. Deveria trabalhar em dois empregos, pra ter dinheiro suficiente pra mim, estudar pra ver se por fim eu vou conseguir estudar Hist�ria. Tenho vontade de comprar alguma coisa e n�o posso, pq eu nunca tenho dinheiro. Que diabos que eu s� trabalho pra pagar contas? Nem pra um pequeno agrado eu me dou ao luxo... que p�ssimo! Eu sempre fa�o as mesmas coisas, digo as mesmas coisas parece q estou estagnada no tempo, e tudo est� passando por mim, outra vez.
Queria comprar meus vinis do Iron, terminar minha cole��o do Queen, come�ar uma do Rush; comprar um c�lice pro meu altar (eu queria um com um drag�o, que eu tinha visto numa loja no shopping Santa Cruz, que fechou! ��'), comprar o pil�o pra eu e a minha m�e fazermos o p� das ervas pra fazer velas e sabonetes; pra poder comprar meus livros de Hist�ria; pra ter dinheiro pra ir sempre ao Blackmore etc e etc. Mas nada disso � apenas uma sonho distante pra mim, nesse momento. Fico sempre chateada pq eu n�o fa�o nada do que eu quero... Ficaria feliz se pudesse escrever um livro e poder publicar, mas eu nunca me prontifiquei a tal coisa... quero tanto e nada!
Estou cansada do meu jeito.
Parece que eu estou presa em um Sonho de Espelhos, e todos os meus pesadelos ou as piores partes de mim, eu as refa�o todos os dias. (j� ouviram essa m�sica? � do Iron... maravilhosa!)
Quarta eu sai com o Icaro e fomos l� no Bob's. As vezes eu n�o sei o que d� em mim, que eu tenho vontade de falar e falar e n�o falo coisa com coisa. Ai l� no restaurante, prestei aten��o nas m�sicas que fiquei nost�lgica. Eu sou p�ssima normalmente, nost�lgica � ainda pior! Comecei a falar de um monte de coisas do meu passado, como se isso fosse muito importante, como se ele quisesse saber de alguma coisa. E depois que eu falei tudo aquilo, ainda comentei que ele faz as piores express�es quando conto algo assim, e ele comentou algo que � verdade. � impressionante como eu n�o consigo acalmar meu ser em rela��o a tudo o que eu vivi e tudo o que eu fiz. Fico me cobrando, tentando entender pq deixei muitas coisas acontecerem... pq se somos aquilo que fomos, eu sou uma m� pessoa. � a �nica conclus�o que eu sempre cheguei.
Fui corrompida pelo meu pr�prio poder e agora s� vejo coisas ruins, e n�o as boas. Queria gritar, mas pra q? Nada vai mudar. Queria poder dizer que n�o foi justo o que eu fiz, mas pra q? Eu sei que n�o foi justo e que paguei por cada rea��o que desencadeei, que Maat seja testemunha de todas. O que eu deveria fazer era aceitar de vez tudo, e ter consci�ncia que eu posso mudar o destino que meus pais tra�aram pra mim (� fato! todos em minha fam�lia tem tend�ncias a fazer as mesmas coisas que os pais j� fizeram); saber disso � uma coisa dif�cil, mas um passo bem andado j�.
Eu escuto tanto os outros, fa�o muitas coisas pelos outros, e por mim? Puxa, sempre falo tanto de amor pr�prio pra Priss, mas em teoria eu sei tudo, na pr�tica nem a metade do que eu sei. Eu fico pensando e vejo como eu me machuquei sozinha e como ainda me machuco, pensando que posso mudar tudo, controlar o destino... odeio a culpa q eu carrego dentro de mim. Odeio a minha angustia. Odeio a minha fraqueza. Odeio ter que sempre escrever as mesmas coisas, sentir as mesmas coisas e nunca melhorar em nada. Estou tentando ser Maat, quando deveria me curvar a sua s�bia sabedoria e permitir que tudo seja como deve ser; sem querer mudar ou fugir.
Tenho medo de fazer tudo igual novamente, de acreditar nos outros e n�o em mim mesma. De deixar q eu me maltrate e que os outros o fa�am com gosto. Deveria viver e esquecer disso, mas como se isso ainda d�i? Estou me afastando de tudo, e sei que esse n�o � caminho q devo seguir, no entanto, continuo indo na mesma dire��o. Tenho que ficar com o que eu tenho, e tenho sorte por ter e por saber tantas coisas.
Eu s� falo disso n�? Vou mudar o roteiro da minha vida, estou escrevendo isso pra que eu leia depois e saiba que desde dessa data eu vou me esfor�ar pra fazer tudo o que eu gostaria de fazer: Minha viagem pro Tibet, minha viagem pro Egito onde poderei sentir que o tempo n�o passou pra mim, meu curso de Egiptologia, entre outras coisas. Quero aprender tudo o que puder sobre a religi�o eg�pcia, pra poder fazer meus rituais como eu gostaria que eles fossem, me tornar por fim, realmente filha de R� e de Hathor, Seguidora da Ordem de Maat e irm� da �nica pessoa que eu quero que seja minha companheira de religi�o, o Rodrigo.(isso � uma longa hist�ria que fica pra um outro dia... ai quem sabe eu publico um Hai-Kai que o R� escreveu, super lindo)
�h, agora me sinto melhor. Vou fazer o melhor que eu puder, sempre, e isso sem prometer. Como eu disse ao meu querido amigo Mew, estou disposta a parar de prometer as coisas, uma vez que nunca as cumpro.
Que todos os deuses e deusas das Duas Antigas Terras me guiem e me protejam, pq a Filha deles, est� disposta a come�ar tudo dinovo, desde o princ�pio que � agora. Que eu seja a guia que eu sou, a amiga que eu sou, a protetora que eu sou, a irm� que eu sou, a filha que eu sou, a namorada que eu sou, a outra que eu sou e a pessoa que eu sou. Que eu seja apenas quem sou: arrogante, prepotente, agressiva, criativa, rom�ntica, racional, companheira, amiga, sincera, entre outras coisas. Afinal, eu sou realmente assim pra que tentar mudar? Sou feliz do jeito que eu sou (menos quando estou com as minhas crises) e me aceito assim.
Vou voltar a fazer tudo o que eu fazia pra me melhorar espiritualmente, pq eu preciso disso. Eu preciso que eu mesma volte a cuidar de mim, pq ningu�m pode fazer isso.
E me curvo novamente a Ordem Divina, e o que eu fizer, que seja bom ou ruim, que desecandeie a Lei Divina de Maat; pq dela n�o fujo mais. A minha espada (a que o Mew me deu) est� comigo, e a sabedoria ancestral anda a meu lado. E assim que deve ser e que assim seja.

