Chão de Estrelas - Sílvio Caldas e Orestes Barbosa

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Minha vida era um palco iluminado,
Eu vivia vestido de doirado,
Palhaço das perdidas ilusões . . .
Cheio dos guizos falsos da alegria,
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações.
Meu barracão, no morro do Salgueiro,
Tinha o cantar alegre de um viveiro,
Foste a sonoridade que acabou . . .
E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou . . . .

Nossas roupas comuns dependuradas,
Na corda qual bandeiras agitadas,
Pareciam um estranho festival . . .
Festa dos nossos trapos coloridos,
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional.

A porta do barraco era sem trinco,
Mas a lua, furando o nosso zinco,
Salpicava de estrelas nosso chão . . .
Tu pisavas nos astros distraída,
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão . . .

 

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