Ah, o Al� vai lan�ar um fanzine e eu vou publicar uns contos l�. Vou escrever sobre meu lindo necromante (ah eu adoro o Liat) e sobre o "Ghost Rider", dessa m�sica do Rush. Eu e meus personagens misteriosos... estou aprontando um muito bom pra quando for mestrar D&D. hehehe!
A rosa que eu comprei est� linda no vaso da cozinha... adoro flores amarelas, amarelo � uma cor viva e alegre. Gosto de cores claras, sempre as preferi.

E enquanto chovia na superf�cie, a pena deslizava sobre as folhas, e os olhos azuis acompanhavam atentamente cada movimento. Sentado a seu lado estava Dakota, o Velho Lobo, que dormia silenciosamente sob um tapete felpudo. Quando se deu por satisfeita, A Filha do Feiticeiro ergueu e levou as folhas at� a torre mais alta de seu castelo de cristal, no fundo do mar, e l� as juntou com as demais escritas anteriormente. Ajeitou as folhas com cuidado, e sorriu. N�o mais importava a f�ria e o desprezo que o Feiticeiro tinha por ela, pois estava decidida. Ela ainda era Aerin, mesmo trancada ali.

Domingo, 19 de Janeiro de 2003

"You�re my sunshine after the rain
You�re the cure against my fear and my pain
�Cause I�m losing my mind when you�re not around
It�s all... it�s all... It�s all because of you
"
- Because Of You - 98� -

"Em um dos seus raros momentos de paz, Liat Stamford aproveitava para tocar sua pequena flauta, afastado de sua casa e da interfer�ncia de sua esposa ou da irm� dela. Sentado em uma pedra perto do mar, sentia a brisa mar�tima em seu peito e que balan�ava suavemente seus longos cabelos negros. Ele olhou para sua flauta e lembrou-se dos bons momentos que teve com ela, quando seu pai o ensinou a tocar.
Trouxe a seus l�bios bem formados um sorriso triste e saudoso. Como algu�m poderia entender o que o pai dele representava em sua vida? Llyr Stamford n�o era apenas mais um bruxo de uma casta que n�o mais existia... ele era bem mais do que isso.
Decidido, Liat se acomodou melhor na pedra, deslizou a m�o pelos cabelos, a fim de afast�-los do seu rosto bonito e levou a delicada tin whistle a seus l�bios e a soprou.
A doce melodia mesclou-se ao som do mar e dan�ou na audi��o de todas as criaturas vivas e mortas que a ouviram. Ainda que n�o desejasse, seu pr�prio dom cuidou para que a m�sica despertasse todos que n�o tinham mais vida e at� onde ela chegava, havia agita��o. Liat tocava com toda a emo��o que ele poderia ter naquele momento, e n�o se surpreendeu quando o som de uma gaita soou junto com sua melodia solit�ria.
Ao lado da pedra estava seu irm�o mais velho, o poderoso Larva Stamford. E juntos terminaram aquela m�sica que haviam composto quando pequenos. A Larva, ela trazia boas recorda��es e ele tinha consci�ncia a cada nota que mesmo sendo o Stamford mais poderoso vivo, suas emo��es e seus encantamentos estavam fracos perto do que seu irm�o fazia.
Ao final da m�sica, eles olharam para o mar e nada disseram. Palavras n�o eram necess�rias entre pessoas que haviam nascido no mesmo dia, em minutos diferentes."

Uau! Essa m�sica � muito bonitinha. Quero dizer, desse �nico �lbum que eu tenho deles (uma pena!) todas as m�sicas s�o lindas e apaixonantes. Queria poder ter os demais trabalhos deles, mas os Cd's deles s�o praticamente raridade aqui. Eu importaria se n�o fosse t�o caro.
Quanto a esses mocinhos m�sicos � s� pra as f�s de "5 Esta��es - O Legado de Elspeth Dwaine" terem ci�ncia que a tia aqui t� escrevendo a saga do maravilhoso Liat. (ahaha, ningu�m ag�enta mais eu fazendo tanta propaganda do Liat) Fiz as mudan�as necess�rias na continua��o da parte da Merylin e agora... todos poder�o saber por fim quem diabos � Derrick Garreth (o escoc�s), quem � Ramon (ele � �timo "saiam daqui crian�as e deixem que os adultos resolvam isso") e como o Liat encantou o cemit�rio e acordou aquele que n�o vive mais no necrot�rio. ai ai... eu adoro escrever essa hist�ria.
E ontem, depois que eu vi "007 - Um novo dia pra morrer" com o Icaro (detalhe - o filme � bem mentiroso mesmo, pq aquela parte de correr com carros em pistas de gelo e atirar � muito mentirosa... pensando bem, � todo mentiroso o filme.), eu fui l� pro ponto com ele, na frente do Conjunto Nacional. Do nada surgiu um garoto e recitou uma poesia pra n�s dois. Eu fiquei morrendo de vergonha, mas n�o pude deixar de reconhecer que o garoto fora criativo e delicado ao recitar aquela poesia super decorada. De qualquer forma, de todas as poesias que eu j� ganhei e j� recitaram pra mim, (fora as do Rody que s�o as mais maravilhosas que uma garota pode receber... ah, eu sou do tipo rom�ntico e um dia desses eu coloco alguma poesia do R� aqui... se meu irm�o deixar � claro, se bem q o blog � meu e eu publico o q eu quero) aquela foi uma das mais bonitas. O garoto na verdade vendia rosas e eu comprei uma dele s� pela criatividade que ele teve ao recitar algo t�o bonito. E espero que ele venda todas as suas rosas para todos os casais que ele encontrar.
Agora a rosa t� aqui em casa em um vaso perto da janela, linda e maravilhosa como todas as flores s�o. hahaha, eu s� ganho flores de mim mesma e da minha m�e. Antes a minha m�e sempre comprava rosas e dava algumas pra mim. Humm... acho que eu vou comprar um buqu� pra ela, qualquer dia desses.
E por falar nisso, ela j� voltou de sua viagem, e minha avuela mandou tortinhas fritas pra mim. Que maravilhosas e gostosas! Minha m�e estava contando como est�o meus infinitos primos (n�o sei quantos eu tenho... s� de uma tia tenho 9) e minhas tias. Fiquei com saudades de todos, principalmente do meu tio Alberto. Ando com a voz dele na minha cabe�a e com a recorda��o daquele sorriso dele. Faz anos que eu n�o vejo meu tio, e sabe como �... minha fam�lia mesmo s� a que eu tenho l�.
O melhor � que a minha m�e trouxe mate pra tomar chimarr�o. Eu estou tomando nesse momento enquanto escrevo isso. Eu adoro! Fervendo, amargo, doce... O que importa � tomar. Uma pena que o mate brasileiro n�o seja t�o saboroso como o argentino, mas compensa tomar ainda. E ontem eu descobri que o Marcelo toma tb, e eu nem sabia disso pq nunca o vi tomar. agora eu vou perguntar pro Gustavo se ele toma tb.
E jogando RPG hj (numa aventura escrita pelo Alessandro Do Valle - e de repente ele joga RPG), quase morri. Est�vamos voando em um barco quando fomos atacados por piratas ogros. Nossa, os caras n�o morrem de jeito nenhum, e na verdade eu sou uma �tima arqueira que de doze ogres matei tr�s. At� que por um acaso do destino fui atropelada por uma pedra enorme que um dos muitos ogros do conv�s mandaram, e recebi apenas 12 de dano. Depois eu fiquei abaixada com medo de ser acertada novamente e os ogros invadiram nosso barco voador (acho q o nome era Estrela da Morte ou algo assim) e depois de dar uma machada no ogro, ele desceu a clava em mim e desmaiei. Ainda bem que eu devo favores ao Lucas (q � o Rafael) e ele me salvou, juntamente com a paladina Sara (a Cris). No final, matamos os ogros e conseguimos escapar da morte certa. Agora, continua na semana que vem, um verdadeiro desfecho com muita porrada. Consegui comprar o melhor arco que eu j� vi vendendo (um melhor seria um m�gico), e tenho 10 de b�nus de ataque (usando uma flecha obra-prima) usando o maravilho Arco Longo Composto Refor�ado Obra Prima. (hahaha, olha o tamanho do nome). A Bela Arqueira Florette est� bem mentirosa agora... huahuahua!
E por hj � apenas isso. Meu modem n�o ajuda mais, e eu acho que ele est� estragado. Vou ficar sem net at� meu irm�o Gustavo vir consertar.

Quinta-Feira, 16 de Janeiro de 2003

Para realmente amar uma mulher, para compreend�-la,
Voc� precisa conhec�-la profundamente por dentro,
Ouvir cada pensamento - ver cada sonho
E dar-lhe asas - quando ela quiser voar.
Ent�o, quando voc� se achar repousando
Desamparado em seus bra�os,
Voc� saber� que realmente ama uma mulher...

Quando voc� ama uma mulher,
Voc� lhe diz que ela realmente � desejada.
Quando voc� ama uma mulher,
Voc� lhe diz que ela � a �nica,
Pois ela precisa de algu�m para dizer-lhe
Que vai durar para sempre.
Ent�o diga-me: voc� realmente,
Realmente, realmente j� amou uma mulher?

Para realmente amar uma mulher,
Deixe-a te segurar
At� que voc� saiba como ela precisa ser tocada.
Voc� precisa respir�-la - realmente provar o gosto dela
At� voc� possa sent�-la em seu sangue.
E quando voc� puder ver
suas crian�as que ainda n�o nasceram dentro dos olhos dela,
Voc� saber� que realmente ama uma mulher...

Quando voc� ama uma mulher,
Voc� lhe diz que ela realmente � desejada.
Quando voc� ama uma mulher,
Voc� lhe diz que ela � a �nica,
Pois ela precisa de algu�m para dizer-lhe
Que voc�s sempre estar�o juntos
Ent�o diga-me: voc� realmente,
Realmente, realmente j� amou uma mulher?

Voc� precisa dar-lhe um pouco de confian�a -
segur�-la bem apertado,
Um pouco de ternura - precisa trat�-la corretamente.
Ela estar� l� por voc�, cuidando bem de voc�,
Voc� realmente precisa amar sua mulher...
Ent�o, quando voc� se achar repousando
Desamparado em seus bra�os,
Voc� saber� que realmente ama uma mulher...

Quando voc� ama uma mulher,
Voc� lhe diz que ela realmente � desejada.
Quando voc� ama uma mulher,
Voc� lhe diz que ela � a �nica,
Pois ela precisa de algu�m para dizer-lhe
Que vai durar para sempre.
Ent�o diga-me: voc� realmente,
Realmente, realmente j� amou uma mulher?
Ent�o diga-me: voc� realmente,
Realmente, realmente j� amou uma mulher?
Ent�o diga-me: voc� realmente,
Realmente, realmente j� amou uma mulher?

- Have You Ever Really Loved A Woman? - Bryan Adams -

"Observando a respira��o regular do Velho Lobo, Coraz�n ergueu-se cuidadosamente e aproveitando o som das �guas do lago, afastou-se um pouco do outro lobo, deixando que este dormisse tranq�ilamente, perdido em sonhos e vis�es. Numa das raras tardes que Coraz�n n�o se aninhara entre as patas do Velho Lobo e adormecera com ele, teria que ser proveitosa, pois o outro sentiria logo que ele haveria se afastado, indo para um lugar onde n�o deveria ir.
Agora correndo pela margem do rio, conhecia o caminho at� uma velha pedra, onde outrora via o Velho Lobo sentado e latindo ao vento. Mas nada do que ele fazia era em v�o ou por vaidade. O Velho Lobo conhecia a Vida, e sabia dos segredos do Universo, e de muitos outros segredos que o pequeno n�o sabia. Guiado por seus instintos, ele corria e saltava pedras com facilidade, e quando viu a pedra que tinha em mente, correu ainda mais.
Ao se aproximar dela, viu um p�ssaro. Exuberante, lindo e grande... n�o parecia temer Coraz�n. Ele n�o ficara desapontado, queria saber quem era o p�ssaro que o encarava com um olhar amigo e seguro. Calmamente, o pequeno lobo escalou a alta pedra e se aproximou do p�ssaro, que n�o se movera nenhum instante.
- O que � isso? - o p�ssaro come�ou, abrindo um pouco as asas para em seguidas fech�-las novamente contra seu corpo. De penas bonitas e cores bem distribu�das, era um agrado aos olhos. - Parece que o Velho decidiu voltar novamente ao in�cio... estou enganada ou esses velhos olhos j� me escondem a verdade?
Feliz da vida, Coraz�n latiu e abanou o rabo.
- Com calma, pequeno, ou ent�o poder� escorregar e encontrar a �gua gelada do Grande Rio - aconselhou o p�ssaro, ainda parado ali encarando o lobo.
- N�o sou o Velho Lobo - respondeu Coraz�n controlando sua felicidade e sentando-se comportado na pedra - tampouco sou filhote dele... gosto de pensar que eu sou. O Vento Sul trouxe-me ao Velho Lobo, Senhor dessas terras, e disse que meu nome era Coraz�n. Que criatura � voc�, com estas penas brilhantes e essa doce voz que preenche meu corpo de alegria?
- Sou aquela que j� existiu e que ainda tem esperan�a de renascer. Sou o Rouxinol das colinas do Oeste. No entanto minhas asas n�o conhecem mais o ar de sua casa, pois todos os lugares s�o minha casa. Vivi a muito tempo sob a prote��o de Doce, o Urso Pardo. Cantava para ele e sua fam�lia, quando estavam juntos.
- Conheci Doce h� muitos longos anos, mas trago a lembran�a dele viva dentro de mim. Nessa ocasi�o, ele viera visitar o Velho Lobo e ficou por um bom tempo, pra partir quando o inverno se aproximava. Viera ver a Senhora do Lago tamb�m. Contou-me muita coisa, sobre sua vida e suas terras, inclusive minha curiosidade sobre as poucas coisas que o Velho Lobo havia me contado sobre urso. Entretanto, n�o citou sobre um Rouxinol que cantava... provavelmente pensou que eu n�o saberia do que era, ou ent�o, de tantas perguntas que eu lhe fazia, n�o o deixei sequer tocar no assunto.
- Ou talvez ele tenha se esquecido.
- Como algu�m poderia esquec�-la?
- Pequeno Coraz�n... h� muito tempo que Doce n�o v� mais. N�o h� de se lembrar de mim por toda a sua longa vida e n�o o culpo por isso. Quando o conheci, ele n�o era um urso... por isso n�o deve se lembrar de mim.
- Eu lembrarei de voc� at� o �ltimo suspiro da minha vida - prometeu Coraz�n, estranhamente emocionado. - Lembrarei de toda a conversa e de como voc� � bonita e tem uma bela voz. N�o quer cantar para o Senhor daqui? Ele est� dormindo agora, mas n�o se importara em ser despertado com um canto seu. Venha comigo, bela Rouxinol, que lhe mostrarei o caminho - dizendo isso, Coraz�n virou-se e desceu a pedra com pequenos saltos, e depois a contornando, parando no rumo de volta ao lugar onde o Velho Lobo estava dormindo. - Venha - a chamou mais uma vez.
O Rouxinol bateu as asas, voou e ent�o voltou a pousar no mesmo lugar onde estava. Encarou o pequeno lobo que n�o entendia o porque daquela hesita��o. Seu cora��o estava sereno, e ele sabia que o Velho Lobo n�o se importaria de ser acordado com uma bela can��o, uma can��o que ele sabia dentro de si que aquela Rouxinol sabia cantar.
- Um dia... um dia talvez voc� entenda Pequeno. Um dia, pe�a que o Velho Lobo te conte a hist�ria do Rouxinol e voc� entender� que eu n�o canto mais.
- N�o canta mais? Como n�o canta mais? O que houve com voc�, Senhora Rouxinol? Me diga que eu talvez possa ajud�-la, e mesmo se n�o puder, o Velho Lobo pode... ele sempre ajuda todos.
Um ru�do atr�s de Coraz�n o fez virar. Sentado a poucos passos dele estava o Velho Lobo. Seus olhos o olhavam carinhosamente, um carinho que o faria chorar de emo��o. O Velho Lobo ent�o se ergueu e caminhou at� onde estava o pequeno, lambeu-o algumas vezes e ficou em p�.
- Veja, ele est� acordado agora e voc�... - a frase se perdeu no ar. O p�ssaro n�o estava l�, e confuso ele encarou o Velho Lobo, como se ele pudesse responder pra que dire��o o Rouxinol voara. - Ela estava ali - Coraz�n indicou o lugar com a cabe�a - bem ali.
- Falando com os que n�o vivem mais? - a voz do Velho Lobo nada mais era do que um murm�rio rouco, pouco aud�vel. Ele sempre falava apenas para Coraz�n. - Venha, vamos ca�ar alguma coisa - sugeriu, virando-se e iniciando a caminhada de volta a casa em passos lentos e graciosos."

E eu sempre me pergunto pq esse tipo de hist�ria ronda a minha cabe�a. Essa hist�ria � t�o bonitinha. Quanto ao fato do lobo falar, � uma met�fora a algum tipo de comunica��o que os animais tem entre si. Acredito que al�m da vis�o e do olfato, eles se reconhecem e falam entre si de uma maneira que n�o conseguimos ouvir ou entender, uma forma de comunica��o que os humanos j� n�o mais possuem, pois ao se acharem melhores que os outros animais (e esquecendo o fato que s�o ainda animais) se afastaram de tudo o que era verdadeiro e puro. Fazer o que? Mesmo que tentemos, poucas s�o as chances de reconhecer o que n�s fizemos depois de tanto orgulho e maldade. Ao menos, tentar e ter esperan�a n�o foi esquecido e dentro de n�s isso ainda existe.
Hj eu dormi bastante na casa do Icaro. E mesmo tendo dormido tanto, ainda estou com muito sono. Eu dormi ontem de tarde, e fui dormir cedo. S� que as 9 da manh�, o pedreiro do andar de cima (t� a� um bom motivo pra eu n�o achar vida em pr�dio uma boa) come�a a martelar a parede. E sendo tudo constru�do com aqueles tijolos ocos, fez eco no pr�dio inteiro e o pior, dentro da minha cabe�a. Fiquei logo mal humorada, pq se tem uma coisa que eu odeio � ser acordada, ainda mais dessa forma. Mesmo com o barulho eu cochilei depois, mas fiquei com muita dor nas costas e n�o consegui dormir mais. Acabei perdendo a fome e a vontade de fazer qualquer coisa que fosse, at� mesmo falar. Pra ent�o... ser assolada por espasmos de dor... de c�lica. Tive que voar pra minha casa onde tomei um banho quente e me aqueci com ch� e com a trilha sonora de "Don Juan de Marco".
O que me leva a comentar da tradu��o de "Have You Ever Really Loved A Woman?". Da �ltima vez que eu fui pra praia, fui com a Cris e a Dani, no caminho de ida, escutamos apenas Bryan Adams e enquanto os demais ocupantes do carro falavam de outras coisas, eu pensava na letra dessa m�sica. Ser� que algu�m pode se sentir assim por uma mulher? Pq... bem, Don Juan sentia isso, mas n�o acreditava nisso, at� o dia que ele soube que era verdade. At� o dia que ele realmente amou uma mulher, n�o importando quantas ele teve em seus bra�os. Claro que isso � apenas um bom e fict�cio exemplo. Talvez ele soubesse conversar com as mulheres, ouvir aquilo que todas temos a dizer sobre n�s mesmas e sobre como achamos que certas coisas s�o importantes, coisas que por serem irrelevantes pra um homem, acabamos n�o dizendo.
Outro dia estava respondendo a carta da Priss e ela comentava sobre uma m�sica da Shania Twain, que falava sobre um tipo de amor que era louco e cego. Ai ela escreveu se algu�m amava mesmo assim, e se um dia ela iria amar assim. Fiquei pensando em mim mesma, e se eu poderia citar algum exemplo, mas n�o tinha nenhum. J� havia pensando na m�sica do Bryan e j� havia pensado nisso. Na verdade eu n�o sou bem no que pensar... e as vezes eu fico pensando nisso e querendo compreender tudo isso e n�o d� certo. Tb conto pelo fato que � apenas uma poesia, e por isso, pode ter quantos absurdos quiser.
Posso ficar muito tempo falando disso e n�o vai dar em nada!
Vou falar o motivo das minha irrita��es de hj: 1 - come�amos pelo pedreiro que me acordou, 2 - o Icaro que acerta o controle remoto no meu olho (e achou super legal isso...), 3 - minha c�lica, 4 - o Fernando provavelmente vendeu as caixinhas de som do computador (ah claro... como se fossem dele... como a barra de exerc�cios do Marcelo, que ele emprestou e nem dele era. trouxe de volta? n�o e nem vai trazer), 5 - minha conex�o que n�o ajuda..... socorro!!!!!!!!! tenho vontade de morrer as vezes de tanta raiva e indigna��o que eu suporto. se a Vida n�o valesse a pena, teria me jogado de um pr�dio fazia tempo.
Eu estava serena falando de amor, juro que estava. Mas que se dane isso tb, pq depois eu posso pensar nisso. S� consigo pensar em pq eu vivo essas situa��es. Como eu cheguei a tudo isso? Como pode minha Deusa? pq eu n�o posso dar um grito e mandar todo mundo ir pro Inferno? pq � pra l� que muitos merecem ir, ou ao menos escutar isso de mim. juro mesmo que eu sou boa... at� hj! j� chega de ser boa e quietinha. certas pessoas v�o conhecer meu lado ruim e se arrepender amargamente do dia que me fizeram ficar assim. (� isso n�o � uma amea�a!)

Ter�a-Feira, 14 de Janeiro de 2003

Can you remember remember my name
As I flow through your life
A thousand oceans I have flow
And cold spirits of ice
All my life
I am the echo of your past

I am returning the echo of a point in time
Distant faces shine
A thousand warriors I have known
And laughing as the spirits appear
All your life
Shadows of another day

And if you hear me talking on the wind
You've got to understand
We must remain
Perfect Strangers

I know I must remain inside this silent well of sorrow

A strand of silver hanging through the sky
Touching more than you see
The voice of ages in your mind
Is aching with the dead of the night
Precious life (your tears are lost in falling rain)

And if you hear me talking on the wind
You've got to understand
We must remain
Perfect Strangers

- Perfect Stranger - Deep Purple -

Voc� pode lembrar lembrar meu nome
Assim como eu fluo atrav�s da sua vida
Por mil oceanos j� voei
Como esp�ritos congelados
Em toda a minha vida
Eu sou o eco do seu passado

Eu estou retornando o eco de um ponto do tempo
Brilham distantes as face
De mil guerreiros que conheci
E rindo como esp�ritos que aparecem
Por toda a sua vida
Como sombras de um outro dia

E se voc� ouvir-me falando ao vento
Voc� pode conseguir entender
Que nos devemos permanecer
Estranhos Perfeitos

Eu sei que devo permanecer dentro desse po�o silencioso de tristeza

Um fio prateado pendurado atrav�s do c�u
Tocando mais do que voc� v�
A voz de eras em sua mente
Est� doendo com a morte da noite
Vidas preciosas (suas l�grimas perdidas na chuva)

E se voc� ouvir-me falando ao vento
Voc� pode conseguir entender
Que nos devemos permanecer
Estranhos Perfeitos

Fiz as mudan�as no meu blog... apanhei um pouco, principalmente na imagem, mas ficou bom... na verdade est� faltando os links para as demais �reas do site, mas v�o permanecer desligados at� eu ajeitar tudo por aqui e renomear pastas e arquivos. Logo, menos de uma semana, eu resolvo isso. Tanto pq volto a trabalhar na semana que vem. S� de pensar me d� algo estranho... n�o sei se quero isso. Mas o que eu posso responder? Nem eu mesma sei o que quero hj...
Estou ouvindo "Perfect Strangers" do Deep Purple, um cd que peguei na casa do Mew anos passado, mas nem est� tanto tempo assim comigo. Eu gosto muito da voz do Ian Gillian. E sem contar o fato que isso me lembra todos os bons momentos que eu tive no Blackmore (um bar de Moema). Como eu amo aquele lugar... adoro ouvir o guitarrista (apelidado carinhosamente de Gabriel, O Pensador... meu, ele realmente parece o Gabriel... e como s� tocam essas can��es internacionais, o nome deve ser pronunciado com um sotaque ingl�s...) tocando... Purple ele toca muito bem, Iron Maiden nem tanto. E tem o baixista (o dono do bar) que parece um caminhoneiro, que toca muito tb. De bateria eu n�o entendo, mas o Mew sempre diz que o baterista � muito bom, e o vocal � bom tb.
Coloquei essa m�sica pq � a minha favorita do Purple, e pq como ainda n�o me recuperei totalmente da minha crise, � outra m�sica de grande significado para entender a minha enigm�tica pessoa. Poderia ter colocado "Highway Star", pq al�m de animada � muito legal. Melhorei hj pq o Marcelo foi me acordar �s 11:30hrs pra almo�ar com ele. Ai ficamos conversando e eu fiquei de bom-humor dinovo. J� disse que eu adoro meu irm�o? cara eu sou apaixonada por ele. Depois de todo tempo que passamos separados, e aprendendo cada um a reconhecer o quanto o outro fazia falta. Mas a Vida � assim, n�o �? Ou vai pelo Amor ou pela Dor, geralmente seguimos pela segunda op��o, n�o por escolha, mas pq somos cegos e n�o vemos o caminho que devemos tomar, e acabamos pegando o mais r�pido.
Voltamos a jogar RPG. O R� vai ficar at� mar�o por aqui e vai mestrar todos os domingos. �timo! Talvez seja uma das melhores noticias que eu recebi nesse m�s. Fico animada de pensar nisso, e por pensar que finalmente vou poder desenvolver a minha bela elfa Florette. Agora ela est� no n�vel 2, um fato in�dito, pq eu nunca consegui mudar de n�vel uma personagem minha em D&D ou AD&D. Agora ela est� bem melhor... se bem que na �ltima aventura, quase morri ao saltar de um po�o. � que o R� � m� legal comigo, pq era pra eu ter morrido... fiquei pendurada na ponta do abismo, e quando o humano (Jet Ly) e a minha irm� (Arwen) foram me salvar, eu conseguir tirar um 1 no D20... tanto n�meros e tirei justo esse... de fato eu fui fazer for�a pra subir e puxei os dois pra baixo. Mas quando estava caindo, um chicote estalou e segurou o meu p�. Um humano (a minha elfa n�o gosta de humanos... uma longa hist�ria e baixo carisma - 9) bardo a salvou, mas nem tive tempo de agradecer, se bem que eu n�o ia mesmo. hahaha... me divirto muito jogando, e quando matei uns 10 orcs, fiquei m� feliz! A Florette era pra ser uma copia do Legolas, e ela � em alguns sentidos (como descer escadas em cima de escudos orcs), mas vou substituir as espadas curtas por um machado orc, que d�i bem mais (espadas d�o 1D8+2 em dano, e o machado 1D12+2. esse +2 � o b�nus de for�a da Florette... ela � muito forte, mas � melhor em destreza. pudera... � uma arqueira...) e mata mais r�pido. Vou tentar me especializar em ataque montado, j� que estou pretendendo comprar um cavalo pesado de guerra com a minha irm�. falou em RPG eu j� me empolgo...
O Mew acabou de me ligar me convidando pra ir jantar na casa dele, em nome da m�e dele... que chique... s� n�o vou pq eu tenho que acordar cedo pra ir no m�dico amanh�. Vou fazer alguns exames de vista, pra saber se tenho um nervus na �ris (uma pinta). espero que seja isso.
Queria conversar com algu�m. Estranho n�? Eu aqui sozinha em casa pensando nisso. Deve ser por isso que eu escrevo sempre demais, deve ser essa �nsia de falar com algu�m, que algu�m possa perceber que eu preciso falar. T�... mas se perceberem, o que devo dizer? O que eu quero dizer? Vou estar sendo repetitiva, pq eu sempre tenho a impress�o que eu sou? Tento conversar comigo mesma, mas �s vezes n�o funciona mais, e me pe�o desculpas com isso. E como diria o Renato: "Sempre as mesmas desculpas/ E desculpas nem sempre s�o sinceras - / Quase nunca s�o.". Estou cansada novamente... preciso dormir, pq em meus sonhos eu posso encontrar alguma paz... e n�o estou fugindo. disso eu tenho certeza. e o que importa isso? afinal, afastamos um pouco a tristeza e me mantenho no meu caminho, eu sempre fiz isso, n�o � dif�cil fazer dinovo. Nunca vai ser...


Segunda, 13 de Janeiro de 2003

�s vezes parecia que, de tanto acreditar
Em tudo que ach�vamos t�o certo,
Ter�amos o mundo inteiro e at� um pouco mais:
Far�amos floresta do deserto
E diamantes de peda�os de vidro

Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente,
Quase parecendo te ferir.

N�o queria te ver assim -
Quero tua for�a como era antes.
O que tens � s� teu
E de nada vale fugir
E n�o sentir mais nada

�s vezes parecia que era s� improvisar
E o mundo ent�o seria um livro aberto,
At� chegar o dia em que tentamos ter demais,
Vendendo f�cil o que n�o tinha pre�o.

Eu sei - � tudo sem sentido.
Quero ter algu�m com quem conversar,
Algu�m que depois n�o use o que eu disse
Contra mim.

Nada mais vai me ferir
� que eu j� me acostumei
Com a estrada errada que segui
E com a minha pr�pria lei.
Tenho o que ficou
E tenho sorte at� demais,
Como sei que tens tamb�m.
- Andrea Doria - Legi�o Urbana -

Aben�oado seja a Senhora do Sol Nascente, que me trouxe a luz em mais um dia que acordo sentindo as trevas a minha volta. Aben�oado seja o Senhor do Olho Solar, Aquele que com sua luz afastou as sombras e me deu a luz necess�ria para seguir em frente.


"O Velho Lobo sobe a pequena colina do seu ref�gio e uiva para a Grande Lua no C�u que segura seus antepassados, sempre brilhantes e que sempre olham pra ele. Seguido pelo pequeno filhote, chamado Coraz�n, avistam suas plan�cies e seus dom�nios. Avistando seu passado e seu distante futuro.
Havia tristeza nos s�bios olhos do Velho Lobo, quando ele os fixou em Coraz�n. O pequeno sacudiu o rabo e latiu, feliz por ter aten��o daquele lobo. O Velho Lobo pouco falava, pouco se manifestava; gostava de ficar sentado a beira do lago, escutando o som que as ninfas faziam ao mergulhar pela pequena queda. Podia ficar ali por semana, por meses, talvez por vidas. Pouco se sabia sobre ele, pouco se ousava perguntar a ele.
Coraz�n corria atrapalhado, quando o Velho Lobo cansou de encar�-lo e virou-se, descendo a parte �ngreme da colina com grande agilidade nas poderosas patas cobertas por p�los prateados que adquiriam um tom �nico ao luar. Desceu atr�s, tentando colocar sua pequena pata (perto da do Velho Lobo, era realmente pequena) no mesmo lugar na marca que o Velho Lobo havia feito. Seguia-o com adora��o, com respeito e com carinho.
Na base da colina, o mato estava alto e ele teve dificuldades em visualizar algo. Parou por um momento e tentou escutar o som das passadas r�pidas do Velho Lobo. Os sons se misturavam no ar doces, suaves e confusos. Ele n�o sabia onde estaria o mais velho estaria e em seu puro cora��o sentia que poderia t�-lo perdido para sempre. At� que a luz do Grande Astro n�o ilumina-se a plan�cie, ou que ele tivesse sorte em escutar algo, ficaria ali e isso poderia significar uma verdadeira eternidade. Choroso, latiu baixinho e abaixou-se entre o mato e esperou.
N�o muito, era claro. Entre todos os medos que assolavam o pequeno Coraz�n, houve uma movimenta��o que os espantou. Para sua eterna alegria, o Velho Lobo apareceu e o encarou com seu enigm�ticos olhos cinzentos... e numa rara demonstra��o de amor, ele abaixou-se e abocanhou o pesco�o do filhote, e com gra�a o carregou at� o fim da mata alta.
Logo recome�ou sua caminha noturna, seguido de perto por um apaixonado lobinho, que vinha pulando e latindo, uivando e mordendo levemente sua pata e seu rabo. Seguindo os rastros perfumados que as fadas deixavam no ar, seguiu para o lago, seu lugar preferido."

Finalmente estou de volta.
Meu blog estava abandonado, mas o Spike-san estava cuidando muito bem dele at� a minha volta. Houve problemas "t�cnicos" com meu computador e me mantive afastada por um longo tempo. Estava tudo abandonado a sorte e ao acaso e eles geralmente n�o s�o bons destinos.
Quanto a hist�ria (uma das minhas muitas met�foras), ela ter� continua��o e n�o ser� essa coisa vazia e talvez sem sentido para muitos. O Senhor Lobo vive comigo e decidiu me inspirar em sua experi�ncia de vida, dizendo que eu deveria faz�-la minha e viver atrav�s dele. Um conceito estranho para muitos, um conceito aceit�vel para mim. Espero que vcs gostem das hist�rias e que possam sentir o que elas realmente querem dizer.
Estava hj escrevendo a carta da Ash, e ouvindo Legi�o Urbana. Meu humor n�o � dos melhores, estou num misto de raiva, decep��o e solid�o. Escrevi a carta mantendo o melhor de mim, pq era a �nica coisa boa que eu realmente podia fazer hj, depois de quase enfiar a minha espada no meu cachorro. Fiquei pior depois que assisti Eat-Man e vi que eu precisava da visita do Bolt aqui em casa. Como meu h�spede por um longo tempo, lhe daria parafusos e tudo mais que ele quisesse, se ele pudesse me deixar feliz, como ele faz com todas as garotas que ele encontra em sua vida. Vcs j� viram esse anime? Passa na Locomotion �s 18:30hrs, e eu adorei desde que vi a propaganda e o vi comendo uma arma.
Tal constata��o me deixou muito desanimada e resolvi ouvir Legi�o, j� que os vinis estavam aqui do lado de fora da estante e um deles estava no toca discos. Era justamente o Legi�o Urbana 2, o melhor deles. (que eu tenho pelo menos, s� tenho apenas 4 vinis deles) Ouvindo ele, me deparei com a letra de "Andrea Doria" (que at� agora eu n�o sei se � uma mulher ou um homem) e comecei a chorar. Imagina... eu chorando em cima da carta da minha amiga. Ainda bem que n�o manchou nada e que ficou tudo bem depois. Me deu uma agonia t�o grande, e depois que ouvi a minha favorita "�ndios", voltei a ficar com os olhos marejados. Viro o disco em busca de algo que possa ser algum tipo de sinal e me dou com "Daniel Na Cova Dos Le�es". Fiquei apavorada e ouvi todos os discos. Por um momento, eu pensei que n�o ia mais parar de chorar, at� que passou.
Voltei a escrever a carta e a finalizei, feliz com o resultado de minha letra (que n�o estava tremida), por n�o estar borrada e porque resolvi ir mexer no meu blog. Coloquei em um envelope bem bonitos dos BSB e est� aqui esperando que eu v� colocar na caixa, algo que vou fazer logo que terminar aqui, pois vou passear o cachorro.
T�... as vezes eu sou triste demais. As vezes eu fico desesperada demais. As vezes eu fico chateada demais. Como o Renato mesmo diz em uma de suas can��es "Mas ent�o porque eu finjo que acredito no que invento?". Se eu parasse de fazer isso, talvez n�o fosse t�o agoniada. N�o consegui lembrar de nenhum momento bom (como a Priss me sugeriu em uma das suas cartas) para que eu pudesse rir e espantar essa depress�o, pelo contrario, voltei a chorar. � tudo porque "Andrea Doria" n�o passa de uma conversa minha com o espelho, no qual, no �ltimo verso, finalmente meu reflexo responde, com aquela voz forte, com aquela energia poderosa.
Que horror... pela Grande M�e... que coisa mais... verdadeira! Melhor eu esquecer isso por enquanto e me concentrar em outras coisas...
Recados - Drey - vou mudar o link do seu blog. ele ficou �timo e aquele "Faraby" � um cara meio estranho mesmo... como anda a banda? vc ainda t� com ela?
- Prima Van - se vc der uma passadinha por aqui, deixe uma msg pra mim, t�? um super beijo do Julian... eu lembrei meu sobrenome de casada, � Solo... como pude esquecer??? O Julian ficou bravo comigo, mas nada que ele n�o supere depois... hahahaha.
- Priss - fiquei feliz com suas msg e sua volta a net. se precisar de ajuda pro blog, � s� me falar que eu te ajudo com o maior prazer t�? manda sua ff pra mim depois.
- F� - querida, estou mexendo no meu blog em um programa chamado LiquidFX... � HTML puro... muito bom... o problema � que ele � curto, s� 20 dias... mas � at� chegar o Office.

Eu quis o perigo e at� sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer voc� de volta pra mim
Quando eu descobri que � sempre s� voc�
Que me entende do in�cio ao fim
E � s� voc� que tem a cura para o meu v�cio
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo o que eu ainda n�o vi.
- �ndios - Legi�o Urbana - (depois da �ltima estrofe de "Andrea" parece que continuou falando com essa...)

Fa�o nosso o meu segredo mais sincero
E desafio o instinto mais dissonante
A inseguran�a n�o me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser meu instante
E o teu medo de ter medo de ter medo
N�o faz da minha for�a confus�o:
Teu corpo � o meu espelho e em ti navego
E sei que tua correnteza n�o tem dire��o
- Daniel Na Cova Dos Le�es - Legi�o Urbana -


Pergaminho escrito pela Senhora Aerin S'irm

Hosted by www.Geocities.ws

1